bioestimulantes e inseticidas no tratamento de sementes na cultura do milho

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    BIOESTIMULANTES E INSETICIDAS NO TRATAMENTO DE SEMENTES NACULTURA DO MILHO 

    Nathany Ribeiro Chiquito, Fabiano Pacentchuk, João Henrique Deczka, JoãoDaniel Nerone Turok, Roni Clei Zanovello, André Tkaczuk Freitas, Itacir Eloi

    Sandini (Orientador), e-mail: [email protected]

    Universidade Estadual do Centro-Oeste/Centro de Ciências Agrárias e Ambientais/Guarapuava, PR.

    Ciências Agrárias/Agronomia 

    Palavras-chave: Indutores de crescimento, micronutrientes, Zea mays. 

    Resumo:

    Com o objetivo de verificar a influência do tratamento de sementes com

    bioestimulantes e inseticidas na cultura do milho realizou-se um experimentona cidade de Candói - PR, o experimento contou com 18 tratamentos e 4repetições. Dos resultados obtidos verificou-se que não houve diferençaestatística entre os tratamentos utilizados para produtividade e para massa demil grãos.

    Introdução

    O cultivo do milho no País é de grande relevância, pois possui umelevado potencial produtivo, além do mais é uma cultura muito importanteeconomicamente. Por ser um cereal importante têm-se a procura por novastecnologias para a busca de altas produtividades.

    Dentre estas tecnologias, cita-se o uso dos bioestimulantes, segundoOno et al (1999) os bioestimulantes são complexos e promovem o equilíbriohormonal das plantas, favorecendo a expressão do seu potencial genético,estimulando o desenvolvimento do sistema radicular.

    Também se cita o uso de micronutrientes que amenizam os problemasdurante a germinação dos grãos, que agem no metabolismo das plantas,atuando principalmente como catalisadores de enzimas.

    Outra tecnologia que vêm sendo adotada e já é comum é o tratamento

    de sementes com inseticidas, estes possuem atuação fisiológica nas plantas,influenciando um crescimento vigoroso. Segundo Gassen (1996) a tendência

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    desse método é manter o potencial produtivo da cultura, e quando realizadaadequadamente, reduz o número de aplicações foliares no decorrer docrescimento da planta.

    Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito dotratamento de sementes com diferentes bioestimulantes combinados ou nãocom diferentes inseticidas, na produtividade e na massa de mil grãos da culturado milho.

     

    Materiais e métodos 

    O experimento foi conduzido na Fazenda Capão Redondo, município doCandói, PR na safra agrícola 2012/2013. O clima da região é classificado comomesotérmico úmido sem estações secas e com verões amenos. A áreaexperimental possui solo do tipo Latossolo Bruno Típico.

    Foi utilizado delineamento experimental de blocos casualizados emarranjo fatorial, com quatro repetições, cada unidade experimental constituída

    de seis linhas com espaçamento de 0,45 m e comprimento de 6,0, com áreaútil para avaliação de 5,4 m². A área do experimento estava sobre sistema de plantio direto, desta

    forma, implantou-se o experimento sobre palhada de aveia preta e azevémdessecados. A semeadura do híbrido de milho 2 A550H efetuada em30/09/2012.

     A adubação foi realizada com uma aplicação antes da semeadura de180 kg ha-1  de cloreto de potássio e, na base, utilizou-se 305 kg ha-1  dofertilizante 14-34-00 (NPK). Em cobertura foi utilizado 200 kg ha-1 de nitrogênio,tendo como fonte uréia, sendo parcelada em duas aplicações, em V3(30/10/2012) e V5 (01/12/2012).

    Tabela 1. Bioestimulantes utilizados no experimento e suas respectivas dosese composições. Guarapuava - PR, 2013. 

    Bioestimulante ComposiçãoDose

    (mL.ha-1) Booster 2,3% Mo; 3,5% Zn 200

    Biorradicante® 10% Aminoácidos, 0,5% reguladores vegetais, 7,4% N

    total, 1% Mn, 4,5% Fe, 0,1% Zn, 0,2% B, 0,05% Mo200

    Formaiz 5% Mo; Zn 10% 200Stimulate®  0,005% cinetina, 0,009% ácido indolbutírico, 0,005% GA3 250

     Amino Raiz

    322 g/L Matéria orgânica; 184 g/L C org.; 126,5 g/L N

    total; 11,5 g/L K2O. Substâncias quelantes: aminoácidos, 100 

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    extratos de algas e substâncias húmicas.

    O experimento apresentou 18 tratamentos, consistindo em diferentesbioestimulantes (Tabela 1) aplicados ou não com inseticidas no tratamento desementes. Os inseticidas utilizados foram Standak® (FIPRONIL) + Cruiser

    (TIAMETOXAM) e Standak®

      Top (PIRACLOSTROBINA, TIOFANATOMETÍLICO, FIPRONIL). Assim, têm-se o arranjo fatorial composto por 2inseticidas + controle e 5 bioestimulantes + controle, ou seja, arranjo de 3 X 6.

