uribarri, gabino-escatologia y eucaristia

7/18/2019 URIBARRI, Gabino-Escatologia y Eucaristia

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GABINO URÍBARRI, S.J. *

ESCATOLOGÍA ¥ EUCA RISTÍANOTAS PARA UNA ESCATOLOGÍA

SACRAMENTAL 1

Fecha de recepc ión: junio 2004.Fecha de aceptac ión y versión f ina l : ju l io 2004.

RESUMEN: La esca to logía y la eucarist ía se i luminan rec íprocamente . Se ana l iza la

insufic ienc ia de l esquema de Cul lmann, «ya sí - todavía no», mostrando que no escapaz de expresar la presenc ia de la grac ia en la eucarist ía n i e l modo de i rrupc iónde l re ino en la h istor ia . La esca to logía c r ist iana se comprende mejor desde unac lave sacramenta l , que rompe con una concepc ión l inea l de l t iempo. Dicha c laveexpresa la novedad de lo acontec ido por la muerte y resurrecc ión de Crislo , nucs-t ra ac tua l pertenenc ia a é l con lodas sus implicac iones, a la vez que de ja abie r ta laesperanza hac ia la consumación ludirá . La esca to logía c r ist iana es san amenla l .

PALABRAS CLAVE: esca to logía , eucarist ía , ya sí , todavía no , re ino Je Dio .s, sacra -m e n t o s .

Eschatology and Eucharist:

some Notes for a Sacramenta Eschatology

A BS TRA CT: Esc h a t o l o g y a n d Eu c h a r i s t i l l u rn i n a l e o n e a n o t h e r . Cu l l m a n ' s sc h e m e«already - notyet» is ana lyzed in th is paper , sly wi ng i ts i rad equ acy to express ne i-

* Profes or de la Universidad P ont i f ic ia Co 11, ί ele Ma drid .' Versión española de una «Gastvorlesung» de* .n ismo t í tu lo pron uncia da e l 2 de

ju l io de 2003 en la Phi losophisch-Theologische Hochschul í Sankt Georgen (Frank-

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5 0 F . R1 V AS R E B A Q U E , EL PROCESO PEDAGÓGICO DE LA IMITACIÓN

Po r l o t an t o , u n a d e l a s t a r ea s p r i o r i t a r i a s a p a r t i r d e m o d e l o « i m i t a -ción» va a ser a par t i r de ahora l a creación de nuevos «modelos» que s i r -v an co m o p a r ad i g m a d e l a s co n d u c t a s co n s i d e r ad as co m o m ás v a l i o s a sco m u n i t a r i am en t e , p o r q u e l o s m o d e l o s p r e s en t e s h as t a ah o r a s o n b as -t an t e e s cas o s ( D i o s, J e s u c r i s t o y a l g u n o s d i r i g en t e s ) y l e j an o s d e l co m ú nd e l o s m o r t a l e s en l o s d o s p r i m er o s ca s o s , a p e s a r d e s e r e s en c i a l e s yn u c l ea r e s . E s t a b ú s q u ed a d e m o d e l o s v a a d es a r r o l l a r s e en u n a d o b l el í n ea : p o r u n l ad o e l ab o r a r á , f r en t e a l p ag an i s m o — q u e y a co n t ab a co n

ellas162

— u n a s e r i e d e co n d u c t a s e j em p l a r e s a p a r t i r d e m o d e l o s y a ex i s -t en t e s en l a Sag r ad a E s c r i t u r a , p o r o t r o l ad o s e em p eza r á a a s o c i a r u n as e r i e d e p e r s o n a j e s ( f u n d am en t a l m en t e b í b l i co s ) a s u v i r t u d co r r e s p o n -d ien te , con la f inal idad de person al izar las y hace r las má s acces ib les y cer-can as . E s t a t a r ea d e c r eac i ó n d e m o d e l o s v a a s e r u n a d e la s m ás i m p o r -tan tes , ν calladas, de este per íodo , y comenzará a dar sus f ru tos ya a f inalesdel siglo 11163. E s t e p r o ces o p e r m i t e , ad em ás , e l a cces o d e o t r o s m o d e l o so có d i g o s d e co n d u c t a d e o r i g en n o e s p ec í f i cam en t e c r i s t i an o , p e r o q u es o n a s u m i d o s co m o p r o p i o s .

De Séneca es esta máxim a, muy c i tada en la Ant igüedad : «Longum i te r est perpraecepta , breve e t e ff icax per exempla», Ep. 4,6.IM Tertu l iano (f ina les de l sig lo π y comienzos del sig lo 111 v a a p ro p o n e r u n a p r i -

m e r a d i s t i n c i ó n e n t r e l o s exempla de fuer a y los de dentro , y con poste r ior ida d enlrelo s exempla sa c a d o s d e la h i s t o r i a p ro fa n a , l o s exempla de carác te r b íb l ico y los exeui-pía sacados de la na tura leza , lo que ya supone un amplio repertorio , así como los a ite r ios para su empleo, c f . R . C A N T E L - R . RICARD, V. Exemplum, en DSp IV, 1886-188 9.

pp. 3- 50STUDI OS ECLESI ÁSTI COS, vol . 80 ( 2005) , núm. 312, ISSN 0210- 1610

53. U R Í B A R R I , ESCATOLOGÍA Y EUCARISTÍA

pr o f un da de l o que s uc e de y c e l e b r a mo s e n l a e uc a r i s t í a . S obr e e l pa r t i -cula r di r é a lgo a l f ina l , a modo de s íntes is conc lus iva .

P a r a t r a t a r e l t e ma e nunc i a do p r e s e n t a r é , e n p r i me r l uga r , a l guna sc a r a c t e r í s t i c a s f unda me n t a l e s de l a e s c a t o l og í a c r i s t i a na . A qu í e xp l o r a -r e mos s i l a e s c a t o l og í a c r i s t i a na goz a de un c a r á c t e r s a c r a me n t a l . E no t r a s pa l a b r a s : ¿ qué t i e ne que ve r l a e s c a t o l og í a c on l o s s a c r a me n t os ?S e gu i da me n t e e xpondr é a l gunos a s pe c t os s i gn i f i c a t i vos r e l a t i vos a l a sre lac iones ent re eucar is t ía y esca tología .

LA ESCATOLOGÍA CRISTIANA

LA ESCATOLOGIZACIÓN DE LA TEOLOGÍA

L a t e o log í a de l s ig l o xx ha e xpe r i m e n t a do c a mbi o s m uy no t a b l e s 3 . Unode lo s ma yor e s c a m bi os r a d i c a p r e c i s a m e n t e e n l a «e s c a t o log i z a c ión» dela teología en su conjunto 4 . Algunos de los mejores teólogos y exege tas

protes tantes de f ina les de l s iglo xix y comienzos de l s iglo xx formularonuna s e r i e de p r e gun t a s y l l a ma r on l a a t e nc i ón s ob r e una s e r i e de c ue s -t i one s que ha n de s e mb oc a do e n e s t a e s ca t o l og i z a c i ón . Me r e f i e r o a t e ó -logos de la ta l la de J . Wei í i y A. Schwei tze r . T ras cuidadosos aná l i s i s l ie -garon a la doble conc lus ión de que s in la esca tología no son com prensib lesni Jesucr is to ni su mensa je . Así , pues , a sus ojos , Jesús anunc ia un men-sa je de tenor esca tológico: la l legada de l r e ino de Dios . Ahora bien, nos o l a me n t e e l me n s a j e de J e s ús e s e s c a t o lóg i c o , s i no que t a m bi é n s u pe r -s ona t oma l a f o r ma de una f i gu r a c l a r a me n t e e s c a t o l óg i c a . E n l a e s t e l ade e s t o s a u t o r e s , s e t e r mi na r á p o r e n l e nde r a J e s ús c omo e l H i j o de l hom -br e , no s ó l o c a pa z de i n t r oduc i r un t r a s t oque e s c a t o l óg i c o e n l a m a r c h ade l a h i s t o r i a , s i no ha b i é ndo l o p r odu c i do de he c h o . N o ha c e f a l t a i n s i s -t i r en que es ta f igura c r i s tológica dis ta mucho de la predomíname en lateología neoescolás t ica , preva lente en los medios ca tól icos de pr inc ipiosde l s iglo xx, muy cent rada en la teor ía de las dos na tura lezas .

Ahora bien, s i la f igura de Jesucr is to se torna esca tológica , es sola -mente una cuest ión de t iempo que e l r es to de la teología suf ra una esca-

נ P a r a u n a v i s i ó n d e c o n j u n t o : R . G N I I U . I N I , La teología del siglo xx, Sa l Terrae ,S a n t a n d e r 1 9 9 8 .

