apuntes sobre el español hablado en colombia

Apuntes sobre el español hablado en Colombia

Julián Garavito

Quis i era just i f icar el t í tu lo d e mi trabajo: d i g o « a p u n t e s » p o r q u e lo q u e voy a tratar d e indicar será m u y p o c o c o n re lac ión a la c a n t i d a d d e e s t u d i o s p u b l i c a d o s sobre el part icular y p o q u í s i m o si se p i e n s a e n lo q u e se p o d r í a dec ir . Q u i z á sea t a m b i é n t rad ic ión c o l o m b i a n a : C u e r v o l l a m ó su l ibro m o n u m e n t a l Apuntaciones críticas sobre el lenguaje bogotano, y Luis F lórez d a c o m o t í tulo a u n o d e sus l ibros Apuntes de español.

Pref iero dec i r «españo l» m á s b i e n q u e «caste l lano» , p u e s se trata e n C o l o m b i a d e u n a f o r m a del e s p a ñ o l q u e se re lac iona m á s c o n el e s p a ñ o l d e A n d a l u c í a q u e c o n el d e Castil la: así, n o se p r o n u n c i a la z a la caste l lana. T a m p o c o la s. Y só lo la t ercera par te de l país p r o n u n c i a la // c o m o tal y n o c o m o y. D i c h o s f e n ó m e n o s , d e s d e l u e g o , a p a r e c e n t a m b i é n e n o t r o s países d e A m é r i c a y e n c iertas r e g i o n e s d e E s p a ñ a .

D i g o «hablado» p o r q u e se tratará m á s d e lo d i c h o y d e lo o í d o q u e d e lo escr i to .

En C o l o m b i a , país d e 1 . 1 3 8 . 0 0 0 k m 2 y 2 5 m i l l o n e s d e hab i tantes , la historia ( lucha p e r p e t u a e n t r e c e n t r a l i s m o y f e d e r a l i s m o ) se ref leja e n la rea l idad l ingüíst ica: n o hay, e n rea l idad , u n e s p a ñ o l h a b l a d o e n C o l o m b i a , s i n o varios . ¿Por qué? P r i m e r o , p o r el p o r c e n t a j e e l e v a d o d e a n a l f a b e t o s e i l e trados (de l 3 0 al 4 0 p o r 100 d e la p o b l a c i ó n , e s dec ir , a c t u a l m e n t e , e n t r e 8 y 10 m i l l o n e s d e habi tantes ) . T a m b i é n p o r el c r e c i m i e n t o a c e l e r a d o d e las c i u d a d e s , c o n s e c u e n c i a de l é x o d o rural: B o g o t á , p o r e j e m p l o , mul t ip l i ca su p o b l a c i ó n p o r 10 e n c u a r e n t a a ñ o s , p a s a n d o d e 3 5 0 . 0 0 0 hab i tantes , e n 1 9 3 8 , a 3 m i l l o n e s y m e d i o e n la ac tua l idad . T e r c e r a razón: el re l i eve ( los A n d e s se d i v i d e n e n tres cordi l l eras e n el país) y las d is tancias q u e p e r m i t e n la c o n s e r v a c i ó n d e arcaísm o s o d e f e n ó m e n o s l ingüís t i cos part i cu lares e n d i f e r e n t e s z o n a s de l país . G e n e r a l m e n t e se d i s t i n g u e n : el e s p a ñ o l d e las z o n a s c o s t e ñ a s (Car ibe y d e l Pacíf ico) , c o n a l g u n a s var iantes ; el d e A n t i o q u i a y C a l d a s , el d e la r e g i ó n a n d i n a or ienta l ( B o g o t á , B o y a c á ) , el d e Pasto (sur de l país) , el d e los L l a n o s or i en ta l e s . Pero t a m b i é n se p o d r í a hablar d e var iantes c h o c o a n a s , o d e Sant a n d e r , o del Hui la .

N o insist iré, p u e s , s o b r e el habla rural , incul ta o vu lgar ( s e g ú n las d e n o m i n a c i o n e s d e d i f e r e n t e s au tores ) , s i n o q u e trataré d e e v o c a r el habla m e d i a urbana , o, e n palabras d e C u e r v o , «el habla d e l h o g a r y d e la cal le , pura , a n i m a d a , v igorosa» (Apuntaciones, P r ó l o g o , II, X I I , e n la 7 . a e d i c i ó n , B o g o t á , 1939) . D e s d e l u e g o , t e n d r é q u e l i m i t a r m e m u c h o . El t e m a ha d a d o o r i g e n a n u m e r o s o s v o l ú m e n e s , d e s d e las Apuntaciones d e R u f i n o J o s é C u e r v o ( 1 8 7 2 ) hasta las obras tan i m p o r t a n t e s d e Luis Flórez , p a s a n d o p o r el Diccionario d e

