san agustín, obras (1)
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ESTA COLECCIÓN SE PUBLICA BAJO LOS
AUSPICIOS Y ALTA
DIRECCIÓN DE LA PONTIFICIA UNIVERSIDAD DE SALAMANCA
L A C O M I S I Ó N DE D IC H A P O N T I F I C I A
U N I V E R S I D A D E N C A R G A D A DE LA
I N M E D I A T A R E D A C I Ó N CON LA B. A. C ,
E S T Á I N T E G R A D A
EN E L ANO 1958
P O R L OS S E Ñ O R E S S I G U I E N T E S :
P R E S I D E N T E :
Exorno, y Rvdmo. Sr. Dr. Fr. FRANCISCO BARBADO
V I E J O , O. P., Obispo
de
Salamanca
y
Pontificia Universidad .
V I C E P R E S I D E N T E
f l i m o . Sr. Dr.
L O R E N Z O T U R R A D O ,
Rector Magnífico.
VOCALES : R. P. Dr. Fr . A G A P I T O S O B R A D I L L O ,
O . F . M. C , Decano
de la
Facultad
de
Teología;
M . I. Sr. Dr. LAMBERTO DE E C H E V E R R Í A , Decano
de
la Facultad de Derecho; M. I. Sr. Dr. BERNARDO RIN
CÓN, Decano
de la
J I M É N E Z ,
C M. , F . , Decano de la Facultad de Huma
nidades Clásicas; R. P. Dr. Fr.
A L B E R T O C O L U N -
GA, O. P., Catedrático
Historia Eclesiástica.
SECRETARIO :M . I. Sr. Dr . Luis SALA BALUST, Profesor.
L A E D I T O R I A L ; . ' .
v
í ' ( ) L l Q , S. A. A P A R T A D O 466
M A D R I D . M C M L V 1 1 I
O B R A S
D E
S A N A G U S T Í N
EDICIÓN BILINGÜE
TOMO XVI
La Ciudad de Dios
E D I C I Ó N P R E P A R A D A POR El, PADRK
F R . ( O S E M O R A N , O. S. A.
B I B L I O T E C A DE A U T O R E S C R I S T I A N O S
Í N D I C E G E N E R A L
Nihil obstat: D r . V i c e n t e S e r r a n o , C e n s o r .
Imprimí potcst: F r . C r e s c e n c i o F e r n á n d e z , P r o v i n c i a l . • •
lmpihnatnr:
t J o s é M a r í a , O b . a u x . y V i c g e n . ^
Mad r id , 15 abr i l 1958.
INTRODUCCIÓN GENERAL
Págs.
. I . Es t ruc tur a in t ern a de la «Ciudad de Dios» 3
I I .
La «Ciudad de Dios» , apolo gía de la re l ig ión 13
I I I .
L a « C i u d a d d e D i o s » , e n c i c l o p e d i a d e l a c u l t u r a a n t i g u a . 2 4
I V . L a « C i u d a d d e D i o s » , h e r m e n é u t i c a d e l a h i s t o r i a 3 4
V. . La «Ciu dad de Dios» y las (¡Confesiones» 45
VI . La «Ciudad de Dios» y sus edic io nes , $3
AUTOCRÍTICA 56
L I B R O S :
I . E n defen sa de la re l ig i ón cr is t ia na 61
Not as a l l ibro I 129
II . Los d ioses y la deg rada ción de Rom a 13
No tas a l l ibro I I 194
I I I .
Los d iose s y los ma les f í s icos en Rom a 199
No tas a l l ibro I I I 263
I V . L a g r a n d e z a d e R o m a c o m o d o n d i v i n o 2 68
No tas a l l ibro IV 326
V. El had o y la Pro vid enc ia 331
Nota s a l l ibro V 399
VI. La teología mí t ic a , segú n Var rón 404
No tas a l l ibro VI 443
VII . La teología c iv i l y sus d iose s 445
Not as a l l ibro V II 509
VI II . Teolo gía na tu ra l y f i losofía 514
Not as a l l ibro VI II 577
IX. Cr is to , Med iador 583
Not as a l l ibro IX 626
X. El cu l to de l verd ade ro Dios 629
Nota s a l l ibro X 706
X I . O r i g e n d e l a s d o s c i u d a d e s 7 14
No tas a l l ibro X I 778
X I I .
Los áng eles y la creació n del hom bre 791
Nota s a l l ibro XI I 847
X I I I . L a m u e r t e c o m o p e n a d e l p e c a d o 8 58
Nota s a l l ibro XI II 913
X I V . E l p e c a d o y l a s p a s i o n e s 9 20
No tas a l l ibro XI V 987
XV . Las dos c iud ade s en la t ie r ra 994
No tas al l ibro X V 107&
Vi Í N D I C E C I S NR R A L
Págs.
X V I . De Noé a los p r o f e t a s 1076
N o t a s al l ibro X VI 1166
X V I I . De los p r o f e t a s a C r i s t o 1170
N o t a s al l i b r o X V I I 1341
XV111. P a r a l e l i s m o e n t r e las dos c i u d a d e s 1345
N o t a s al l i b r o X V I I I 1354
X I X . F i n e s de las dos c i u d a d e s 1361
N o t a s al l ibro X I X 1433
X X . El ju ic io f ina l 1438
N o t a s al l ibro X X 1536
X X I . El i n f i e r n o , fin de la c i u d a d t e r r e n a 1540
N o t a s al l ibro XX I 1630
X X I I . El cie lo , fin de la C i u d a d de D i o s 1635
N o t a s al l i b r o X X I I 1723
B
I B L I 0 G R A F I A
1
E d i c i o n e s y t r a d u c c i o n e s
E . HOFEMANN : Sancti Aurelii Augus tini episcopi «De ci-Jitate Dei»
libri XXII,
en « C o r p u s S c r i p t o r u m E c c l e s i a s t i c o r u m L a t i n o r u m » ,
vol.40 (Viena 1898-1900).
B. DOMBART-A. KALB : Sancti Aurelii Augu stini episcopi «De civitate
Den libri XXII, ex
Dombart quartum recognó-
vii A. Kalb, 2 v o l s . (B. G. T e u b n e r , L e i p z i g ) : I, I.1-13 (1928)
X X X I V + 599 pp. ; I I , 1.14-22 (1929) X X I + 635 pp. Bibliotheca
scriptorum graecorum
romanorum Teubneriana
1104-1105. De
e s t a m i s m a e d i c i ó n hay t r e s r e c e n s i o n e s a n t e r i o r e s , t o d a s e l l a s en
L e i p z i g , 1863, 1877 y 1905-1908. Refundic ión de la p r e s e n t e , c o m o
a s e g u r a n los e d i t o r e s , es la que c i t a m o s a c o n t i n u a c i ó n .
Sancti Aurelii Augustini «.De civitate Dei-» libri I-X, Corpus Chris-
tianorum, Series latina,
XIV, 1.
T y p o g r a p h i B r e p o l s e d i t o r e s p o n t i f i c i i , T u r u h o l c i ,
M C M I / V , ad f i d e m q u a r t a e e d i t i o n i s T e u b n e r i a n a e q u a m a.
M C M X X V I I I - M C M X X I X c u r a v e r u n t B e r n a r d u s DOMBART et Al-
f o n s u s KALB, p a u c i s e m e n d a t i s , m u t a t i s , a d d i t i s .
\t. RIBKR-J. BASTARDAS : San Agustín, la «Ciud-ad de Dios-» I.1-2, tra
d u c c i ó n de Ivorenzo Riber , de la R e a l A c a d e m i a E s p a ñ o l a , t e x t o
r e v i s a d o por J u a n B a s t a r d a s , p r o f e s o r de la U n i v e r s i d a d de Bar
c e l o n a , v o l . i . E d i c i o n e s « A l m a M a t e r » , B a r c e l o n a 1953, l y X X V I +
123 pp.
G . GARCÍA
DE L
CASTILLO : San Agustín, la «.Ciudad de Dios». Se t ra ta
d e una v e r s i ó n h e c h a , t r a s e n c a r g o de la r e i n a d o ñ a M a r í a de
A r a g ó n , por G ó m e z , y d e d i c a d a a la m i s m a s e ñ o r a , e s p o s a
d e D. J u a n II, el año 1434. E s t á i n c o m p l e t a en dos c ó d i c e s de
E l E s c o r i a l ; el p r i m e r o , «A. 8. 222», cont iene los l i b r o s V I I I - X V I I ,
y el s e g u n d o , <¡A. 9. 149», va d e s d e el l i b r o X V I I I al X X I I .
A. DE R O Y S Y ROZAS : La «Ciudad de Dios», del glorioso doctor de la
Iglesia San Agustín, obispo hiponense, en veynte y dos libros.
C o n t i e n e los p r i n c i p i o s y p r o g r e s o s d e s t a C i u d a d , con una defe tu
s a de la r e l i g i ó n c h r i s t i a n a c o n t r a los e r r o r e s y c a l u m n i a s de los
g e n t i l e s . T r a d u c i d o s del l a t í n en r o m a n c e por —, n a t u r a l de
la villa de V e r g a r a . M a d r i d 1614, 783 pp . E s t a m i s m a t r a d u c c i ó n
s e t o r n ó a i m p r i m i r en A m b e r e s , 1676, por el i m p r e s o r J e r ó n i m o
V e r d u s s e n , 582 pp . Y ú l t i m a m e n t e ha s i d o r e e d i t a d a en V a l e n
cia, 187 1, tre s tomos : I , l . i - i o ; II, l . n - 1 7 ; III, 1.18-22.
J . -C .
D Í A Z DE B E Y R A L Y B E R M Ú D E Z : La «.Ciudad de Dios-», del gran
Padre y Doctor de la Iglesia San Agustín, dividida en veinte y
dos libros, t r a d u c i d o s del l a t í n al c a s t e l l a n o por el d o c t o r D. — ,
d e l g r e m i o y c l a u s t r o de la R e a l U n i v e r s i d a d de H u e s c a , o p o s i
to r a sus c á t e d r a s de L e y e s y C á n o n e s , i n d i v i d u o del E s t a d o de
1
Ante la imposibilidad de dar una bibliografía completa, nos reducimos a
citar los trabajos, a nuestro juicio, más interesantes sobre el tema que no»
ocupa. Para un conocimiento más detallado de esos estudios remitimos al lec
tor a la obra del P. Eulogio Nebreda Bibliographia Augustiniana seu ope-
rum collectío auae diví Augustini vitam
et
doctrinam Quadantenus expotiunt
(Typ. Pol. «Cuore di Maria», Romae 1928) y al estudio del P. Juan-Manuel del
Estal Historiografía de la «Ciudad de Dios». Pe 1928 a 1954, publicado en «La
VIII
BIBLIOGRAFÍA
C a b a l l e r o s N o b l e s
de
etc.
