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Licitação da Concessão da Fase II do Parque Tecnológico de Belo Horizonte ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 1 / 60 ANEXO III REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL

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Licitação da Concessão da Fase II do Parque Tecnológico de Belo Horizonte

ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 1 / 60

ANEXO III

REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS

OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 2 / 60

ÍNDICE

Sumário

1. Do Fornecimento .............................................................................................. 6

1.1. Escopo dos serviços ..................................................................................................... 6

2. Introdução ......................................................................................................... 7

2.1. Objetivo da Proposta .................................................................................................. 7

2.2. Localização do Projeto ................................................................................................ 7

2.3. Instalações do Edifício BH-TEC .................................................................................. 7

2.4. Certificações ................................................................................................................. 8

3. Considerações sobre normas urbanísticas e legislação ............................... 9

3.1. Parâmetros Urbanísticos ............................................................................................. 9

3.2. Normas e Legislação vigente ..................................................................................... 9

4. Considerações do projeto .............................................................................. 11

4.1. Edifício ......................................................................................................................... 11

4.2. Core / Áreas de suporte e apoio.............................................................................. 11

4.3. Laboratórios ................................................................................................................ 11

4.4. Pavimento técnico intermediário ............................................................................. 12

4.5. Escritórios .................................................................................................................... 12

4.6. Pavimento técnico superior ...................................................................................... 13

4.7. Quadro orientativo de áreas e programa ............................................................... 13

4.8. População ................................................................................................................... 15

4.9. Estacionamento .......................................................................................................... 16

5. Considerações dos elementos construtivos ................................................ 17

5.1. Fundações ................................................................................................................... 17

5.2. Superestrutura ............................................................................................................ 17

5.3. Paredes e Painéis ....................................................................................................... 19

5.4. Cobertura .................................................................................................................... 19

5.5. Impermeabilização .................................................................................................... 20

5.6. Pinturas e Revestimentos de Pisos e Paredes ........................................................ 20

5.7. Portas, Esquadrias e Vidros. ...................................................................................... 20

5.8. Piso Elevado ................................................................................................................ 21

5.9. Forro e Iluminação ..................................................................................................... 21

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 3 / 60

5.10. Circulação Vertical ................................................................................................... 21

5.11. Fachadas e Vedações .............................................................................................. 21

5.12. Tratamento térmico - Proteção Solar Fachadas .................................................. 22

5.13. Tratamento acústico ................................................................................................ 23

5.14. Paisagismo ................................................................................................................ 23

6. Sistema Elétrico .............................................................................................. 24

6.1. Abastecimento de Energia ........................................................................................ 24

6.2. Distribuição de Energia Condominial ...................................................................... 24

6.3. Sistema de autoprodução de energia ..................................................................... 24

6.4. Alimentadores ............................................................................................................ 25

6.5. Quadros Gerais e Parciais de Baixa Tensão em 380 V .......................................... 25

6.6. Sistema de Aterramento Predial .............................................................................. 28

6.7. Para-raios (SPDA) ....................................................................................................... 28

6.8. Instalação de inversores de frequência variável (VFD) ......................................... 28

6.9. Normas Adotadas ...................................................................................................... 28

6.10. Fatores de Demanda e Diversidade ...................................................................... 28

6.11. Instalações de Luz e Tomadas ............................................................................... 29

6.12. Queda de Tensão ..................................................................................................... 29

6.13. Reservas .................................................................................................................... 30

6.14. Geração de Emergência .......................................................................................... 30

6.15. Materiais ................................................................................................................... 31

7. Ar Condicionado e Ventilação Mecânica ..................................................... 33

7.1. Descrição das instalações ......................................................................................... 33

7.2. Parâmetros e critérios de projeto ............................................................................ 34

7.3. Ventilação e exaustão ............................................................................................... 35

7.4. Medidas para controle da síndrome de edifícios doentes ................................... 37

7.5. Normas aplicáveis ...................................................................................................... 38

7.6. Materiais ...................................................................................................................... 38

8. Proteção contra incêndio .............................................................................. 39

8.1. Conceituação .............................................................................................................. 39

8.2. Detecção, Sinalização e Alarme ............................................................................... 39

8.3. Hidrantes e Sprinklers ............................................................................................... 39

8.4. Extintores .................................................................................................................... 39

8.5. Normas Adotadas ...................................................................................................... 40

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 4 / 60

8.6. Reserva Técnica para Hidrantes e Sprinklers.......................................................... 40

8.7. Extintores portáteis e sobre rodas ........................................................................... 41

8.8. Materiais ...................................................................................................................... 41

9. Comunicações ................................................................................................. 42

9.1. Sistema de Telefonia ................................................................................................. 42

9.2. Interfonia/Internet ..................................................................................................... 42

9.3. Alarmes ....................................................................................................................... 43

9.4. Sonorização ................................................................................................................ 43

9.5. Circuito Fechado de Televisão CFTV ....................................................................... 44

9.6. Antenas e TV a Cabo ................................................................................................. 44

9.7. Materiais ...................................................................................................................... 44

10. Sistemas Hidráulicos .................................................................................... 45

10.1. Água Fria ................................................................................................................... 45

10.2. Gás ............................................................................................................................. 47

10.3. Esgotos Sanitários ................................................................................................... 47

10.4. Águas Pluviais .......................................................................................................... 48

10.5. Drenagem ................................................................................................................. 48

10.6. Sistema de óleo Diesel ............................................................................................ 48

10.7. Materiais ................................................................................................................... 49

11. Sistema de supervisão e controle predial .................................................. 51

11.1. Conceituação ............................................................................................................ 51

11.2. Arquitetura do Sistema ........................................................................................... 52

11.3. Hardware do Sistema .............................................................................................. 52

11.4. Funcionalidade ......................................................................................................... 53

11.5. Controle de Ar Condicionado e Ventilação .......................................................... 53

11.6. Controle de Entrada e Distribuição de Energia Elétrica e Demanda ................ 54

11.7. Controle de Entrada e Distribuição de Água ....................................................... 54

11.8. Controle de Transferência de Água....................................................................... 54

11.9. Controle de Acesso a Áreas Restritas ................................................................... 54

11.10. Controle de Equipamentos de Transporte Vertical ........................................... 55

11.11. Interface homem máquina ................................................................................... 55

11.12. Detecção e Combate a Incêndio ......................................................................... 55

11.13. Precisão dos sensores, transdutores e atuadores ............................................. 55

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 5 / 60

12. Escopo de Fornecimento ............................................................................. 57

12.1. Civil ............................................................................................................................ 58

12.2. Projeto de Instalações Elétricas ............................................................................. 58

12.3. Segurança, Detecção e Combate a Incêndio. ...................................................... 59

12.4. Telecomunicações ................................................................................................... 59

12.5. Projeto de Ar Condicionado e Ventilação Mecânica .......................................... 59

12.6. Projeto de Supervisão Predial ................................................................................ 60

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 6 / 60

1. Do Fornecimento

1.1. Escopo dos serviços

O Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) foi instalado em um terreno do campus da UFMG, próximo ao Complexo Arquitetônico da Pampulha, na região norte de Belo Horizonte. Ali irão se instalar empresas que investigam e produzem novas tecnologias, além de centros públicos e privados de pesquisa e desenvolvimento. Para viabilizar o projeto, o terreno foi cedido pela Universidade em regime de comodato. Todas as obras de infraestrutura — redes de energia elétrica, água, esgoto e dados, arborização, urbanização e a construção do sistema viário foram feitas pela Prefeitura de Belo Horizonte; já a obra do Edifício Institucional foi idealizada pelo Departamento de Obras Públicas do Governo do Estado de Minas Gerais.

Em maio de 2012, quando foi inaugurado o primeiro edifício do Parque, todo o espaço disponível (2500 m²) estava tomado por 16 empresas que haviam sido previamente selecionadas a partir de chamada pública.

Ainda no final de 2011, o BH-TEC contratou o BDMG e três empresas de consultoria para, sob coordenação do Banco, realizarem a modelagem do edital de concessão de parte da área destinada aos empreendimentos imobiliários privados.

O licitante vencedor compromete-se a construir o primeiro dos cinco edifícios previstos para a área oferecida à concessão, adequado para instalar e operar com segurança diversos ambientes de escritórios e laboratórios de pesquisa.

Este local deverá oferecer condições operacionais para um edifício de 20 (vinte) pavimentos, composto por térreo, 5 (cinco) pavimentos com capacidade para laboratórios, pavimento técnico intermediário, 12 (doze) pavimentos com capacidade para escritórios e pavimento técnico superior. O escopo total dos serviços está melhor descrito mais adiante neste anexo, mas resumidamente incluem a elaboração e detalhamento dos todos os projetos para sua construção.

Caberá à CONTRATADA dimensionar seus recursos para atender ao escopo e objetivos dos serviços, obedecendo a todos os requisitos constantes desta RFP, assumindo quaisquer riscos, caso os recursos dimensionados não comportem o escopo contratado.

Todos os serviços a serem fornecidos pela CONTRATADA deverão estar lastreados nas boas práticas de execução de projetos de arquitetura e engenharia efetuadas pelo mercado e regidos pelas boas técnicas recomendadas.

Todos os serviços previstos nos documentos entregues e que compõem este ANEXO serão considerados no escopo de fornecimento da proposta.

A CONTRATADA terá a responsabilidade pelo levantamento de todas as quantidades de materiais e serviços para o perfeito atendimento aos projetos a serem elaborados.

Somente os serviços indicados como “Excluído do Escopo” ou “Fornecimento a Cargo da contratante” serão considerados como fora de escopo da CONTRATADA.

Assim, a CONTRATADA deve prever em sua proposta que todos os serviços necessários ao desenvolvimento dos projetos, em sua totalidade, atendendo aos requisitos das Certificações mencionadas deverão ser considerados como seu escopo de fornecimento, sem que qualquer um deles torne-se objeto de solicitação de alteração de escopo (“serviços extras ou adicionais”). A única hipótese para a solicitação de serviços extras é a modificação do projeto por parte da contratante, e desde que implique em diferenças de custos para a CONTRATADA.

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2. Introdução

2.1. Objetivo da Proposta

O propósito deste Escopo Técnico é fornecer os requisitos técnicos e especificações de materiais e serviços para o projeto da edificação para o BH-TEC, que irá abrigar no mesmo edifício laboratórios e escritórios, com instalação na Rua Professor José Vieira de Mendonça, Belo Horizonte, MG.

A proposta que segue inclui a indicação do programa necessário, a descrição das instalações e ambientes que fazem parte desse programa, assim como áreas necessárias para atender as demandas específicas.

2.2. Localização do Projeto

O sítio do BH-TEC em questão está localizado no Bairro Engenho Nogueira, Belo Horizonte, MG, Brasil. A área é ladeada pela Rua Professor José Vieira de Mendonça e pela Avenida José Carlos Luz, próximas ao Campus da UFMG.

Essa localização proposta fornecerá facilidade e conveniências básicas para áreas de ocupação, armazenamento, suporte administrativo, banheiros, doca de carga e descarga, estacionamento e entrada para o edifício, segurança, acesso e controle físicos.

2.3. Instalações do Edifício BH-TEC

O Plano de necessidades prevê a construção de uma edificação única, com separação funcional em duas áreas principais: os pavimentos de laboratórios e os pavimentos de escritórios, que serão mais bem definidos e detalhados nesta proposta técnica.

Essas duas áreas principais terão necessidades especiais que deverão ser contempladas e incorporadas em projeto. Ambas terão áreas de suporte e apoio que deverão incluir, entre outras, cafeteria, espaço lounge/descompressão, sanitários e áreas técnicas.

Deverá ser previsto estacionamento em três níveis de sobressolo sob o Edifício com vagas previstas para funcionários do complexo, com acesso preferencial pela via

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interna do empreendimento. O acesso para pedestres poderá ser feito, nesta primeira fase, pela praça voltada às vias internas.

Ambos os grupos de uso do edifício abrigarão staff trabalhando diariamente.

2.4. Certificações

Nesta primeira fase devem ser obtidas licenças ambientais, de implantação e construção conforme legislação vigente.

Para certificação verde, são opcionais as cerificações LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), AQUA, PROCEL ou similares.

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3. Considerações sobre normas urbanísticas e legisl ação

3.1. Parâmetros Urbanísticos

Para o desenvolvimento do projeto para o edifício BH-TEC deverão ser levados em conta vários parâmetros, bem como índices urbanísticos em vigência, definidos pela Secretaria Municipal de Políticas Urbanas (SMURBE) que regulamentam a cidade de Belo Horizonte em geral, e a zona onde está inserido o lote de intervenção em particular.

O terreno do Parque Tecnológico situa-se em área classificada como Zona de Grandes Equipamentos (ZE), destinada a grandes equipamentos de interesse municipal, na Lei Municipal de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo (LPOUS) - Lei Municipal 1.166/96 - alterada pela Lei Municipal 8.137/00.

São necessários ter em conta condicionantes existentes como o Zoneamento do local, além de outros parâmetros que influenciam o desenvolvimento do projeto, como gabarito de altura e outras informações complementares (desapropriações, áreas de tombamento, índices de aproveitamento de terreno – no caso, Coeficiente de Aproveitamento = 1,7 e Taxa de Permeabilidade = 0,20).

Será relevante ter em conta o Plano Diretor existente 8.137/00 e os Decretos que regulamentam e definem as condicionantes a que está sujeito o lote de terreno alvo de intervenção.