BOLETÍN AEPE Nº 25. Julián GARAVITO. Apuntes sobre el español hablado en Colombia

A L P E . A Ñ O X I V , N . ° 2 5

Rafael Uribe Uribe (1887), los de colombianismos de T o b ó n Betancour t , Alario di Filippo y d e la Academia Colombiana o las obras del p a d r e Félix Restrepo, en especial El Castellano naciente. El Inst i tuto Caro y Cuervo y su equipo de investigadores (Rivas Sacconi, Luis Flórez, T o r r e s Quin te ro , Montes Giraldo, en t re otros) están e m p e ñ a d o s en u n a tarea a rdua : el Atlas Lingüístico de Colombia. Cabe advert i r , desde luego, que el hecho de es tudiar las diferencias no es obstáculo pa ra que se t ra te de conservar u n idioma común . Ya Cuervo hablaba de «la conveniencia de conservar en su in tegr idad la lengua castellana, med io providencial de comunicación en t re tantos millones de hombres que la hablan en España y en América» (Apuntaciones, Prólogo, I I , ii de la edición citada). T a m p o c o hay que olvidar que «las lenguas están s iempre en p e r p e t u o movimiento de t ransformación» (palabras de Cuervo) y que la evolución no ha sido la misma en España y en América. A pesar de las par t icular idades de cada nación de América y de cada región de España, existe una lengua «media» gracias a la cual todos los amer icanos se en t i enden en t re sí y con los españoles.

N o p o d r é hablar m u c h o d e los arcaísmos por falta d e t iempo: formas que se leen en libros españoles del Siglo de O r o se siguen oyendo en el c ampo colombiano: po r ejemplo, las formas verbales vide po r vi o vido po r vio, truje por traje o trujo por trajo; o los imperat ivos de la s egunda pe rsona de singular acentuados en la úl t ima sílaba: anda, come', salí, quizá restos de la segunda persona del plural . T a m p o c o hablaré m u c h o de palabras que se oyen en todo el cont inente , como fríjol, po r lo que se llama en España judía, o quebrada po r arroyo; ni de indigenismos usuales en toda América (como cabuya, g u a d u a o to tuma, respect ivamente cue rda , b a m b ú y recipiente en forma de media calabaza pequeña) . T a m b i é n sería difícil, sin tener los p roduc tos a mano , hablar de frutas o de l egumbres locales que llevan n o m b r e español , pe ro que son muy diferentes d e los p roduc tos eu ropeos del mismo n o m b r e : así ni el níspero ni la ciruela colombianos son los que se ven en España .

Entonces, ¿de qué voy a hablar? T r a t a r é con menos prisa de tres series de fenómenos: la pronunciación (o fonética), la gramática (o morfología) y el vocabulario (o lexicología). Y t e rmina ré a lud iendo a la expresividad y a la entonación. En ello seguiré las huellas de Cuervo y las de Luis Flórez, en sus libros Las «Apuntaciones críticas» de Cuervo y el español bogotano, cien años después (Inst i tuto Caro y Cuervo , Bogotá, 1973), Del español hablado en Colombia, seis muestras de léxico (Ibídem, 1975), Apuntes de español (Ibídem, 1977) y en su artículo de Thesaurus «Sobre a lgunas formas de p r o n u n c i a r muchos colombianos el español, datos y problemas» (vol. X X X I I I , n ú m . 2, págs. 197-246).

P ronunc i ac ión

Los fenómenos más impor tan tes en todos los niveles de la población bogotana son los siguientes:

— la reducción del hiato de los verbos en ear (iar): pasiar, peliar;

eo se convierte en io: acordión, pior; oa pasa a ua: tualla, almuada; se oye a menudo el famoso quiubo (¿qué hubo?) para decir ¿qué tal? o nu importa, nu es nada.


Cabe advertir que dicha conversión viene desde el latín: creare dio crear y criar, y deus, dios.

El punto extremo de ese tipo de reducción aparece en el habla popular: ponde: por donde; puay: por ahí; puaquí: por aquí; puallá: por allá; palla: para allá; ¿paquel: ¿para qué?;

— existen algunos cambios de acentuación, por lo general arcaísmos, como Antioquia, acentuado en tio;

— hay cierta tendencia a pronunciar dos palabras como una sola: Semanasanta, CarlosVargas,

y a reducir dos vocales a una: ler: leer; azar, azahar y asar se oyen prácticamente iguales; ahora se vuelve hora y en diminutivo horita; también se oye a menudo la combinación oriverá: ahora y verá, especie de estribillo en los relatos; cohete se oye cuete; pedacito: piacito; todo el día: tuel día; toda la noche: tualanoche.

