“pedazo de guarra, quinqui de mierda” · 2019-04-01 · entre otras obras suyas figuran el amor...
TRANSCRIPT
No estudia, no trabaja. La puedes ver borracha por el barrio, tirada en un banco en la plaza, o dando voces a deshoras. Y todos lo pensamos: “pedazo de guarra, quinqui de mierda”, hay tantas como ella... Sin embargo, dice que nosotros, todos nosotros, estamos en deuda con ella; y que ya es hora de cobrarlo que es suyo.
” M a r í a H e r v á s h a c e u n a i n t e r p r e t a c i ó n a s o m b r o s a . A l e g r e , i r r i t a d a , a t r e v i d a , d e s m a y a d a , s o b e r b i a ,
s e n s i b l e , m e l a n c ó l i c a , m a l h a b l a d a , r a h e z , a g r e s i v a , a s o m b r o s a s i e m b r e .
U n a i n t e r p r e t a c i ó n q u e l a s i t ú a e n l o s p r i m e r o s p u e s t o s d e l t e a t r o e s p a ñ o l ”.
L u i s M a r í a A n s ó n . E l c u l t u r a l
” M a r í a n o i n t e r p r e t a a I f i , l a p o s e e , c o n u n t r a b a j o d e f i e r e z a a n i m a l , q u e l e s u r g e d e l c o r a z ó n y l a s
e n t r a ñ a s ”.
J u l i o B r a v o . U n a b u t a c a c o n v i s t a s
” A M a r í a H e r v á s p o d r í a m o s l l a m a r l a a c t r i z s a l v a j e . U n a r m a f o r m i d a b l e d e H e r v á s e s l a v o c a l i z a c i ó n ,
l a p r o y e c c i ó n d e l a p a l a b r a . Y o t r a , l a m i r a d a . ”
J a v i e r V i l l á n . E l M u n d o
” M a r í a H e r v á s s e a p o d e r a d e l e s p a c i o y d e u n p ú b l i c o a l q u e s u b y u g a c o n s u v e r b o r r e a y s u í m p e t u
i m p a r a b l e . C i e r t a m e n t e m a g n í f i c a ”.
Á n g e l E s t a b a n M o n j e . K r i t i l o
” S i n o h a n v i s t o a e s t a I f i , n o s e l a p i e r d a n , s i l o v e n a n u n c i a d o e n l a o t r a p u n t a d e l p a í s , c o r r a n . N o
h a y q u e p e r d e r s e a M a r í a H e r v á s e n e s t a h i s t o r i a .
A B S O L U T A M E N T E N E C E S A R I O ”.
D a v i d G a r c í a P é r e z . D a v i d d e s d e e l p a t i o
” D e I p h i g e n i a e n V a l l e c a s u n o n o s a l e c o m o e n t r ó : S a b e g o l p e a r c o n c o n t u n d e n c i a , s a b e r e m o v e r ; y
s a b e m o v e r a l a r e f l e x i ó n . U n e s p e c t á c u l o i m p r e s c i n d i b l e ”.
H u g o Á l v a r e z D o m í n g u e z . B u t a c a e n a n f i t e a t r o
” I p h i g e n i a e n V a l l e c a s , e s u n a p r o p u e s t a s ó l i d a y c o n t u n d e n t e . U n a o b r a e m o t i v a , n e c e s a r i a , c o n u n a
e x c e l e n t e p u e s t a e n e s c e n a ”.
P a u l a G ó m e z . R e d C a r p e t
” V u l g a r i d a d y p o e s í a , r a b i a y c a l m a , d u r e z a y t e r n u r a , a r r a s t r a n d o a l e s p e c t a d o r a u n v i a j e l l e n o
d e d o l o r e n e l c u a l u n o n o p u e d e e v i t a r e n a m o r a r s e d e e s t e p e r s o n a j e . B r a v a , M a r í a H e r v á s , s i n
r e s e r v a s y e n t r e g a d a h a s t a e l t u é t a n o a e s t a q u i n q u i q u e p o n e l o s p e l o s d e p u n t a . I p h i g e n i a e s t á e n
V a l l e c a s y e m o c i o n a c o m o e n G r e c i a ”.
M i g u e l G a b a l d ó n . N o t o d o . c o m
CR
ÍTIC
AS
E l v i e n t o d e s a p a r e c e y l a f l o t a
g r i e g a n o p o d r á p a r t i r h a c i a l a
g u e r r a d e T r o y a h a s t a q u e l o s
d i o s e s o f e n d i d o s s e a n r e s a r c i d o s .
E l p a g o p o r l a s o f e n s a s e s s a c r i f i c a r
a I p h i g e n i a , h i j a d e l r e y A g a m e n ó n .