3.2. Normas e Legislação vigente

A definição e desenvolvimento do projeto para a construção do Edifício do BH-TEC deverá ter em consideração todo o enquadramento legal vigente na cidade de Belo Horizonte, entre os quais se destacam os seguintes:

- Lei Municipal 7.165 de 27/08/1996 - Institui o Plano Diretor do Município de Belo Horizonte;

- Lei Municipal 9.725 de 15/07/2009 - Institui o Código de Edificações do Município de Belo Horizonte;

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 10 / 60

- Decreto Municipal 13.842 de 11/01/2010 - Regulamenta a Lei n° 9.725/09, que contém o Código de Edificações do Município de Belo Horizonte;

- Lei Municipal 9.037 de 14/01/2005 - Institui o plano de ação - Programa de Recuperação e Desenvolvimento Ambiental da Bacia da Pampulha;

- Lei Municipal 7.166 de 27/08/1996 - Estabelece normas e condições para parcelamento, ocupação e uso do solo urbano no município;

- Decreto Municipal 9.065 de 26/12/1996 - Regulamenta a Lei nº 7.166, de 27 de agosto de 1996, estabelecendo normas para procedimentos gerais e de rotinas, e para aprovação de projetos de parcelamento do solo, e dá outras providências;

- Acessibilidade a edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos: Decreto Federal 5296 de 02/12/2004 e NBR 9050-2004.

O edifício deverá prever um núcleo de circulações verticais (elevadores e escadas de emergência) que fará a distribuição dos funcionários pelos diversos pavimentos. Esses elementos construtivos serão regidos pelas seguintes normas:

· Norma NBR 5665 - Cálculo do tráfego nos elevadores, que dimensionará devidamente a instalação, quantidade e dimensionamento de elevadores sociais;

· Norma Brasileira NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios, que regulará a construção e localização das escadas de emergência, rotas de fuga, número e distanciamento entre elas.

Esse core poderá ser definido como um núcleo comum a todos os pavimentos que pode incorporar em simultâneo circulações verticais e algumas áreas de apoio ao piso: áreas de banheiros feminino, masculino e PPNE, áreas técnicas, área de copa, depósitos.

A concepção e o detalhamento dos projetos devem estar em conformidade com as normas e legislação estadual e nacional, tais como:

• ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas;

• Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais – ARSAE-MG;

• CNP – Conselho Nacional do Petróleo;

• CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente;

• Normas de Segurança do Trabalho – NR’s MT Brasil;

• CEMIG;

• Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais;

As Normas Internacionais deverão interagir e adequar-se (quando aplicável) às Nacionais, prevalecendo sempre à que oferecer maior Confiabilidade, Proteção e Segurança, respeitando-se os Códigos, Decretos e Leis Municipais, Estaduais e Federais.

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4. Considerações do projeto

4.1. Edifício

O prédio proposto para o BH-TEC deverá ser um edifício único que incluirá programas diferenciados com áreas distintas que serão definidas mais abaixo.

Podemos considerar dois grupos de pavimentos principais, que correspondem aos escritórios e laboratórios, separados através de uma terceira área (pavimento técnico), também presente no último pavimento, que servirão de suporte e apoio da infraestrutura dos demais.

A setorização do edifício fica assim estabelecida:

· Térreo: acesso, restaurante e apoio;

· Laboratórios: 1° ao 5° pavimentos;

· Áreas técnicas: 6° e 19° pavimentos;

· Escritórios: 7º ao 18º pavimentos;

· Estacionamento: 1º, 2° e 3° sobressolos;

· Core, sanitários, áreas técnicas: comum a todos os pavimentos.

Abaixo se descreve mais detalhadamente o que cada área deverá incluir em projeto.

4.2. Core / Áreas de suporte e apoio

Deverá existir um núcleo vertical que fará a ligação com todos os pavimentos que incluirá acessos e circulações verticais, como escadas de emergência e elevadores, além de elevador de carga, que deverão ser definidos e dimensionados de acordo com normas próprias.

Está prevista uma área de descompressão, dotada de café com pequena copa de apoio em cada fachada menor, em todos os pavimentos, bem como áreas de telecom, elétrica, depósitos. Por todo o core serão previstos shafts que atendam as diferentes modalidades (automação, HVAC/exaustão, elétrica, telecom, PABX, hidráulica).

Para todos os pavimentos existirão sanitários femininos, masculinos e PPNE de apoio aos pavimentos de escritórios, laboratórios e áreas de descompressão.

No térreo, existirá numa área central próximo do acesso a escadas e elevadores uma recepção para atendimento interno e externo, com uma pequena área de espera incluída, administração e sala de segurança do edifício, salas de reunião, além de restaurante com terraço para descompressão/reuniões informais, que seja de uso comum a todo o Edifício e que responda às necessidades dos funcionários.

4.3. Laboratórios

A capacidade prevista para os 5 pavimentos de laboratório será variável de acordo com a locação e subdivisões estabelecidas, porém expansível até 140 funcionários considerando um piso utilizado apenas como ambiente de escritórios.

Os pavimentos serão entregues em core and shell, ficando o(s) locatário(s) encarregado do complemento dos acabamentos e mobiliário, de modo a tirar o melhor

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partido da iluminação natural e proporcionar a melhor condição de trabalho possível, tais quais os layouts sugeridos.

Quando utilizados por escritórios, também será definida a importância de áreas de apoio que poderão incluir áreas colaborativas, phone booth, think tank, pool de impressões e cópias.

Necessitarão especial atenção:

- Laboratórios que usem radioisótopos ou ácidos que tenham potencial de contaminação ambiental;

- Laboratórios físico-químicos com capelas - necessitam exaustão, previstas nos shafts do core;

- Laboratórios com equipamento pesado e sobrecarga nas lajes – devendo estes ficar mais próximos ao térreo.

As áreas deverão obedecer a requisitos mínimos de segurança e controle de acesso.

4.4. Pavimento técnico intermediário

Dá suporte à infraestrutura técnica necessária aos laboratórios. Deve conter: - Subestação geral; - 2 Subestações para as unidades privativas (prever espaço para 2 transformadores de 750 kVA); - Sala de UPS e Servidores; - Sala de Telecom; - Sala de Gestor de Telecom.

4.5. Escritórios

A capacidade prevista para os pavimentos de escritórios deste edifício é de aproximadamente 2040 funcionários, considerando uma distribuição de 170 funcionários por cada um dos 12 pisos.

Assim como nas áreas de laboratórios, os pavimentos serão entregues em core and shell, ficando o(s) locatário(s) encarregado(s) do complemento dos acabamentos e mobiliário, de modo a tirar o melhor partido da iluminação natural e proporcionar a melhor condição de trabalho possível, tais quais os layouts sugeridos.

Deverão ser contempladas salas de reuniões de apoio a staff e diretorias, com capacidade e dimensões variadas, em posições estratégicas e com relativa proximidade das estações de trabalho, evitando grandes deslocamentos.

Será definida a importância de áreas de apoio em todos os pavimentos de escritórios que poderão incluir áreas colaborativas, phone booth, think tank, pool de impressões e cópias.

Em paralelo com a definição de estações de trabalho para diretoria e funcionários, deverá ser contemplada toda uma estrutura de suporte e apoio ao staff ao nível dos vários pisos de escritórios. Essas áreas, apesar de serem definidas posteriormente com mais detalhe num plano de necessidades e ocupação, serão indicadas no próximo capítulo de uma forma mais genérica.

As áreas de escritório também deverão obedecer a requisitos mínimos de segurança e controle de acesso.

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4.6. Pavimento técnico superior

Dá suporte aos pavimentos de escritórios e ao edifício como um todo.

Deverá conter:

- Salas de ar condicionado (espaço técnico para condensadoras VRF na cobertura ligadas às evaporadoras de cada unidade de forma automatizada);

- Ligação ao BMS que mede consumo individual das unidades privativas, emitindo relatórios de consumo na web, acessados pelos proprietários;

- Espaço para antenas das unidades privativas (2 subestações).

4.7. Quadro orientativo de áreas e programa

O programa de necessidades e de ocupação para os ambientes internos do edifício do BH-TEC será definido com mais detalhe e alinhado em reuniões posteriores junto aos locatários, que detalharão alguns parâmetros como número de estações de trabalho e diretoria, número de salas de reunião e áreas de apoio necessárias.

Abaixo foram definidos alguns ambientes e áreas aproximadas através de um quadro orientativo e estimativo para os pavimentos de laboratórios e escritórios.

QUADRO DE ÁREAS ORIENTATIVO

AMBIENTE ÁREAS (m²)

1° SOBRESSOLO

GARAGEM 7.001

DOCAS 177

HALL/CIRCULAÇÕES 81

SALA PRESSURIZAÇÃO (2 SALAS) 23

SALA TÉCNICA 7

DEP LIXO (2) 4

DML (2) 4

DEPÓSITO 4

SANITÁRIO PPNE (2) 10

SANITÁRIO FEMININO (2) 25

VESTIÁRIO MASCULINO (2) 22

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 7.398

2° SOBRESSOLO

GARAGEM 6.974

HALL/CIRCULAÇÕES 81

SALA PRESSURIZAÇÃO (2 SALAS) 23

SALA TÉCNICA 7

DEP LIXO (2) 4

DML (2) 4

DEPÓSITO 4

SANITÁRIO PPNE (2) 10

SANITÁRIO FEMININO (2) 25

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VESTIÁRIO MASCULINO (2) 22

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 7.194

3° SOBRESSOLO

GARAGEM 5.560

HALL/CIRCULAÇÕES 81

SALA PRESSURIZAÇÃO (2 SALAS) 23

SALA TÉCNICA 7

DEP LIXO (2) 4

DML (2) 4

DEPÓSITO 4

SANITÁRIO PPNE (2) 10

SANITÁRIO FEMININO (2) 25

VESTIÁRIO MASCULINO (2) 22

ELEVADORES (6) 38

ELEVADOR DE CARGA 6

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 5.824

TÉRREO

RECEPÇÃO 171

SALAS DE REUNIÃO (4 SALAS) 245

HALL/CIRCULAÇÕES 168

ADMINISTRAÇÃO 11

SALA SEGURANÇA 14

SALA ELÉTRICA 5

LANCHONETE 307

COZINHA 25

DML 4

DEPÓSITO 5

SANITÁRIO PPNE (2) 9

SANITÁRIO FEMININO 8

SANITÁRIO MASCULINO 8

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 1.020

PAVIMENTO TIPO - LABORATÓRIOS (5)

LABORATÓRIOS (SHELL) 1.353

APOIO/DESCOMPRESSÃO (2) 114

HALL/CIRCULAÇÕES 290

TELECOM (2 SALAS) 13

SALA ELÉTRICA (2 SALAS) 11

DEP LIXO 4

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 15 / 60

DML 4

DEPÓSITO 5

SANITÁRIO PPNE (2) 10

SANITÁRIO FEMININO (2) 22

SANITÁRIO MASCULINO (2) 22

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 1.888

PAVIMENTO TÉCNICO INTERMEDIÁRIO

LAJE TÉCNICA 2.050

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 2.090

PAVIMENTO TIPO - ESCRITÓRIOS (12)

ESCRITÓRIOS (SHELL) 1.803

APOIO/DESCOMPRESSÃO (2) 80

HALL/CIRCULAÇÕES 290

TELECOM (2 SALAS) 13

SALA ELÉTRICA (2 SALAS) 11

DEP LIXO 4

DML 4

DEPÓSITO 5

SANITÁRIO PPNE (2) 10

SANITÁRIO FEMININO (2) 22

SANITÁRIO MASCULINO (2) 22

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 2.304

PAVIMENTO TÉCNICO COBERTURA

LAJE TÉCNICA 488

ESCADA DE EMERGÊNCIA (2) 40

TOTAL 528

TOTAL ÁREAS ÚTEIS DO EDIFÍCIO 61.135

O somatório das áreas privativas propostas para os espaços internos é de aproximadamente 30.897 m². Para efeitos de área total máxima permitida para o lote, descontando-se as áreas técnicas e estacionamentos, há um total de 34.154 m² de área computável.

4.8. População

Observando a tabela de áreas acima, as áreas úteis previstas para os pavimentos de laboratório seriam de 1.687 m². Subtraindo-se desse total as áreas relativas às áreas de descompressão e café, copa, depósito, circulações e demais áreas de apoio, restariam aproximadamente 1.120 m² de área útil destinada a permanência prolongada de funcionários – no caso de ocupação como ambiente de escritório,

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 16 / 60

ocasionaria num total de aproximadamente 140 funcionários, ou 700 considerando os 5 pisos de laboratórios.

Para os pavimentos de laboratório, o total útil seria de 1.380 m², gerando uma ocupação aproximada de 170 funcionários por piso, ou 2040 considerando os 12 pisos de escritórios.

Para efeitos de cálculo, considerando as perdas resultantes da organização do layout, circulações, modulação e até mesmo hierarquia das estações de trabalho, podemos pensar num módulo mínimo de 7,00 m² por estação de trabalho. Idealmente e dependendo do plano de ocupação, do número de gerentes, diretoria, salas de reunião e outras áreas de apoio, deve-se considerar o módulo de 8,00 m², gerando um ambiente interno mais espaçoso e com mais níveis de conforto.

4.9. Estacionamento

Conforme layout sugerido, chegou-se a um total de 868 vagas considerando os três sobressolos mais as vagas descobertas no térreo.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 17 / 60

5. Considerações dos elementos construtivos

5.1. Fundações

O projeto de fundações deverá obedecer às normas técnicas e documentos legais vigentes, em especial:

· NBR 5629 - Estruturas ancoradas no terreno / Ancoragens injetadas no terreno - Procedimento

· NBR 6121 - Prova de carga a compressão em estacas verticais - Procedimento

· NBR 6122 - Projeto e execução de fundações - Procedimento

· NBR 6489 - Prova de carga direta sobre o terreno de fundações - Procedimento

· NBR 6502 - Rochas e solos - Terminologia

· NBR 8036 - Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios

· NBR 6484 - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio

· NBR 10067 - Princípios gerais de representação em desenho técnico

A adoção do tipo de fundação será consubstanciada através de Laudo de Sondagem Geológica, a ser fornecido junto com o projeto.