Paso r á p i d a m e n t e s o b r e f e n ó m e n o s n o e x c l u s i v a m e n t e c o l o m b i a n o s :

— la d ínter vocálica o final se debilita o se pierde: cansao, abogao; usté, verdá;

— la j se articula más débilmente que en Castilla; la de la costa atlántica colombiana es la más débil de todas;

— el seseo es general y, a veces, existe ceceo; — las dos terceras partes del país pronuncian // como y.

P e r o m e d e t e n g o u n p o c o m á s e n c iertas característ icas:

— hay cierta afectación, sobre todo cuando se lee o se habla en público, en pronunciar v labiodental, especialmente la inicial: veinte;

— salvo en ciertas regiones, como Antioquia, la s no es la de Castilla, sino más bien la de Sevilla o la de Canarias;

— la r final suena a veces asibilida: el grupo tr tiende, en ciertas regiones, a ch: trigo: tchigo y la ch suena, por ejemplo, hacia el Pacífico, como sh: shocolate.

— la n suena, a veces, nasal, especialmente en las costas y tierras bajas, donde aparecen, a menudo, fenómenos de polimorfismo: una sola persona puede pronunciar fonemas de manera distinta;

— hay tendencia a mantener los grupos de consonantes de las palabras con x o con doble c: taxi: taksi; colección;

— en las costas, las consonantes finales de sílaba se debilitan o desaparecen, especialmente r, l, s;

— para pronunciar las palabras extranjeras, hay tendencia a la pronunciación de origen, siendo fuerte la influencia del inglés norteamericano: uáter, be'iby.

— hay tonillos diferentes según la región, siendo los más característicos los siguientes: los de Bogotá, de Antioquia, de la Costa, de Pasto, del Tolima, del Valle del Cauca, de Santander, de Boyacá, de los Llanos orientales. De todos esos «acentos», el que se aleja más del oído en Castilla es el de la Costa caribeña, donde hay gran rapidez en el habla, relajación articulatoria general, mucha nasalidad y u n s s aspirada a menudo: el pez espada se oye pehpáh.

— EÍ contraste entre tierras bajas y altas es bastante fuerte.


Gramát i ca y locuciones

I n d i c o a h o r a a l g u n o s f e n ó m e n o s gramat i ca l e s y l u e g o l o c u c i o n e s q u e se re lac ionan e n parte c o n la g r a m á t i c a y e n par te c o n el v o c a b u l a r i o p r o p i a m e n t e d i c h o .

La característ ica m á s i m p o r t a n t e , y n o e s p e c i a l m e n t e c o l o m b i a n a , es la d e s a p a r i c i ó n total d e vosotros y d e la s e g u n d a p e r s o n a de l plural de l habla c o r r i e n t e . S ó l o uti l izan e s a f o r m a los s a c e r d o t e s e n los s e r m o n e s y, a veces , los pol í t icos e n c iertas c e r e m o n i a s . Así, el plural n o r m a l d e tú e s ustedes. Al l a d o d e usted ex i s t e un sumerced c o n va lores m u y d i f e r e n t e s : e n el c a m p o , e spec ia l m e n t e b o y a c e n s e , lo e m p l e a b a n los c a m p e s i n o s al d ir ig ir se al a m o . D e n t r o d e las famil ias , e n la m i s m a r e g i ó n y e n B o g o t á , es t é r m i n o c a r i ñ o s o y r e s p e t u o s o a la vez: e n t r e p a d r e s e hijos, e n t r e m a r i d o y m u j e r , e n t r e h e r m a n o s , e n t r e nov ios . Existe e n d i m i n u t i v o : sumercesito, sumercesita y e n plural , susmercedes. Si p e r s o n a s q u e se d i c e n n o r m a l m e n t e « d e s u m e r c e d » pasan a «dec irse d e us ted» e s s i g n o d e d i s g u s t o . La p e r s o n a «tratada d e us ted» p u e d e «sent irse» , o sea p o n e r s e m u y triste p o r e l lo . En C o l o m b i a , el « s u m e r c é » n o es s i g n o d e s u m i s i ó n , s ino d e c a r i ñ o y se l imita, c o m o ya se dijo , a u n a r e g i ó n .

En el habla p o p u l a r e x i s t e el vos c o m b i n a d o p o r lo g e n e r a l c o n la s e g u n d a p e r s o n a d e s ingu lar a c e n t u a d a e n la ú l t ima sílaba: vos tomas: tú t o m a s ; vos come's: tú c o m e s .