L a c i u d a d e n t e r a , a e x c e p c i ó n
d e A q u i l e s , e s p e r a q u e e l l a s e
e n t r e g u e p o r e l b i e n c o m ú n .
I p h i g e n i a e n V a l l e c a s ( I p h i g e n i a
i n S p l o t t e n e l o r i g i n a l ) r e c o g e
c o m o t e m a p r i n c i p a l e l s a c r i f i c i o
i n d i v i d u a l e n p o s d e u n b i e n
c o l e c t i v o . P e r o e s t a I p h i g e n i a
d e h o y n o e s u n a p r i n c e s a .
M u y a l c o n t r a r i o , e s u n a j o v e n
m a l e d u c a d a , o r d i n a r i a , c o n p o c o s
r e c u r s o s e c o n ó m i c o s y u n b a g a j e
c u l t u r a l p r á c t i c a m e n t e n u l o . E s
u n a n i n i , u n a c h o n i . V i v e e n l o s
m á r g e n e s m á s b a j o s d e n u e s t r a
s o c i e d a d .
Y a n o e s t a m o s e n l a G r e c i a
m i t o l ó g i c a . P e r o a v e c e s e l v i e n t o
d e j a d e s o p l a r y a l g u i e n d e b e
r e s p o n d e r . E n t o n c e s I p h i g e n i a ,
Gary Owen ganó en Edimburgo
el premio al mejor texto por
esta nueva versión del mito
u n a n u e v a I p h i g e n i a , v u e l v e a
e n f r e n t a r s e a l s a c r i f i c i o .
¿ Q u i é n e s p e r a m o s q u e s e s a c r i f i q u e
c u a n d o a l g o v a m a l ? ¿ Q u i é n e s
e f e c t i v a m e n t e s a c r i f i c a d o c u a n d o
l o s q u e m a n d a n q u i e r e n a l g o ?
¿ Q u i é n e s e s t á n s o b r e l l e v a n d o
e l c o s t e d e e s t a c r i s i s ? ¿ Q u é e s
l o q u e s e l e s e s t á o b l i g a n d o a
s a c r i f i c a r ?
Y s o b r e t o d o ¿ q u é v a a p a s a r
c u a n d o l o s s a c r i f i c a d o s y a n o l o
s o p o r t e n m á s ?
Antonio C. Guijosa
Hace casi tres años viví un profundo desencanto
profesional. Justo al terminar el que, hasta día
de hoy, ha sido el proyecto más enriquecedor
de mi carrera como actriz, y el más doloroso.
La desolación era palpable, y teñía muchos de
los aspectos de mi rutina.
Hasta que un día, en un arrebato de lucidez,
pude verme a mi misma con perspectiva, y
pensé:
“¡Esta chica se queja mucho!”
A la mañana siguiente ya estaba en internet,
rastreando las últimas ediciones del festival
de Edimburgo, la programación de los teatros
londinenses contemporáneos, los textos con
mejores críticas de Oberon Books, etc. Y a la
semana, mi mesilla rebosaba obras en inglés
de las que deseaba enamorarme.
Sabía que no sería fácil pero sí necesario. No
sólo intentaba desarrollar un proyecto, sino
encontrar un posicionamiento ideológico
respecto de la profesión:
“¿Qué tipo de intérprete quiero ser? ¿Reactiva
y quejumbrosa, o reaccionaria y creativa?”.
Y más allá incluso, respecto de la vida:
“¿Decido instalarme en la decepción? ¿O
decido construir mi felicidad?”.
Por supuesto, decidir algo no implica
conseguirlo, pero el objetivo, el deseo, es lo
“Dar voz a aquellos que son silenciados”
que determina la línea de acción, el camino. Y
el camino lo es todo.
Con este nuevo entusiasmo por encontrar
una dirección, llegué a “Iphigenia in Splott”,
de Gary Owen. La traduje y la adapté como
“Iphigenia en Vallecas”. Y entendí que tanta
necesidad tenía yo de llegar a esa historia,
como ella de llegar a mí. Por algo.
Algo que todavía sigo descubriendo, pero
que en este momento del proceso se resumen
en dar voz a aquellos que son silenciados,
y que paradójicamente, son los mismos de
los que se sirven las sociedades actuales
para construir ese llamado “estado de
bienestar” del que sólo disfruta un sector de
la población.
Eso es “IPHIGENIA EN VALLECAS”: la historia
de un sacrificio individual en pro del bien
común, colectivo.
Una vez tomas conciencia de que tu realidad
está íntimamente relacionada con otras
realidades, y de que, por norma general,
gozamos de muchos privilegios a costa de que
otros sufran la opresión del sistema, no puedes
escapar de la responsabilidad que conlleva.