Na análise de fundações deverá ser verificada a estabilidade das construções vizinhas, relativamente a sua segurança em função da execução das fundações.

Para calcular os esforços nas fundações, além dos fornecidos pelo projeto da estrutura, deve-se levar em conta as variações de pressões decorrentes da execução de eventuais aterros, re-aterros, escavações e variações do nível de água, bem como os diferentes carregamentos durante as fases de execução dos serviços e obras.

A solução adotada para as fundações deverá dar especial atenção para o nível de água do terreno, devidamente compatibilizada com os sobressolos da edificação.

Para perfeita verificação do comportamento das fundações, poderão ser exigidas provas de carga.

5.2. Superestrutura

Para efeito destas especificações, entende-se por superestrutura os seguintes elementos: pilares, vigas, lajes e caixas de escadas e estruturas de casas de máquinas e de caixas d'água.

As estruturas serão preferencialmente em concreto armado, devendo apresentar características de resistência ao fogo (duas horas) e à umidade, garantir a menor contribuição de carga para o edifício, considerar a construção das escadas internas para ligação dos andares e, ainda, seguir a premissa de uma obra a construção a seco.

Importante ressaltar a necessidade de faseamento dos três sobressolos e térreo – deve-se prever esperas nas estruturas, prevendo sua expansão nas fases futuras do parque tecnológico.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 18 / 60

O projeto de Estrutura deverá obedecer às normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, códigos, leis, decretos, portarias e normas federais e distritais, instruções e resoluções dos órgãos do sistema CREA/CONFEA e outras disposições legais vigentes, em especial:

· NBR 6118/2007 - Projeto de Estruturas de Concreto

· NBR 14931/2004 - Execução de Estruturas de Concreto

· NBR 6122/1996 - Projeto e Execução de Fundações

· NBR 9062/2006 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-moldado

· NBR 7190/1997 - Projetos de Estruturas de Madeira

· NBR 8800/2008 - Projeto de Estruturas de Aço e de Estruturas e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto em Edifícios

· NBR 14323 - Dimensionamento de Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio

· NBR 14432 - Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações - Procedimento

· NBR 6120 / 2000 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações

· NBR 6123 / 1990 - Forças devidas ao vento em edificações

· NBR 8681 / 2003 - Ações e segurança nas estruturas

· NBR 14859 / 2002 - Laje pré-fabricada

· NBR 10067 / 1995 - Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico

· NBR 5629 / 2006 - Execução de tirantes ancorados no terreno

· NBR 8044 / 1983 - Projeto Geotécnico

· NBR 8036 / 1983 - Programação de Sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios

· NBR 5884 - Perfil I Estrutural de Aço Soldado por Arco Elétrico - Requisitos Gerais

· NBR 6355 - Perfis Estruturais de Aço Formado a frio - Padronização

· NBR 6362 - Perfis de Aço Laminados a quente, Soldados e formados a frio

· NBR 5000 - Chapas grossas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica

· NBR 5004 - Chapas finas de aço de baixa liga e alta resistência mecânica

· NBR 5008 - Chapas grossas e bobinas grossas, de aço de baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, para uso estrutural.

· NBR 5920 - Chapas finas a frio e bobinas finas a frio, de aço de baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, para uso estrutural - Requisitos

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 19 / 60

· NBR 5921 - Chapas finas a quente e bobinas finas a quente, de aço de baixa liga, resistentes à corrosão atmosférica, para uso estrutural - Requisitos

· NBR 6648 - Chapas grossas de aço carbono para uso estrutural

· NBR 6649 - Chapas finas a frio de aço carbono para uso estrutural

· NBR 6650 - Chapas finas a quente de aço carbono para uso estrutural

Adotam-se sugestões para o suporte de cargas:

Pavimentos tipo1 5 kN/m²

Halls de elevadores 5 kN/m²

Sanitários 5 kN/m²

Espaços mecânicos e elétricos2 10 kN/m²

Estacionamentos de automóveis 3 kN/m²

Estacionamentos de caminhões 12 kN/m²

Andares de laboratórios 20 kN/m²

Acesso de veículos pesados 12 kN/m²

Pavimentos técnicos 10 kN/m²

Para divisórias, forros e instalações no forro, piso elevado e arquivos de alta densidade3 atribui-se uma carga específica adicional de 0,5 kN/m².

Desde que garantidos os requisitos mínimos de resistência ao fogo e as sobrecargas estipuladas, a estrutura poderá ser executada utilizando elementos pré-fabricados - porém, dado o seu custo ser normalmente maior, recomenda-se apenas caso haja necessidade de redução do prazo da obra.

5.3. Paredes e Painéis

Para as áreas administrativas não há restrições de tipo de divisórias, podendo nesse caso, admitirem-se divisórias navais leves e gesso acartonado comum.

As paredes deverão ser revestidas em gesso e posteriormente pintadas na face interior na quantidade de demãos necessárias para o perfeito acabamento. A definição da tonalidade deve ser estudada junto a contratante na fase de detalhamento dos projetos.

5.4. Cobertura

Entende-se por cobertura, todo o elemento de proteção do edifício, através de telhas ou outros sistemas e/ou materiais então definidos.

1 O piso deverá ter uma deflexão inferior a 2 cm depois de carregado com metade do peso vivo 2 Nas áreas dos transformadores e geradores a carga será de 15 kN/m2 (inclusive caminhos de rolamento) 3 Os arquivos de alta densidade poderão ter até 30 toneladas distribuídas em 55 m2 desde que estejam divididos em duas baterias longas de 11x2 m separadas por um corredor central e que haja um vão de 55 m2 (5x11m) separando este arquivo do próximo.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 20 / 60

A laje de cobertura das áreas técnicas do último pavimento deverá receber impermeabilização convencional e cobertura com telha metálica termoacústica sem emendas (zipadas) obedecendo às inclinações recomendadas pelo fabricante.

Deve-se ressaltar que as condensadoras deverão estar ao ar livre.

5.5. Impermeabilização

Serão executadas as impermeabilizações necessárias nas fundações e junto às lajes expostas diretamente à ação das intempéries, em conformidade com as Normas da ABNT e a boa técnica e com material compatível com o uso definido para o local. A impermeabilização deverá ser usada em paredes, pisos ou outros elementos da construção que, a qualquer momento, estejam sujeitos à pressão hidrostática, estejam abaixo do lençol freático ou sejam susceptíveis a ficarem imersos na água.

5.6. Pinturas e Revestimentos de Pisos e Paredes

Todos os revestimentos de piso e parede deverão ser selados, pintados ou construídos para que reduzam a quantidade de poeira acumulada. Os acabamentos devem ser definidos em cores claras para melhor iluminação dos ambientes internos e maior conforto no espaço de trabalho.

Todos os acabamentos interiores deverão ser de materiais anti-estáticos, que não descasquem, que não acumulem poeira ou liberem gases. Todas as superfícies interiores, acabamentos, instalações e móveis devem ser retardantes de chama ou fornecidos com revestimentos retardantes de chama. Todas as superfícies de concreto, incluindo lajes, paredes e valas deverão ser seladas para minimizar a poeira.

Nas áreas técnicas e sobressolos, em virtude do tráfego de equipamentos com peso elevado, recomenda-se a utilização de piso com uma maior resistência para alto tráfego, como por exemplo, piso industrial de alto desempenho nas áreas apropriadas para o efeito. Para os ambientes onde não houver esta necessidade, deverá ser previsto piso de granito, vinílico ou carpete, tais como ambientes de trabalho, salas de reuniões.

As paredes poderão receber pintura acrílica, com exceção de áreas molhadas como sanitários, copa e vestiários, que deverão ter um material mais apropriado para o efeito, como por exemplo, material com revestimento cerâmico.

5.7. Portas, Esquadrias e Vidros.

Todas as janelas e aberturas acessíveis e em contato com a área exterior deverão ter em consideração um detector de presença.

Nas áreas administrativas a caixilharia será de alumínio, de padrão comercial com vidros isolantes fixos.

Devem ser considerados diferentes tipos de portas de acordo com os ambientes:

- Portas de vidro: transparente/incolor com película de segurança 3M;

- Portas de madeira: acabamento em pintura adequada na cor indicada no detalhamento;

- Portas de alumínio: pintura anodizada na cor indicada no detalhamento.

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5.8. Piso Elevado

Para todos os ambientes de trabalho será adotado piso elevado metálico, com acesso fácil para instalação e manutenção, constituindo uma plataforma versátil e durável e possibilitando maior flexibilidade aos ambientes para layouts atuais e futuras ocupações, seja para um ou diversos locatários.

O sistema do piso deverá ser composto por painéis removíveis de aço com tamanho aproximado de 0,6 x 0,6 m, suportados diretamente por bases ajustáveis de aço.

Deverá ser adotado um sistema de identificação de acesso às placas do piso. O sistema de identificação poderá então ser usado para localizar facilmente e com precisão o local de equipamentos e dispositivos para fins de resolução de problemas e manutenção.

5.9. Forro e Iluminação

Para os ambientes de escritório e áreas de apoio, a altura mínima do piso elevado acabado até qualquer obstáculo (viga, forro, sprinkler, luminária, câmeras, eletrodutos, eletrocalhas ou qualquer outro) deverá ser de 2,60m.

Os detalhes de sancas devem ser constituídas por painéis de gesso acartonado, aparafusados em perfilados metálicos e suspensos por pendurais reguladores, ideal para vencer grandes vãos com grande número de aberturas para luminárias. O forro, quando utilizado, deverá ser suspenso, modular e removível, em material que não solte partículas finas e não seja inflamável.

Deverá ser utilizada luminária de embutir em forro de gesso acartonado. Corpo e aletas planas em chapa de aço tratada com acabamento em pintura eletrostática epóxi-pó na cor branca. Refletor em alumínio anodizado de alto brilho (reflexão total de 86%). Equipada com porta-lâmpada antivibratório em policarbonato, com trava de segurança e proteção contra aquecimento nos contatos.

Deverá ser considerada também a aplicação de luminárias de embutir com dimmer; circular de embutir com refletor em alumínio anodizado e difusor recuado em vidro plano temperado.

5.10. Circulação Vertical

Deverá ser previsto a instalação de elevadores sociais acessíveis para pessoas em quantidade, dimensionamento e velocidade suficiente para atender toda a população prevista de acordo com a Norma NBR 5665 - Cálculo do tráfego nos elevadores.

Deverão ser previstas escadas de emergência em número, características e dimensionamento exigido pelas normas brasileiras, principalmente a NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios.

5.11. Fachadas e Vedações

Entende-se por vedação todo o elemento de fechamento vertical, com ou sem função estrutural.

Com o objetivo de garantir a menor contribuição de carga para o edifício e, ainda, seguindo a premissa de uma obra de construção o mais limpa possível, serão adotados sistemas de vedação com preocupações de isolamento termo/acústico, especificado conforme a necessidade de cada setor.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 22 / 60

Estes fechamentos deverão apresentar características de resistência ao fogo e à umidade, além de possibilitar a passagem de instalações hidráulicas e elétricas. Como vedações, segundo o conceito arquitetônico do projeto, serão utilizadas:

5.11.a. Fechamentos verticais opacos:

Serão admitidos fechamentos verticais com transmitância térmica menor que o da cobertura porque estão expostos menos tempo à radiação solar. Podem ser considerados materiais como:

· Placas Cimentícias

As placas cimentícias poderão ser utilizadas nas faces externas do edifício e/ou nas faces que são suscetíveis às intempéries (especificadas em projeto). A estrutura de vedação é composta por estrutura em aço galvanizado (montantes e guias) para suporte de painéis de fechamento em placa cimentícia (externos) com miolo em lã de rocha para isolamento acústico e fechamento interno em dry-wall.

· Cerâmicas extrudadas

Nos peitoris junto às peles de vidro, são previstas fachadas ventiladas com cerâmica extrudada térmico-acústica, em módulos de 1,50x0,30m e com proteção ao tempo e superfície auto-limpante.

· Painéis em Dry Wall

Os painéis de dry-wall poderão ser utilizados nas faces internas do edifício e/ou divisórias entre os diversos ambientes (especificadas em projeto). O sistema construtivo dessa vedação utiliza chapas de gesso cartonado fixadas sobre estruturas metálicas em aço galvanizado com miolo em lã de rocha para isolamento acústico.

5.11.b. Fechamentos verticais transparentes:

Para o fechamento vertical transparente poderão ser utilizados vidros laminados incolores, com fator solar (FS), transmissão luminosa (TL), transmitância térmica (K ou U), absorção energética (ABS) e reflexão luminosa (RL) determinados junto à empresa de consultoria no momento do desenvolvimento do projeto.

5.12. Tratamento térmico - Proteção Solar Fachadas

Solicita-se o estudo térmico das fachadas e a aplicação de sistemas de proteção solar nas fachadas que apresentam maior potencial de insolação, bem como a aplicação de vidros com índices apropriados de proteção solar.

O isolamento térmico deverá ser instalado acima e abaixo da base, entre o exterior e o interior da instalação, onde a temperatura externa for significativamente diferente da temperatura interna exigida. Isolamento térmico também deverá ser instalado entre espaços internos onde temperaturas significativamente diferentes forem necessárias. Espaços entre caixilhos de janelas, molduras de portas e aberturas semelhantes, além de paredes adjacentes deverão ser isolados.

Onde conjuntos corta-fogo forem parcial ou totalmente atravessados por tubos, dutos, conduítes ou outros elementos da construção, o material corta-fogo deverá ser colocado dentro e em torno dessas penetrações para manter a taxa de resistência a incêndios desse conjunto. Todas as penetrações em salas de computadores deverão ser corta-fogo/seladas.