4 P a ra u n a l u n d a m e n t a c i ó n m á s a 111 pl ia remi to a mi t raba j o : La escatología cris-tiana en los albores del siglo xxr. El·: 70.1 (2004) 3-28, esp. 6-7.

ESTU D IO S E C LESIÁ ST IC O S, vo l . SO (2005) , ηιίιι 12 י , I S S N 0 2 1 0 - 1 6 1 0 p p . 5 1 - 6 7

G. U R Í B A R R I , ESCATOLOGÍA Y EUCARISTÍA2

ther the presence of the grace in the Euchanst ñor how the Kingdom of God breaksi n t o h i s t o r y . C h r i s t i a n e s c h a t o l o g y is b e t t e r u n d e r s t o o d f r o m a s a c r a m e n t a la p p ro a c h . Th i s a p p ro a c h d e p a r t s f ro m a l i n e a l u n d e r s t a n d i n g o f t i m e ; e x p re ss i n gin a be t te r way the newness of the event of Christ ' s dea th and resurrec t ion , ando u r p r e se n t b e l o n g i n g t o h i m ; a n d a l l o w i n g fo r t h e h o p e o f t h e c o m i n g fu l l n e ss .Ch r i s t i a n e sc h a t o l o g y i s a sa c ra m e n t a l e sc h a t o l o g y .

K EY WO RD S : e sc h a t o l o g y , Eu c h a r i s t , a l r e a d y , n o t y et , k i n g d o m o f G o d , sa c ra m e n t s .

« D i o s n o c e sa d e c r e a r , p e ro c r e a e n l a e s f e r ad e l o s a c r a m e n t a l » 2.

I N T R O D U C C I Ó N

E n p r i me r l uga r qu i e r o a g r a de c e r l a i nv i t a c i ón a pa r t i c i pa r e n e s t a sl e c c i one s de t e o l og í a dogmá t i c a s ob r e «E uc a r i s t í a y o t r o s s a c r a me n t os » .E n Ma dr i d , C omi l l a s , e ns e ño e s c a t o l og í a de s de oc t ub r e de 1994 . H a s t ae l momento no había pres tado excesiva a tenc ión a la teología de los sacra -me n t os y a l a t e o l og í a de l a e uc a r i s t í a . N a t u r a l me n t e , a l o l a r go de mic u r s o no f a l t a n a l guna s a l u s i one s a qu í y a ll á a l o s s a c r a me n t os , e n e s pe -c i a l al ba u t i s mo y t a mbi é n a l a e uc a r i s t í a y a s us r e s pe c t i va s l i t u r g i a s .E s t a i nv i t a c i ón me ha ob l i ga do a r e f l e x i ona r de una ma ne r a má s e xp r e -s a s ob r e l a s r e l ac i one s e n t r e l a e s c a t o l og í a y lo s s a c r a me n t os de un mo doge né r i c o , p r i me r o , y de f o r m a má s p r e c i s a s ob r e l a i n t e r r e l a c i ón e n t r e l aesca tología y la eucar is t ía .

E v i de n t e me n t e , no p r e t e ndo a go t a r e l t e ma e n una ún i c a l e c c i ón . Mel i mi t a r é , má s b i e n , a i nd i c a r a l guna s no t a s f unda me n t a l e s que mue s t r e ne l i n t e r é s e n p r o f u nd i z a r de un mod o má s s i s t e má t i c o y a mpl i o s ob r e l a sr e l a c i one s e n t r e l o s s a c r a m e n t os y l a e s c a t o l og í a c r is t i a na . Má s c on c r e -t a me n t e , l a s preguntas que e s t a r á n e n e l t r a ns f o ndo de mi expos i c ión s on :

p r i me r o , e n qué me d i da a yuda l a e uc a r i s t í a a una c ompr e ns i ón má s p r o -f un da de l a e s c a t o l og í a c r i s t i a na ; y , s e gund o y r e c í p r oc a me n t e , h a s t a quépun t o pue de c on t r i bu i r l a e s c a t o l og í a c r i s t i a na a una c ompr e ns i ón má s

fu r t a m Ma i n ) , e n e l m a rc o d e l p ro g ra m a Era sm u s d e m o v i l i d a d d e p e r so n a l d o c e n -t e . P a ra l a p u b l i c a c i ó n , a d e m á s d e t r a d u c i r l o , h e m o d i f i c a d o y a m p l i a d o l i g e ra m e n t ee l tex to y he añadido a lgunas notas. El tono ora l , s in embargo, se conserva .

2 E . P E T E R S O N , Diario, 26. 07. 1957 ( texto inédi to ; t rad . propia ) . Véase tambiénd e l m i sm o , DerBrief an die Romer (A u sg e w á h l t e S c h r i f t e n 6; h g. ν. B. N I C H T W E I S S u n t e rMita rbei t v . F . HAHN) Ech ter , Wü rz b u rg 1 9 9 7 , 3 2 .

pp . 51-67S T U D I O S E C L E S I Á S T I C O S , v o l . 8 0 ( 2 0 0 5 ) , n ú m . 3 1 2 , I S S N 0 2 1 0 - 1 6 1 0

g i ca l o h ace co n l a t en s i ó n i n h e r e n t e a l a ex p r e s i ó n « y a cu m p l i d o - t o d a -v í a n o co n s u m ad o » . E n u n t ex t o cap i t a l d i ce :

« . . . l a o p o s i c i ó n e n t r e e l p r e se n t e y e l p o rv e n i r , e n t r e l o q u e h a s i d o" y a c u m p l i d o " y " l o q u e n o e s t á a ú n a c a b a d o " — o p o s i c i ó n q u e d a l ac l a v e d e c o m p r e n s i ó n d e l N u e v o T e s t a m e n t o e n s u c o n j u n t o . . . » 6 .

C ab e p r eg u n t a r s e h as t a q u é p u n t o e s t a ca r ac t e r i zac i ó n r e s u l t a p l en a -mente adecuada para descr ib i r l a real idad a l a que se ref i ere . Si , por ponerun e jemplo , nos refer imos a l a l legada del re ino de Dios anunc iado po r Jesús ,gener almen te se d ice a lgo semeja nte a es to : «el re ino de D ios ya ha l l egado ,p e r o t o d av í a n o s e h a co n s u m ad o » . E s t e m o d o d e d es c r i b i r l a p r e s en c i aactual del re ino en t re nosot ros provoca, t ras una breve ref lex ión , l a impre-s ión de que el re ino de Dios es una r eal idad q ue se pue de hac er presente enuna gradación ascendente de t res modos . As í , según la lóg ica presupues ta ,t endr íamos un « todavía no» del re ino y su presencia . Aquí es tar í a s imple-mente anunciado por los profetas y esperado por los jud íos p iadosos y losp o b r es d e Y ah v eh ( p r i m er g r ad o ) . E n s eg u n d o l u g a r n o s en co n t r a r í am o scon un «ya s í - toda vía no»; es deci r , con l a i r rup ción del re ino pero s in su

consumación (segundo grado) . Por ú l t imo, en t ercer lugar , «en aquel cha»llegará el «ya sí» irrestricto del reino y con él su consumación (tercer grado).A n a l i cem o s co n a l g o m ás d e d e t en i m i e n t o cad a u n a d e e s t a s p o s i b i li -

dades :

1 . La pr im era de el las versa sobr e l a pre par ació n del re ino , an tes dela venida de Jesucr i s to . En es ta ocas ión , e l re ino no es lá presente , a noser que se cons idere como tu l l a esperanza de su l l egada en t re los p iado-sos , los pobres de Yahveh y el san to res to de Is rael , b ien representado enl o s r e l a t o s d e l a i n f an c i a p o r a l g u n o s d e l o s p e r s o n a j e s m ás d es t acad o s(María , José, Isabel , Zacar ías , Ana, Simeón) .

2 . En seg und o lugar , y es te es e l aspec to en el que nos in teresa dete-nernos , se habla con f recuencia de una l l egada y una presencia del re ino

de Dios en t re nosot ros debido a l a venida de Jesucr i s to , su act iv idad comopredicador y exorci s ta , su muer te y su resurrección . En es te caso el re ino

יי O. C U U . M A N N , Cristo y el tiempo Estela, Barcelona 1967, 176. La t r a d u c c i ó n n oemplea la te rminología que se te rminó de imponer. I ,a expresión a lem ana es muy c la raen ese sent ido: «"schon e rfü l l t" und "noch n ichl vol lende l"» (Chri stus unddieZeit. Dieurchristliche Zeit- und Geschichtsauffassung, l ívange l ischor Verlag , Zol l ikon ־ Zürich1946, 176).