1793.
1 2 t o m o s ,
el
de los
c u a l e s l l e v a
la s
del
y
po r
La
en
1913,
Ma
A p o s t o l a d o
de la
P r e n s a v o l v í a
a
edi
co n
1100
pp.
M . SAISSET,- Saint Augustin, la «Cité de Dieua, t r a d .
par . en
, . . « O e u v r e s c o m p l e t e s
de
S a i n t A u g u s t i n » ,
t.13
(Cha r t res 1869) .
Q. GiORGl : Sant'Agostino, la «Citta di Dio», t r a d u z i o n e co n i n t r o -
d u z i o n e
e
n o t e , B i b l i o t e c a A g o s t i n i a n a ,
n.4-7
4 vols .
C--A. COSTA: Sant'Aurelio Agostino, la «Citta di Dio-a, t e s t o , i n t r o -
d u z i o n e
e
, en
„
na»,
ser ie la t in a , vol .7-8 (Tor in o 1939). Has ta
el
p r e s e n t e s ó l o
t i e n e t r a d u c i d o s
los
c i n c o p r i m e r o s l i b r o s .
P. D E LABRIOLLE-J. PERRET : Saint Augustin, la «Cité de Dieua,
t e x t e
l a t í n
et
t r a d u c t i o n f r a n c a i s e , a v e c
une
i n t r o d u c t i o n
et des
p a r P i e r r e
de
2
J . HEALEY
Saint Augustine, «The City of Goda, w i t h
an
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by
E r n e s t B a r k e r ,
3
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v o l s . ( N e w Y o r k
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1950
se
r e e d i t ó e s t a t r a d u c c i ó n
y se
una
i n t r o
d u c c i ó n d e b i d a a la
p l u m a
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T h o m a s M e r t o n .
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/ .
ESTRUCTURA INTERNA DE «LA CIUDAD DE DIOS»
U N T R I S T E P R E S E N T I M I E N T O
Agustín dejó Cartago con nostalgia. Buscaba el hi lo de
Ar iadna para sa l i r de su laber in to—laber in to de l corazón y de
la intel igencia—. Dios tej ía y destej ía, y su divina Providencia
iba insinuando las veredas dé aquel regio camino que conducía
a la ciudad eterna {Confess. V 8,14-15). Roma fué un sueño
y ahora pod ía se r una rea l idad . Agus t ín se hur tó do losamente a
su madre—la madre de l as l ágr imas—y se d io a l a ve la . «Sopló
el viento, hinchó nuestras velas y desapareció de nuestra vista la
playa, en la que mi madre, a la mañana siguiente, enloquecía
de dolor, l lenando de quejas y gemidos tus oídos, que no los
atendían, antes bien me dejabas correr tras mis pasiones para
dar f in a mis concupiscencias y cast igar en el la con el justo
a/ote del dolor su deseo carnal» ( ibid.) .
Agus l ín hab ía an i l l ado ya a Roma. Roma, l l ena de luces ,
con templaba a tón i ta aque l la es t re l l a que anhe laba br i l l a r en
su corona. Agustín paseaba por sus cal les con la frente enga
l lada, su porte gráci l y l igero y, con todo, asombrado. La Roma
de los Césares asi laba ahora a un fugit ivo.
Los móviles que le guiaron hacia la gran ciudad son co
noc idos . E l p rop io Agus t ín los expresa en es tos t é rminos : «Por
que mi determinación de ir a Roma no fué por ganar más ni
a lcanzar mayor g lor ia , como me promet ían los amigos que me
aconse jaban ta l cosa—aunque también es tas cosas pesaban en
mi ánimo entonces—, sino la causa máxima y casi única era
haber oído que los jóvenes de Roma eran más sosegados en las
clases merced a la r igurosa discipl ina a que estaban sujetos,
y según la cual no les era l íci to entrar a menudo y turbulenta
mente en las aulas de los maestros que no eran los suyos, ni
siquiera entrar en el las sin su permiso. . .» ( ibid.) . Pero, lo sabe
m o s , Agus t ín hu ía de su pa t r i a acosado por su conc ienc ia ; hu ía
porque la huida, como él dirá, es el camino que el corazón
encuentra en medio de sus angustias ( ibid. , IV 7-12).
La real idad fué muy otra de lo que el soñador se imaginaba.
En Roma hab ía d i sc ip l ina , pero fa l t aba nobleza ( ib id . , V 12 ,22) .
Este hecho fué el leit motiv de su lame ntació n sobre la Urbe ,
4 INTRODUCCIÓN GENERAL
gra ta Je rusa lén . Roma caer ía , porque su nobleza—la de los
r o m a n o s — e r a s i m p l e m e n t e c u l t u r a .
A Agustín no se le ocultaba que la nobleza de los ciuda
danos mant iene en p ie l a repúbl ica , porque
civitas in civíbus
6 ,6) . Y que se r nob le
no es ser gregario ni del montón. En la nobleza hay una rea
l idad muy honda , Es l a v ic to r ia de las soc iedades . Franqueza ,
un ión , nobleza , caba l le ros idad , todo , menos s imulac ión .
En Roma se vivía de la t radición, pero, en teoría, la viven
c ia de esa t rad ic ión es taba des te r rada . Disc ip l ina , s í ; sa la r io ,
no .
bían aprovechar las revueltas. Agustín se resist ía a creer,
pero hab ía de sucumbir an te l a pa lmar iedad de los hechos
(Confess.
V 12 ,22 ) .
S u R o m a — l a R o m a s o ñ a d a — s e h a b í a d e r r u m b a d o . R o m a
era morada de todas las sectas. All í se ocultaban los maniqueos
(ibid. , V 10,19), al l í se profesaban mil y mil f i losofías, entre
e l l as l a académica ( ib id . ) . Era un herv idero y un en jambre .
Agustín, con visión certera, se dio cuenta de la t rascendencia de
es tos hechos . Es ta c iudad le b r indará t ema abundante para
esta otra. La experiencia viva brota siempre en el momento
preciso.
LA OCASIÓN, LA PROVIDENCIA
Se ha exagerado, quizá más de lo justo, la influencia, o
mejor, él empuje del saqueo de Roma por Alarico como oca
sión, como causa de la obra maestra de Agustín, la
Ciudad de
Dios.
Es y ha sido un tópico para todos los historiadores y ex
positores ' . Cierto que ha dado pie para el lo el capítulo 43 del
l ibro II de las
Retractaciones,
donde expone Agus t ín e l t i empo
de la composición de su obra. Pero se ha olvidado la doctrina
genera l de l Hiponense .
Es pre tens ión ambic iosa quere r buscar un mot ivo a jeno a
la mente de Agus t ín . Una pregunta surge a l ins tan te : ¿S in
el saqueo de Roma se hubiera escri to la
Ciudad de Dios?
No creemos acer tada la b rusca a f i rmac ión de Pap in i : «Quizá
—dice—esos l ib ros j amás hub iesen s ido escr i tos s in l as ma
lévolas hazañas de Alarico»
Me atrevería a decir que esta
obra, s i no sistemática, s í esquemáticamente, estaba escri ta antes
de escribirse. Tal vez los diez primeros l ibros, la apología de
la rel igión, a que haremos luego referencia, no hubieran visto
la luz pública de no haber sucedido ese hecho providencial .
1
La opinión está muy extend ida. Sería largo referir todos los
autores y el lugar en que lo afirman. Pueden verse, por vía de ejem
plo, Riber, Papini, Butti, Gilson, Rauschen, Poujulat, etc.
2
rraga, 6.
fi
La teoría de los dos amores como móviles de las potencias hu
manas es ya tema tr i l lado en los escri tos del Doctor de la Gra
cia \ Y éste es precis ame nte el tema cen tral de la obra .
S in quere r se r más agus t in i s tas que Agus t ín , d i remos que
el saqueo y asolamiento de Roma no fué más que una circuns
t anc ia h i s tó r ica que p rov idenc ia lmente ha l ló un in té rpre te . Creo
bien fundado que esta coyuntura fué una estratagema de la
Providenc ia para dar a l mundo una obra de l es t i lo de és ta .
San Agus t ín , amigo s iempre de buscar l a Prov idenc ia como rec
tora de todo, hasta de «la al i ta del ave y de la f loreci l la de la
h ie rba»
(De civ. Dei
magnum
( ibid. , I pref .) como hechura de un acaso, s ino
como creación providencial . Y así fué. San Agustín coloca su
obra a los pies de la Providencia, y toda el la es eso, un cán
t ico a la Providencia.
« D E U R B I S E X C I D I O » , O LA M AQ U E TA D E L A « C I U D A D D E D I O S »
El l amento de Roma se oyó en Hipona . E l mundo c iv i l i za
do tembló un ins tan te an te e l g r i to desgar rador de l a domina
dora de pueblos . Ala r ico , con su hues te aguer r ida , hab ía sem
brado e l t e r ror en l as a lmas . También en Hipona e l humi lde
Obispo escuchaba las zah i r ien tes pa labras l anzadas con t ra l a
rel igión crist iana. Agustín seguía al detal le el gran aconteci-
inicnio. Día Iras día, cuando la ocasión se presentaba, subía
a la cátedra sagrada para alentar a los afl igidos y deshacer las
angus t ias .
De todas partes se oían estos gri tos. Dicunl de Christo nos-
tro
—dice Agu stín con un acento de me lanc olía—
quod ipse Ro-
mam perdiderit (Serm. 105 ,12) . Se que ja Agus t ín desde e l pu l
pi to . Quizá las l ágr imas cor r ie ron más de una vez por sus
mej i l l as . Ahí veis, dicen, que perece Rom a en los tiempos cris
tianos (Serm.