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5.13. Tratamento acústico

Deverá ser adotada a curva padrão NC-40 para o desenvolvimento dos projetos.

Os ambientes com geração de ruído (salas dos geradores de emergência, unidades CRAC e outros equipamentos que produzam som de alta intensidade na instalação) bem como ambientes de trabalho receberão tratamento acústico, seja no interior das divisórias, na face das alvenarias ou divisórias, no teto, no forro ou nas portas.

Dependendo da configuração da edificação, haverá necessidade de instalação deste material de revestimento acústico nos elementos construtivos das salas dos ambientes com equipamentos que geram ruído. Dada a proximidade deste tipo de ambientes, dos espaços de trabalho é de extrema importância ter este fator em conta por forma a gerar níveis de conforto adequados.

A sala dos grupos moto geradores deverá ser dotado de sistema de isolamento acústico com instalação de placas em lã de fibra mineral e suporte em perfis e grelhas metálicas.

O sistema deverá contar também com atenuadores de ruído para entrada e saída de ar para se atingir um valor máximo de 75 dbA a 1,5 m de distância.

5.14. Paisagismo

Será executado o tratamento paisagístico para o empreendimento, abrangendo todo o pavimento térreo, entrada principal, inclusive calçada, com espaços especialmente ambientados para cada área conforme projeto paisagístico/arquitetônico.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 24 / 60

6. Sistema Elétrico

6.1. Abastecimento de Energia

O prédio será abastecido pela Concessionária local de energia elétrica em Média Tensão de 13.8kV, 20kV ou 34.5 kV, a critério da concessionária local (CEMIG), com medição dupla na tensão de alimentação para as cargas condominiais e privativas. A cabine de entrada e as medições de MT estarão localizadas no primeiro sobressolo . O disjuntor geral da cabine de entrada terá dispositivo para desligamento à distância pelo Corpo de Bombeiros em caso de incêndio. Para as cargas dos condôminos, a concessionária de energia elétrica – CEMIG – fornecerá energia elétrica em BT em 220/127 V por meio de duas subestações transformadoras e submedição instaladas pelo condomínio para este fim no piso técnico e na cobertura. Como a maioria dos andares está prevista para ser dividida em dois, a alimentação será feita por dois busways interligados pelas extremidades por um link de emergência sendo a medição remota com transdutores instalados na derivação do busway para a sala.

6.2. Distribuição de Energia Condominial

A tensão de distribuição de energia em MT será a da Concessionária e a alimentação das cargas condominiais em 380/220 V e privativas será em 220/127 V.

As subestações transformadoras, tanto condominiais como as da Concessionária de Energia Elétrica (condôminos) serão instaladas no piso técnico e na cobertura e terão cada uma 02 transformadores a seco de 750 kVA. Os transformadores serão protegidos no lado primário por fusíveis de Média Tensão e possuirão chave seccionadora de isolamento.

Para atender a eventuais condôminos que ocupem um número de andares superior ao limite de atendimento da concessionária de energia elétrica em BT serão previstos na entrada de energia dois espaços com medição em MT e chave fusível em MT.

A alimentação geral dos condôminos será dimensionada para uma queda de tensão de 1% com 45 w/m2 de área útil como demanda, verificada na saída da subestação embora a derivação do condômino seja dimensionada para 70 w/m2 .

6.3. Sistema de autoprodução de energia

6.3.a. Sistema de geração diesel

O edifício será provido de até 04 grupos geradores potência mínima de 480 kW totalizando até 1800 a 1900 kW, padrão hospitalar, para o fornecimento de energia de emergência na tensão de 380/220V. Estes grupos serão localizados no espaço reservado para este fim no pavimento técnico.

Por ser um sistema apenas para emergência a transferência será sem paralelismo com a concessionária.

6.3.b. Estimativas de Cargas Demandadas

Estima-se para a demanda total fora de ponta do empreendimento em 32.000 x 75 w/m2 / 1000 = 2400 kW.

Carga Densidade w/m2 Área m2 Demanda em kW

Privativa 30 32.000 960

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 25 / 60

Condominial 45 32.000 1440

Total 75 32.000 2400

6.3.c. UPS - Sistema Ininterrupto de Energia (Nobre ak)

Será previsto um UPS potência 30 kW para fornecimento de energia em tensão 380/220V, para cargas essenciais previstas no item 6.2.

A autonomia mínima do banco de baterias deverá ser de 15 minutos.

6.4. Alimentadores

6.4.a. Partes Comuns (Condomínio)

A alimentação dos quadros de distribuição condominial de energia será feita através de cabos alimentadores ligados em sistema radial partindo dos QGBT – Quadros Gerais de Baixa Tensão – até os respectivos quadros parciais.

6.4.b. Partes privativas (Escritórios)

A alimentação das partes privativas dos andares será feita por intermédio de alimentadores individuais derivados do busway que deverão ser dimensionados para 50 w/m2 de área útil com uma reserva adicional de 20 W/m2 de área útil, ou seja, num total de 70 w/m2 de área útil. Após cada cofre de derivação haverá um conjunto de proteção e medição de energia no padrão aprovado pela concessionária para atendimento aos conjuntos ou salas do andar. Este ponto, onde a energia já está medida, é considerado o ponto de entrega de cada conjunto ou sala.

Cada conjunto ou sala terá um QGD – Quadro Geral de Distribuição – que terá todos os disjuntores pertinentes à proteção dos circuitos de distribuição em 220/127 V, tais como iluminação, tomadas de piso, tomadas de serviço (copa, copiadora, PABX, etc.) e será configurado e adquirido pelo ocupante conforme suas necessidades. Os disjuntores que suprem as tomadas do piso serão derivados do barramento principal do quadro por intermédio de uma chave geral, possuindo esta parte do quadro barramento de neutro e terra eletrônico separados e isolados.

Os compartimentos por onde passa a alimentação elétrica serão providos de tomada elétrica, dreno e piso elevado, prevendo-se futuro condicionador de ar à opção do condômino.

6.5. Quadros Gerais e Parciais de Baixa Tensão em 3 80 V

Os quadros gerais serão equipados com disjuntores de entrada com proteção seletiva coordenada à jusante e à montante do dispositivo e seccionadoras sob carga com fusíveis e/ou disjuntores de saída, além de instrumentação de leitura das condições de operação.

Os quadros gerais serão dotados de medidores setorizados de potência ativa com saída em Modbus ou outro protocolo de mercado, devendo o arranjo dos quadros permitir a separação em:

- Demanda do sistema de condicionamento de ar;

- Demanda do sistema de transporte vertical;

- Demanda das bombas de água e esgoto;

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 26 / 60

- Demanda da iluminação condominial;

- Demanda dos sistemas de ventilação/exaustão de ar de estacionamentos e de sanitários;

- Demanda dos sistemas correlatos ao paisagismo e iluminação de fachada.

Desta maneira se terá para fins operacionais a segregação da demanda condominial total do edifício por setor consumidor. Isso servirá para avaliar o desempenho setorial e melhor gestão.

Todos os quadros inclusive os parciais serão dotados de ventilação natural e de barramento de cobre trifásico mais neutro isolado e terra, espelho e porta e serão do tipo “frente morta” sem proteção adicional de acrílico ou de outros materiais isolantes para separação das partes vivas.

Onde a separação entre barras condutoras não atender ao espaçamento conforme a Norma Nema para 460V as barras das três fases serão isoladas com camisas de PVC termo encolhível.

Todos os quadros gerais terão janelas de inspeção termográfica incorporadas de forma a permitir a visualização térmica sem riscos ao operador.

Nos quadros de luz deverá ser prevista uma área vazia de 20 cm de altura pela largura do quadro para que se possa instalar contactores e controladores da iluminação interligados ou não ao sistema BMS.

O uso de dispositivos sensores de fuga à terra deverá ser conforme previsto na NBR 5410.

Todos os quadros que devam ser interfaceados com o sistema de automação predial (SCP) devem ter a fiação que será ligada ao SCP terminada em uma borneira adequada a cabos de 1,5 mm2. A fiação e os terminais deverão ser claramente identificados. A mesma regra se aplica para quadros de força acima de 100 kW que deverão ter um modulo de 40x60 cm para as terminações e a futura instalação das controladoras do sistema SCP.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 27 / 60

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 28 / 60

6.6. Sistema de Aterramento Predial

Será previsto um sistema de malha de terra para aterramento dos sistemas elétricos com resistência máxima de 3 ohms.

Serão aterrados todos os neutros do sistema, carcaças metálicas de todos os motores, quadros de distribuição de energia, circuitos elétricos acima de 50V para terra, além de suportes de sistemas elétricos, luminárias, tubulações de gás, dutos de ar condicionado e onde mais se fizer necessário.

O aterramento para equipamentos eletrônicos e sistemas especiais, será feito através de cabos expressos e isolados, ligadas a uma barra de teste e a partir desta, verticalmente a prumadas isoladas e estas, por sua vez, interligadas à malha de terra por intermédio de barras equipotenciais previstas para este fim no sobressolo.

Serão previstas ainda placas de teste para medições periódicas da resistência das malhas de aterramento pelo método dos 3 pontos localizados no terreno do edifício.

6.7. Para-raios (SPDA)

Será prevista a instalação de para-raios para proteção do prédio contra descargas atmosféricas em conformidade com a ABNT NBR 5419.

O método utilizado será o da gaiola de Faraday com descida através de ferros expressos de no mínimo 12 mm de diâmetro inseridos em pilares. As descidas deverão ser espaçadas conforme a norma e interligados à malha de aterramento. Considerada a altura do edifício deverão ser previstos anéis de interligação horizontal a cada 30 m de altura. A este sistema deverão ser aterradas as estruturas metálicas da fachada.

6.8. Instalação de inversores de frequência variáve l (VFD)

Estes dispositivos devem ser instalados diretamente no ambiente à vista de seu dispositivo de proteção e seccionamento montados em estruturas de compostas de perfilados metálicos galvanizados.

As ligações elétricas e de controle serão feitas por intermédio de condutores instalados em eletrodutos metálicos que deverão terminar em entradas previstas no próprio controlador de modo a ficarem as conexões terminais e os cabos completamente protegidos.

6.9. Normas Adotadas

Serão adotadas a NBR 5410/2004, Normas da Concessionária Local e, na insuficiência destas as seguintes normas:

NEC - National Electrical Code, última edição.

ANSI - American National Standard Institute

6.10. Fatores de Demanda e Diversidade

Serão aplicados fatores de demanda e de diversidade para os alimentadores e quadros sempre que as condições assim recomendarem. A demanda dos alimentadores de energia que atendem os andares de escritório será de 1,0, devendo ter ao menos 70 W/m2 de área útil como capacidade mínima.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 29 / 60

Para o dimensionamento dos busways supridores dos condôminos deverá ser considerada uma demanda de 45 w/m2 de área útil com 1% de queda de tensão.

6.11. Instalações de Luz e Tomadas

6.11.a. Níveis de Iluminamento e densidades de carg a

Serão adotados os seguintes níveis mínimos e densidades de cargas máximas:

Espaço iluminado Lux Densidade de carga W/m2 max.

Estacionamento coberto 504 2 Estacionamento descoberto 10 a 50 2 Áreas de equipamentos eletromecânicos 3005 16 Docas de carga/descarga 250 6 Indicadores de saída. 6 w por ponto Iluminação de fachada 2,26 Áreas nobres dos estacionamentos 250 5 Administração e escritórios 450 a 550 12 Lobby 250 70 Escadas e corredores de serviço 150 6

6.11.b. Aparelhos de Iluminação

As áreas de estacionamentos e áreas mecânicas serão dotadas de luminárias de sobrepor com reatores duplos e lâmpadas fluorescentes de 2x32W.

Para as áreas públicas halls de acesso e halls dos pavimentos de escritórios os aparelhos de iluminação serão de acordo com especificado pelo projetista de luminotécnica.

Nos escritórios ficam previstas luminárias retangulares de embutir de 4 x 14 W tubulares de alta eficiência, dotadas para este fim com reatores eletrônicos e com refletores de alto índice de refletância e rendimento maior que 70%.

6.11.c. Tomadas

- Áreas comuns: Tomadas de parede serão previstas nas áreas dos halls dos pavimentos e nas áreas técnicas e prumadas dos prédios;

- Escritórios e Laboratórios (Áreas privativas): As tomadas elétricas serão alimentadas pelo piso falso, com a cabeação feita pelo usuário;

- Copas: Em todas as copas serão previstas tomadas num total de 4 kW.

6.12. Queda de Tensão

Para o dimensionamento dos condutores serão utilizados os limites máximos de queda de tensão para a demanda máxima conforme NBR 5410/2004 última revisão.

• Ramais de luz 3%

4 � A iluminação deverá ser mais concentrada nas pistas de rolamento 5 Nos compartimentos de serviço tais como as áreas mecânicas, elétricas depósitos etc. os interruptores

de comando da iluminação ficarão junto à porta de acesso externamente ao compartimento. O interruptor deverá estar equipado com led para controle visual de lâmpada acesa ou apagada.

6 Por m² de fachada iluminada.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 30 / 60

• Alimentadores de luz 4%

• Circuitos de força 7%

Para as quedas de tensão preconizadas pelo LEED de 2% em alimentadores e 3% nos circuitos distribuição serão utilizados os valores de demanda média

A distribuição de energia não medida da Concessionária de Energia Elétrica terá uma queda de tensão de 1%.

6.13. Reservas

Para os alimentadores serão adotadas as seguintes reservas:

• Alimentadores de força e de condôminos 0%

• Alimentadores dos QDL 20%

• Quadros e eletrodutos 20%

• Circuitos de distribuição 20%

6.14. Geração de Emergência

6.14.a. Sistema de emergência Diesel

Todas as cargas condominiais serão alimentadas em caso de emergência.