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G . U R Í B A R R I , ESCATOLOGÍA Y EUCARISTÍA4

t o l o g i zac i ó n . D es d e e s t e t r an s f o n d o n o s ap r o x i m ar em o s ah o r a a l a s r e í a -c i o n es en t r e eu ca r i s t í a y e s ca t o l o g í a .

E l T IEMPO ESC A TO LÓ G IC O : ¿«Y A SÍ - PER O TOD A VÍA N O » ?

Por reg la general , l a cr i s to logía actual no par te de l a t eor ía de l as dos

n a t u r a l ezas d e C r i s t o co m o s u p r eg u n t a p r i m er a , f u n d am en t a l y d e t e r -m i n an t e . E l h o r i zo n t e p r i m er o d e l a c r i s t o l o g í a ac t u a l es l a co m p r en s i ó ndel mis ter io pascual , de l a muer te y l a resurrección de Cri s to . As í , se had ad o u n a em i g r ac i ó n d e l a en ca r n ac i ó n , co m o e l m i s t e r i o f u n d am en t a lq u e a r t i cu l ab a l a c r i s to l o g í a , h ac i a l a p a s cu a , h ac i a l a r e s u r r ecc i ó n . E v i -d en t em en t e , e s t e cam b i o d e acen t o o b l i g a a r e s p o n d e r a u n a n u ev a p r e -g u n t a f u n d am en t a l : ¿q u é s i g n i f i can l a m u er t e y l a r e s u r r ecc i ó n d e J e s u -cr i s to? Y, más preci samente , ¿qué nos d icen ambas , muer te y resurrección ,sobre l a persona de Cri s to y sobre su obra , l a salvación que él nos o tor-g a y d o n a g r ac i o s a m en t e ?

D es d e e l p u n t o d e v i s t a d e l a e s ca t o l o g í a , p o d em o s d ec i r co n t o d a c í a -r i d ad , p u es s e t r a t a d e a l g o f u n d am en t a l , q u e l a p a s cu a d e l Señ o r J e s ú sh a i n au g u r ad o u n a n u ev a s i t u ac i ó n p a r a e l co n j u n t o d e l a h u m an i d ad y

en el seno de l a h i s tor ia . El t i empo de l a espera , de l as promesas , ya hap as ad o ( c f . 2 C o r 1 ,1 9 - 2 0 ) . N o s en c o n t r am o s en e l t i em p o d e l cu m p l í -m i en t o . N o o b s t an t e , l a h i s t o r i a t o d av í a co n t i n ú a , i n c l u s o l a h i s t o r i a d ela v io lencia . El f inal de l a h i s tor ia 11o ha l l egado , l a h i s tor ia no se ha c lau-s u r ad o . N o s en co n t r am o s en u n a r ea l i d ad q u e E r i k Pe t e r s o n , y d es p u ésd e é l o t r o s , d en o m i m ó e l t i em p o e s ca t o l ó g i co 5 .

O . C U LLMA N N

E s t a n u ev a r ea l i d ad e s ca t o l ó g i ca s e d es c r i b e co n m u ch a f r ecu en c i aco n l a s p a l ab r a s d e C u l l m an n : « y a s í - t o d av í a n o » , q u e h a n l o g r ad o u ng r an éx i t o y u n a g r an i m p l an t ac i ó n en d i v e r s o s m ed i o s t eo l ó g i co s , q u e

s eg u r o q u e h ab r án o í d o en a l g u n a o cas i ó n y q u i zá l e s h ay an f a s c i n ad oincluso . Según Cul lmann, es te cambio escato lógico que ocurre en el t i em-p o e s e l a s p ec t o m ás d ec i s i v o p a r a en t en d e r e l co n j u n t o d e l m en s a j e d e lN u ev o T es t a m en t o . A l a h o r a d e d es c r i b i r e s t a n u ev a s i t u ac i ó n e s ca t o l ó -

5 P a ra u n a p r i m e ra i n t ro d u c c i ó n a e s t a p ro b l e m á t i c a r e m i t o a m i t r a b a j o : Elnuevo e ón irrumpe en el antiguo. La concepción del tiempo es catológico de Erik Peter-son: MCom 58 (2000) 333-357.

pp . 51-67S T U D I O S E C L E S I Á S T I C O S , vol. 80 (2005) , núm. 312 , ISSN 0210-1610

3 . Po r ú l t im o , e l r e i n o p o r f in a l can za r á s u co n s u m a c i ó n co n l a v en i -da en poder de Jesucr i s to , e l Hi jo del hombre, para juzgar a los v ivos y alos muer tos , con l a parus ía . Entonces l l egará l a c lausura y e l f in de l a h i s -t o r i a ; e l r e i n o s e r á co n s u m ad o d e m o d o t o t a l e i r r e s t r i c t o . L a p r e s en c i ay la r ea l i d ad d e l r e i n o s e r á ab s o l u t am en t e v e r d ad e r a , m ás a l l á d e l a i r r u p -ción o del comienzo o del avance.

E s t a s p r i m er as r e f l ex i o n es n o s h an ay u d ad o a s u g e r i r a l g u n as d u d as

acerca de l a cap acid ad de l a ar t i cu lació n del «ya s í - toda vía no» para darcuenta de un modo sat i s factor io de l a escato logía cr i s t i ana, especialmenteen cu an t o a l o q u e h em o s d en o m i n ad o e l s eg u n d o g r ad o , q u e e s p r ec i s a -mente e l ob jeto de d i scus ión . Lo que se deduce del NT es que Cri s to nosha t ra ído l a salvación y que és ta ya es tá presente y a nues t ro a lcance. Evi -d en t em en t e , n o se n i eg a u n a s p ec t o f u t u r o y co n s u m ad o r d e e s t a m i s m asalvación . Ahora b ien , ¿es del todo adecuado el «ya s í - pero todavía no»p a r a d es c r i b i r l a p r e s en c i a d e l a s a l v ac i ó n c r i s t i an a en n u es t r a s v i d as ys u a r t i cu l ac i ó n co n e l e l em en t o f u t u r o ? H ab r em o s d e s eg u i r i n d ag an d o .

A p es a r d e t o d o , co n e s t e b r ev e r eco r r i d o h e m o s p o d i d o cae r en l acu en t a d e l a i m p o r t an c i a d e cap t a r e l m o d o co m o l a e s ca t o l o g í a s e h acep r e s en t e en l a h i s t o r i a . Y , m ás q u e n ad a , s e n o s h a p l an t ead o co n c l a r i -d ad l a p r eg u n t a : ¿q u é t i p o d e r ea l i d ad e s l a r ea l i d ad e s ca t o l ó g i ca? ¿C ó m o

s e l a p u ed e d es c r i b i r d e u n m o d o ad ecu ad o ?

EXCURSO: LA GRADACIÓN DE LA PRESENCIA DE LA GRACIA SEGÚN LOS PADRES

A n t es d e p r o s eg u i r , h a r em o s u n r áp i d a ca l a en l o s Pad r e s . N o s ay u -d a r á a a s o m a r n o s a o t r a m an e r a d e co n s i d e r a r l a s r ea l i d ad es d e l a fe yde l a gracia , qu izá no del todo desacer tada.

Los Padres t ambién han es tab lecido una t r ip le gradación en l a presen-cia de l a gracia y l a salvación . Dent ro de su ep i s temo logía y su mu nd o con-cep t u a l h an h ab l ad o d e « s o m b r a — i m ag en — verdad» {timbra imago veri-tas). Con la sombra se ref i eren al p r imer grado . El re ino o l a salvación sedaba ya de alguna ma ner a en el AT, pero n o de un mo do p leno desde luego ,

s ino bajo l a expectat iva de su l l egada y bajo una cier ta pregus tación de l am i s m a P o r e s o , l a s r ea l i d ad es q u e al lí en co n t r am o s n o p as an d e s e r so m -bras de la verdad . Sin emb argo , en nue s t ra s i tuación actual , segund o grado ,

" ' Puede ve i se , a modo de e jemplo , la concep c ión de Ircneo, preoc upad o por sos-tener la unidad y la a rmonía de la única economía sa lv íCica : R. P O L A N C O , El conceptode profecía en la teología de san Ireneo, BAC, Madrid 1 (>'>l>.

pp . ו' 07S T U D I O S EC LESIÁ STIC O S, vo l . 80 (2005) , núm. 312 , ISSN 0210-1610

« ya h a co m en zad o - p e r o t o d av í a n o s e h a co n s u m ad o » o « la ex p ec t a t i v ade l a l l egada del re ino ya se ha cumpl ido - pero todavía no es tamos en suco n s u m ac i ó n » .