81 ,9) . El Obispo en quien no hab ía «fibra cór-
nea»-^-como él mismo dirá en carta a Darío
(Epist.
podía permanecer inactivo ante esta invectiva de los paganos.
Y a otras veces habí a sal ido al pas o a tales objeciones. «M uchos
paganos nos ob je tan : ¿Para qué v ino Cr i s to y qué provecho ha
t ra ído a l género humano? ¿Acaso desde que v ino Cr i s to no
van las cosas de mal en peor que antes de venir El? Antes de
su venida eran los hombres más fel ices que ahora. . . Han caído
por t ierra los teatros, los circos y los anfi teatros. Nada bueno
ha t ra ído Cr i s to ; só lo ca lamidades ha t ra ído Cr i s to .
»Y comienzas a explicarles a los que así objetan los bienes
'
Voeuvre de Saint Augustin: «Etudes Agustiniennes» (París 1953)
p.97-160; también cf. A. LAURAS,
Deux cites, Jérusalem et Baby-
lone:
INTRODUCCIÓN GENtRAL
la predicación del Evangelio, y no saben lo que dices. No per
cibes los bienes de Cristo; eres un ciego»
(En. in Ps.
Ahora asciende a la cátedra «abrumado del peso de una
gran responsa b i l idad h i s tó r ica» (Cabo ) . Pronu nc ia e l se rmón
De urbis excidio, uno de los má s patét icos y má s emo cionantes
que han oído los siglos. En él se desborda el Agustín de la re
tórica y burbujea el Agustín del amor. Horrenda nobis nuntiata
sunl—les dice a sus hipo nens es— , strages facía, incendia, rapi-
nae, inlerfecliones, excruciationes hominu m. Verum est, multa
audivimus, omnia gemuimus, saepe flevimus, vix consolati su-
mus; non abnuo, non negó multa nos audisse, multa in illa urbe
esse commissa ( ibid. , 2,3 ) . Fué tal la depre sión que causó este
acontecimiento en el Obispo, que determinó desarrol lar este pro
grama, ya t razado , en una obra . De urbis excidio es la Ciudad
de Dios en pequeño; es , d i r í amos mejor , l a maque ta de la Ciu
dad de Dios; es «un esbozo poten te, color ido, dram ático , de las
respue stas de Agustín» \ En este célebre discurso se hal lan en
compr imidos l as g randes ideas que se desar ro l lan a t ravés de
los 22 l ibros de la Ciudad de Dios. «En es ta homi l ía De urbis
excidio—escribe Lore nzo Rib er— está en germ en la Ciudad de
Dios, como en el grano vigi la y al ienta el árbol en que se po
sarán y anid ará n las aves del cielo» ° .
Los graves problemas que se abordan en esta famosísima
homilía son los mismos que más tarde resonarán desde la tr ibu
na de la Historia. Dios cast iga con frecuencia á justos y a peca
dores , a unos para p robac ión y a o t ros para cas t igo ; pero Dios
s iempre es jus to . Recur re a l as Escr i tu ras . Ana l iza los e jemplos
de Job, de Abrahán, de Daniel , de Noé. Hace otras mil y mil pi
rue tas re tó r icas con a rgumentos p iadosos y c rudos en su mayor
parte. Acude, por f in, al modelo, a Cristo, como recurso máximo
del sufrimiento paciente. Quod passa est universa illa civitas,
passus est. unus. Sed videte quis unus: Rex regum et Dominus
domina ntium, comprehe nsus, vinctus, flagellatus, contum eliis
ómnibu s agitatus, ligno suspens us et fixus, occisus. Appen de
cuín Christo Romam, appende cum Christo totam terram, appen
de cum Christo coelum et terram: nihil creatum cum Creatore
pensatur, nulliim opus artifici compa ratur ( ibid. , 8,9 ) . Agu stín
lo concluye exhortando a la paciencia para conseguir la paz,
la ornnium rerum tranquilinas ordinis (De civ. Dei X I X 1 3 ) ,
el reposo de eternidad, donde descansaremos y contemplare
mos; contemplaremos y amaremos; ama remos y alabaremos
( ib id . , XXII 30) .
" h.
RIBKK, '
I (Barcelona 1953) p.LII.
PLAN DE LA OBRA Y SU REALIZACIÓN
Es incom pren sible que una o bra como> esta de la Ciudad
de Dios se rea l iza ra s in un p lan prede te rminado . ¿Ser ía suf i
ciente para pensar esto las digresiones y el—en cierto modo—
desorden? És tos hechos son innegables . Pero es to no qu ie re
decir que el plan no estuviera ya ideado; esto significaría que
el plan queda por rel lenar, en esqueleto, y que el recurso his
tórico vendría a cubrir las lagunas de la intel igencia.
Agustín tenía un plan de la obra
6
. Su preocupación ince
sante por ponerlo en evidencia nos autoriza para pensar en la
ra igambre esp i r i tua l que es ta obra hab ía adqui r ido en su se r
más ín t imo. Agus t ín resume es te p royec to en l as Retractationes
(II c .43) : Esta gran ob ra, po r f in, quedó ter min ada en 22 l i
b r o s . De éstos, los cinco primeros son la refutación de los que
consideran necesario el culto de muchos dioses para la pros
peridad de las cosas humanas. Los otros cinco van contra. . . los
que sost ienen que el culto que ofrecen de por vida a muchos
dioses después de la muerte les reportará provecho. Mas redu
cir la obra a la parte negativa no sería construcción. Los doce
libros que siguen son una corroboración de las afirmaciones
propias . Los cua t ro p r imeros t ra tan de los o r ígenes de l as dos
ciudades. Los cuatro segundos tocan su proceso o desarrol lo,
y los cuatro restantes, que son los úl t imos, las contornean y en
cierran en sus l ímites.
S in embargo , Agus t ín adv ie r te : «Donde hay neces idad , t am
bién en los diez primeros nos afirmamos en nuestra posición,
y en los doce posteriores atacamos la contraria».
Es cierto que este plan estaba reconstruido a posteriori, es
decir , sobre la base ya escri ta de la obra. Bastaría esto para
asegurarnos en nues t ra pos ic ión . S in embargo , se hace no ta r a
lo largo de los escri tos de Agustín.
Suponer que la obra fuera sis temática es imaginarse un
absurdo, dado que esto queda fuera del margen de todo escri to
con tendenc ia marcadamente h i s tó r ica . Amén de que l as p re
ocupac iones y ocupac iones que embargaban e l án imo de l Obis
po durante los trece años que duró la composición eran asaz
apremian tes para d i r ig i r l a mi rada de su mente a es te punto
con exclusividad. Por otra parte, Agustín, s iempre f iel y orde
n a d o , no fué un r ígido aferrado a las quaestiones y quaes-
tiunculae.
Retractationes
* P. DE
Histoire de la littérature latine chrétienne
(París 1947) II p.615. Cf. también U. ALVAREZ DIEZ, La «Ciudad de
Dios* y su arquitectura interna: «I<a Ciudad de Dios», núm . ex tr.,
I vol.r67 p.65-116.
INTRODUCCIÓN GENERAL
Epístola ad Firmum casi en idén t icos t é rminos '. En e l la hab la
de
la
división
al
en
códices
m a n e j a b l e s , y sigue la misma ind icac ión que en las Retrac-
tationes.
el
de la
misma obra . En el p r ó l o g o al l ib ro pr imero nos da en síntesis
e l p lan y el m o t i v o : « T r a t a r é de las dos c iudades , en cuan to el
p l a n
esto hab ría suficiente
p a r a c o n j e t u r a r y discur r i r l ib remente , pero son m u c h o s los
pasa jes en que recalca su propós i to (cf. II 1; III 1; IV 1 y 2;
V I
X V I I I
1; XIX 1). San
no
q u e r í a ser infiel a aque l suscepi, que parece echar sobre sus
h o m b r o s el peso enorme de una humanidad decadente . S iempre
a l u d e
al in
quantum possum,
(cf. I pref.;
I I 9; II I 4; V 26,2; VI 12; VI I pref.; I X 4,2; 23,3; 27;
X 32 ,4) . Agus t ín se sentía inferior , inferior en t i empo, ca rec ía
de él, y no confiaba ni en las fuerzas f ísicas de su sa lud ni en
sus fuerzas morales, como
empeño .
La obra es su obra maes t ra y el magnum et arduum opus.
La rea l izac ión del plan adquie re p roporc iones g igan tescas .
«La concepc ión—escr ibe Quei ro lo—es d igna de D a n t e , y la eje
cuc ión , como para honrar
a
majes tuo
sa s las p i e d r a s de esta vieja si l ler ía . Bri l la en e l las el aspecto
a t rev ido , t r ág ico , imponente , del pensamien to profundo y tier
no . El
esti lo
senc i l lo , humor í s t i co
a
y
duro
a ra tos . Pero se acusa en la o b r a un o r d e n que r e m a t a en
desorden.
DE UN
C I E N T Í F I C O
Es jus to cons ta ta r aqu í un hecho que no se ocul ta a ningún
lector
Es su
a p a r e n t e d e s o r d e n " .
Se lamentaba un in te lec tua l , a la vista de es ta obra c o losa l :
— ¡ S i se p u d i e r a dar un orden nuevo a la Ciudad de Dios
— S e r í a — l e r e p l i q u é — d e s a r t i c u l a r la obra .
A sí
es. La
Ciudad de Dios prec i samente
p o r ese pretendido defecto y con él; de lo cont ra r io , se r ía una
Suma, y las Sumas no son para muchos lec tores .
Con todo,
la
causa
de
e l lo . Resu l ta
p a r a d ó j i c o que una obra con un programa b ien def in ido , como
es ésta, se ejecute sin orden . No va le con je tura r o hacer h ipó
tesis .
La
facticidad
es
p a l m a r i a . A g u s t í n e m p l e a
en su
compo-
7
Vid. C. LAMBOT, Lettre inédite de Saint Augu stln relative au
«De clvitate Deh: «Revue Benedictine», LI (1939) p. 109-121-'
*
*
Cf. D E L A B R I O L L E , O . C ,
p . 6 1 4 .
s ic ión t rece años . ¿Puede
un
h o m b r e m a n t e n e r
su
pensamien to
fi jo y estrechado por el m a r c o i m p l a c a b l e de una idea duran te
tan to t i empo, s i endo tan t í s imos los quehaceres que le asedian
y r e c l a m a n ?