Existe t a m b i é n la p e r s o n a así a c e n t u a d a c o n te: te engañas. O t r o s tenédmenos bas tante g e n e r a l e s : p r e f e r e n c i a p o r el s u b j u n t i v o i m p e r

fecto e n ra y p o r el p r o n o m b r e los e n acusat ivo: los vi; e m p l e o d e donde p o r a casa de: voy a d o n d e J u a n i t a . Parece q u e ex i s te e s e f e n ó m e n o e n L e ó n , s e g ú n la carta d e H a r t z e n b u s c h a C u e r v o ( 1 3 d e a g o s t o d e 1874) .

En lo q u e se re f i ere al n ú m e r o , se o y e a veces ajises p o r ajíes o pieses p o r p ies ( p e r o p a r e c e q u e t a m b i é n e n M a d r i d , s e g ú n L ó p e z Silva, c i t a d o p o r Cuervo , Apuntaciones, pág . 106, n ú m . 194 d e la e d i c i ó n c i tada) . T a m b i é n se o y e , p e r o « p o r chis te» , las mamáes y los papáes. Existe , a veces , el s o l e c i s m o -a r c a í s m o cualesquier c o n sus tant ivo e n s ingu lar : cualesquier lector. (Parece exist ir t a m b i é n e n Galicia y e n A n d a l u c í a . ) Al revés , para d e s i g n a r h o m b r e s d e p o c a i m p o r t a n c i a , se o y e : unos cualesquieras. En re lac ión c o n el n ú m e r o y qu izá c o n la hora , c o n v i e n e hablar d e u n a e x p r e s i ó n m u y típica: las onces. A n t a ñ o s ignif icaba lo q u e se sol ía c o m e r a las o n c e . A h o r a es la m e r i e n d a , e spec ia l m e n t e la d e los n i ñ o s . Las m a l a s l e n g u a s d i c e n q u e se d ice así p o r q u e aguardiente t i e n e o n c e letras. Y e n t o n c e s e s o ya n o e s m e r i e n d a . D e s d e l u e g o , la e x p r e s i ó n p a r e c e ser m u y castiza, p u e s a p a r e c e e n M e s o n e r o R o m a n o s y H a r t z e n b u s c h . Otra palabra q u e varía d e n ú m e r o : la voz hai t iana enaguas q u e se ve a veces e n s ingu lar : la enagua y t a m b i é n c o n la f o r m a las naguas.

V a n a h o r a a l g u n a s o b s e r v a c i o n e s s o b r e el g é n e r o . Qu izá la m á s cur iosa sea la t r a n s f o r m a c i ó n d e la e x p r e s i ó n e n pe lo ta , m u y c e r v a n t i n a , e n adjet ivo: u n n i ñ o empeloto, o sea, d e s n u d o . S e o y e a veces la tigra; la g u a c a m a y a es qu izá m á s f r e c u e n t e q u e el g u a c a m a y o y la m o s c a e n C o l o m b i a es m á s g r a n d e y m á s ru idosa q u e el m o s c o , el insec to d o m é s t i c o . El t o l d o es p a b e l l ó n o t i e n d a y la to lda , la lona o tela. La banca es m á s b ien d e c o l e g i o y el b a n c o , d e carp in tero . U n mecho e s u n c a b o d e vela y apagarle el mecho a u n o e s m a t a r l o . A veces se o y e especies p o r e s p e c i a s y casi s i e m p r e hojaldra p o r h o j a l d r e . Se sue l e o ír el c h i n c h e , el m u g r e , el sar tén , e n lugar de l f e m e n i n o . S e d i c e q u e


u n a c o c i n e r a t i ene « b u e n s a z ó n » , p o r d e c i r q u e sabe gu i sar . A v e c e s se o y e la ca lor y la co lor , s i e m p r e las t irantas p o r los t irantes ( t a m b i é n las l l a m a n calzonarias). La b u t a c a se v u e l v e butaque, la manilo e s f r e c u e n t e p o r la m a n i t a . H a y r e g i o n e s q u e d i c e n la azúcar , o tras el azúcar . L o m i s m o c o n el a l m í b a r o la a lmíbar (Morat ín hab la d e la a lmíbar lus i tana) .

A l g u n o s e j e m p l o s d e d e r i v a d o s q u e p u e d e n p a r e c e r e x t r a ñ o s : el escuelante p o r n i ñ o q u e va a la e s c u e l a , la pueblada p o r la a s o n a d a . El desecho e s u n c a m i n o . La palabra der iva p r o b a b l e m e n t e d e d e s e c h a r : b u s c a r o t r o c a m i n o y, s e g ú n C u e r v o , d e la i d e a d e « e c h a r p o r aquí» .