C o n v ien e p r eg u n t a r s e co n a l g o m ás d e d e t en i m i en t o q u é s e n o s q u i e r edeci r en real idad con expres iones de es te t ipo y qué es tán presuponiendode fondo. Desde luego , nadie que def ienda es ta descr ipción de l a novedad

escato lógica que resu l ta del acontecimiento Cri s to en su conjunto , p iensaque el re ino es té « parc ialme nte» p rese nte o que haya i r rum pid o «parcial -mente» . Por e l lo , para sal i r de es te pequeño ato l l adero , se suele acudi r concier ta f recuencia , de un modo más o menos velado , a una perspect iva d iná-mica. Si e l re ino ya es tá aquí , pero todavía no en toda su p len i tud , en ton-ees e s q u e d e a l g u n a m an e r a t i en d e o a s p i r a o av an za h ac i a s u co n s u m a -c i ó n . A h o r a b i en , r e s u l t a b a s t an t e d i f í c i l y en o j o s o ex p l i ca r d e m o d os a t i s f ac t o r i o e l m o d o co n c r e t o co m o av an za 7 . ¿Acaso como una semi l l a ,que crece en lo escondido (cf . Me 4 ,27)? Si es te modelo se toma demas ia-do al p ie de l a l e t ra se desautor iza por s í mismo, pues , ¿es que podemosdeci r que en l a impla ntació n del re ino y en l a h i s tor ia se da so lamente avan-ce y p r o g r e s o , en u n c r ec i m i en t o co n t i n u o ? E v i d en t em e n t e l a r e s p u es t a e snegat iva. Si por un casual ins i s t imos as tu tamente en que l a semi l l a crece

« en l o e s co n d id o » , e s t am o s r ec o n o c i en d o d e h ech o n u es t r a i g n o r an c i a d eu n m o d o e l eg an t e . D e o t r o l ado , ¿có m o s e p u ed e j u s t i f i ca r y d a r r azó n t eo -l ó g i cam en t e d e e s t e p r o ces o ? ¿Q u é t i p o d e f u e r za s co n t r i b u y en a l av an ceo l a i m p l an t ac i ó n p r o g r e s i v a d e l r e i n o : d e ti p o h u m an o 8 o d iv ino?

A d em ás d e l o d i ch o , s e a l za la p r eg u n t a a r e s p o n d e r : ¿p o r q u é n o f u ecapaz Cri s to de ins taurar e l re ino en su p len i tud absolu ta? O, s i era capaz,¿p o r q u é n o q u i s o o n o l o h i zo d e h ech o ? 9 .

7 La p re g u n t a p o r u n a v a n c e o u n p ro g re so e s t á j u s t i f i c a d a d e n t ro d e e s t e e sq u e -m a p u e s t o q u e Cu l l m a n n n o a b a n d o n a e l c a r á c t e r l i n e a l de l t i e m p o . Es t e a sp e c t o l a s-I r a n e g a t i v a m e n t e su e sc a t o l o g í a , p u e s c o n l a e sc a t o l o g í a se ro m p e l a m e ra l i n e a r i d a dtempoi-a l , igua l que sucede en la eucarist ía , donde se concentran a la vez e l recuerdoy la presenc ia l izac ión de l pasado, su ac tua l izac ión en e l presente , y la ant ic ipac iónp ro l é p t i c a d e l a c o n su m a c i ó n fu t u ra .

8 S e m a n i f i e s t a a f a v o r d e n u e s t r a c o o p e ra c i ó n G . L O H F I N K , Die Not der Exegesemit der Reich-Go ttes-Verkündigung Jesu : Th Q 168 1988) 1-15 [ c o n d e n sa c i ó n : ¿Quéquería decir Jesús cuando predicaba el Reino de Dios?: Se lTeol 28 (1989) 312-8] .

9 Una posib le respues ta a esta ú l t ima cuest ión i r ía en la l ínea de la pre tensió nsa lv íf ica de Dios de recoger a todos los perdidos de la h istor ia , hasta a t raer a todoshac ia e l Jesús pascua l (Jn 12 ,32) , o culminar la economía hasta que Dios sea todo entodos (ICor 15 ,28) , o recapi tu la r todas las cosas en Cristo (Ef 1 ,10) .

ESTU D IO S EC LESIÁ STIC O S , vo l . 80 (2005) , nú m. 312 , ISSN 0210-1610 pp . 51-67

d i c e P a b l o e n t o n c e s q u e n o so t ro s h a y a m o s r e su c i t a d o c o n Cr i s t o — p u e sp re c i sa m e n t e c o n e s t a a f i rm a c i ó n e l b a u t i sm o se c o n v e r t i r í a e n u n a c e l e -b r a c i ó n m i s t é r i c a — , s i n o q u e resucitaremos c o n C r i s t o . P r e c i s a m e n t ee n e l t e x t o q u e a c a b a m o s d e m e n c i o n a r se d i c e q u e nosotros h e m o s s i d os u m e r g i d o s ־] ־ b au t i zad o s ] en Cr i s t o . P ero q u i en h a s i d o su m erg i d o en

Cr i s t o es por e s t o mismo t a m b i é n "e n Cr i s t o " . S o l a m e n t e a p a r t i r d e e s t at r a b a z ó n d e l a i d e a d e sa c ra m e n t o c o n l a i d e a e sc a t o l ó g i c a se e x p l i c a ,e n m i o p i n i ó n , l a fó rm u l a " e n Cr i s t o Je sú s" . Co n l a m í s t i c a , s i n e m b a r -g o , n o t i e n e l o m á s m í n i m o q u e v e r . La u n i ó n e sc a t o l ó g i c o - sa c ra m e n -

t a l e s , se g ú n su e se n c i a , a l g o c o m p l e t a m e n t e d i f e r e n t e a l a u n i ó n m i s -t i c a .־1 «

Com o se pued e comp rob ar, en es te texto Pe te rson se re f ie re a los a c ó n -t ec i m i en t o s p as cu a l e s d e l a m u e r t e y l a r e s u r r e cc i ó n d e C r i s t o . Ε i nd i c aque es tos acontec imientos han originado un nuevo t ipo de rea l idad, pues-t o que g ra c i a s a e s t o s a c on t e c i mi e n t os nos o t ros s omos a ho ra «e n C r i s -to», a lgo que antes no é r a m o s 14. Es ta nu eva rea l idad del «ser en Cri s to»es u n a r ea l i d ad e s ca t o l ó g i ca . Y p o s ee a l m en o s t r e s ca r ac t e r í s t i ca s , q u eq u i s i e r a d es t aca r :

1 . Se t r a t a d e u n a r ea l i d ad p r e s en t e . D es p u é s d e l b au t i s m o p as am o sa s e r d e h ech o « en C r i s to » . So l am en t e d e u n m o d o d e l t o d o p u n t oi n acep t ab l e s e p o d r í a d ec i r q u e d es p u és d e l b au t i s m o « y a - p e r o

t o d av í a n o » s o m o s en C r i s t o . C i e r t am en t e s o m o s v e r d ad e r am en -t e en C r i s t o, p u es t o q u e h em o s s i d o s ep u l t ad o s en É l , s u m er g i d o sen É l , i n j e r t ad o s en É l . E s t a n u ev a r ea l i d ad s i g n i f i ca y ex p r e s an u es t r a u n i ó n co n C r i s t o , n u es t r o s e r u n o co n É l , n u es t r a co m u -nida d con Él . Y as í , Cr i s to nos t ran sm i te l a real idad d e i a que Élm i s m o d i s f r u t a : i g u a l q u e l a ex i s t en c i a d e C r i st o e s ah o r a e s ca t o -lóg ica, as í t ambién nues t ra ex i s tencia es tá escato lógicamente deter-m i n a d a .