     Após a maturação, o milho foi colhido e trilhado, determinando-se, então,a produtividade de grãos a 14 % de umidade, a Massa de Mil Grãos foi obtidaatravés da contagem de 300 grãos, depois foi extrapolado para 1000 grãos.

    Os resultados foram submetidos à Análise de variância e as médiascomparadas entre si pelo Teste de Tukey a 5 % de probabilidade por meio dosoftware SISVAR.. Resultados e Discussão

    De acordo com a Tabela 2, pode observar-se que não houve diferençasignificativa para a variável produtividade, entre os inseticidas utilizadostampouco para os bioestimulantes.

    Os tratamentos que obtiveram maiores produtividades foram através douso do inseticida Standak®  + Cruiser ®  aplicando em conjunto com osbioestimulantes Booster proporcionando produtividades de 14509 e o Formaizatingindo 14417 kg ha-1. Ao observar a Tabela 2, foi verificado que as maioresprodutividades foram obtidas com os bioestimulantes que continhammicronutrientes em sua composição, de acordo com Almeida Silva et al (2008),os bioestimulantes que apresentam, em suas formulações, micronutrientes,

    podem minimizar problemas advindos da deficiência dos mesmos, durante osprocessos de germinação, desenvolvimento e produção de grãos, justificandoassim o resultado obtido por este trabalho.

    Tabela 2.  Produtividade (kg ha-1) em função de diferentes inseticidas ebioestimulantes no tratamento de sementes da cultura do milho. Guarapuava  – PR, 2013. 

    InseticidaBioestimulante

    Controle Stimulate®  Amino Form. Booster Biorradicante

    ® Controle 13505 NS ns  13909 ns  14113 ns  14229 ns  14261 ns  14339 ns 

    Sta®

     +Cruis®

      14005NS

      13972 13982 14417 14509 13916

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    Top 13960 NS  14138 14212 13974 14168 14152 NS e ns; Não significativo a 5% pelo teste de Tukey. 

    Mesmo não sendo possível observar diferenças estatísticas osresultados obtidos possibilitam que algumas inferências sejam feitas, de acordocom este trabalho, não se observa ganhos expressivos de produtividade com aaplicação conjunta de bioestimulantes e inseticidas no TS, este fato é elucidado

    ao observar, por exemplo, a aplicação apenas de Booster que resultou em umaumento de produtividade de 756 kg ha -1 em relação ao controle, já somente aaplicação de Standak® + Cruiser ®, o aumento em relação ao controle foi de 500kg ha-1, contudo, ao observar a aplicação conjunta destes produtos(bioestimulantes + inseticidas), verifica-se que os efeitos não se somam, pois oincremento em relação ao controle foi de 1003 kg ha-1, assim como este, outrosexemplos podem ser observados neste trabalho. Tabela 3. Massa de mil grãos (mmg) (g) em função de diferentes inseticidas ebioestimulantes no tratamento de sementes da cultura do milho. Guarapuava  – PR, 2013. 

    InseticidaBioestimulante

    Controle Stim®. Amino Form. Booster Biorrad®. 

    Controle 342,75 NS ns  344,75 ns  356,50 ns  341,75 ns  349,75 ns  350,50 ns Sta® +Cruis®  250,75 NS  346,75 340,00 350,75 341,25 333,50

    Top 337,75 NS  338,50 322,75 343,75 348,50 348,75 NS e ns; Não significativo a 5% pelo teste de Tukey. 

    De acordo com a tabela 3 não foi possível verificar diferença estatísticapara a variável mmg em função do TS com inseticidas e bioestimulantes. Conclusões 

    Não se verificou diferença estatística para produtividade de grãos e paratampouco para massa de mil grãos, independente do tratamento utilizado.Também não se verificou ganhos significativos no uso de bioestimulantesconjuntamente com inseticidas no TS. Referências 

     ALMEIDA SILVA, T. T.; VON PINHO, É. V. R.; CARDOSO, D. L.;FERREIRA, C.A.; ALVIM, P. O.; COSTA, A. A. F., Qualidade fisiológica desementes de milho na presença de bioestimulantes. Ciênc. Agrotec., Lavras,v.32. 2008.

    GASSEN, D.N. Manejo de pragas associadas à cultura do milho.Passo Fundo: Aldeia Norte, 1996. 134p.

    ONO, E.O.; RODRIGUES, J.D.; SANTOS, S.O. Efeito defitorreguladores sobre o desenvolvimento de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) cv

    Carioca. Revista Biociências, Taubaté, v.5, n.1, p.7-13, 1999.