E n c u a n t o a c o n j u g a c i ó n , c o n v i e n e s eña lar a l g u n a s par t i cu lar idades : se trata e n es tos casos d e habla inculta:

— a veces no hay diptongación: me apretan los botines; me escoce; — a veces hay diptongación sin razón: no suerba: no haga ruido con la nariz

si tiene catarro, o con la boca al tomar sopa; tiemple la guitarra; — a veces se conjuga mal el verbo andar.

Más cur iosa es la e x p r e s i ó n daca ( q u e e x i s t e e n C e r v a n t e s y Q u e v e d o ) sacada d e d a y acá. A deque ( q u e e x i s t e e n L o p e d e V e g a ) se o p o n e p o r bur la tome que.

El g e r u n d i o a p a r e c e a v e c e s g a l i c a d o , e n part icu lar e n los p e r i ó d i c o s of ic iales: d e c r e t o a b r i e n d o u n c r é d i t o . El l e n g u a j e c o m e r c i a l , i n f l u i d o p o r el ing lé s , abusa d e esa f o r m a y d e los pas ivos: c u a t r o f a r d o s c o n t e n i e n d o v e i n t e p iezas d e p a ñ o ; fue c o m b a t i d a la idea; s o n rec ib idas las cartas .

La e x p r e s i ó n ¿qué h o r a s son? e s m á s f r e c u e n t e q u e «¿qué h o r a es»? . V a n a h o r a a l g u n a s l o c u c i o n e s c o n l o cual e s t a m o s ya e n t r e la gramát i ca y

el vocabular io :

Aprisa, apure, apúrele, muévase se emplean para animar a alguien a que se dé prisa. Asigún significa según pinte, según caiga.

Enantes es hace un momento , a cada nada, a cada momento . Se emplea mucho —pero existe también en España— tan es así para probar algo: tan le escribí que ya me contestó; tan no está enfermo que bailó toda la noche.

A ver cómo no es una frase frecuente con la que se muestra el poco caso que se hace de una amenaza; puede significar también: pase lo que pase o no me importa. U n ejemplo: —Si usted sigue así, me voy. — A ver cómo no.

Para indicar el riesgo, la posibilidad de un acontecimiento, se emplea mucho «va y». Ejemplos: N o salgo porque va y llueve. Si le presta el libro va y no se lo devuelve. Niño, estése quieto, que va y viene su papá, significa que es posible que llegue pronto su padre y no que éste se está moviendo sin cesar.

Alzar a santos es el momento , en la misa, del Sanctus, pero estar alzado significa estar borracho. Chillarse es, como sentirse, ponerse un poco triste o enfadado, pero sin llegar a enojarse. Rebullir se emplea mucho por mover: rebúllalo a ver si se despierta; el café no está rebullido.

Malhaya puede ser negativo, de lamentación: ¡malhaya sea!, pero también puede ser de alabanza: ¡Malhaya sea la china! quiere decir: ¡qué niña tan graciosa! Puede significar también deseo de tener algo a mano: ¡ah!, ¡malhaya una escopeta! (pero esto también está en Lope: «Malhaya un hacha y tocino» El Arenal de Sevilla, I-IV).

Dizque por dicen, que se emplea mucho. Provocar significa a menudo tener ganas de o dar ganas de: me provoca

bañarme: tengo ganas de bañarme. Origen probable: provocar a como en la expresión: el río está tan bello que provoca a bañarse.

Se siguen usando arcaísmos como quedar de o entrar a.


Entre las in ter jecc iones m á s e m p l e a d a s \uyay!, ¡ayuy!, ¡arre! e x p r e s a n d o lor, p i c a d u r a o p u n z a d a . ¡Fo! indica q u e a l g o h u e l e mal o «a f eo» , c o m o se d ice e n C o l o m b i a . ¡Hala! ¡Halita! s i rven p a r a l l amar p e r o t a m b i é n s ign i f i can t r a t a m i e n t o car iñoso : se dicen de hala: se t u t e a n . ¡Jesús Credo! ind ica a d m i r a c ión . ¡Angela María! s irve para a p r o b a r o ind icar q u e se cae e n la c u e n t a d e a lgo .

Los d i m i n u t i v o s se e m p l e a n m u c h o , c o m o e n t o d a A m é r i c a y e n A n d a l u cía. Se p u e d e oír piecitos, u n cieguito, u n pueblito, q u e n o es lo n o r m a l e n Castilla.