2 . S i n em b ar g o , Pe t e r s o n n o ap l i ca e s t e p a r a l e l i s m o en t r e C r is t o yn o s o t r o s d e u n m o d o i r r e s t r i c t o . E n t r e s u s ex p r e s i o n es , r e s u l t a

13 4. Vorlesung Altchristliche Mysiik, texto inédi to ; t rad . propia ; cursivas y comí-

lias en el original.14 Quizá e l desl iz amie nto princ ipa l qu e se ha dado en la esca to logía de J. I .. Rui /ni; ΙΛ PKÑA, desde su l ibro La otra dimensión. Escatología cristiana (Sa l Terrae , Santander 1986 י ) al ú l t i m o y p o s t u m o La pascua de la creación. Escatología (BAC, Madri1996) vaya en la l ínea de un a le jam iento de la tensión t íp ic a de Cul lm ann s obre la pro-senc ia de la esca to logía en la h istor ia hac ia una considerac ión de la nueva c reac ión,de la nueva rea l idad, que surge de la pascua de Cristo .

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n o s en co n t r a r í am o s d i s f r u t a n d o d e l a i m ag en . Y , en e l d í a f i n a l, a l can za -r em o s l a v e r d ad i r r e s t r i c t a , t e r ce r g r ad o . A h o r a b i en , p a r a l o s Pad r e s l ai m ag en g u a r d a u n a r e l ac i ó n m u y e s t r ech a co n l a v e r d ad , p u es e s p rec i s a -m en t e i m ag en d e l a v e r d ad . D e t a l m an e r a q u e l a v e r d ad s e h ace p r e s en t ea t r av és d e l a i m ag en , d e s u r ep r e s en t ac i ó n . L a i m ag en e s u n a v e r d ad e r ar ep r e s en t ac i ó n y ac t u a l i zac i ó n d e l a v e r d ad . C o m o s e p u ed e o b s e r v a r , enes te esquema no hay una cons ideración l ineal del t i empo, que obl igue ap r e s u p o n e r u n a s u e r t e d e p r o ce s o ev o l u ti v o . Po r o t r a p a r t e , s e a f i r m a d e

modo pos i t ivo y c laro l a presencia mas iva de l a gracia , s in inclu i r formal -mente n inguna cons ideración negat iva a l respecto , del t ipo « todavía no» .La imagen es tá muy cerca de l a verdad y es capaz de hacer la presente , aun-que se d i s t ingue de el l a .

LA RESERVA ESCATOLÓGICA Y EL CARÁCTER SACRAMENTAL DE LA ESCATOLOGÍA

E ch em o s u n a m i r ad a a l a r e s e r v a e s ca t o l ó g i ca p a r a v e r s i n o s ay u d aa i n v es t i g a r d e q u é m o d o l a s r ea l i d ad es e s ca t o l ó g i ca s s e h acen p r e s en t e sen l a h i s to r i a . D es d e 1 9 9 2 e s co n o c i d o q u e E r i k Pe t e r s o n f u e q u ien acu ñ óes t e co n cep t o ' 1 . E m p l ea e s t e co n cep t o p o r p r i m er a v ez en u n cy r s o s o b r ela mís t i ca en l a Ig les ia an t igua (Gót t ingen , SS 1924) . Dejo de l ado l a d i s -cu s i ó n q u e o cu p ab a en t o n ces a Pe t e r s o n , a s ab e r : s i h em o s d e co n s i d e -r a r q u e Pab l o f u e u n m í s t i co y s i h em o s d e en t en d e r l a ex p r e s i ó n « s e r enC r i s t o » d e m o d o m í s t i co . T am p o co m e v o y a r e f e r i r a l a co n cep c i ó n d ela mís t i ca de Peterson 12 . E l t ex to en cues t ión reza:

« En l o s sa c ra m e n t o s se c o n t i n ú a , e n u n c i e r t o se n t i d o , e l a c o n t e c í -m i e n t o d e c i s i v o e n l a v i d a d e Je sú s (m u e r t e y r e su r r e c c i ó n ) , m i e n t r a sq u e , p o r o t r a p a r t e , p r e c i sa m e n t e l e p e r t e n e c e a l a e se n c i a d e l c o n c e p -t o d e sa c ra m e n t o n o se r u n a p u ra a c c i ó n m i s t é r i c a , s i n o q u e e s t á p ro -v i s t o c o n u n a r e se rv a e sc a t o l ó g i c a y g r a c i a s a e l l a , s i m u l t á n e a m e n t e ,r e m i t e a l f u t u ro . A s í , e n e f e c t o , hemos m u e r t o y hemos sido s e p u l t a d o sc o n Cr i s t o e n el b a u t i s m o (R m 6 , 4 s ) , p e ro d e u n m o d o c a ra c t e r í s t i c o n o

11 H a s i d o m é r i t o de B. NICHTWEISS, Erik Peterson. Neue Sicht aufLeben und Werk,

Herc le r , Fre iburg - Base l - Wien,

1994 (1992), 490-1 . Para más de ta l les y b ib l iografía :G. URÍBARRI, La reseña escatológica: un concepto originario de Erik Peterson 1890-1960): EE 78 (2003) 29-105.

12 ST. DÜCKERS, Pathos der Distanz. Z ur theologischen Psysiognom ie und geistes-geschichtlichen Stellung Petersons, L IT-V e r l a g , Mü n s t e r 2 0 0 1 , h a e s t u d i a d o l a c o n -cepc ión de la míst ica en Pe te rson, si b ien su recepc ión por parte de la invest igac iónp e t e r so n i a n a e s t á s i e n d o c r í t i c a .

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e i n c l u s o d eb e p r eg u n t a r s e co n t o d a r azó n , h a s t a q u é p u n t o u n a m i r ad aa t en t a a l a eu ca r i s t í a p u ed e co n t r i b u i r a u n a m e j o r co m p r en s i ó n d e l aescato logía cr i s t i ana.

E U C A R I S T Í A Y E S C A T O L O G Í A

H o y en d í a s e r eco n o ce co n b as t an t e g en e r a l i d ad e i n c l u s o en t u s i a s -mo, que l a eucar i s t í a es l a cumbre y e l cen t ro de l a v ida cr i s t i ana (SC 10;L G 1 1 ). Po r l o t an t o , s e p u ed e s o s p e ch a r d e an t em an o q u e en l a eu ca r i s -t í a s e h ab r án d e en co n t r a r l o s e l em en t o s m ás f u n d am en t a l e s y s i g n i f i ca -t iv o s d e l a t eo l o g í a c r i s ti an a . E n u n r eco r r i d o r áp i d o y m u y s u m ar i o m o s -t r a r é có m o s e en cu en t r an en l a eu ca r i s t í a l o s e l em en t o s f u n d am en t a l e sd e l a e s ca t o l o g í a c r i s t i an a q u e v en i m o s b a r a j an d o .

¿S E PUEDE APLICAR A LA EUCARISTÍA EL ESQUEMA «YA Sí - TODAVÍA N O» ?

Si e l esquema de Cul lmann, «ya s í - todavía no» , fuera una expl icaciónf u n d am en t a l m en t e v á l i d a d e l a e s ca t o l o g í a c r i s t i an a , d e t a l m an e r a q u ed es c r ib i e r a co n ac i e r t o s u s r a s g o s m ás f u n d a m en t a l e s , en t o n ces s e p o d r í a

apl icar s in problema a l a eucar i s t í a y lo que en el l a sucede, a no ser queen la eu ca r i s tí a n o s en co n t r á r am o s a l e j ad o s d e aq u e l l o q u e C u l l m an n co n -s idera e l cen t ro del N T.

, En cuanto pensa mo s en l a eucar i s t í a , en seguida nos v ienen a l a me mo-r ía , de un modo espontáneo , dos e lemetos fundamentales de l a misma. Poruna par te , en l a eucar i s t í a celebramos l a memoria de l a pascua del SeñorJesús, el mis ter io pasc ual . De la l ma ne ra qu e l a eucar i s t í a gua rda un a reía-ción es t rechí s ima con el mis ter io pascual , que actual i za . La eucar i s t í a esp o r an t o n o m as i a e l s ac r am en t o d e l a m u er t e y l a r e s u r r ecc i ó n d e l Señ o r17 .Por o t ra par te , l a eucar i s t í a es e l sacramento de l a presencia de Cri s to enmedio de su Ig les ia y del mundo. En la eucar i s t í a los dones del pan y e lv ino se t ra ns f orm an en el cuerpo y l a sangre de Cri s to . C ier tamente , l a t eo-

logia actual subraya que no ser ía sana una concent ración exclus iva en l at r an s f o r m ac i ó n d e l o s d o n es , s i n co n s i d e r a r t am b i én l a t r an s f o r m ac i ó n d ela asamb lea en cue rpo d e Cri s to (cf . ICor 10 ,17). A pes ar de e l lo , t an to l a

" A c e n t ú a e s t e a sp e c t o co n m u c h a fu e rz a F . - X . D U R R W E L L , La Eucaristía, sacra-mentó pascual, S i g ú e m e , S a l a m a n c a 21986.