6.14.b. Sistema No-Break

Potência 30 kW e autonomia para 15 minutos.

Serão alimentadas as seguintes cargas:

• Iluminação indicadora de saída (todos os pavimentos). Deverão ser previstos dois indicadores por porta, sendo um alto e um baixo.

• Dentro das escadas haverá iluminação indicadora dos degraus a menos de 30 cm dos degraus.

• 1 ponto em cada hall de elevadores

• 1 ponto em cada lance de escadas

• Sala do Sistema de Supervisão Controle Predial e respectivo sistema.

• Subestações e entrada de energia (um ponto externo para cada 3 m de painel)

• Planta de autoprodução de energia.

• Distribuidores DG / PABX (um ponto)

• Salas de bombas de incêndio e de água potável

• Salas de ar condicionado dos andares e shafts

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 31 / 60

6.15. Materiais

6.15.a. Quadro Geral de Baixa Tensão

Disjuntores

Caixa moldada ou abertos conforme ditado pela corrente nominal e de ruptura7

Chaves seccionadoras A seco sob carga

Fusíveis Tipo NH Siemens

Barramentos Cobre

6.15.b. Quadros Parciais de Distribuição

Serão de frente morta conforme normas NEMA;

Disjuntor geral

Disjuntor parcial

Barramentos

Caixa moldada

Caixa moldada

Cobre equipados com parafusos e arruelas de pressão constante nas derivações e provido de isolamento termo encolhível caso o espaçamento o exija

6.15.c. Condutores

Bus-Ways (força) Cobre 3 condutores + terra IP – 307

Bus-Ways (iluminação) Cobre 3 condutores de fase 100% da corrente nominal +neutro 150 % da corrente nominal+ terra IP – 307

Alimentadores ou outros cabos instalados em leitos.

Antichama 0,6/1,0 kV. Cobre ou alumínio.

Distribuição. Antichama 0,75 kV, cobre

6.15.d. Eletrodutos

Rígidos pesados:

Instalação aparente ao tempo Aço zincado a fogo

Forro falso e aparente interno Aço galvanizado

Instalação em alvenaria ou contra-piso Aço esmaltado ou PVC

7 Disjuntores serão GE, Westinghouse, Felten, Merlin Gerin, ABB

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 32 / 60

Flexíveis Metálicos com capa de PVC

6.15.e. Caixas de Passagem ou Derivação

Instalação aparente ao tempo Alumínio fundido

Instalação em forro ou aparente interno Chapa de aço galvanizado ou PVC

Instalação em alvenaria ou contra-piso Chapa de aço esmaltado ou PVC

6.15.f. Conduletes

Instalação aparente Liga de alumínio fundido com rosca

6.15.g. Buchas e arruelas

Aço galvanizado

6.15.h. Tomadas e interruptores

Serão apropriados para caixa ou conduletes. Marca Primeletrica mono ou polifásicas.

Nota: Eletrodutos e calhas serão meio pesadas.

6.15.i. Equipamentos de MT

Transformadores secos: Siemens, ABB, WEG, com proteção mecânica e terminais para cabos de M.T.

Disjuntores e chaves seccionadoras: Schneider, ABB ou Siemens a SF6.

6.15.j. Motores e acionamentos

Todos os motores acima de 1 CV deverão ser de alto rendimento e os sistemas de partida serão quando possível do tipo soft start caso assim exigido pela carga acionada.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 33 / 60

7. Ar Condicionado e Ventilação Mecânica

7.1. Descrição das instalações

O sistema de condicionamento de ar envolverá:

• Unidades condensadoras integradas a um sistema VRF num total de 1.100TR (valor a ser confirmado no cálculo de carga térmica). As controladoras destas unidades deverão estar interfaceadas com o sistema de controle predial SCP.

• Unidades evaporadoras a serem instaladas pelos condôminos às suas expensas, porém seguindo padrões de fabricação e instalação definidos pela administração do parque tecnológico

• Para os andares que suportem laboratórios, prever 100% de ar externo no cálculo da carga térmica.

• Rede de dutos de média e baixa pressão.

• O sistema de controle predial terá domínio sobre todos os sistemas descritos inclusive sobre a temperatura das salas privativas caso assim desejado pelo ocupante.

Os equipamentos resfriadores deverão ser projetados e construídos para operar com um gás que atenda o Protocolo de Montreal e LEED.

7.1.a. Sistema de Distribuição de Ar Condicionado

As instalações de condicionamento de ar, de ventilação e exaustão mecânica terão as características necessárias e suficientes para a obtenção e manutenção das condições de conforto humano, controlando a temperatura, a umidade e a poluição do ar ambiente das áreas básicas de trabalho nos escritórios bem como os halls de acesso.

Deverão ser observados no projeto os critérios de cálculo da carga térmica e eficiência energética estabelecidos na ANSI 90.1-2010 tanto para o sistema como para o envelope do edifício. Ao fim dos cálculos deverá ser feito um perfil horário mensal para todos os meses do ano e levantados os consumos mensais de energia do sistema projetado.

A distribuição de ar dos escritórios será feita pelas unidades evaporadoras e retorno em pleno pelo teto. Os conjuntos e salas serão supridos ainda de ar para higienização por meio de dutos de ar exterior filtrado provido por duto ligado a uma central de ar exterior filtrado ou diretamente tomado na fachada (a ser avaliado durante o detalhamento do projeto de VAC). A central de ar exterior será de velocidade variável suprindo ar a uma pressão constante, abrindo-se os registros de tomada de ar exterior e os dampers dos conjuntos ocupados sempre que for energizada pelo menos uma unidade condicionadora do conjunto. O ângulo de abertura do damper de ar exterior de cada conjunto será controlado pelo índice de ocupação do prédio e do conteúdo de CO2 de cada andar específico.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 34 / 60

7.1.b. Sistemas de controle

Os sistemas de controle a ser projetados deverão atender ao requerido na seção de supervisão e controle predial.

7.2. Parâmetros e critérios de projeto

7.2.a. Cargas Térmicas

- Ocupação Humana: A taxa de ocupação humana nos escritórios a ser considerada será de 1 (uma) pessoa a cada 10 m2 de área de trabalho das zonas condicionadas.

- Iluminação: A carga de iluminação nos escritórios a ser considerada como carga térmica proveniente da aparelhagem de iluminação será 10 W por m2 de piso que deverá ser ainda considerada como uniformemente distribuída e simultânea com a carga térmica de insolação.

- Equipamentos dos escritórios: A carga térmica proveniente da aparelhagem eletroeletrônica específica de escritório, para efeito de dimensionamento do sistema no pavimento deverá ser considerada de 20 W por m² de piso das áreas de trabalho dos escritórios havendo ainda folga de 18 w/m2 prevista no cálculo geral da carga térmica.

7.2.b. Parâmetros de Conforto Térmico

7.2.c. Renovação de Ar

A taxa de renovação de ar máxima nos escritórios a ser considerada será de conforme a norma ASHRAE 62.1-2010 com acréscimo de 30% de forma a ser possível o atendimento do LEED, se desejável, podendo variar a taxa variar em função da ocupação do prédio ao longo do dia, o conteúdo de CO2.

7.2.d. Nível de Ruído

NC 40 como nível de ruído máximo próprio dos componentes e da instalação em operação normal, medido a um metro da porta da sala da unidade condicionadora ou do difusor de insuflação, submetido à vazão máxima de projeto.

7.2.e. Filtragem de Ar

Serão obedecidas as recomendações da ABNT - NBR - 6401 no que se refere aos graus de filtragem ideais para cada caso. Basicamente serão adotados os filtros G3 e F7 - para todas as tomadas de ar exterior dos sistemas de ar condicionado e para os condicionadores de ar das áreas de escritórios.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 35 / 60

7.2.f. Energia Elétrica

A potência disponível para os sistemas de ar condicionado será de 1,0 kW/TR, incluídas as unidades condicionadoras, condensadores, evaporadores, exaustão e de ar exterior.

Todos os equipamentos deverão ser selecionados pelo critério de rendimento.

A alimentação dos motores trifásicos (todos de alto rendimento) será em 380V, 60 Hz, e o controle dos equipamentos será com 120 V, 60 Hz, com transformador 380/120 V.

7.2.g. Considerações sobre o envelope do edifício, proteção contra insolação e eficiência na transmissão de luz visível.

As peles de vidro nas fachadas expostas ao sol serão calculadas para um fator de sombreamento de 0,30.

Além deste índice o vidro será escolhido em função do índice de transmitância de luz visível melhor que 43% para a transmitância solar total e fator de refletância interna menor que 20% e externa menor que 15%. Todos os fatores indicados estão de acordo com as definições e verificações das normas NFRA (National Fenestration Council 200, 300 e 400) pelas quais os produtos deverão ser certificados.

As juntas dos vidros externos serão consideradas estanques caso o vazamento por estas for menor que 2 l/s/m² e pelas frestas de portas externas de 5,0 l/s/m²

Para demais fatores considerar a norma ANSI 90.1 no que se refere aos coeficientes estabelecidos para o envelope predial conforme detalhado pelo projeto arquitetônico e considerada a zona climática 2 como sendo a zona de referência.

7.2.h. Propagação de Fogo

Para se evitar a propagação de incêndios em zonas de risco diferentes, serão instalados registros corta-fogo em todas as aberturas das superfícies limítrofes dos pavimentos, bem como vedações por fibra cerâmica junto às "curtain wall".

Os registros corta-fogo serão atuados pelo sistema de detecção de incêndio.

7.2.i. Atendimento à Norma ANSI 90.1-2010

Esta norma deverá ser atendida ao longo do projeto para que o desempenho energético seja inferior aos limites estabelecidos Objetiva-se na simulação a ser feita que se obtenha um desempenho 14% superior ao estabelecido no prédio de referência conforme definido no Apêndice G da Norma.

7.3. Ventilação e exaustão

7.3.a. Descrição das instalações

As instalações de ventilação e exaustão mecânica terão as características necessárias e suficientes para a obtenção e manutenção das condições de conforto humano, no que se refere à qualidade do ar, controlando a temperatura e a poluição do ar ambiente das áreas de apoio (sanitários, garagens, salas de equipamentos, etc).

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Os ambientes que não dispõem de ventilação natural, serão ventilados com ar exterior e exauridos mecanicamente aí incluídos halls de elevadores de subsolo, áreas mecânicas e elétricas.

As escadas de segurança serão pressurizadas com ar exterior tomado na parte baixa da fachada de forma a garantir nas portas de acesso uma pressão positiva de 10,0 Kgf/m² quando em modo de incêndio e a metade quando operando normalmente.

Os sanitários dos conjuntos comerciais bem como os demais sanitários serão exauridos mecanicamente. Os dampers e grelhas de exaustão deverão ser dimensionados para uma vazão de 130% da vazão de projeto.

Todas as salas de equipamento serão ventiladas mecanicamente com ar filtrado suprido do exterior.

7.3.b. Parâmetros e critérios de projeto

- Renovação de Ar : - 10 renovações por hora nas Salas dos Equipamentos, com um mínimo de vazão que garanta um diferencial máximo de 8ºC, com os equipamentos funcionando em regime de carga normal.

- 5 renovações por hora nos sanitários exauridos através do sistema de ventilação mecânica. Se o mesmo estiver localizado em ambiente condicionado, este valor poderá cair para 7,5 renovações/hora.

- 6 renovações por hora para as garagens.

- Nível de Ruído : NC 40 como nível de ruído máximo próprio dos componentes e da instalação em operação normal, medido a um metro da porta da sala do equipamento ou a 1,25 m do forro.

- Energia Elétrica : Todos os exaustores e ventiladores serão selecionados pelo critério de rendimento que deverá se situar entre 0,6 a 0,8 equipados com motores de alto rendimento. A alimentação dos motores trifásicos será em 380V, 60 Hz, e o controle dos equipamentos será com 120 V, 60 Hz, obtido por transformador de 380/120V.

- Propagação de Fogo e Exaustão de Fumaça : Para se evitar a propagação de incêndios em zonas de risco diferentes, serão instalados registros corta-fogo em todas as aberturas das superfícies limítrofes dos pavimentos e de cada conjunto, ou seja, na tomada de ar exterior, na derivação do duto principal do conjunto e na exaustão do sanitário.

Os registros corta-fogo serão de abertura e fechamento automático, atuados pelo sistema de detecção de incêndio e pelo SCP e providos de contatos de estado destinados ao SCP.

As passagens de tubulações hidráulicas e de eletrodutos ou eletrocalhas horizontal ou verticalmente entre andares ou entre riscos de incêndio diferentes deverá ser feita de modo a manter estanques e separados os ambientes mediante proteção adequada das passagens.

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7.4. Medidas para controle da síndrome de edifícios doentes

O ar exterior injetado nos espaços de permanência maior estará de acordo com as Normas ASHRAE 62.1-2010, sendo a tomada de ar exterior localizada de modo a ter acesso a ar sem contaminação adicional ao próprio edifício tal como descarga de exaustão de banheiros, cozinhas etc.

Devem ser previstas visitas flangeadas e aparafusadas a cada 20 m para introdução de equipamentos de limpeza nos dutos.