V o c a b u l a r i o

S ó l o se p o d r á n d a r e j e m p l o s : a d e m á s m u c h o s d i cc ionar io s d a n c o l o m b i a n i s m o s .

Los i n d i g e n i s m o s se re lac ionan g e n e r a l m e n t e c o n la a l i m e n t a c i ó n , el vest ido, los t ranspor te s , el paisaje. S ó l o d o y a l g u n o s e j e m p l o s d e u s o s espec ia l mente c o l o m b i a n o s , p u e s la m a y o r í a d e las palabras i n d í g e n a s se u s a n e n toda A m é r i c a y se han d i f u n d i d o p o r el m u n d o : así, la auyama ( v a r i e d a d d e calabaza) y la arracacha ( l e g u m b r e ) s o n v o c e s ch ibchas , el ajiaco c o l o m b i a n o , a u n q u e la palabra der iva d e ají n o l leva e s te p i m i e n t o c o m o e n C u b a , C h i l e o Perú . Es u n plato nac iona l a base d e l e g u m b r e s , p o l l o , a g u a c a t e , a lcaparras , en f o r m a d e s o p a m u y c o n s i s t e n t e . La arepa (voz de l c u m a n a g o t o ) es u n a torta d e maíz asada y a veces rel lena c o n queso . La chicha (voz arahuaca o chibcha) es u n a b e b i d a f e r m e n t a d a a base d e maíz , m i e n t r a s q u e el guarapo (palabra q u e c h u a ) es el jugo d e la c a ñ a d u l c e o u n a b e b i d a f e r m e n t a d a a base d e mie l d e caña . El masato (voz caribe) es u n a b e b i d a l i g e r a m e n t e f e r m e n t a d a , u s a d a como re fresco , a base d e arroz o d e maíz . La patilla (voz de l c u m a n a g o t o ) es una v a r i e d a d d e sandía; la chisgua, u n a hoja q u e sirve para e n v o l v e r los tamales . Ya v i m o s q u e chino, china, s ign i f i can c h i c o , chica . En d i m i n u t i v o es muy car iñoso : mi chinda. El zipa y el zaque e r a n j e f e s ch ibchas ; la mucura, famosa p o r u n a c a n c i ó n , e s u n c á n t a r o , el chinchorro e s u n a h a m a c a , el cuba e s el h e r m a n o m e n o r .

T a m b i é n c o n v i e n e d a r a l g u n o s e j e m p l o s d e c a m b i o s d e s i gn i f i cado c o n re lac ión al e s p a ñ o l p e n i n s u l a r : a veces c a m b i a n u n a o d o s letras , a veces t o d a la palabra. Así , e n Colombia la bandeja e s lo q u e se d i ce f u e n t e e n E s p a ñ a y la bandeja caste l lana se l lama charol. U n a bomba p u e d e ser p o m p a d e j a b ó n y una bombita u n a burbuja . S e d ice traste p o r trasto y gángaras p o r g a r g a r i s m o , m a c h u c a r p o r m a c h a c a r , florear p o r f lorecer , pocilio p o r tacita, carreta d e hi lo por carrete , aVvolverse p o r vo lverse ( regresar ) , botar p o r m a l g a s t a r o di lapi dar, s i e n d o u n botarate u n d e r r o c h a d o r , refundir p o r p e r d e r o extrav iar a l g o , temperar p o r cambiar d e aire (veranear ) . U n cubilete e s u n s o m b r e r o d e c o p a alta y el cucurucho p u e d e d e s i g n a r la c i m a o la c u m b r e , a m e n u d o e n s e n t i d o f i g u r a d o , la cuchilla e s la ceja del m o n t e , la churumbela la p ipa y u n esqueleto puede ser u n f o r m u l a r i o para re l lenar . El flux e s el t e r n o y u n gancho u n a horqui l la (para el pe lo ) . La hoya e s la c u e n c a y mono p u e d e ser r u b i o c o m o adjet ivo y m u ñ e c o c o m o sus tant ivo . Mondos s o n los p e r s o n a j e s d e las tiritas cómicas . N o se d i ce g u i s a n t e s s i n o alverjas; u n aljibe e s u n p o z o y n o c o m o e n E s p a ñ a u n a c is terna. U n escaparate e s u n m u e b l e p o r el est i lo d e u n a r m a r i o y el e scaparate d e E s p a ñ a se d i ce vitrina. Las estampillas s o n los se l los d e c o r r e o