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fun dam ent al l a remis ión al fu tu ro . Pues d ice: «Así, en efecto , hemosm u e r t o y hemos sido s ep u l t ad o s co n C r i s to en e l b au t i s m o ( R m6 ,4 s) , p e r o d e u n m o d o ca r ac t e r í s t i co n o d i ce Pab l o en t o n ces q u en o s o t r o s h ay am o s r e s u c i t ad o co n C r i s t o ( . . . ) , s i n o q u e resucitare-mo s co n C r i s t o » . A q u í ap a r ece l o q u e Pe t e r s o n d en o m i n ó l a re s e r -v a e s ca t o l ó g i ca , q u e s e r í a m e j o r t r ad u c i r p o r « r e s t r i cc i ó n » e s ca -t o l ó g i ca . E s d ec i r , l a r ea l i zac i ó n d e l a e s ca t o l o g í a c r i s t i an a e s t á

m ar cad a p o r u n a r e s t r i cc i ó n . C o n o t r a s p a l ab r a s , p o d em o s h ab l a rde la diástasis e s ca t o l ó g i ca '5 . C r i s t o y a h a r e s u c i t ad o d e l a m u er -t e ; n o s o t r o s , s i n em b ar g o , r e s u c i t a r em o s co n É l d e s p u és d e n ú es -t r a m u er t e . A q u í se p u ed e ap r e c i a r có m o e l e s q u e m a « y a s í - t o d a -v í a n o » a p u n t a b a h a c i a u n r e s t o d e v e r d a d . P u e s t o q u e e s t aex p r e s i ó n r e s u l t a v á l i d a s o l am e n t e s i s e cam b i a n l o s s u j e t o s : C r i s-t o y a h a r e s u c i t ad o - n o s o t r o s t o d av í a n o h em o s r e s u c i t ad o co nÉ l . E s d e l a m áx i m a i m p o r t an c i a p a r a u n a co r r ec t a i n t e l i g en c i ade l a escato logía cr i s t i an a t ener es to b ien claro : l as real idad es esca-to lógicas es tán presentes en Cri s to y en los cr i s t i anos pero no del a m i s m a m an e r a en am b o s . S i e s t o s e o l v i d a , s e co r r e e l p e l i g r od e m ezc l a r am b as r ea l i d ad es .

3 . ¿C ó m o s e l i g an e s t a s d o s r ea l i d ad es e s ca t o l ó g i ca s , l a s r e l a t i v a s aC r i s t o y a n o s o t r o s ? P r ec i s am en t e a t r av és d e l o s s ac r am en t o s .Pu es en l o s s ac r am en t o s n o s o l am en t e s e m an i f i e s t a l a r e s t r i c -c i ó n o r e s e r v a e s ca t o l ó g i ca , s i n o t am b i én l a r ea l i d ad e s ca t o l ó g i -ca , q u e C r i s t o h a co n q u i s t ad o p a r a n o s o t r o s y n o s d o n a g r ad o -s ám en t e . E n l o s s ac r am en t o s s e a l u m b r a l a r ea l i d ad e s ca t o l ó g i cad e l a q u e C r i s t o d i s f r u t a , en u n a u n i ó n e s t r ech a co n s u p r o p i ar ea l i d ad , en cu an t o H i j o d e l h o m b r e y p o r t ad o r d e l a s a l v ac i ó nes ca t o l ó g i ca .

E n co n s ecu en c i a , s e p u ed e co n cep t u a r co n g r an p r ec i s i ó n l a e s ca t o -l o g i a c r i s t i an a co m o u n a e s ca t o l o g í a s ac r am en t a l ' 6 . Po r t an t o , u n o p u ed e

י5 S o b re e l p a r t i cu l a r ,

(ed . ) , Fundam entos de Teología Sistemática, Desc lée , Bi lbao 2003, 253-81.,6' En e s t a « l e cc i ó n » n o s c o n c e n t r a m o s e n l a d i m e n s i ó n o e l c a r á c t e r sa c ra m e n -

t a l d e l a e sc a t o l o g í a c r i s t a n a . Es t o n o i m p l i c a q u e se e x c l u y a n o t r a s d i m e n s i o n e s oc a ra c t e r í s t i c a s . P o r e j e m p l o , c i e r t a m e n t e se t r a t a t a m b i é n d e u n a e sc a t o l o g í a p n e u -m a t o l ó g i c a y e c l e s i a l ; a sp e c t o s q u e t a m b i é n se r í a i n t e r e sa n t e i n v e s t i g a r c o n m a y o rd e t e n i m i e n t o .

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62. U R Í B A R R I , ESCATOLOG ÍA Y EUCARISTÍA 7

LA EUCARISTÍA CREA UNA «COMUNIÓN ESCATOLÓGICA» CON CRISTO

En la eucar is t ía , Cr is to , el r esuc i tado, se hace presen te ν nosot ros ent ra -mos e n comunión con É l en e l Espí r i tu Santo. E l r esuc i tado nos r ega lay dona lo que E l es : su cuerpo ( su per sona) y su sangre ( su vida) . Y as ínos unimos a Cr is to y formamos una unidad con É l . En la eucar is t ía lac omun i da d s e t r a ns f o r ma e n e l c ue r po de C r i s t o , pa s a mos a f o r ma r unúnico cuerpo con Cr is to , de l que É l es la cabeza . De ahí que la expres ión

«s er e n C r i st o» r e s u l t e a de c ua da pa r a f o r m ul a r l a c om un i ó n c on C r i s t oque se r ea l iza en la eucar is t ía .Q u i s i e r a de s t a c a r dos e l e me n t os p r op i os d e e s t a c om un i ó n c on C r i s to :

1 . N o s e t r a t a s o l a me n t e de una c om un i ó n c on C r i st o , s i no t a mb i é ncon todos aque l los que es tán en comunión con Cr is to , con la Igle -sia celestial20 . Es to impl ica , como la l iturgia subray a exp resamen te ,una c o mun i ón c o n l o s c o r os de l o s á nge l e s , pe r o t a m bi é n c on l o smá r t i r e s y l o s s a n t os . D e a h í que s e pue da ha b l a r de una c omu-món de todos los que han muer to en Cr is to y son en Cr is to: la r ea -l i da d de l a c omun i ón de l o s s a n t os y de l a c omun i ó n qu e nos o t r osguardamos, en Cr is to y en e l Espí r i tu Santo, con los santos . Comose pue de aprec ia r , s i e s to es as í , enton ces se rom pe com ple tam ente

y se supera e l marco de la his tor ia . La presenc ia l izac ión de l Rcsu-c i tado en la eucar is t ía supera los es t r echos l ími tes de la his tor iamu nda na y , de mo do s a c r a me n t a l , t a mb i é n nos ha c e s upe r a r e s osl ími tes . Pues debido a Ja grac ia y la par t ic ipac ión en la cali׳, dade s c a t o l óg ic a de l R e s uc i t a do , c omo m i e mb r os de s u c ue r po , a l e a n -zam os los c ie los . Por supues to, el esq uem a «va s i todavía no»r e s u l t a a bs o l u t a me n t e i nc a pa z de da r c ue n t a de e s t a interpene-t r ac ión de las r ea l idades esca tológicas que acon kve i 1 en es te mundocon las de l def ini t ivo 21 .

2 . E s t a c omun i ó n t oma l a f o r m a de un ba nque t e . S e t r a t a p r e c i s a -mente de l banque te esca tológico de l r e ino. Tanto e l profe ta I sa ías(p . e j״ Is 25,6) como e l mismo J e s ús a nunc i a r on e l r e i no ba j o l a

f igura de un banque te (p . ej״ Mt 8,1 I; 22,2; Le 13,29; 14,15),pre-c i s a me n t e e l ba nque t e esca tológico. En la úl t ima cena , Jesús se

Lo recuerda de nuevo J U A N P A B L O II , Ecclesia de Eucharistia, 19.E l e sq u e m a d e l o s P a d re s , q u e r á p i d a m e n t e d e sc r i b i m o s e n e l e x c u r so r e su l -

ta m u c h o m á s p o t e n t e a e s t e r e sp e c t o .