O dreno de cada condicionador deverá ter selo hidráulico igual ou maior que a pressão estática do ventilador e descarregar a água em coluna sifonada utilizada exclusivamente para este fim.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 38 / 60

7.5. Normas aplicáveis

ABNT Todas NBR aplicáveis

BSI BS 5588:Part 4:1978 Smoke Control in protected escape routes using pressurization

SMACNA Leakage Testing Manual

NFPA 70 National Electric Code

ANSI/ASHRAE/IES

90.1- Energy Efficient Design Air Conditioning and Ventilation Systems

127 – Air Distribution Efficiency

ASHRAE 62.1-2010

ANSI/ARI ANSI/ARI 550 e 560

7.6. Materiais

Unidades Condicionadoras Carrier York Trane Hitachi

Ventiladores/exaustores Higrotec OTAM Refricon Projelmec

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8. Proteção contra incêndio

8.1. Conceituação

O prédio será totalmente coberto por sprinklers, suplementado por um sistema de hidrantes, além dos seguintes sistemas:

- Detecção em todas as áreas inclusive estacionamentos. - Sistema de comunicação do tipo “hot line” - Aviso acústico e visual por intermédio de luz estroboscópica em todas as salas com mais de 300 m² além de todas as áreas de equipamentos fechadas de modo a impedir a propagação do aviso. - Sonofletores / Cornetas para as funções de aviso - Extintores. - Separação vertical entre andares nas cortinas de vidro e nos shafts que serão vedados contra fogo e fumaça com elementos corta fogo compostos de fibra cerâmica. - Dampers corta fogo nos sistemas de ar exterior e de exaustão mecânica, de operação motorizada e com indicação de estado, de modo a isolar os andares não sinistrados e prover exaustão de fumaça pelo sistema de extração de fumaça no andar sinistrado (conferir legislação local).

8.2. Detecção, Sinalização e Alarme

8.2.a. Detecção de Incêndio

Serão instalados detectores termovelocimétricos e detectores de fumaça endereçáveis nas áreas de halls e escritórios, nos centros de distribuição e geração de energia, casa de máquinas de elevadores, prumadas elétricas e telefones, PABX, nos dutos de retorno de ar condicionado, exaustão mecânica, local para bombas e todos os compartimentos para equipamentos eletromecânicos e espaços de coleta de lixo.

Serão previstos detectores ópticos de chama para cada um dos grupos geradores.

8.2.b. Sistema Manual de Alarme de Incêndio

Nos halls dos escritórios e junto às escadas de emergência e áreas técnicas será previsto sistema de alarme de acionamento manual do tipo "quebre o vidro".

8.3. Hidrantes e Sprinklers

Serão considerados os seguintes tipos de riscos:

Área Risco (NFPA) Escritórios Risco leve Estacionamentos cobertos, subsolos e garagens.

Risco ordinário GR I.

A localização dos hidrantes e sprinklers deverá estar de acordo com as normas brasileiras, laudo de exigências do Corpo de Bombeiros e norma NFPA.

8.4. Extintores

Serão colocados em todas as áreas do prédio, de acordo com norma ABNT e laudo de exigências do Corpo de Bombeiros.

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8.5. Normas Adotadas

O projeto de incêndio será elaborado de acordo com o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, adotado pelo Corpo de Bombeiros e deverá atender ainda à NFPA - National Fire Protection Association.

8.6. Reserva Técnica para Hidrantes e Sprinklers

A reserva de incêndio foi estimada em 200.000 litros, atendendo às recomendações da NB-1135, Corpo de Bombeiros e ainda às exigências das Companhias de Seguro para obter uma taxa mínima. A reserva deverá ser confirmada mediante o cálculo hidráulico da vazão nos pontos críticos conforme estabelecido nas normas.

Será também previsto um ramal de fácil acesso a rede de sprinklers/hidrantes do prédio para um eventual abastecimento em caso de incêndio através da moto-bomba do carro do Corpo de Bombeiros.

Deverá ser previsto um sistema de pressurização dividido em duas zonas limitadas cada uma a 100 mca de pressão dinâmica projetado e instalado conforme a NBR 1135 e NFPA 20 com bombas redundantes, válvulas redutoras de pressão para criação da zona de BP e bomba jóquei para pressurização tanto de sprinklers como de hidrantes.

A reserva de incêndio será toda armazenada no reservatório inferior.

O sistema de combate a incêndio constará de uma central de pressurização com 02 bombas elétricas principais com uma bomba jóquei, mais uma estação de supervisão e controle/redução de pressão.

As vazões a serem adotadas para se efetuar os necessários cálculos hidráulicos serão as seguintes:

Hidrantes 1000 l/min

Sprinklers

Risco Área de cálculo m2 Densidade em mm/min/m2

Leve 279 2,64

Ordinário 186 6

Dentro do objetivo de se racionalizar os custos devem ser considerados os seguintes critérios:

• É preferível se aumentar a potência das bombas se isto significar redução do peso de aço a empregar nas tubulações.

• Nos andares tipo, buscar realizar um anel ou uma malha hidráulica para dar cobertura ao andar sempre dividido em duas partes de modo a se poder isolar uma sala da outra para modificações.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 41 / 60

• Na rede dos andares tipo escalonar os diâmetros onde possível quando a pressão disponível na prumada vier aumentando.

• Nos estacionamentos projetar as redes em malha hidráulica.

8.7. Extintores portáteis e sobre rodas

Serão adotados os seguintes parâmetros:

Área máxima a ser protegida por unidade extintora 150 m² Distância máxima para alcance do operador 15 m Tipo de extintor p/equipamento eletromecânico CO2

Tipo de extintor para central telefônica PQS Tipo de extintor para áreas Água pressurizada

e espuma

8.8. Materiais

Tubulações Aço preto DIN 2440 (protegidas por manta asfáltica quando enterradas).

Conexões Niagara Classe 150 ou 300 conforme indicado.

Válvulas

Aço fundido, haste ascendente, fab. Niagara ou Scai, classe 150 ou 300 conforme necessário.

Chaves de fluxo Fab. Conaut

Válvula angular Bronze fundido, junta Storz, fab. Bucka Spiero ou Scai classe 150 ou 300 conforme necessário.

Sprinklers Temperatura de operação 68º, 1/2", Fab. Grinnel, Central Sprinklers, Skop ou Resmat

Válvulas redutoras de pressão Fab. Bermad

Bombas Fab. KSB ou Worthington sem similar

8.8.a. Detectores de incêndio e acessórios endereçá veis digitais

Marca Siemens, Honeywell , Edwards, Notifier.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 42 / 60

9. Comunicações

9.1. Sistema de Telefonia

9.1.a. Suprimento

O empreendimento será suprido pelas redes das Concessionárias e dos provedores, por 03 entradas e três distribuidores gerais instalados no 1o sobressolo do edifício, mais a sala do gestor de telecomunicações.

O projeto deverá considerar a instalação de até 05 backbones cabos de fibra óptica, devendo por isto ter os raios de curvatura adequados bem como dutos separados. Um destes backbones será dedicado ao sistema de CFTV, controle de acesso e automação predial. Os restantes serão instalados como previsão no compartimento de Telecom (dois em cada compartimento).

9.1.b. Distribuição

Rede primária no edifício : Haverá para cada meio andar (02) dois poços de elevação (prumada vertical) para as redes das concessionárias de telecom e eventuais PABX. Estes poços deverão serão localizados cada um em uma sala fechada que configura a parte pública da rede que se localizará adjacente a uma sala privativa, que conterá o DG do ocupante e 15 luvas de 4 polegadas inseridos nas lajes para futuros cabos de condôminos.

Os compartimentos do DG do ocupante serão providos de dreno para instalação eventual condicionador de ar pelo condômino.

Rede Secundária : As redes secundárias serão instaladas pelos usuários a partir dos distribuidores a serem constituídos pelos usuários nos andares, e correrão em calhas metálicas junto com os sistemas de dados, separados das calhas de eletricidade, porém sob o mesmo piso elevado, atingindo assim os pontos de utilização dentro dos escritórios.

9.2. Interfonia/Internet

Será previsto um sistema de PABX atendendo aos pontos de interfonia instalados junto às portas de acesso ao público, elevadores, galerias técnicas, estacionamentos, guaritas, cabine de medição, casas de máquinas, docas, áreas administrativas e condôminos (um ponto por unidade), interligadas à central de comutação interna do condomínio.

Os equipamentos e todos seus componentes serão definidos e instalados pela administração do condomínio.

Nas partes comuns deverá ser ainda constituída uma LAN que possa operar transferindo tanto emails internos como os dados operacionais dos diversos sistemas eletrônicos e imagens.

Dentro do conceito de convergência dos sistemas o PABX poderá operar na tecnologia VOIP utilizando-se para este fim a rede LAN acima mencionada que deverá ser configurada para cabos metálicos da CAT 6 UTP (ou superior) que servirá para a

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 43 / 60

transmissão de voz, áudio, dados, BMS e CFTV ou seja todas as redes do edifício exceto as de combate e detecção de incêndio.

No caso de ser adotada a convergência a infraestrutura será configurada como adequada para redes metálicas interfaceadas com um backbone óptico em painéis de interface/patch panels.

No caso de se optar pelo uso generalizado de POE (Power over Ethernet), as fontes de energia de alimentação dos switches deverão ser redundantes.

9.2.a. Normas Utilizadas

O projeto será desenvolvido de acordo com a norma Telebrás 224-3115-01/02 e com as normas da Concessionária local e normas ANSI/TIA/EIA 568/569/606/607

9.2.b. Distribuição

Poços, tubulações e caixas serão dimensionados de acordo com norma da Concessionária com previsão nos shafts para cabos expressos de usuários passando por eletrodutos instalados nas luvas deixadas nas lajes para este fim.

9.2.c. Previsão de Linhas Tronco

Total ..............................600 a 1000 linhas (conforme o perfil dos ocupantes).

Esta previsão é suplementada pela possibilidade de instalar 04 backbones públicos de fibra óptica.

9.2.d. Tomadas de Telefone

Nas áreas de escritórios e laboratórios será previsto piso elevado com as tomadas moduladas a cada 10 m2 que serão instaladas pelos usuários.

9.3. Alarmes

9.3.a. Avisadores Manuais

Serão previstos avisadores de alarme manual contra incêndio e sirenes de aviso para abandono do prédio no hall dos andares de escritórios e em todos os andares de estacionamento, interligados à Central de Supervisão e Controle Predial.

Na recepção serão instalados botões de pânico ligados à Central de Segurança.

9.3.b. Normas Utilizadas

O projeto será desenvolvido observando-se as normas do Corpo de Bombeiros, ABNT e NFPA.

9.4. Sonorização

Não está prevista nenhuma instalação centralizada de som exceto as previstas com o sistema de incêndio, que acessarão ao andar com indicação de alarme e os andares imediatamente adjacentes com possibilidade de emitir mensagens diferenciadas em dois canais separados e dotados de amplificação redundante de acordo com a Classe A do NFPA.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 44 / 60

9.5. Circuito Fechado de Televisão CFTV

Serão instaladas câmeras de CFTV em todas as áreas de acesso ao prédio e subsolos, com monitoração através da Central de Segurança do empreendimento. O sistema será do tipo POE - Power over Ethernet operando com uma câmera por cabo UTP 5E ou superior.

9.6. Antenas e TV a Cabo

9.6.a. Antenas dos condôminos

Na cobertura do prédio será prevista a instalação de antenas privativas dos condôminos. O espaço previsto deverá estar interligado às salas de comunicações dos andares. Deverá ainda ser previsto eletroduto seco para alimentação elétrica (1 polegada).

9.6.b. TV a cabo e AM/FM

Será prevista uma prumada de dois eletrodutos de 1,5 polegadas e caixas de passagem para instalação pelo condomínio de um sistema de TV a cabo e antenas de FM/AM, com pontos de chegada à cobertura para recepção de sinal de TV por satélite e AM/FM e no primeiro sobressolo com ligação à via publica para a ligação de TV a cabo.

9.6.c. Antena de telefone celular

Deverá ser prevista infraestrutura seca para que sejam instaladas antenas que possibilitem a recepção adequada de sinal de celular em todo o prédio.

9.7. Materiais

Tubulações e Dutos

Eletrocalhas, leitos e perfilados. Chapa de aço galvanizada

Eletrodutos e acessórios

Embutidas em paredes ou pisos PVC

No forro Aço galvanizado

Aparentes Aço galvanizado

Caixa de passagem: distribuição com ou sem fundo de madeira, porta metálica, padrão Telebrás em chapa galvanizada bitola 16.

Caixas de saída em parede: PVC

Buchas e arruelas: Aço galvanizado

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10. Sistemas Hidráulicos

10.1. Água Fria

10.1.a. Abastecimento

O abastecimento será feito pela rede local da Concessionária.

Haverá ainda a provisão de um sistema de coleta, tratamento e armazenagem e distribuição de água de reuso que utilizará como fontes principais a água retida de chuva e a água de drenagem dos evaporadores do sistema de ar condicionado. Estas águas servirão para atender irrigação e outros usos não potáveis.

Todas as fontes de água terão medição de consumo interligada ao sistema BMS.

Será prevista tubulação para abastecimento de emergência por caminhão pipa, com hidrante de recalque junto à divisa do terreno.

10.1.b. Reservatórios

- Reservatório principal: A reserva total de água será de uma vez o consumo diário, acrescida da reserva técnica necessária para combate a incêndios, constando da rede de hidrantes e sprinklers (risco ordinário Grupo I).

- Reservatório inferior de água recuperada: O reservatório de água tratada, instalado no sobressolo será dimensionado para 30 m³ e contará com alimentação de água tratada não potável proveniente do sistema de recuperação. O reservatório contará ainda com alimentação emergencial de água potável com vazão de 10 m³/h para a eventualidade da falta de água recuperada instalado a uma altura que garanta a não contaminação com a água não potável.

As bombas de transferência serão dimensionadas para 1,3 vezes a vazão horária prevista com um mínimo de duas bombas.

Deverão ser previstas ainda as bombas de água de irrigação a serem dimensionadas conforme os requisitos do projeto paisagístico, devendo ter vazão suficiente para suprir 3,5 mm/dia de água para cada m² irrigado.