O sí. Sí puedes. Pero en este caso, yo decido
asumir esa responsabilidad. Y lo hago desde
donde mejor sé: el teatro, encontrando así
sentido a este oficio que en tantas ocasiones
puede resultar vacuo, y a esta vida que nos
inocula individualismo y ambición.
Así que, en definitiva, a través de esta historia
pretendo callar a “esa chica que se quejaba
tanto”, y ponerla a disposición de esta otra
chica: “Ifi” (Iphigenia), que tiene tanto que
contarnos, y de este modo ayudar a ambas.
María Hervás
Licenciado en dirección escénica en la R.E.S.A.D. de Madrid. Director de escena, ayudante de dirección, regidor y editor de audiovisuales.
Ha sido ayudante de dirección de Ernesto Caballero, con quien ha trabajado montajes como Presas, La tortuga de Darwin, La fiesta de los jueces, La colmena científica, o Doña Perfecta.También ha sido ayudante de dirección de Ignacio García en proyectos como En la roca, Gloria y peluca, Marina, Black el payaso e Il Pagliacci.
Como director ha colaborado en tres proyectos ETC de Cuarta Pared, ha dirigido los montajes Fugadas de Ignacio del Moral (Compañía Dionís) y el musical MiMi, de Ozkar Galán (Escuela de Música Creativa) .
En 2009 funda la compañía Rajatabla Producciones, con la que realiza los montajes teatrales: Entre bobos anda el juego de Rojas Zorrilla, Fair Play, de Antonio Rojano y Claudio, tío de Hamlet y la dirección de escena de los espectáculos de danza Enfermedades del silencio y Desde la Oscuridad.
Su encuentro con Verónica Fernández en el escritos en la escena Serena Apocalipsis, en el Centro Dramático Nacional, provoca el nacimiento de su actual compañía: Serena Producciones, con la que dirige y produce Liturgia de un asesinato, también de Verónica Fernández.
En 2015 realiza versión y puesta en escena de Interior, de Maeterlink dentro de Trilogía de la ceguera, en el Centro Dramático Nacional.
En 2016, dirige Mármol, de Marina Carr, Contra la democracia, de Esteve Soler, con Teatro del Noctámbulo y Espacio Disponible, de Celia Nadal y Javier Manzanera.
Este año, tras la lectura dramatizada de El voto, de Dominik Busch, en el Goethe Institut, prepara sus siguientes proyectos: Iphigenia en Vallecas, de Gary Owen y Amamos y no sabemos nada, de Moritz Rinke.
Premio José Luis Alonso de la ADE 2011por Fair Play.
AN
TON
IO C
. GU
IJO
SA Estudia interpretación en Cristina Rota, y completa su formación con numerosos cursos y seminarios con maestros como Fernando Piernas, Adolfo Simón, Will Keen, Andrés Lima, Lidia Otón o Jesús Fuente.
En teatro ha trabajado en montajes como Mejor dirección novel, ¿A quién te llevarías a una isla desierta? dirigidas ambas por J. Linares, Mucho ruido y pocas nueces, dirigida por Juan López Tagle, o The café, además de participiar en La katarsis del tomatazo durante cinco temporadas y en el espectáculo Improvisa tío de la compañía Improclan desde el año 2012.
Sus úlitmos trabajos en teatro son Los Gondra, dirigida por Jospe María Mestres en el Centro Dramático Nacional, Pingüinas, dirigida por Juan Carlos Pérez de la Fuente en las Naves del Matadero, Amnesia, dirigida por Matías Umpiérrez en el Centro Dramático Nacional y Confesiones a Alá, dirigida por Arturo Turón.
Finalista a los Premios Valle Inclán 2016 por Amnesia, en los que estuvo finalista también por Confesiones a Alá, trabajo por el que sí recibió el premio a Mejor actriz del Festival de Huesca, el de Mejor actriz de Teatro del Arte y el de Mejor actriz de los Premios Mi butaquita.
En cine ha participado en las películas Cómo sobrevivir a una despedida con dirección de Manuela Moreno, Cartas a Paul Morrisey (actualmente en preproducción) Si tuvieran ojos dirigida por Polo Menárguez, Temporal bajo la dirección de Catxo, El momento después y la película de animación La Olimpo Company: Un monopolio mundial.
En televisión ha trabajado con papeles principales en las series GymTony para Cuatro, Aquí paz y después gloria para Tele5, La pecera de Eva, también para Tele5 y La Siete y Los Serrano, para Tele5. Además ha participado con personajes secundarios en la series Carlos Rey Emperador para TVE y La Tira, para LaSexta. Actualmente graba nuevos capítulos de Seis Hermanas, para TVE.