Es el
es el
orácu lo
de la
y la
creencias
se
impone .
A q u í y a l lá d i r ime las cont iendas . Convoca s ínodos , p red ica ,
ora, funda y t r aba ja , todo con una actividad est i lo siglo XX.
Donat i s tas , pe lag ianos , maniqueos , a r r íanos , todos e ran cerce
n a d o s por la aguda segur del H i p o n e n s e . Y, sin embargo , Agus
t ín p roseguía su magna empresa .
Aún ten ía o t ra p reocupac ión más concre ta : l l evar la paz
a los esp í r i tus . Y «como no se veía constreñido a r e m a t a r su
obra
y
espír i
tus,
él a b o r d a de paso todas las cuest iones que sab ía p reocu pa
b a n a sus contemporáneos»
10
no
lo
exigía
su
propós i to .
Se dirá que pretendo just if icar lo injust if icable. No. Esta
p o s t u r a es sostenible por sí m i s m a . M a r r o u ", en un pr inc ip io ,
ex t remó
a los
compos ic ión
de la Ciudad de Dios, juzga el plan comple jo y enredado, dif í
ci l de e n t e n d e r ; le t acha de confundi r los t e m a s y de mezcla r
CUCHI
iones
y
pone
en
evidencia
sus
muchas d igres iones . Cie r to
qu o no puedo onli iuso en cri t ica de él, pues to que ya él m i s m o
en su Retractado, inse r tada al final de la obra , mi t igó grande
mente
su
y
mezcla de p r o b l e m a s se mues t ra Ronde t '
2
, refir iéndose a la re
t r ac tac ión de M a r r o u . Sin e m b a r g o , h e m o s de dec i r que las
digresiones t ienen
sas.
Dan a la o b r a ese co lor ido que t r a s p a s a los es t rechos mar
co s de la pura h i s to r ia .
Además , todo induce a creer que ese aparen te desorden se
desvanece al a n a l i z a r los pasa jes uno a uno. Tal vez no sea
falta
de
Me
fundo al decir esto en que él mismo reconoce «que es necesario
a b u n d a r en p a l a b r a s aun en las cosas claras, como si las p r o p u
s ié ramos
a los que
a n d a n a t i en tas y a ojos ce r rados para que las toquen de a lgún
m o d o » (De civ. Dei II 1). Unas l íneas an tes , d i r ig iéndose a
M a r c e l i n o ,
a
:
«El es t ragado sen t ido del h o m b r e que osa oponerse a la
verdad evidente hace necesario el emplear muchas razones» .
10
DE
LABRIOLLE,
l.c.
11
MARROU, Saint Augustin et la Jin de la mlture anlique (Pa
rís
1949)
p.ósss.
12
( P a r í s
1950) p . 6 1 9 - 6 2 1 .
INTRODUCCIÓN GENERA],
Agustín es consciente de todo el lo. Sabe mejor que nosotros en
qué circunstancias escribe y en qué ambiente se leen sus obras.
El mismo advierte que, al dar al público los tres primeros l i
b r o s , oyó que a lgu ien p repa raba una rép l ica con t ra e l los . «A és
tos—dice—les aconsejo que no deseen lo que no les conviene.
Es fáci l que al que no quiere cal lar le parezca que ha respon
dido» ( ibid. , V 26,2) . Es consciente también de que deja muchos
puntos por tocar , pe ro su p ropós i to no es so luc ionar lo todo .
«Para dar solución, como lo exige la presente obra, a esta pre
gunta, que incluye otras muchas. . . , me detuve un poco, en espe
cial para consolar a las santas y piadosamente castas mujeres,
en las que el enemigo perpetró violencia, last imando su pu
dor». . . ( ibid. , II 2) . Siempre salva su f inal idad propia.
La obra en sí , su composición, no es acomodada al gusto
moderno . No es e l desa l iño l i t e ra r io , como qu ie re De La-
briol le, lo que da a la obra ese resabio antimodernista; es la
profundidad de su pensamien to y l a rad ica l idad en la so luc ión
de los p rob lemas . «Los hombres de hoy—dice un gran escr i
tor—ya no la leen, y se comprende por qué. Es un palacio del
pensamien to cons t ru ido con b loques de s i l l e r ía , y los modernos
prefieren las casas de cemen to arm ado , ¡est i lo 900 » " La Ciu
dad de Dios no se lee porque los hombres se han creído autosu-
ficientes para la consti tución del Estado. Con una agravante,
que la Iglesia t iene que hacerse su vida entre los reinos, y los
re inos no co laboran con e l la para fo rmar e l g ran re ino .
Hoy se lee más y con mayor fruición las Confesiones. Es un
l ib ro que es tá más a i a lcance de nues t ro t i empo. E l ind iv iduo ,
concreto, hoy ha l legado a ser el «non plus ul tra» del saber.
Pero no se repara en que la divinización del individuo, diga
mos más concre tamente , de l yo , es una utopía. El individuo es
algo en relación con los demás, con la sociedad. Es verdad que
la soc iedad , l a comunidad , se compone de ind iv iduos ; pe ro e l
individuo sin la sociedad es impotente, insuficiente, anémico.
El crist ianismo se hizo cargo de esta verdad. Fué y sigue
siendo un fenómeno esencialm ente social " . El individ uo, den
t ro de es ta comunidad , tiene que perder su alma para salvar
se (Mt. 10,39; lo. 12,25). A la vez, en esta nueva economía, el
individuo pasa a ocupar un puesto de honor, en el sentido de
que será todo lo que es esa sociedad, la Iglesia; será, como
la Iglesia, «templo del Espír i tu Santo». Se revaloriza, pero sólo
secundariamente. Esto quiere decir que corre los r iesgos de la
13
,4
h.
BOUYER,
Christianisme el eschatologie: «La Vie Intellec-
tuelle», 16 (1948) 6-38; G. Tuuio, Cristo e la storia (Rom a 1950) ;
BUTTERMELD,
caciones más recientes.
E S T R U C T U R A I N T B R N A D E L A « C I U D A D D E D I O S » - %%
Ecclesia y que su valor pen de del mayor o me nor prog reso de
la Iglesia.
Desde este punto de vista diremos aue la Ciudad de Dios es
más crist iana, más catól ica, s i cabe hablar así , que las
Confe
siones. Esta, la personif icación del individuo , es una consecuen
cia del movimiento y de los eventos de aquélla. La Ciudad de
Dios es la primera hermenéutica de la historia de la Iglesia, es
el complemento de los Hechos de los Apóstoles. Este comple
mento abarca dos grandes épocas , l a p rec r i s t i ana , i s rae l í t i ca y
profana , y l a pos te r i s t i ana .
Ahora es fác i l una mi rada re t rospec t iva . E l o rden es mara
vil loso bajo la acción de la Providencia. Lo social es el centro
de la obra. Mas. como los modernos t ienden a invert ir el orden
de valores, de ahí que en la Ciudad de Dios sea, para ellos, fla
grante el desorden. La razón es que lanza una pedrada a su
rostro al ponerles ante los ojos la esencia vieja del crist ianismo
eterno. Por eso no la leen, no porque les estomague, sino por
que no les interes a. ~
E L L I B R O - F L O R E S T A
L a Ciudad de Dios, desde su aparición, ha l lamado la aten
ción rn (-1 mundo de los estudiosos. Este ejemplar de la cultura
i inl i inin es el vehículo del saber pasado. Por el la conocemos
libros de los que hoy no existe más que el nombre; en el la se
condensa la ciencia anticua, la f i losofía histórica; el la contiene
un repertorio acabado de cantos poéticos v mitológicos, y el la
es una biblioteca de historia. La Ciudad de Dios es el mejor
museo para los anticuarios de la cultura. «La obra excede cier
t amente a todas l as o t ras por l a var iedad , por l a mul t ip l i c idad
y por l a ampl i tud de los a rgumentos ; por l a e rud ic ión h i s tó r ica
y científ ica; por la magnificencia del est i lo; por la robustez,
agudeza y f inura de los razonamientos; es el «Capolavoro», no
para el vulgo, s ino para los pensadores y buscadores de las
más al tas v más sublimes razones que tornan persuasiva v bella
la fe cristiana» '*.
Nos marav i l l a f recuentemente e l con t inuo desp l iegue de da
tos y de notas. Nos extraña la preparación tan detal lada del
compositor de esta gran obra. Agustín resumió en el la los pun
tos esenciales de su universalidad doctr inal . Sin t iempo, s iem
pre agitado v siempre activo, dio al mundo la más sensacional
de las sorpresas.
Se piensa muy poco en lo que una obra de esta envergadura
signif icaba en aquellos días. Agustín no era el hombre de f iche
ro de nuestro t iempo. Los l ibros se leían una vez y desapare-
" CAMILO BUTTI, La mente, di S. Agostlno nella Citta di fíio (Pi-
renze 1930) p.20.
INTRODUCCIÓN GENERAL
cían. El coste de copiarlos no era sostenible por cualquiera. En
una pa labra , e l ún ico recurso de t raba jo e ra l a p rop ia hab i l i
dad, el propio talento. San Agustín demostró una vez más que
poseía todas estas cualidades, y en grado sumo, al legarnos y
sintet izarnos en esta obra las grandes corrientes del pensamien
to con temporáneo suyo . Nosot ros ahora desar t i cu lamos la Ciu
dad de Dios y hallamos que es apología de la rel igión, enciclo
pedia de la cultura antigua, censo de herej ías, «hermenéutica»
de la historia e historia de la filosofía. Todo en ella con esa
trabazón lógica, con ese sentido l i terario de la estét ica, con ese
ri tmo poético que hace de las obras del Divino Africano, como
lo l lama Lope de Vega, el recurso de nuestras inquietas intel i
gencias.
Estas ideas han pasado a ser ya tópicos y lugares comunes.