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58 G. U R Í B A R R I , ESCATOLOGÍA Y EUCARISTÍA8

teología como e l magis te r io s iguen manteniendo hoy con toda c la r idad la

t r a ns f o r m a c i ón de l o s done s . ^En mi opinión, la tens ión inherente a l esquema «ya s í - todavía no»

no resul ta adecuada para descr ibi r cómo en la eucar is t ía se ac tua l iza ys e ha c e p r e s e n t e l a pa s c ua . T a mpoc o pue de p r e s t a r i nd i c a c i one s va l i ó -sas para ac la ra r cómo la presenc ia l izac ión de la pascua de Jesucr is to pro-duc e l a tr a ns f o r m a c i ón t a n t o de l o s done s c omo de l a c omun i da d 1 8 . Dado

que e n l o s s a c r a me n t os nos e nc on t r a mos de n t r o de l a d i me ns i ón e s c a -tológica de la vida c r i s t iana , dent ro de las r ea l idades propias de l t iempoe s c a to l óg i c o ; d i c ho de o t r o mo do : da do que l o s s a c r a me n t os s e i n s c r i be nen la esca tología c r i s t iana , lo que ocur re en los sacramentos es de na tu-r a l e z a e s c a t o l óg i c a . Y , c ons i gu i e n t e me n t e , e l e s que ma bá s i c o de c om-prensión de la esca tología c r i s t iana deber ía se r f ác i lmente apl icable a iossacramentos . S i es te esquema, e l «ya s í - todavía no», no enca ja suave-me n t e c on la r e a l i da d e s c a to l óg i c a que e nc on t r a mo s e n lo s s a c r a m e n t os ,e n t onc e s pa r e c e que s e ha de c ue s t i ona r que s e a un mode l o a de c ua dopa r a e xp r e s a r una c ompr e ns i ón bá s i c a de l a e s c a t o l og í a c r i s t i a na . P ue sno pod em os dec i r con sen t ido, ni r e f le ja la r ea l id ad que se ce lebra , queen la eucar is t ía se da una presenc ia de Cr is to , presenc ia r ea l , d ice la teo-

logia , de ta l manera que Cr is to es té «ya presente» en 1θ5 dones y en laa s a mbl e a , pe ro «todavía no» (¿ rea lmente?) presente . Se t r a ta de una pre -senc ia r ea l , pe ro no expl icable con es te modelo de l «ya cumpl ido - noc ons um a do» . E s una p r e s e nc i a ba j o o t r a f o r m a de r e a l i da d , p r e c i s a me n t el a r e a li da d e s c a t o l óg i c a que c om pe t e a l r e s uc i t a do En׳ l a eucar is t ía par -t i c i pa mos de modo p r o l é p t i c o e n l a c ons uma c i ón e s c a t o l óg i c a . Y e s t ea s pe c t o , que f o r ma pa r t e c ons us t a nc i a l de l a e s c a t o l og í a c r i s t i a na , noe n t r a e n e l e s que m a c u l l m a nn i a n o «ya s í - t oda v í a no» , que r e s u l t a po rtanto insuf ic iente por demasiado s imple para dar cuenta de nuest r a ac tua lr e a l i da d e s c a t o l óg i c a . O , si t oma m os e l s e gundo de l o s e le me n t os que heme nc i ona do a l ha b l a r de l a e uc a r i s t í a , t a mpoc o pode mos de c i r c on s e n -t ido que en la eucar is t ía ce lebramos e l memor ia l de la muer te y la r esu-

r r e c c i ón de J e s uc r i s t o , de t a l ma ne r a qu e a mb a s s e a c t ua l i z a n y p r e se n -c ia l izan «ya s í - pe ro todavía no».

" Sobr e e l part ic ula r , c f . M . G E S T E I R A , La Eucaristía, misterio de comunión, Sigue-

1 ν8 E T u n aa de 1L9 c l av es m u y ac er t ad as d e l l i b ro d e M . GE S T E I R LA Eucaristía,

esp . 75-218.

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t i an a . S i n em b ar g o , e s t e h ech o n o p e r m i t e , d e n u ev o , u n a i n t e r p r e t a c i ó ndel t ipo «ya s í - todavía no» , a no ser que d igamos que Cri s to «ya» hav en i d o en l a en ca r n ac i ó n a e s t e m u n d o , p e r o « t o d av í a» n o h a v en i d o eng l o r i a . ¿D ó n d e q u ed a en t o n ces y có m o s e d a r azó n d e s u p r e s en c i a y d es u v en i d a v e r d ad e r a a l a co m u n i d ad en l a eu ca r i s t í a? ¿A cas o en l a t en -s ión en t re e l «ya s í - pero todavía no»? ¿Descr ibe con v igor es te juego de

p a l a b r a s u n a p r e s e n c i a v e r d a d e r a m e n t e r e a l ?

EUCARISTÍA Y EXISTENCIA CRISTIANA

E n l a eu ca r i s t í a s e ce l eb r a y p r e s en c i a l i za q u e n o s o t r o s co m o c r i s t ia -n o s p e r t en ecem o s a C r i s t o . M ás aú n , en l a eu ca r i s t í a n u es t r a p e r t en en -c i a a C r i s t o , n u es t r o s e r en C r i s t o aco n t ece , p u es t o q u e en e l l a s o m o st r an s f o r m ad o s en cu e r p o d e C r i s t o . Po r e l l o , l a eu ca r i s t í a n o s p o s i b i l i t av iv ir y actuar co mo C ri s to , a l a vez que nos envía con esa m is ión al m un doy a l a h i st o r i a . L o s c r i s t i an o s a l p a r t i c i p a r en l a eu ca r i s t í a i n g r e s a m o s enu n a v i d a y u n a ex i s t en c i a e s ca t o l ó g i ca .

Es ta ex i s tencia escato lógica impl ica , en pr imer lugar , v iv i r en seguí -

miento e imi tación de Cri s to . Es to es , ident i f i carse , empaparse y cons t i -tu i rse según el modo de ser , de comprender y de sen t i r de Cri s to , lo cualo cu r r e en l a eu ca r i s t í a d e u n m o d o s ac r am en t a l , d ad o q u e en l a m i s m a s ep r o d u ce u n a t r an s f o r m ac i ó n d e aq u e l l o s q u e p a r t i c i p an en l a ce l eb r ac i ó n .

Es ta ex i s tencia cr i s t i ana es lá marcada por l as t res v i r tudes t eo logales ,fe , esperanza y car idad , que son t íp icas de l a ex i s tencia cr i s t i ana y queent ran en juego en l a celebración de l a eucar i s t í a .

Por l a fe par t i c ipamos y v iv imos en l as real idades escalo lógicas . As í ,por l a fe t enemos acceso a todo lo que s ign i f i ca l a eucar i s t í a y a lo queen el l a ocurre , que s in los o jos de l a fe n i se comprende n i se cap ta n i selo puede uno apropiar . Como en todos los demás sacramentos , l a fe desem-p eñ a u n p ap e l f u n d a m e n t a l en l a eu ca r i s t í a . Po r o t r a p a r t e , l a eu ca r i s t í anos refuerza en nues t ra fe y nos envía a v iv i r desde l a fe , desde l a nuevaexis tencia escato lógica, en unión y re lación con el Señor Jesús , en insp i -ración desd e lo que su pon e su v ida, su men saj e , su mue r te y su 1v.su-r rección .

L a eu ca r i s t í a e s el s ac r am e n t o d e l am o r , p u es en e l l a e l am o r l o d o m i -na todo . Celebramos el amor de Cri s to , que se en t regó a s í mismo porn o s o t r o s y p o r n u es t r a s a l v ac i ó n . L a co m u n i d ad , p o r s u p a r t e , h a d e s e ru n a co m u n i d ad d e am o r , s i q u i e r e ce l eb r a r e l s ac r am en t o d e l am o r d e l

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r e f i r i ó ex p r e s a m en t e a l b an q u e t e e s ca t o l ó g i co d e l r e i n o ( M t 2 6 ,2 9 ;ME 14 ,25; LE 22 ,16 .18 .30 ) . En la eucar i s t í a , Jesú s es tá de nuev op r es en t e j u n t o co n l o s d i s c í p u l o s en u n b an q u e t e . E l s e d a a s ím i s m o , s u cu e r p o y s u s an g r e , co m o a l i m en t o e s ca t o l ó g i co . A s í ,pues , t i ene lugar e l banquete escato lógico del re ino 22 . So l am en t ed e u n m o d o m u y i n ap r o p i ad o s e p u ed e d ec i r q u e l a eu ca r i s t í a e s

«ya s í - pero todavía no» el banquete escato lógico del re ino , puesde es ta suer te no se es tar í a descr ib iendo con propiedad n i l a en t re-ga de Cri s to a los suyos como al imento escato lógico n i e l banque-te que t i ene lugar .