MA
RÍA
HE
RV
ÁS
Dramaturgo y guionista de Gales, nacido en 1972.
Entre otras obras suyas figuran El Amor nos arranca de la soledad, El disco del Loco Gary, La sombra de un niño, (ganador de los premios Meyer Whitworth y George Devine), El mundo sumergido (ganador de la primera edición del Fringe y el premio Pearson a la mejor obra), Ciudad Fantasma, Tiempo de cáncer, SK8, Grandes esperanzas, En la tubería, Blackthorn, Mary Twice, Amgen: roto, A prueba de balas, y Folk gratis.
Sus obras recientes incluyen La Violencia e hijo que tuvo su estreno en el Royal Court en junio de 2015, e Ifigenia en Splott que se estrenó en el Teatro Sherman en mayo de 2015, antes de representarse en el Edinburgh Fringe.
Entre las adaptaciones que ha realizado destacan El despertar de la primavera, una nueva versión de La Ronda, para el Royal Welsh College of Music and Drama; y Dickens: un villancico de Navidad.
Es creador asociado en Watford Palace Theatre, donde se han producido sus obras Nosotros, los que quedaron, La señora Reynolds y el Rufián, y Ajuste perfecto; y artista asociado en Sherman Cymru. Gary es también co-creador y co-guionista de Dos estaciones de Baker Boys, una serie original de la BBC de Gales.
Entre sus proyectos para en el año 2016 figuran Jeramee, Hartleby y Oooglemore, una obra de teatro para los más pequeños en el Teatro Unicorn, que será dirigida por Tim Crouch; y Mrs Reynolds a’r Cena Bach, una adaptación galesa de La señora Reynolds y el Rufián para el teatro Genedlaethol Cymru.
“La escritura de Gary Owen es rápida, aguda y absolutamente
apasionante!”.(The Scotsmen)
GA
RY
OW
EN Nosotros ya llevamos un pequeño trozo de
camino hecho.
Coincidimos por primera vez en Presas, dirigida por Ernesto Caballero, y volvimos a juntarnos en el Centro Dramático Nacional con Serena Apocalipsis. Nuestra experiencia fue tan satisfactoria que decidimos crear un entorno propio donde poder seguir desarrollando las líneas de trabajo que marcaron ese proceso. Serena Apocalipsis, al igual que Presas o Claudio, tío de Hamlet son ejemplos del tipo de teatro que queremos llevar al escenario:íntima colaboración entre dramaturgia y dirección, montajes con una marcada utilización de la convención teatral, apuesta clara por eso que llaman “teatro de actores”, cuidado de los acabados, y trabajo con dramaturgos contemporáneos, especialmente dramaturgos españoles contemporáneos.
Nuestro primer espectáculo fue Liturgia de un asesinato, en 2016 hemos coproducido junto a El vodevil Mármol, que pasó por el Centro Dramático Nacional en diciembre del año pasado, y hemos colaborado en las producciones de Contra la democracia de Teatro del Noctámbulo y Espacio disponible de Perigallo Teatro. A esto le sumamos la experiencia adquirida en nuestra anterior etapa con los montajes de Fair Play y Claudio, tío de Hamlet.
Serena Producciones es, pues, un proyecto de consolidación. Consolidación de una metodología de trabajo, consolidación de una generación de dramaturgos, consolidación de unos valores teatrales. Por él han pasado autores como Antonio Rojano, Ozkar Galán, Marina Carr, Esteve Soler, Celia Nadal y Javier Manzanera... y esperamos seguir recorriendo camino con otros muchos.
Ahora presentamos junto a María Hervás Iphigenia en Vallecas una función que continúa una línea marcada por nuestro interés en indagar en los problemas éticos del individuo y el enfrentamiento entre el individuo y su realidad social.
TEA
SER
VID
EO
DE
LA O
BR
A
REPARTO: María Hervás
ESCENOGRAFÍA: Mónica TeijeiroILUMINACIÓN: Daniel Checa
SONIDO: Mar NavarroPRENSA: María Díaz
FOTOGRAFÍAS PROMOCIÓN: Marc de Cock-BuningMerysú de Cock-Buning
FOTOGRAFÍAS DE ESCENA Y VÍDEO: Pamdemic FilmsDISEÑO GRÁFICO: Daniel Jumillas
ADAPTACIÓN: María HervásDIRECCIÓN: Antonio C. Guijosa
Una producción de María Hervás y Serena Producciones
DISTRIBUCIÓN: Caterina Muñoz Luceño
[email protected]. 629616005