Macedonio, en la carta 154, ci tada por los Maurinos, le escribe
a Agustín luego de haber leído los l ibros de la Ciudad de Dios:
«Es toy marav i l l ado en grado super la t ivo de tu saber . Es t a l
la agudeza, la ciencia y santidad que encierran los l ibros que
publ icas te , que no hay qu ien los supere» . Y añade más es tupe
fac to aún : «Desp legué tus l ib ros , l es echaron mano y , de jando
todas l as o t ras p reocupac iones , se impl ica ron en su l ec tu ra , de
suerte que pido a Dios ayuda para sal ir de este aprieto, porque
no sé qué admirar más en el los, s i la perfección del sacerdocio,
o los dogmas de la f i losofía, o los conocimientos históricos, o la
jocundidad del lenguaje, que es capaz de agradar tanto a los
indoctos que no desisten hasta haberlos explicado, y, una vez
explicados, corren de nuevo a seguir buscando». Toda su época
se hizo eco de estas admiraciones. Pablo Orosio, Casiodoro, etc.
La obra no ha perd ido aún nad a de su prof und idad . «Difíci l
mente—escr ibe De Labr io l l e—se ha l la rá una obra más ampl ia
y más r ica en ideas que la Ciudad de Dios. Desde el 412 al 426,
este l ibro, que en su origen no era más que un escri to de cir
cuns tanc ias o de po lémica , se ha desar ro l lado has ta se r una
potente síntesis doctr inal en que t iene cabida toda la historia
de la humanidad, todo el s istema de las creencias cris t ianas,
todo el drama del gran espectáculo que nos pone ante la vista
la lucha secular de la «Ciudad de Dios» contra la «Ciudad te
rrena» hasta la apoteosis f inal de la una y la entrada de la otra
en los abismos infernales»
. La ci ta, aunque larga, nos pa
tentiza la profunda impresión que causa la obra en el lector .
Es un torbell ino de ideas, al que se le arr ima el foco de una
in te l igenc ia p r iv i leg iada . Ot ro agus t inó logo de l s ig lo pasado
escr ibe : «La Ciudad de Dios es un monum ento marav i l loso por
la novedad, la sublimidad y la extensión de la concepción, por
la abundancia, de hechos y de ideas. Antes de San Agustín,
16
DE L-ABRIOLLE, l.c.
LA «C. DE DIO S», APOLOGÍA DE LA RELIGIÓN 1 3
n ingún gen io hab ía v i s to t an b ien y tan sub l imemente t an tas
cosas. La Ciudad de Dios es como la enciclopedia del s iglo v;
comprende todas l as épocas y todas l as cues t iones y responde
a todas. Es el poema crist iano de nuestro dest ino en relación
con nuestro origen y con nuestro úl t imo fin» " . Sería desvirtuar
el valor de la obra hacer aquí un panegírico de la misma. Baste
para conc lu i r es te apar tado c i ta r l as pa labras de un a rd ien te
amante y conocedor de San Agus t ín . Dice as í : «El l ib ro es
teología, f ilosofía, p olí t ica, apo logétic a e histo ria. Una s veces
el autor es expositor , otras didáctico, otras l í r ico y siempre
fi lósofo, que se remonta en el orden de las causas hasta encon
t rar la mano de Dios. Pero es, sobre todo, teólogo l leno de pro
fundidad, por donde corre la vena cal iente de su vida intensa
mente afect iva. . . La «Ciudad de Dios» es la primera tentat iva
humana por hacer f i losofía de la Historia. Es apologética y es
cán t ico dogmát ico»
1S
LA RELIGIÓN
La polémica nació en los primeros siglos del crist ianismo.
Los paganos lanzaban sus diatr ibas contra la rel igión crist ia
na porque ésta se oponía a todo cuanto en el los había de más
valioso. El cris t ianismo fué un tornar las cosas al revés, fué
un radicalismo míst ico, pero real ; radical ismo que se reflejó
en la cultura y, sobre todo, en la moral . Lo que el mundo,
aque l mundo por e l que Cr i s to no rogaba , ponía en pr imer
p lano , quedó pos te rgado por l a fuerza avasa l ladora de es ta
nueva rea l idad . Donde e l mundo asen taba e l pabe l lón de la
soberbia y del poder, Cristo f i jó la bandera de la humildad
y de l a se rv idumbre . Es te e ra , pa ra e l mundo gr iego pr inc ipa l
mente, una bofetada en el orgullo científico. La filosofía, el
gnos t ic i smo, sa l ió a l a pa les t ra e l p r imero para enf ren ta rse
con esta nueva f i losofía. Acusa al cr is t ianismo de ateísmo:
«Sólo c reen en un Dios los c r i s t i anos» ; de an t ropomorf i smo:
«Dios habitó entre nosotros, el Verbo se hizo carne» ( lo.
1,14).
Agus t ín dará luego cuenta de es tas impos turas . Pero an tes
que él se encargaron de hacerlo el intrépido f i lósofo y apo-
17
a
Agustín (Bilbao 1944) p.ios.
INTRODUCCIÓN GENERAL
l o g e t a S a n J u s t i n o ' , A t e n á g o r a s
a
y Teóf i lo de Ant ioqu ía ' .
La f i losofía no tardó en convert irse en polí t ica. El cr is t ia
nismo ahora se presentaba ya como enemigo del estado, de la
república. La teología polí t ica, civi l , con sus divinidades y mi
tologías, no se al lanaba a la creencia de un solo Dios. Los
dioses estatales se derrumbaban ante el único Dios de los cris
t ianos. Tertul iano, en el 1*57, t raslada la controversia del cam
po fi losófico al jurídico. El argumento de prescripción, o sea,
estamos en posesión de la verdad, probad vosotros, surge como
neces idad de todo lo verdadero . Los opúscu los
Ad nationes
y el
Apologeticum
son una retorsió n fogosa y violen ta de los argu
mentos paganos .
Pero aun la con t rovers ia p resen ta una nueva fase . E l mundo
pagano siente el vért igo de su f in. La Roma decadente, el Impe
r io , se derrumba y crece de nuevo la agitación de las mentes
contra los crist ianos. Y ahora, ante esta perspectiva, sale otro
nuevo pa lad ín de l nombre de Cr i s to : San Agus t ín . Las acusa
ciones, que se amontonaban, provenían tanto del sector inte
lectual como del vulgo. «Falta la l luvia, la causa es de los cris
t ianos»
(De civ. Dei
I I 3 ) . Has ta aqu í l l egaba l a insensa tez
de la plebe. Cristo es la causa de todos los males ( ibid. , I 3) .
Agustín, ante esta insistencia quejumbrosa, se lanza al campo
de ba ta l l a . «Y lo que comenzó s iendo una acusac ión lanzada
a la frente del paganismo, l legó a ser una de las más acabadas
apolog ías de l c r i s t i an i smo»
4
San Agustín pisaba terreno f irme. No eran comparables sus
enemigos a su temperamento. El Dios uno es el arnés con aue
acomete a toda esa pléyade de falsas divinidades que asedian
las mentes y cautivan los corazones de los romanos. Son incon
tables las veces que Agustín repite, a lo largo, sobre todo, de
los diez primeros l ibros, la expresión
unus verus Deus.
Dir ía
mos que ésta era su obsesión. Y se comprende. Ante el poli teís
mo degradante de l mundo pagano no hab ía o t ro camino de
salvación que éste. Desde el primer momento, Agustín se si túa
en su puesto y, como niño travieso, comienza lanzando piedras
al tejado ajeno, y, al f in, de una pedrada derroca los templos
de los simulacros. Emplea a veces un lenguaje duro, fuerte,
fust igante. Se nota en él la herida que le ha causado la profa
nac ión de l nombre de Cr i s to .
En e l l ib ro pr imero reseña los b ienes que los bárbaros p ro
digaron a los romanos por honor y respe to a l nombre de
Cr i s to . ¡Cuántas v idas perdo nada s ¡Cuántas cons iderac iones ,
con t ra todo est i lo bé l ico , gua rdad as ¡Cuántos que ahora e jer -
1
Apologías:
8
' B. CABO, l.c.
citan sus pérfidas lenguas contra el nombre de Cristo—dice
Agustín—hallaron su vida en este refugio sagrado, en los
sacros recintos de los tem plo s ( ibid. , I 1) . Men ciona todo s
los beneficios que los godos en el úl t imo saqueo de Roma
hic ie ron , y luego añade : «Es to debe se r a t r ibu ido a los t i em
pos crist ianos y al nombre de Cristo. Quien no ve esto, está
ciego; el que lo ve y no lo alaba, es ingrato; y el que resiste
al que lo alaba, es imbécil» ( ibid. , I 7) . Os fal ta lógica—pa
rece dec i r les—; los males los a t r ibu ís a l nombre de Cr i s to ,
cuando en rea l idad deb ie ra i s—si pensase i s con más cordura—
atribuir los trabajos y durezas que os han infl igido los ene
migos a l a d iv ina Prov idenc ia , que sue le cor reg i r y ac r i so la r
con las guer ras l as depravadas cos tumbres de los hombres»
( ib id ., I I ) .
La historia se encarga ahora de rel lenar las lagunas y las
afirmaciones. La nulidad de los dioses, más aún, la nocividad,
queda pa lmar ia an te los hechos que ev idenc ia l a h i s to r ia .
Agustín se avergüenza de ci tar tantos test imonios, y se aver
güenza por la proli j idad del discurso, no por la soberbia des
fachatez de los mismos ( ibid. , VII 21). Único es el Dios que
debe ser adorado, al que se debe culto, tanto por los bienes de
osla vida como por la vida fel iz que ha de seguir a la muerte.
San Agustín no aparta nunca la vista de esta f inalidad que
lleva ln primera parle de apología de la rel igión. Uno y otro
i irn | iósi lo lo reci ieidn en el úl t imo capítulo del l ibro V y del X.
V N¡t ' i i ipie concluirá con que el «premio de estas obras es la
fel icidad eterna, cuyo dador es el Dios uno, que la da a solos
los piadosos» ( ibid. , V 26.1) .
LA LÓGICA SE IMPONE
Es marav i l loso as i s t i r a l de r rocamien to de los va lo res pa
ganos por l a lóg ica implacab le de Agus t ín . Ante su t r ibuna l
pasan las mitolog ías, la histo ria, las leyendas, la f ilosofía,
todo .