y u n gis e s u n pizarrín , lápiz e spec ia l para escribir s o b r e pizarra. Halar p r o n u n c i a d o g e n e r a l m e n t e jalar e s tirar d e a l g o y u n chicote e s u n a coli l la. Los pericos s o n h u e v o s r e v u e l t o s : el n o m b r e v i e n e d e la m e z c l a d e amar i l l o y v e r d e c o m o e n los l oros del m i s m o n o m b r e . La peste e s s o l a m e n t e ca tarro y alegar e s reñir . Bas tante c o n o c i d o es el tinto p o r café so lo y pararse e s l evantarse , c o m o e n toda A m é r i c a . Parece que parado e n el s e n t i d o d e «de pie» ex i s t e e n As tur ias y se c o n s e r v a e n t r e j u d í o s l e v a n t i n o s . Escampar se e m p l e a p o r evitar , c o m o e n S a n t a n d e r , d e España , y emparamarse e s he lar se o m o j a r s e . Feo p u e d e ser d e mal sabor o d e mal o lor . La pechuga e s a b u s o , un pechugón el q u e a b u s a d e la a m a b i l i d a d d e los d e m á s . Fregar e s mo le s tar , fast idiar. £ 5 un fregado: e s u n listo; p e r o está fregado: e s tá e n mala s i tuac ión o e n f e r m o . P e r o ya e s t a m o s m á s b ien e n t r a n d o e n la l e n g u a fami l iar q u e , d e s d e l u e g o , hay q u e c o n o c e r u n p o c o : saber , p o r e j e m p l o , q u e fullero e s m á s b i e n p r e s u m i d o q u e t r a m p o s o y q u e la juma e s la b o r r a c h e r a . Jumarse ojalarse e s e m b o r r a c h a r s e , p e r o el q u e le

jala al trago b e b e c r ó n i c a m e n t e . Mamarse a uno e s m a t a r l o y alebrestarse anim a r s e y n o , c o m o e n E s p a ñ a , a c o b a r d a r s e . Rascarse con alguien e s agasajarlo , tratarlo b ien , salir sin jletes salir r á p i d a m e n t e , pedir cacao hu ir p i d i e n d o miser i cordia . Se p u e d e d e c i r N i ñ o A n t o n i o o N i ñ a María a a n c i a n o s v e n e r a b l e s , p e r o si a l g u i e n d i ce « m e e n c o n t r é u n a vieja genia l» e s o s igni f ica q u e se e n c o n t r ó c o n u n a ch ica e s t u p e n d a . Esta p u e d e ser chirriada (grac iosa , s i m p á tica) o celebre (bonita) y n o u n muérgano ( p e r s o n a d e s a g r a d a b l e ) q u e se pone brava (se e n f a d a ) p o r t o d o .

A l g u n a s e x p r e s i o n e s p i n t o r e s c a s y f r e c u e n t e s : descrestar calentónos e s e n g a ñar (a la g e n t e d e t ierra ca l i ente ) , irse a freír micos irse al d iab lo , pensar en los huevos del gallo es tar d i s t ra ído . Para r e c h a z a r lo q u e a l g u i e n d i ce se p u e d e e x c l a m a r : ¡ni qué pan caliente! Ras con apenas e s e s c a s a m e n t e y u n tris e s u n p o q u i t o . En c u a n t o a ¡qué vaina! los l ec tores d e García M á r q u e z c o n o c e n b ien la e x p r e s i ó n : ¡qué moles t ia ! P e r o e n d i m i n u t i v o u n a vainita e s u n a cosi ta , u n p e q u e ñ o obje to u n p o c o i n d e t e r m i n a d o y, e n a u m e n t a t i v o , u n vainonón u n a g r a n di f icul tad , u n p r o b l e m a bas tante g r a v e . Déjese de vainas s igni f ica n o e x a g e r e , ni de vainas d e n i n g u n a m a n e r a . ¡Ah humanidad! se e m p l e a m u c h o para dec i r a l g o c o m o ¡qué lást ima! , para l a m e n t a r s e p o r q u e se ha p e r d i d o a l g o o n o se ha a p r o v e c h a d o b ien . En un tilín e s e n p o c o t i e m p o y echar piches es e m p u j a r para desa lo jar a u n a p e r s o n a . S i e n d o la nigua u n parás i to q u e se m e t e e n t r e los d e d o s d e l o s p ies y q u e c r e c e c a u s a n d o g r a n moles t ia , u n buscaniguas e s u n buscapiés, t ipo d e p e t a r d o c o n el q u e j u e g a n los n iños . U n pisco p u e d e ser u n p a v o p e r o t a m b i é n u n t ipo , u n a p e r s o n a . En f e m e n i n o es m á s p e y o r a t i v o q u e e n m a s c u l i n o . U n guache e s u n h o m b r e mal e d u c a d o , u n patán y u n cachaco u n b o g o t a n o c lás ico , d e c ierta c a t e g o r í a , u n p o c o a la ant igua . Se d ice a m e n u d o : el que es cachaco repite para incitar a u n a p e r s o n a a q u e c o m a o beba d e n u e v o . U n chimbo de carne, e s u n p e d a c i t o , u n a corrosca u n s o m b r e r o d e paja y u n a chácara u n p o r t a m o n e d a s o p e q u e ñ a bolsa . Los chanchiros s o n los andrajos , meterse a funes m e t e r s e e n lo q u e n o le i m p o r t a y la golosa e s la rayue la .