- Reservatório de retenção de águas pluviais: As águas pluviais com volume de 90 m³ de água equivalente à chuva de uma hora com recorrência de 50 anos ou aquele exigido pelas normas da Prefeitura de Belo Horizonte se esse volume for maior será retida num canal periférico ao pavimento mecânico inferior.

A água coletada no canal periférico do pavimento técnico, constituído em tanque de retenção se transferirá por gravidade para um reservatório inferior de água bruta com 45 m³.

A água depois de tratada juntamente com a água de drenagem dos condicionadores de ar servirá como fonte de água para uso não potável.

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10.1.c. Sistema de Recalque de água potável

O abastecimento do edifício será feito a partir de uma cisterna bipartida e daí, recalcada por um sistema de pressão constante com bombas de velocidade variável para os consumidores dispensando a necessidade de caixas d’água superiores.

A pressão será reduzida por intermédio de válvulas redutoras de pressão (uma a cada três pavimentos) e de onde será feita a derivação de modo a garantir a pressão mínima garantida no ponto de uso de 7,5 mca e máxima de 21 mca quando da vazão máxima provável a jusante do ponto de derivação. Neste ponto será instalado um hidrômetro para a medição remota do consumo.

10.1.d. Normas Utilizadas

O projeto de distribuição de água fria será desenvolvido com base na norma ABNT NBR 5626 e nas normas da Concessionária local.

10.1.e. Tubulações

As tubulações de água fria serão dimensionadas com limitação de velocidade de distribuição em 2,2 m/seg. e as redes serão dimensionadas para uma perda de carga menor que 4% nas tubulações principais.

Caso sejam usadas tubulações de PPR em prumadas deve ser dada atenção à instalação de juntas ou buchas de dilatação que absorvam 1 cm de dilatação por 10m de prumada e 10ºC de variação térmica. Considerando a hipótese de se encher a tubulação com água antes de sua ancoragem a variação máxima de temperatura para um sistema de água fria em Belo Horizonte seria da ordem de 20ºC (entre 5ºC e 25ºC) o que permite calcular o espaçamento entre ancoragens e, portanto das juntas. O uso de PPR em tubos de água fria deve ser restrito a 100 mca, para tubos da classe 25 (25 kg/cm² de pressão de teste).

As tubulações de cobre serão sempre Classe A Hidrolar fabricação Eluma.

10.1.f. Consumos

Serão adotados os seguintes parâmetros:

Escritórios (um ocupante e cada 10 m² de área útil) 175.000.l/dia

Reserva para 1,5 dia 265.000 litros

Reserva técnica para incêndio8 200.000 litros

Armazenamento Total 465.000 litros

No intuito de economizar água deverão ser consideradas as vazões e volumes indicados no item 7.3.b bem como uso de equipamentos e metais aí indicados ou de desempenho similar.

8

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10.2. Gás

Por motivos de segurança não será previsto gás para uso dos condôminos em qualquer ponto do prédio. Os eventuais fogões das copas deverão ser elétricos e os fornos do tipo microondas.

Os laboratórios que eventualmente necessitem de gás natural ou liquefeito de petróleo terão seus projetos analisados e, se aprovados, farão uso de um dos dois shafts previstos para este fim. Estes shafts estarão disponíveis apenas para os pavimentos especificamente designados para existência de laboratórios físico-químicos.

10.3. Esgotos Sanitários

10.3.a. Rede interna do prédio:

Serão previstas redes distintas de esgoto sanitário, a saber:

- Esgoto primário dos sanitários e das colunas de previsão de sanitários futuros;

- Esgoto secundário para copas e unidades condicionadoras feita por tubos secundários separados ligados a caixas separadoras ou sifonadas separadas de modo a se evitar a contaminação bacteriana do tubo de drenagem do sistema de ar condicionado. A água coletada do sistema de ar condicionado será direcionada para o sistema de reuso através de caixa sifonada própria;

- Ligada à prumada de drenagem dos condicionadores será prevista uma ligação em 40 mm para drenagem do eventual condicionador a ser instalado na sala de telecomunicações do usuário;

- Esgoto de gordura proveniente do refeitório de serviço com caixa separadora de gordura para 5.000 refeições/dia;

- Drenagem em 75 mm de diâmetro em dois pontos do piso dentro da área privativa de modo a remover a água do porão do piso elevado em caso de ruptura de sprinklers;

- Esgoto recalcado dos sobressolos.

- No caso de algum condômino, devido a sua operação, gerar algum tipo de resíduo ou rejeito químico que necessite de tratamento especial, o próprio condômino deve elaborar um projeto específico de descarte, podendo fazer uso dos shafts disponíveis para encaminhamento do rejeito a ser tratado para uma área técnica no 1° sobressolo. Tal projeto será objeto de análise pela engenharia do BH-TEC e somente será implantado após aprovação.

10.3.b. Rede Externa:

O prédio se ligará à rede externa de serviços públicos por intermédio de poços de visita.

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10.3.c. Normas Adotadas

O projeto de esgotamento sanitário será desenvolvido com base na norma ABNT - NBR 8160.

As normas vigentes das concessionárias locais também devem ser plenamente atendidas.

10.4. Águas Pluviais

10.4.a. Rede Interna

As águas pluviais coletadas da cobertura do prédio serão conduzidas ao canal periférico localizado no pavimento mecânico externa por gravidade, por 04 colunas localizadas na periferia do prédio.

10.4.b. Rede Externa

Será prevista drenagem superficial das áreas externas pavimentadas, que serão interligados a rede de águas pluviais passando antes pelo reservatório de retenção de águas pluviais (veja 10.1.d acima). Águas captadas do lençol freático (se existirem), abaixo do nível da rua serão conduzidas a poços coletores no 1° sobressolo e recalcadas para a sarjeta ou para sistema de reaproveitamento através de bombas hidráulicas do tipo submersível.

Para as águas servidas dos sobressolos deverá ser prevista rede de coleta e recalque separada da rede de drenagem de água de sobressolo.

10.4.c. Normas adotadas

As tubulações serão dimensionadas de acordo com a norma ABNT - NBR 611, para coletar chuva máxima, com duração de 5 minutos, num tempo de recorrência de 20 anos.

Será adotado índice pluviométrico local de 175 mm/h.

10.5. Drenagem

A água proveniente da drenagem dos sobressolos (dependendo da quantidade e qualidade química) poderá ser utilizada para irrigação dos jardins e em conjunto com a água de chuva retida na caixa de retenção de água pluvial e demais águas de reuso.

10.6. Sistema de óleo Diesel

O sistema terá como componentes principais: • Dois tanques de 3.000l.

• Uma estação de recalque com pelo menos duas bombas e pressão suficiente para abastecer tanques diários de condôminos instalados no piso técnico.

• Um sistema de filtros prensa redundante.

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• Uma rede de distribuição em tubulação de cobre classe I ou aço preto ASTM Sched 80, com conexões soldadas ou flangeadas.

• Uma tubulação de retorno para coleta do óleo extravasada dos tanques diários

• Um sistema de supervisão da operação e controle de níveis incorporando a possibilidade de medição remota do óleo fornecido a cada tanque diário.

10.7. Materiais

10.7.a. Tubulações:

Prumadas e recalque Cobre classe A ou PPR até 100 mca

Barrilete de sucção PVC, cl. 40 ou PPR

Distribuição sanitários Cobre classe A ou PPR

Externas PVC Vinil FoFo

10.7.b. Conexões:

Para cobre Cobre

Para PVC PVC soldável

Para PPR PPR soldável

Rabichos Euroflex, tipo Kittflex

10.7.c. Válvulas e metais sanitários

Válvulas de esfera Bronze fundido

Válvulas de retenção Duochek TRW ou CBV

Válvulas redutoras de pressão Bermad Calleffi

Válvulas de alivio a serem instaladas na linha de recalque aliviando para a cisterna.

Bermad 75 mm, com ajuste para 1,2 vezes a pressão dinâmica na rede.

Vasos com caixa acoplada do tipo duo flush com reservatório máximo de 6 l.

Ideal Standard, Celite ou Deca

Válvula eletrônica de descarga de mictório com vazão de 4l por descarga a 7,5 mca.

Sloan ou Decamatic ou similar

Torneira de lavatório com vazão de 0,15 l/s Decamatic ou similar

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a 10 mca

Caixas de descarga para sanitários do tipo dual flush (6 e 3l)

Deca

10.7.d. Controle de nível

Fabricação Conaut ou GE

10.7.e. Estação de recalque de água potável

Deverá ser provida de um mínimo de 03 bombas (sendo uma de reserva) equipadas com variadores de velocidade e sistema de monitoramento de pressão remota nos pontos mais distantes das redes e nas saídas das bombas. Estas pressões serão monitoradas no SCP.

A vazão máxima deverá ser obtida com duas bombas operando e deverá ser equivalente a 120% da vazão equivalente à obtida pela soma das unidades de vazão (p), considerando-se neste cálculo a demanda das colunas de previsão como estando equipadas em 50% das saídas previstas com um banheiro de 3 peças consumidoras de água.

Fabricantes indicados: Grundfos, Salmson.

10.7.f. Esgotos sanitários e águas pluviais

Esgoto primário (prumadas) PPR ou ferro fundido

Esgoto primário (distribuição nos andares) PPR ou ferro fundido

Esgoto secundário (prumadas) PPR

Esgoto secundário (distribuição nos andares) PVC

Esgoto de gordura PPR

Ventilação (prumadas) PVC

Ventilação nos andares PVC

Ralos sifonados Ferro fundido

Águas pluviais Ferro fundido ou PPR ventilado no topo.

Bombas submersas Fab. ABS

Redes externas PVC ou concreto

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11. Sistema de supervisão e controle predial

11.1. Conceituação

O Sistema de Controle terá sua funcionalidade essencialmente voltada para a operação dos serviços oferecidos nas áreas comuns e a minimização dos custos operacionais condominiais.

Para os ocupantes das áreas privativas, o sistema limita-se à supervisão, controle e medição de consumo de energia e eventuais fluidos colocados à disposição (tal como refrigerante do sistema de ar condicionado e óleo diesel) em pontos de fornecimento conforme definido.

Os sistemas de produção e distribuição de ar privativos dos condôminos terão seu controle e supervisão constituídos em rede de propriedade do condômino, e interfaceada ou não conforme opte o condômino, com o sistema de automação predial.

Assim, o Sistema de Controle Predial (SCP) terá sua funcionalidade dividida nos seguintes grupos principais:

• Controle de Ar Condicionado e Ventilação destinado e limitado à operação das partes comuns e as unidades evaporadoras destinadas aos usuários e das partes privativas que vierem a ser integradas à rede.

• Ajuste da vazão de ar exterior em função do nível de concentração de CO2

de cada andar em comparação com o nível do ar exterior.

• Ajuste da vazão de ar extraído em função do nível de concentração de CO de cada andar do estacionamento em comparação com o nível do ar exterior.

• Controle da pressurização do sistema de água potável e de reuso.

• Controle de nível dos tanques principais de óleo diesel e supervisão da operação do sistema

• Controle de acesso a áreas restritas (sistema independente, porém integrado)

• Controle de equipamentos de transporte vertical (sistema independente a ser fornecido pela fornecedora dos elevadores).

• Detecção e Combate a Incêndio (sistema independente porém que permita integração)

• Controle da manutenção através de registros históricos de horas de funcionamento e outros trend logs.

• Controle e supervisão do sistema elétrico e da demanda total e setorial em regime de operação comercial e de emergência.

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• Controle da ligação zonal do sistema de iluminação dos subsolos por sensores de presença (exceto circuitos vigia).

• Controle de insumos: energia elétrica, água potável, gás, e óleo diesel.

• Controle dos reservatórios de água, poços de água servida e do sistema de recuperação de água.

• Fechamento dos dampers corta fogo dos conjuntos desocupados.

• Medição de todas as utilidades fornecidas aos usuários.

A administração do imóvel operará e manterá os sistemas eletromecânicos de sua responsabilidade inclusive os condicionadores das áreas privativas utilizando o SCP para gerar os relatórios de tempo de operação necessários para a emissão automática das ordens de serviço de manutenção.

11.2. Arquitetura do Sistema

O SCP terá uma arquitetura distribuída e hierarquizada suportada por um sistema de redes locais, tirando o máximo proveito da implementação de funções nos níveis inferiores.

Assim, o sistema será baseado em controladores inteligentes capazes de operação autônoma (stand alone) cuja operação será controlada por controladores de rede que, por sua vez, se comunicam com as estações de trabalho.

O sistema resultante deverá ser intrinsecamente seguro e capaz de quando operando plena ou parcialmente de modo degradado, oferecer uma operação segura e altamente eficiente do ponto de vista energético.

Para que se mantenha a operação no caso de interrupção da rede física esta deve ser concebida com a topologia adequada para dar continuidade à operação.

Na constituição da arquitetura distribuída entrarão os subsistemas acima relacionados, alguns dos quais fornecidos por fabricantes de sistemas eletromecânicos como elevadores, geradores de emergência e sistema de ar condicionado, cuja interface com o SCP será de preferência via protocolo TCP/IP e na impossibilidade disto por intermédio de hardware, para conhecimento do SCP em particular os sistemas de controle de demanda.

11.3. Hardware do Sistema

O hardware de campo do SCP será composto por controladores instalados junto aos equipamentos controlados. A cablagem será conduzida em calhas cobertas específicas para controle e em eletrodutos separados no caso do sistema de detecção de incêndio. Será feito uso do volume delimitado pelo teto falso e de prumadas próprias para instalação dos controladores e respectiva cablagens e interfaces com o backbone de cabo óptico.

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O equipamento do Centro de Operações do Condomínio (COC) será composto de um Posto de Operação do SCP e outro posto integrado com a Central de Incêndio, equipamentos de sonorização e equipamentos periféricos. Os Postos de Operação serão microcomputadores PC, de última geração, com monitor a cores de alta resolução de 21” e impressora laser interligados em rede local e redundantes entre si.