Y é l , como juez imparc ia l , aprueba y reprueba , movido
más por l a verdad que por e l capr icho . Podr íamos ap l ica r le
lo que él dice de Porfir io cuando habla de lo que corrigió de
las doc t r inas de P la tón : «Antepone a l hombre la verdad»
(ibid. , X 30). Es cierto que en muchas ocasiones se deja l levar
de su celo y r idiculiza, cuanto puede, todo lo que le viene
a la recordac ión» .
Veamos una de esas d ia t r ibas que Agus t ín p ropone tan
f recuen temente . Habla Agus t ín sobre l a e recc ión de l t emplo
de la Concord ia : «¿Qué razones a legan para que la Concor
dia sea diosa y no lo sea la Discordia, buena aquélla, según
la d i s t inc ión de Labeón , y mala és ta? Ni me parece gu iado
INTRODUCCIÓN GENERA ,
sa Fiebre y otro a la Salud. Para ser consecuentes debieron
dedicarlo no sólo a la Concordia, s ino también a la Discordia.
Fué un r iesgo querer vivir los romanos bajo el enojo de una
diosa tan mala, y no se acordaron que una ofensa hecha a el la
dio origen a la destrucción de Troya. . . Con nuestras r isas de
ta les van idades se es tomagan los doc tos y sab ios ; s in embargo ,
los adoradores de las d iv in idades buenas y de las malas no
dejan de entre las manos este di lema de la Concordia y de la
Discordia: o se olvidaran del culto de estas diosas y ante
pusieran a el las a Fiebre y a Belona, a las cuales construyeron
Jos an t iguos templos ; o l es r ind ie ran cu l to cuando , re t i rándose
la Concordia, los condujo la sañuda Discordia hasta las gue
rras civi les» ( ibid. , III 25). Querer edif icar y hacer diosas a
todas las potencias, es un absurdo. Pero, s i esto lo es y si el
deseo cunde por todo, se precisa lógica, y la lógica conducirá
a consecuenc ias aún más absurdas .
E l mismo prob lema presen ta Agus t ín a l hab la r de la Fe l i
cidad, la Virtud, la Fe, diosas que los romanos no han creído
dignas de ser colocadas entre los dioses selectos. ¿Por qué se
la cons t i tuyó tan ta rde d iosa? ¿No bas taba e l l a so la? , p re
gunta el gran apologista. «¿Qué signif ica que el Imperio ro
mano a lcanzaba ya ampl ias d imens iones , cuando nad ie aún
adora ba la Fe l ic id ad? ¿Acaso fué por eso e l imper io m ás
vasto que fel iz? Pero, aun después de admitida la Felicidad
en el número de los dioses, s iguió la grande infel icidad de las
guerras civiles. ¿Acaso se indignó la Felicidad porque la in
vitaron tan tarde, y no para honor, s ino para afrenta, ado
rando con e l la a Pr íapo y a Cloac ina , y a Pavor y a Pa lor ,
y a F iebre , no d iv in idades a l as que cumpl ía adorar , s ino
be l laquer ías de los adoradores?» ( ib id . , IV 23 ,2) . La lóg ica
se impone. La Felicidad es la única que puede hacer fel ices,
y, s in embargo, después de rendir le culto, s iguió la infel icidad,
infel icidad de guerras intest inas, fuera y dentro del Imperio.
* E l g ran Obispo de Hipon a pru eba l a impotenc ia de l as
divinidades por la distr ibución de oficios y deberes que les han
confiado. Es curioso el detal lado análisis que exhibe Agustín
de los dioses que cooperan a la procreación de los hi jos. Hace
el recuento de todos el los y la incumbencia de cada uno,
y añade : «Presenc ian e l ac to conyuga l l a d iosa Vi rg inense , e l
d ios padre Subigo , l a d iosa madre Prema, y l a d iosa Per tunda ,
y Venus y Príapo. ¿Qué signif ica esto? Si era menester al
hombre que t raba jaba en aque l la empresa la ayuda de los d io
ses, ¿no bas ta ra a lguno o a lguna de e l los? . . . S i hay vergüenza
en los hombres, que no hay en los dioses, ¿por ventura a los
casados, cuando advierten que presencian el acto tantos dioses
de uno y otro sexo que los inst igan al acto, no les saldrán los
colores a la cara, de suerte que él se mueva menos y el la
LA nC. DE DIO S», APOLOGÍA DE LA RELIGIÓ N 1 7
ofrezca más resistencia? Si se hal lan al l í todos los enume
rados , ¿qué pape l desar ro l l a l a d iosa Per tunda? Enro jezca
de vergüenza y sa lga fuera . Haga también a lgo e l mar ido»
(ibid. , VI 9,3) . En realidad, cada capítulo de los diez primeros
l ibros es un muestrario de la lógica de las conclusiones.
Agus t ín o f rece dos a rgumentos p r inc ipa les : e l a rgumento
q u e h o y l l a m a r í a m o s
ad hominem
ad absurdum,
ad ridiculum.
Tam bién Agus t ín es sa rcás t ico , y r id icu l iza cuan
do la gloria de Dios así lo exige. Usa de todos los medios a su
alcance, porque, como dice ya al f inal del l ibro X, «a los que
no creen sobre la rect i tud de esta verdad a las Sagradas Letras,
y , por t an to , no las en t ienden , puedo combat i r los , pero no pue
do avasa l la r los» ( ib id . , X 32 ,3) . Una vez más , Agus t ín se
s ien te pa te rna lmente acongojado . Ha l l egado a sus o ídos que
a lgu ien es tá p reparando una rép l ica con t ra los l ib ros por é l
escri tos. La vanidad es muy atrevida. Agustín se ere? seguro
de sí mismo y cree desbaratadas todas las razones que puedan
oponérse le . «Ponderen—dice—todas las cosas con de tenc ión .
Y s i , qu izá juzgando s in parc ia l idad , l e s pa rec ie re que l as
cosas son tales que pueden ser más bien baratadas que des
bara tadas con su desvergonzadís ima char la taner ía y con su
ligereza casi sat ír ica o mímica, pongan freno a sus fr ivolida
des y escojan antes ser corregidos por los prudentes que ser
l i l i ibndos por los imprudentes» ( ibid. , V 26,2) . Agustín siente
mi Nii l iciencia ante la insiüoiencia burlona del vulgo y de la
a l t a soc iedad , reba jada
yu
r
i r todo s los par t i cu la res . Ha que
dado sat isfecho de su obra, y no por soberbia, s ino por gracia
de Dios. Dios es invocado por él en los trances angustiosos.
Y Dios es nues t ro ayudador—dirá cuando a l p r inc ip io de l a
obra se siente desfal lecer ( ibid. , I pref .) .
No puede pasar en este apartado, como algo sin interés, el
famoso a rgumento que Agus t ín esgr ime cuando hab la de los
juegos escénicos y de los representantes o actores de los mis
mos. La cuest ión se debate entre los griegos y los romanos.
El «dialéct ico de la inmanencia» resuelve la cuestión con una
argumentac ión s i log í s t i ca fác i l , senc i l l a , pe ro impres ionante
y avasa l ladora . «Los g r iegos p iensan que hacen b ien en honrar
a los hombres de teatro, porque r inden culto a los dioses que
piden juegos escén icos . Y los romanos , en cambio , no permi
ten que de la t ropa histr iónica padezca desdoro aun la t r ibu
plebeya, cuanto menos la curia senatorial . En tal desavenencia
resue lve la cues t ión es te a rgumento . Los g r iegos p roponen:
Si se ha de dar culto a tales dioses, s in duda han de ser hon
rados también ta les hombres . Resumen los romanos : Es as í
que en modo a lguno deben se r honrados ta les hombres . Y los
cr i s t i anos conc luyen: Luego en manera a lguna se ha de dar
1 8
INTRODUCCIÓN GENERA ,
más per fec to ; por a lgo Agus t ín hab ía es tud iado en la escue la
de Sócrates, vert ida por Platón. La lógica se impone una vez
más, y sale vencedor el más dialéct ico, el más verdadero, el
c r i s t i ano .
El - , MARTIRIO COMO ARGUMENTO APOLOCÉTICO
El már t i r es e l verdadero segu idor de l Maes t ro d iv ino .
Cristo se entregó a la muerte, y se entregó a el la con dulzura,
porque ten ía una mis ión d iv ina que cumpl i r en e l l a . «Seguid
me», parece alentar en el pecho del creyente. El hecho de la
muerte y de la resurrección de Cristo ha sido el gran caballo
de ba ta l l a de toda la c r í t i ca rac iona l i s ta . Es l a p rueba máxima
de la divinidad de la rel igión crist iana. Si Cristo no hubiera
resucitado, nos dice San Pablo, vana es nuestra fe. El dai la
v ida por una causa es l a máxima * gara ntía d e la veracidad de
esa causa. El que desprecia los valores que el mundo le brinda,
el que se hace sordo a la voz de la sirena diabólica y, cuando se
le exige dar test imonio de sus creencias, se entrega con deci
sión y con confianza, fija su vista en la eternidad que le espe
ra, ése es el más f iel a la doctr ina que profesa. La Verdad
lo exige todo de su criatura. Totum exigit te qui fecit te
(Serm. 34 ,7) . El m art i r io es la sup rem a prueb a de f idelidad.
San Agus t ín as ien ta co
DIRECCIÓN DE LA PONTIFICIA UNIVERSIDAD DE SALAMANCA
L A C O M I S I Ó N DE D IC H A P O N T I F I C I A
U N I V E R S I D A D E N C A R G A D A DE LA
I N M E D I A T A R E D A C I Ó N CON LA B. A. C ,
E S T Á I N T E G R A D A
EN E L ANO 1958
P O R L OS S E Ñ O R E S S I G U I E N T E S :
P R E S I D E N T E :
Exorno, y Rvdmo. Sr. Dr. Fr. FRANCISCO BARBADO
V I E J O , O. P., Obispo
de
Salamanca
y
Pontificia Universidad .
V I C E P R E S I D E N T E
f l i m o . Sr. Dr.
L O R E N Z O T U R R A D O ,
Rector Magnífico.