LA EUCARISTÍA Y LA RESERVA ESCATOLÓGICA

E n l a eu ca r i s t í a t am b i én n o s en co n t r am o s co n l a r e s e r v a o r e s tr i cc i ó nes ca t o l ó g i ca o , en o t r a s p a l ab r a s , co n l a diástasis escato lóg ica. Se da unav e r d ad e r a co m u n i ó n co n C r i s t o y , n o o b s t an t e , d e s p u és d e l a s p a l ab r a sd e l a co n s ag r ac i ó n ex c l am am o s :

« i A n u n c i a m o s t u m u e r t e ,p r o c l a m a m o s t u r e s u r r e c c i ó n ,

ven Señor Jesús »

Es deci r , se implora y se espera l a venida del Señor Jesús 23 . R es u en aco n c l a r i d ad l a f am o s a ex p r e s i ó n l i t ú r g i ca d e l a co m u n i d ad p r i m i t i v a«Maran atha» ( ICor 16 ,22; Ap 22 ,20; Did . 10 ,6) : « ¡Ven Señor » o «¡ElSeñ o r v i en e » , s eg ú n l a s d i f e r en t e s f o r m as d e i n t e r p r e t a r l a . A q u í ap a r e -ce u n a d e l a s ca r ac t e r í s t i ca s d e l a e s ca t o l o g í a c r i s t i an a . E l Señ o r J e s ú sh a r e s u c i t ad o y s e h ace p r e s en t e d e m o d o s ac r am en t a l en l a eu ca r i s t í a .N o s o t r o s v i v i m o s en u n a co m u n i ó n s ac r am en t a l ( e s d ec i r , v e r d ad e r a ) co nÉ l y É l co n n o s o t r o s , d e t a l m an e r a q u e s o m o s au t én t i cam en t e en C r i s -t o . S i n em b ar g o , É l v en d r á a n o s o t r o s y a n u es t r a h i s t o r i a d e u n a m an e - "י

r a n o s a c r a m e n t a l , p a r a j u z g a r a l o s v i v o s y a l o s m u e r t o s , p a r a j u z g a r

t o d a l a h i s t o r i a y r e c a p i t u l a r l a , p a r a c o n s u m a r e l r e i n o d e u n m o d o n os a c r a m e n t a l . Po r c a u s a d e e s t a r e s t r i cc i ó n ( o r e s e r v a ) en la co n s u m ac i ó nc r i s t o l ó g i ca , s e d a t am b i én u n a r e s t r i cc i ó n co r r e s p o n d i en t e en l a e s ca t o -log ia , en l a ecles io logía , en los sacramentos y en l a misma ex i s tencia cr i s -

22 C f . F . - X . D U R R W E L L , o . c . , 4 3 , 5 5 , 1 7 4 .23 J U A N P A B L O I I , Ecclesia de Eucharistia, 1 8 , recuerda la proyecc ión esca to lógica

de la eucarist ía y la fe c r ist iana , hasta la venida de l Señor.

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66G . U R Í B A R R I , ESCATOLOGÍA Y EUCARISTÍA 9

2 . P o r el c on t r a r i o , una a p r ox i ma c i ón s a c r a m e n t a l a l a e s c a t o log í as e ha mos t r a do t r e me n da me n t e p r ome t e do r a . S e c o r r e s pond e b i e ncon e l t ipo y la forma de las r ea l idades esca tológicas y su modode p r e s e nc i a e n nue s t r o m un do y nue s t r a h i s t o r i a . E s t a a p r ox i -ma c i ón pe r mi t e i nc l us o a c l a r a r l a i n t e r c one x i ón e n t r e l a s r e a l i -da de s e s c a t o lóg i c a s que a c on t e c e n e n nue s t r o mu ndo , o r i g i na d a sy pue s t a s e n ma r c ha p o r l a pa s c ua de l S e ño r J e s ús , y l a s r e a l i da -des esca tológicas ce les t ia les .

3 . S e ha c on f i r m a do y r e f o r z a do la in t u i c i ón de que l a e s ca t o l og í ac r i s t i a na e s p r o p i a m e n t e s a c r a me n t a l . L a e s c a to l og í a y l o s s a c r a -me n t os s e i l umi na n r e c í p r oc a me n t e .

4. La exis tenc ia c r i s t ian a goza a la vez de un car ác te r esca tológ ico ysacramenta l . Un c r i s t iano, que , como ta l , habi ta en e l t iempo esca-t o l óg ic o , pa r t i c i pa r á a c t i va me n t e y c on f r e c u e nc i a e n l a c e l e b r a -c i ón de lo s s a c r a me n t os , e s p e c i a l me n t e de l a e uc a r i s t í a , pue s a h íe nc ue n t r a s u p r op i a v i da y s e r .

5 . C o n e s te r e c o r r i d o h e m o s p r o f u n d i z a d o y h e m o s c o m p r e n d i d omejor e l «se r en Cr is to» como la r ea l idad posiblemente más de te r -minante de la f e c r i s t iana .

pp. 51- 67STUDI OS ECLESI ÁST I COS, vol . SO (2005) , ηιίιι 12 י , I S SN 0 2 1 0 - 1 6 1 0

Señor . Una comunidad dividida o con renc i l las inte rnas ( c f . Mt 5,23-24)no es apta para la ce lebrac ión de la cena de l Señor ( c f . ICor 11,17-22) . S ise vive de es te amor de Cr is to y ent re los hermanos, la ac tuac ión c r i s t ia -na e n el mund o y en l a h i s t o r i a e s t a r á e n t on c e s s os t e n i da po r e s t e m i s moa mor . D e t a l ma ne r a que l a e uc a r i s t í a r e f ue r z a nue s t r a un i ón c on C r i s -t o , r e c ue r da y s e ha c e p r e s e n t e s u a mor a nos o t r os , r e f ue r z a l a un i ón

i n t e r na de la c omun i da d y nos ha c e c a pa c e s de a ma r má s y me j o r a l e s t i-lo del Seño r Jesú s .Por úl t imo, como ya hemos indicado, esperamos la venida en poder de l

Señor Jesús . Esta esperanza se sos t iene y a l imenta por todo lo que ya haacontec ido a Cr is to y grac ias a Cr is to , y que en la eucar is t ía se hace pre -sente de modo eminente . La r esur recc ión de Cr is to , que ya ha s ido exa l ta -do, ocupa un puesto preponderante en nuest r a esperanza ( c f . I Cor 15,17ss) ,pero también en la eucar is t ía , pues es e l Resuc i tado quien nos convoca asu mesa . En la eucar is t ía se espera , se proc lama y se anhe la la venida de lSeñor Jesús para r e inar sobre todo e l univer so y someter lo todo. Por esola mirada c r i s t iana hac ia e l futuro y hac ia la his tor ia par te de l poder deDios para r esuc i ta • a los muer tos y se concre ta en la esperanza de la l ie -gada de Cr is to como e l gran recapi tulado ׳ de toda la his toria , e spec ia l -

mente de aque l los a quienes É l más amó: los pequeños y dolor idos .Así pues , las t r es vi r tudes teologa les , que son propiamente esca tológi -

cas , es tán pres entes en la eucar is t ía y se r e fuerzan en su ce lebrac ión.

S Í N T E S I S F I N A L

E n l a i n t r oduc c i ón nos ha b í a mos f o r mul a do dos p r e gun t a s : p r i me r o ,e n qué me d i da a yuda l a e uc a r i s t í a a una c ompr e ns i ón má s p r o f unda del a e s c a t o l og í a c r i s t i a na ; y , s e gundo y r e c í p r oc a me n t e , ha s t a qué pun t opue de c on t r i bu i r l a e s c a t o l og í a c r i s t i a na a una c ompr e ns i ón má s p r o -f unda de l o que s uc e de y c e l e b r a mos e n l a e uc a r i s t í a . E s ho r a de r e s -

p o n d e r d e m o d o r e s u m i d o :1. Nue st ro r epaso sum ar io de a lgunos e lemento s de la teología de la

eucar is t ía y de lo que en e l la se ce lebra ha pu esto en cuest ión la des-c r ipc ión y expl icac ión más cor r iente hoy en día de la esca tologíacr i s t iana : e l esqu em a «ya s í - toda vía no». Con es te esquem a no sepue de da r c ue n t a de modo a de c ua do de a s pe c t os f unda me n t a l e sque suceden y vivimos en la ce lebrac ión eucar ís t ica .

ESTU DI OS ECLES I ÁSTI COS , vol . 80 ( 2005) , núm . 312, I SSN 0210- 1610 pp. 51- 67

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