Podr ía s e g u i r e n u m e r a n d o e x p r e s i o n e s d u r a n t e m u c h o t i e m p o , p e r o c o n v i e n e , a n t e s d e conc lu ir , a lud ir a la e x p r e s i v i d a d . A p a r e c e , p o r e j e m p l o , e n el a l a r g a m i e n t o d e la vocal a c e n t u a d a : ¡caaaray! ¡quéééé! ¿noooo? suuuumamente caro; e n el rea lce p o r m e d i o d e pref i jos: redulce, requetemalo; e n el e m p l e o c o n t i n u o d e sufijos y e s p e c i a l m e n t e d e l d i m i n u t i v o ito, r e a l z a d o o n o : d e ch ico sa len n o só lo ch iqu i to , s ino chiquirritico, chiquirritín y o t r o s m u c h o s . A v e c e s se


refuerzan: una niñita chiquita, ahorita no más viene, ahoritica. De un e n f e r m o se dice que está mejorcito. Si están los dos solitos es que están abso lu tamente solos. Abundar í an los ejemplos. Van a lgunos con el aumenta t ivo ón: un montonón de cosas, un millonón de gracias, un chisgonón (una gran opo r tun idad ) , se pegó un jumonón bruto (se embr iagó muchís imo) , u n fiestonón salvaje (una fiesta sumamen te buena) , un colononononón (una cola larguísima). La afectividad se ve m u c h o en el empleo d e un p r o n o m b r e sup lementa r io que marca el interés del hablante: ¿cómo me le va?, ¡no se me vaya!, ¡háblese con el ministro! Habr ía que decir m u c h o más sobre este p u n t o pe ro es preciso concluir .

En un es tudio tan breve sólo he pod ido abr i r el apeti to a los interesados. Por la bibliografía éstos p o d r á n ver que t ienen ampl io campo de estudios. Lo que quisiera repet i r es que , a pesar de las diferencias, esencialmente de vocabulario concreto y d e expresiones , sobre todo en el habla popu la r o semiculta, el español hablado en las c iudades de Colombia es un español claro y preciso, reple to d e expresividad, muy var iado según las regiones. No hay que olvidar que , como lo dice Luis Flórez (Apuntes de español, Inst i tuto Ca ro y Cuervo, Bogotá, 1977, pág. 213), «en el concepto de español o de lengua española, que es muy amplio, cabe todo lo que se habla en la América hispana y que no nos ha venido de Castilla; cabe mul t i tud de formas d e decir nacidas en América; cabe mul t i tud de indigenismos americanos; cabe multitud de extranjerismos, neologismos, regionalismos y localismos que no se emplean en Castilla de España». Persona lmente c o m p a r t o la opinión de Luis Flórez cuando dice (op. cit., pág. 214): «En mi humi lde concepto, la lengua que usamos los colombianos es, precisa y exac tamente , española y no castellana. En otras palabras: no hablamos y escribimos p r o p i a m e n t e "castel lano", sino "español" . Pero lo que hablamos —y acaso más lo que se escribe— parece a muchos mejor que el m o d o de hablar en otros países.»

B i b l i o g r a f í a

/. ESTUDIOS

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FLÓREZ, Luis: El español hablado en Santander. Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1965. : Léxico del cuerpo humano en Colombia. Bogotá: Instituto Caro y Cuervo, 1969. : Las «Apuntaciones criticas» de Cuervo y el español bogotano cien años después,

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lenguaje. Con trescientas notas explicativas (1887). Medellín: Ed. Tomás Carrasquilla, 1973. Nota: Una reseña de este último libro ha sido publicada por Julián Garavito en El

Tiempo, Lecturas Dominicales, 8 de enero de 1978 (págs. 11 y 12), con el título «Un diccionario de Rafael Cribe Cribe».

Dirección del Instituto Caro y Cuervo: Apartado aéreo 51502. Bogotá, Colombia.


apuntes sobre el español hablado en colombia

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