VOCALES : R. P. Dr. Fr . A G A P I T O S O B R A D I L L O ,
O . F . M. C , Decano
de la
Facultad
de
Teología;
M . I. Sr. Dr. LAMBERTO DE E C H E V E R R Í A , Decano
de
la Facultad de Derecho; M. I. Sr. Dr. BERNARDO RIN
CÓN, Decano
de la
J I M É N E Z ,
C M. , F . , Decano de la Facultad de Huma
nidades Clásicas; R. P. Dr. Fr.
A L B E R T O C O L U N -
GA, O. P., Catedrático
Historia Eclesiástica.
SECRETARIO :M . I. Sr. Dr . Luis SALA BALUST, Profesor.
L A E D I T O R I A L ; . ' .
v
í ' ( ) L l Q , S. A. A P A R T A D O 466
M A D R I D . M C M L V 1 1 I
O B R A S
D E
S A N A G U S T Í N
EDICIÓN BILINGÜE
TOMO XVI
La Ciudad de Dios
E D I C I Ó N P R E P A R A D A POR El, PADRK
F R . ( O S E M O R A N , O. S. A.
B I B L I O T E C A DE A U T O R E S C R I S T I A N O S
Í N D I C E G E N E R A L
Nihil obstat: D r . V i c e n t e S e r r a n o , C e n s o r .
Imprimí potcst: F r . C r e s c e n c i o F e r n á n d e z , P r o v i n c i a l . • •
lmpihnatnr:
t J o s é M a r í a , O b . a u x . y V i c g e n . ^
Mad r id , 15 abr i l 1958.
INTRODUCCIÓN GENERAL
Págs.
. I . Es t ruc tur a in t ern a de la «Ciudad de Dios» 3
I I .
La «Ciudad de Dios» , apolo gía de la re l ig ión 13
I I I .
L a « C i u d a d d e D i o s » , e n c i c l o p e d i a d e l a c u l t u r a a n t i g u a . 2 4
I V . L a « C i u d a d d e D i o s » , h e r m e n é u t i c a d e l a h i s t o r i a 3 4
V. . La «Ciu dad de Dios» y las (¡Confesiones» 45
VI . La «Ciudad de Dios» y sus edic io nes , $3
AUTOCRÍTICA 56
L I B R O S :
I . E n defen sa de la re l ig i ón cr is t ia na 61
Not as a l l ibro I 129
II . Los d ioses y la deg rada ción de Rom a 13
No tas a l l ibro I I 194
I I I .
Los d iose s y los ma les f í s icos en Rom a 199
No tas a l l ibro I I I 263
I V . L a g r a n d e z a d e R o m a c o m o d o n d i v i n o 2 68
No tas a l l ibro IV 326
V. El had o y la Pro vid enc ia 331
Nota s a l l ibro V 399
VI. La teología mí t ic a , segú n Var rón 404
No tas a l l ibro VI 443
VII . La teología c iv i l y sus d iose s 445
Not as a l l ibro V II 509
VI II . Teolo gía na tu ra l y f i losofía 514
Not as a l l ibro VI II 577
IX. Cr is to , Med iador 583
Not as a l l ibro IX 626
X. El cu l to de l verd ade ro Dios 629
Nota s a l l ibro X 706
X I . O r i g e n d e l a s d o s c i u d a d e s 7 14
No tas a l l ibro X I 778
X I I .
Los áng eles y la creació n del hom bre 791
Nota s a l l ibro XI I 847
X I I I . L a m u e r t e c o m o p e n a d e l p e c a d o 8 58
Nota s a l l ibro XI II 913
X I V . E l p e c a d o y l a s p a s i o n e s 9 20
No tas a l l ibro XI V 987
XV . Las dos c iud ade s en la t ie r ra 994
No tas al l ibro X V 107&
Vi Í N D I C E C I S NR R A L
Págs.
X V I . De Noé a los p r o f e t a s 1076
N o t a s al l ibro X VI 1166
X V I I . De los p r o f e t a s a C r i s t o 1170
N o t a s al l i b r o X V I I 1341
XV111. P a r a l e l i s m o e n t r e las dos c i u d a d e s 1345
N o t a s al l i b r o X V I I I 1354
X I X . F i n e s de las dos c i u d a d e s 1361
N o t a s al l ibro X I X 1433
X X . El ju ic io f ina l 1438
N o t a s al l ibro X X 1536
X X I . El i n f i e r n o , fin de la c i u d a d t e r r e n a 1540
N o t a s al l ibro XX I 1630
X X I I . El cie lo , fin de la C i u d a d de D i o s 1635
N o t a s al l i b r o X X I I 1723
B
I B L I 0 G R A F I A
1
E d i c i o n e s y t r a d u c c i o n e s
E . HOFEMANN : Sancti Aurelii Augus tini episcopi «De ci-Jitate Dei»
libri XXII,
en « C o r p u s S c r i p t o r u m E c c l e s i a s t i c o r u m L a t i n o r u m » ,
vol.40 (Viena 1898-1900).
B. DOMBART-A. KALB : Sancti Aurelii Augu stini episcopi «De civitate
Den libri XXII, ex
Dombart quartum recognó-
vii A. Kalb, 2 v o l s . (B. G. T e u b n e r , L e i p z i g ) : I, I.1-13 (1928)
X X X I V + 599 pp. ; I I , 1.14-22 (1929) X X I + 635 pp. Bibliotheca
scriptorum graecorum
romanorum Teubneriana
1104-1105. De
e s t a m i s m a e d i c i ó n hay t r e s r e c e n s i o n e s a n t e r i o r e s , t o d a s e l l a s en
L e i p z i g , 1863, 1877 y 1905-1908. Refundic ión de la p r e s e n t e , c o m o
a s e g u r a n los e d i t o r e s , es la que c i t a m o s a c o n t i n u a c i ó n .
Sancti Aurelii Augustini «.De civitate Dei-» libri I-X, Corpus Chris-
tianorum, Series latina,
XIV, 1.
T y p o g r a p h i B r e p o l s e d i t o r e s p o n t i f i c i i , T u r u h o l c i ,
M C M I / V , ad f i d e m q u a r t a e e d i t i o n i s T e u b n e r i a n a e q u a m a.
M C M X X V I I I - M C M X X I X c u r a v e r u n t B e r n a r d u s DOMBART et Al-
f o n s u s KALB, p a u c i s e m e n d a t i s , m u t a t i s , a d d i t i s .
\t. RIBKR-J. BASTARDAS : San Agustín, la «Ciud-ad de Dios-» I.1-2, tra
d u c c i ó n de Ivorenzo Riber , de la R e a l A c a d e m i a E s p a ñ o l a , t e x t o
r e v i s a d o por J u a n B a s t a r d a s , p r o f e s o r de la U n i v e r s i d a d de Bar
c e l o n a , v o l . i . E d i c i o n e s « A l m a M a t e r » , B a r c e l o n a 1953, l y X X V I +
123 pp.
G . GARCÍA
DE L
CASTILLO : San Agustín, la «.Ciudad de Dios». Se t ra ta
d e una v e r s i ó n h e c h a , t r a s e n c a r g o de la r e i n a d o ñ a M a r í a de
A r a g ó n , por G ó m e z , y d e d i c a d a a la m i s m a s e ñ o r a , e s p o s a
d e D. J u a n II, el año 1434. E s t á i n c o m p l e t a en dos c ó d i c e s de
E l E s c o r i a l ; el p r i m e r o , «A. 8. 222», cont iene los l i b r o s V I I I - X V I I ,
y el s e g u n d o , <¡A. 9. 149», va d e s d e el l i b r o X V I I I al X X I I .
A. DE R O Y S Y ROZAS : La «Ciudad de Dios», del glorioso doctor de la
Iglesia San Agustín, obispo hiponense, en veynte y dos libros.
C o n t i e n e los p r i n c i p i o s y p r o g r e s o s d e s t a C i u d a d , con una defe tu
s a de la r e l i g i ó n c h r i s t i a n a c o n t r a los e r r o r e s y c a l u m n i a s de los
g e n t i l e s . T r a d u c i d o s del l a t í n en r o m a n c e por —, n a t u r a l de
la villa de V e r g a r a . M a d r i d 1614, 783 pp . E s t a m i s m a t r a d u c c i ó n
s e t o r n ó a i m p r i m i r en A m b e r e s , 1676, por el i m p r e s o r J e r ó n i m o
V e r d u s s e n , 582 pp . Y ú l t i m a m e n t e ha s i d o r e e d i t a d a en V a l e n
cia, 187 1, tre s tomos : I , l . i - i o ; II, l . n - 1 7 ; III, 1.18-22.
J . -C .
D Í A Z DE B E Y R A L Y B E R M Ú D E Z : La «.Ciudad de Dios-», del gran
Padre y Doctor de la Iglesia San Agustín, dividida en veinte y
dos libros, t r a d u c i d o s del l a t í n al c a s t e l l a n o por el d o c t o r D. — ,
d e l g r e m i o y c l a u s t r o de la R e a l U n i v e r s i d a d de H u e s c a , o p o s i
to r a sus c á t e d r a s de L e y e s y C á n o n e s , i n d i v i d u o del E s t a d o de
1
Ante la imposibilidad de dar una bibliografía completa, nos reducimos a
citar los trabajos, a nuestro juicio, más interesantes sobre el tema que no»
ocupa. Para un conocimiento más detallado de esos estudios remitimos al lec
tor a la obra del P. Eulogio Nebreda Bibliographia Augustiniana seu ope-
rum collectío auae diví Augustini vitam
et
doctrinam Quadantenus expotiunt
(Typ. Pol. «Cuore di Maria», Romae 1928) y al estudio del P. Juan-Manuel del
Estal Historiografía de la «Ciudad de Dios». Pe 1928 a 1954, publicado en «La
VIII
BIBLIOGRAFÍA
C a b a l l e r o s N o b l e s
de
etc.
1793.
1 2 t o m o s ,
el
de los
c u a l e s l l e v a
la s
del
y
po r
La
en
1913,
Ma
A p o s t o l a d o
de la
P r e n s a v o l v í a
a
edi
co n
1100
pp.
M . SAISSET,- Saint Augustin, la «Cité de Dieua, t r a d .
par . en
, . . « O e u v r e s c o m p l e t e s
de
S a i n t A u g u s t i n » ,
t.13
(Cha r t res 1869) .