A Central de Incêndio deve ser igualmente microprocessada e integrada ao seu posto de operação independente, onde os alarmes e informações geradas pela central deverão ser duplicados bem como disponibilizados para a rede local, ficando assim os dois postos de operação redundantes. A central de incêndio terá impressora própria.

11.4. Funcionalidade

Toda a informação adquirida ou gerada em equipamentos do Sistema de Controle Predial (SCP) deve estar disponível em Postos de Operação (PO), instalados em um único Centro de Operações (CO). A partir dos PO deverá ser possível emitir comandos para qualquer dos sistemas eletromecânicos controlados pelo SCP.

A funcionalidade do SCP deverá estar residente em controladores inteligentes espalhados por toda a edificação fornecidos ou não pelo mesmo fornecedor e constituindo um verdadeiro sistema de controle distribuído.

11.5. Controle de Ar Condicionado e Ventilação

A função de controle do sistema de ar condicionado e ventilação deverá envolver os seguintes tópicos:

• Controle da quantidade de ar exterior injetada nos ambientes em função da ocupação e do conteúdo de CO2 no ambiente em comparação com o conteúdo de CO2 contido no ar exterior.

• Controle da temperatura ambiente das áreas condicionadas.

• Controle da pressão de insuflação de ar nas áreas condicionadas onde for necessário.

• Controle e supervisão das unidades condicionadoras de ar e do funcionamento das caixas terminais dos condôminos constituídos em rede privativa inclusive a totalização da vazão por conjunto do ar insuflado pelas caixas.

• O software de controle de ar condicionado deverá conter algoritmos para definir a hora correta de partida matinal do sistema em função da temperatura de bulbo seco externa e da temperatura de bulbo seco interna e/ou entalpia específica do ar externo em relação à entalpia específica do ar interno.

• O software de controle de ar condicionado deverá conter rotinas para promover o pré-resfriamento do edifício mediante a circulação e posterior extração e troca do ar contido no edifício e sua substituição por ar frio obtido à noite ou de madrugada.

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 54 / 60

• Controle da qualidade do ar e da ocupação dos estacionamentos de forma a se racionalizar a demanda do sistema de renovação de ar dos subsolos mediante o controle da vazão de exaustão..

• Supervisão e controle das unidades condensadoras dos sistemas VRF.

• Detecção de presença de refrigerante em áreas fechadas.

Deverá ser possível integrar os subsistemas fornecidos por fabricantes de equipamentos ou de sistemas de medição tais como os inversores de frequência de acionamentos de velocidade variável, elevadores, medidores de energia e de água etc. por protocolo TCP/IP, Modbus, Bacnet, LonWorks ou alternativamente por intermédio de transferência de dados e grandezas por hardware de modo a se integrar de forma econômica as funções descritas a seguir.

A energia elétrica, diesel e sistema de condicionamento de ar de cada ocupante, será automaticamente medida e cobrada dos usuários. Prever sistema de consulta on-line para usuários via web.

A quantidade de horas de operação de cada equipamento deverá também ser acumulada no sistema de forma a permitir uma manutenção preventiva programada automaticamente.

11.6. Controle de Entrada e Distribuição de Energia Elétrica e Demanda

O suprimento de energia de emergência será constituído por uma central Diesel de 1900 kW com espaço para expansão para 2400 kW, controlado automaticamente por sua própria USCA (fornecida com a chave de transferência ou com os grupos) na eventualidade de falha do suprimento de energia da concessionária.

Tanto na parte privativa como na condominial deverá ser possível se comandar circuitos para controle da iluminação conforme a hora do dia, ou nível de iluminamento externo.

11.7. Controle de Entrada e Distribuição de Água

As entradas de água e as derivações para os condôminos serão dotadas de sistema de medição de consumo supervisionado pelo SCP.

11.8. Controle de Transferência de Água

A água potável, águas servidas, drenagem e de esgotos serão bombeadas dos respectivos tanques, por sistemas de recalque operados automaticamente pela estação de controle fornecida com os sistemas de pressurização/recalque e monitoradas pelo SCP.

11.9. Controle de Acesso a Áreas Restritas

O SCP deverá controlar o acesso a áreas técnicas de acesso restrito a pessoas autorizadas por meio de senhas que serão introduzidas em teclados instalados junto

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 55 / 60

às portas controladas. A intrusão detectada nesses ambientes deverá provocar alarme.

11.10. Controle de Equipamentos de Transporte Verti cal

O SCP controlará automaticamente por intermédio de estação separada a operação dos elevadores que serão ligados e desligados em horários preestabelecidos ou dentro de contexto de controle de demanda. O número de horas de operação de cada equipamento deverá também ser acumulado no sistema de forma a permitir uma manutenção preventiva programada automaticamente.

11.11. Interface homem máquina

Deve ser aplicado o conceito de “dashboard”, que oferecerá ao operador uma primeira tela única de visualização imediata dos consumos e demandas instantâneas das utilidades bem como os dados operacionais dos ambientes internos e condições meteorológicas externas. A partir desta tela mediante um sistema de “browsing” será possível se navegar pelas telas especificas de cada sistema e subsistema.

11.12. Detecção e Combate a Incêndio

O empreendimento será dotado de completo sistema de detecção e alarme de incêndio separado, cobrindo todas as áreas internas da edificação. O sistema deverá ser capaz de avaliar permanentemente a sensibilidade dos detectores e programar automaticamente operações de manutenção garantindo a eficiência do sistema em todas as áreas, públicas ou cedidas. O sistema interfaceará com o diretamente com os sistemas abaixo via hardware para em caso de incêndio confirmado:

- Capturar os elevadores e conduzi-los ao térreo deixando operacional o elevador de serviço para uso do Corpo de Bombeiros.

- Liberar as catracas e portas automáticas inseridas nas rotas de fuga.

- Comandar os ventiladores de pressurização de escadas para a pressão em modo de incêndio.

- Desligar os condicionadores de ar.

- Operar o sistema de exaustão de fumaça e os fire dampers do andar sinistrado cuja fumaça será extraída pelo sistema de exaustão e renovado pela abertura automática de janelas para o exterior.

11.13. Precisão dos sensores, transdutores e atuado res

Não é intenção deste critério especificar a precisão individual de cada sensor, transdutor e atuador componente de uma cadeia. Procura-se porém definir o erro propagado admissível a partir de um desvio em relação a um ponto de ajuste e a correção do desvio.

Grandeza medida Erro de Leitura direta em instrumento

Desvio em relação ao valor real ou de referência

Erro na resposta ao desvio na atuação

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 56 / 60

Tensão 1% 1% 0,5% Corrente 1% 2% 0,5% Potência ativa 1% 2% 1% Potência reativa 1% 2% 1% Potência nominal 1% 2% 1% Pressão 2% 2% 1% Temperatura 1% 1% 0,5% Vazão 2% 2% 2%

Nível 2% 2% 2% Posição 2% 2% 2%

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 57 / 60

12. Escopo de Fornecimento

O escopo dos serviços compreende a execução completa dos projetos de civil/ hidráulica / detecção e combate a incêndio / elétrica / lógica, ar condicionado / ventilação mecânica / supervisão predial / segurança / SPDA, readequação de redes externas e luminotécnica.

Os projetos devem compreender desde a elaboração / aprovação dos critérios a serem utilizados, até a entrega completa dos projetos executivos.

Fica a cargo da CONTRATADA o desenvolvimento do seguinte material:

•••• Desenvolvimento completo dos sistemas;

•••• Elaboração dos detalhes complementares;

•••• Elaboração dos detalhes construtivos e de montagem;

•••• Projetos executivos mostrando a localização dos sistemas gerais, diagramas e fluxogramas detalhados, dimensionamentos finais, detalhes construtivos, cortes básicos e de pontos de interferência;

•••• Elaboração da documentação necessária e aprovação de projetos junto a todos os órgãos e concessionárias de serviços públicos pertinentes ao projeto como concessionária local de energia, Companhia local de agua e esgotos, Telefônica, Corpo de Bombeiros, etc.;

o Observação: o recolhimento de taxas e emolumentos será de responsabilidade da CONTRATADA.

•••• Memorial Descritivo com os seguintes itens mínimos:

o Explanação geral dos sistemas concebidos quanto à função, parâmetros de performance e de operação / manutenção;

o Diagramas funcionais e fluxogramas dos sistemas, englobando o detalhamento das centrais de energia elétrica normal / emergência, ar condicionado, supervisão predial e monitoração lógica.

o Especificações completas dos equipamentos, materiais e serviços a serem executados, de forma a orientar a compra, inspeção e o recebimento;

o Memórias de cálculo dos principais sistemas e subsistemas;

o Métodos Construtivos e Normas de Execução e Montagem;

o Relatórios de comissionamento, com todos os testes a serem executados, bem como planilhas a serem preenchidas, para a comprovação do efetivo funcionamento de todos os sistemas dentro dos parâmetros de projeto;

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 58 / 60

o Atender a convocação de reuniões necessárias com locatários, Arquiteto e Consultores;

o Elaborar planilha comercial completa para a concorrência das obras de execução dos projetos;

o Elaborar estimativa de custos para as obras de execução dos projetos

O desenvolvimento dos documentos citados devem suportar a confecção dos projetos executivos das seguintes disciplinas:

12.1. Civil

Arquitetura, incluindo todos os detalhamentos necessários;

Layout;

Modificações;

Acústico;

Luminotécnico;

Impermeabilização;

12.2. Projeto de Instalações Hidráulicas

•••• Água fria - abastecimento, reservatórios, sistema de recalque, tubulações;

•••• Gás;

•••• Esgotamento sanitário;

•••• Águas pluviais;

•••• Drenagem;

•••• Óleo diesel - armazenagem e distribuição;

•••• Elaboração dos Memoriais Descritivos e Especificações Técnicas.

12.3. Projeto de Instalações Elétricas

•••• Entrada de Energia

•••• Subestações transformadoras;

•••• Geradores de emergência;

•••• Diagrama Unifilar Geral Elétrico

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 59 / 60

•••• Sistema de energia estabilizada e ininterrupta “no breaks”, baterias e chaves eletrônicas para comutação de cargas (ATS);

•••• Distribuição de força em baixa tensão, incluindo supressores de surtos, controle de harmônicos e seletividade/coordenação de proteções;

•••• Sistemas de Iluminação e tomadas (incluindo projeto luminotécnico para iluminação especial);

•••• Sistema de proteção contra descargas atmosféricas;

•••• Sistemas de aterramento elétrico e eletrônico, considerando solução para programar as proteções contra choque da nova NBR 5410:2004;

•••• Sinalização de rota de fuga;

•••• Elaboração dos Memoriais Descritivos e Especificações Técnicas

12.4. Segurança, Detecção e Combate a Incêndio.

•••• Sistemas de detecção de incêndio: Central de comando Única, Detectores de Fumaça em configuração de laço cruzado de 3 pontos no mínimo;

•••• Sistema de detecção precoce de incêndio através de tecnologia LASER para detecção de partículas nas salas de equipamentos e salas de energia;

•••• Equipamentos da sala de monitoração e controle operacional;

•••• Sistema de combate incêndio nas salas de equipamentos e salas de energia: Agente limpo / GAS FM200 e hidrante para áreas comuns.

•••• Elaboração dos Memoriais Descritivos e Especificações Técnicas

12.5. Telecomunicações

O Projeto de Telecomunicações deverá conter o sistema de cabeamento estruturado (voz, dados e imagem). Deverão ser desenvolvidos acessos externos e salas de telecomunicações, distribuição, arquitetura de redes, padrões e categorias baseados na norma EIA/TIA 942.

•••• Infraestrutura para redes de telefonia, voz e dados: entradas, salas de Telecom / equipamentos e distribuição;

•••• Infraestrutura seca para o sistema de cabeamento lógico

•••• Topologia de rede e cabeamento lógico

12.6. Projeto de Ar Condicionado e Ventilação Mecân ica

•••• Ar condicionado de precisão para as áreas de TI;

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ANEXO III – REQUISITOS TÉCNICOS E OPERACIONAIS OBRIGATÓRIOS PARA USO DO IMÓVEL p. 60 / 60

•••• Ar condicionado de conforto para as áreas de escritórios, salas de reunião, monitoração e áreas técnicas;

•••• Fluxograma de Ar Condicionado e Ventilação;

•••• Esquemáticos de Ar Condicionado e Ventilação;

•••• Sistema de controle da qualidade do ar interno (IAQ).

•••• Elaboração dos Memoriais Descritivos e Especificações Técnica

12.7. Projeto de Supervisão Predial

•••• Sistemas elétricos: monitoração e/ou controle da cabine de medição, subestações, painéis elétricos de média e baixa tensão, iluminação de áreas comuns, medição de energia elétrica separada por áreas, tempo de operação de equipamentos rotativos, controle de demanda, monitoração de grupos geradores / energia de emergência e de funcionamento de UPS;

•••• Sistemas hidráulicos: monitoração e/ ou controle de bombas de água potável, de esgoto e de drenagem, controle de nível de reservatórios de água potável;

•••• Sistemas de climatização;

•••• Sistema de detecção, alarme e combate à incêndios: detectores de fumaça convencionais em todas as áreas, detectores precoces em áreas de equipamentos de TI, acionadores manuais, alarmes visuais, sonorização de emergência, telefone de emergência, monitoração de chaves de fluxos e bombas de incêndio; sistemas automáticos de combate (chuveiros automáticos, água nebulizada -“water mist”, CO2 e agentes limpos); sistemas de hidrantes (bombas principal e jockey; chaves de fluxo; válvulas; registros; esguichos);

•••• Elaboração dos Memoriais Descritivos e Especificações Técnicas