Q. GiORGl : Sant'Agostino, la «Citta di Dio», t r a d u z i o n e co n i n t r o -
d u z i o n e
e
n o t e , B i b l i o t e c a A g o s t i n i a n a ,
n.4-7
4 vols .
C--A. COSTA: Sant'Aurelio Agostino, la «Citta di Dio-a, t e s t o , i n t r o -
d u z i o n e
e
, en
„
na»,
ser ie la t in a , vol .7-8 (Tor in o 1939). Has ta
el
p r e s e n t e s ó l o
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t e x t e
l a t í n
et
t r a d u c t i o n f r a n c a i s e , a v e c
une
i n t r o d u c t i o n
et des
p a r P i e r r e
de
2
J . HEALEY
Saint Augustine, «The City of Goda, w i t h
an
t ion
by
E r n e s t B a r k e r ,
3
t o m o ( L o n d o n
an d
to 1931) . Reedi tada
en el
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M . D O D S : Saint Augusiine, «The City 0/ Goda, 2
v o l s . ( N e w Y o r k
. 1 9 4 8 ) .
1950
se
r e e d i t ó e s t a t r a d u c c i ó n
y se
una
i n t r o
d u c c i ó n d e b i d a a la
p l u m a
de
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w i t h
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M . PATOPRSTY
I
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D i a n .
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V o j t e c h a , 1 94 8 . T e n e m o s n o t i c i a
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de
Dios»
con
c e n t e n a r i o
de l
n a c i m i e n t o
de San
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D i o s " , a p o l o g í a
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/ .
ESTRUCTURA INTERNA DE «LA CIUDAD DE DIOS»
U N T R I S T E P R E S E N T I M I E N T O
Agustín dejó Cartago con nostalgia. Buscaba el hi lo de
Ar iadna para sa l i r de su laber in to—laber in to de l corazón y de
la intel igencia—. Dios tej ía y destej ía, y su divina Providencia
iba insinuando las veredas dé aquel regio camino que conducía
a la ciudad eterna {Confess. V 8,14-15). Roma fué un sueño
y ahora pod ía se r una rea l idad . Agus t ín se hur tó do losamente a
su madre—la madre de l as l ágr imas—y se d io a l a ve la . «Sopló
el viento, hinchó nuestras velas y desapareció de nuestra vista la
playa, en la que mi madre, a la mañana siguiente, enloquecía
de dolor, l lenando de quejas y gemidos tus oídos, que no los
atendían, antes bien me dejabas correr tras mis pasiones para
dar f in a mis concupiscencias y cast igar en el la con el justo
a/ote del dolor su deseo carnal» ( ibid.) .
Agus l ín hab ía an i l l ado ya a Roma. Roma, l l ena de luces ,
con templaba a tón i ta aque l la es t re l l a que anhe laba br i l l a r en
su corona. Agustín paseaba por sus cal les con la frente enga
l lada, su porte gráci l y l igero y, con todo, asombrado. La Roma
de los Césares asi laba ahora a un fugit ivo.
Los móviles que le guiaron hacia la gran ciudad son co
noc idos . E l p rop io Agus t ín los expresa en es tos t é rminos : «Por
que mi determinación de ir a Roma no fué por ganar más ni
a lcanzar mayor g lor ia , como me promet ían los amigos que me
aconse jaban ta l cosa—aunque también es tas cosas pesaban en
mi ánimo entonces—, sino la causa máxima y casi única era
haber oído que los jóvenes de Roma eran más sosegados en las
clases merced a la r igurosa discipl ina a que estaban sujetos,
y según la cual no les era l íci to entrar a menudo y turbulenta
mente en las aulas de los maestros que no eran los suyos, ni
siquiera entrar en el las sin su permiso. . .» ( ibid.) . Pero, lo sabe
m o s , Agus t ín hu ía de su pa t r i a acosado por su conc ienc ia ; hu ía
porque la huida, como él dirá, es el camino que el corazón
encuentra en medio de sus angustias ( ibid. , IV 7-12).
La real idad fué muy otra de lo que el soñador se imaginaba.
En Roma hab ía d i sc ip l ina , pero fa l t aba nobleza ( ib id . , V 12 ,22) .
Este hecho fué el leit motiv de su lame ntació n sobre la Urbe ,
4 INTRODUCCIÓN GENERAL
gra ta Je rusa lén . Roma caer ía , porque su nobleza—la de los
r o m a n o s — e r a s i m p l e m e n t e c u l t u r a .
A Agustín no se le ocultaba que la nobleza de los ciuda
danos mant iene en p ie l a repúbl ica , porque
civitas in civíbus
6 ,6) . Y que se r nob le
no es ser gregario ni del montón. En la nobleza hay una rea
l idad muy honda , Es l a v ic to r ia de las soc iedades . Franqueza ,
un ión , nobleza , caba l le ros idad , todo , menos s imulac ión .
En Roma se vivía de la t radición, pero, en teoría, la viven
c ia de esa t rad ic ión es taba des te r rada . Disc ip l ina , s í ; sa la r io ,
no .
bían aprovechar las revueltas. Agustín se resist ía a creer,
pero hab ía de sucumbir an te l a pa lmar iedad de los hechos
(Confess.
V 12 ,22 ) .
S u R o m a — l a R o m a s o ñ a d a — s e h a b í a d e r r u m b a d o . R o m a
era morada de todas las sectas. All í se ocultaban los maniqueos
(ibid. , V 10,19), al l í se profesaban mil y mil f i losofías, entre
e l l as l a académica ( ib id . ) . Era un herv idero y un en jambre .
Agustín, con visión certera, se dio cuenta de la t rascendencia de
es tos hechos . Es ta c iudad le b r indará t ema abundante para
esta otra. La experiencia viva brota siempre en el momento
preciso.
LA OCASIÓN, LA PROVIDENCIA
Se ha exagerado, quizá más de lo justo, la influencia, o
mejor, él empuje del saqueo de Roma por Alarico como oca
sión, como causa de la obra maestra de Agustín, la
Ciudad de
Dios.
Es y ha sido un tópico para todos los historiadores y ex
positores ' . Cierto que ha dado pie para el lo el capítulo 43 del
l ibro II de las
Retractaciones,
donde expone Agus t ín e l t i empo
de la composición de su obra. Pero se ha olvidado la doctrina
genera l de l Hiponense .
Es pre tens ión ambic iosa quere r buscar un mot ivo a jeno a
la mente de Agus t ín . Una pregunta surge a l ins tan te : ¿S in
el saqueo de Roma se hubiera escri to la
Ciudad de Dios?
No creemos acer tada la b rusca a f i rmac ión de Pap in i : «Quizá
—dice—esos l ib ros j amás hub iesen s ido escr i tos s in l as ma
lévolas hazañas de Alarico»
Me atrevería a decir que esta
obra, s i no sistemática, s í esquemáticamente, estaba escri ta antes
de escribirse. Tal vez los diez primeros l ibros, la apología de
la rel igión, a que haremos luego referencia, no hubieran visto
la luz pública de no haber sucedido ese hecho providencial .
1
La opinión está muy extend ida. Sería largo referir todos los
autores y el lugar en que lo afirman. Pueden verse, por vía de ejem
plo, Riber, Papini, Butti, Gilson, Rauschen, Poujulat, etc.
2
rraga, 6.
fi
La teoría de los dos amores como móviles de las potencias hu
manas es ya tema tr i l lado en los escri tos del Doctor de la Gra
cia \ Y éste es precis ame nte el tema cen tral de la obra .
S in quere r se r más agus t in i s tas que Agus t ín , d i remos que
el saqueo y asolamiento de Roma no fué más que una circuns
t anc ia h i s tó r ica que p rov idenc ia lmente ha l ló un in té rpre te . Creo
bien fundado que esta coyuntura fué una estratagema de la
Providenc ia para dar a l mundo una obra de l es t i lo de és ta .
San Agus t ín , amigo s iempre de buscar l a Prov idenc ia como rec
tora de todo, hasta de «la al i ta del ave y de la f loreci l la de la
h ie rba»
(De civ. Dei
magnum
( ibid. , I pref .) como hechura de un acaso, s ino
como creación providencial . Y así fué. San Agustín coloca su
obra a los pies de la Providencia, y toda el la es eso, un cán
t ico a la Providencia.
« D E U R B I S E X C I D I O » , O LA M AQ U E TA D E L A « C I U D A D D E D I O S »
El l amento de Roma se oyó en Hipona . E l mundo c iv i l i za
do tembló un ins tan te an te e l g r i to desgar rador de l a domina
dora de pueblos . Ala r ico , con su hues te aguer r ida , hab ía sem
brado e l t e r ror en l as a lmas . También en Hipona e l humi lde
Obispo escuchaba las zah i r ien tes pa labras l anzadas con t ra l a
rel igión crist iana. Agustín seguía al detal le el gran aconteci-
inicnio. Día Iras día, cuando la ocasión se presentaba, subía
a la cátedra sagrada para alentar a los afl igidos y deshacer las
angus t ias .
De todas partes se oían estos gri tos. Dicunl de Christo nos-
tro
—dice Agu stín con un acento de me lanc olía—
quod ipse Ro-
mam perdiderit (Serm. 105 ,12) . Se que ja Agus t ín desde e l pu l
pi to . Quizá las l ágr imas cor r ie ron más de una vez por sus
mej i l l as . Ahí veis, dicen, que perece Rom a en los tiempos cris
tianos (Serm.
81 ,9) . El Obispo en quien no hab ía «fibra cór-
nea»-^-como él mismo dirá en carta a Darío
(Epist.
podía permanecer inactivo ante esta invectiva de los paganos.
Y a otras veces habí a sal ido al pas o a tales objeciones. «M uchos
paganos nos ob je tan : ¿Para qué v ino Cr i s to y qué provecho ha
t ra ído a l género humano? ¿Acaso desde que v ino Cr i s to no
van las cosas de mal en peor que antes de venir El? Antes de
su venida eran los hombres más fel ices que ahora. . . Han caído
por t ierra los teatros, los circos y los anfi teatros. Nada bueno
ha t ra ído Cr i s to ; só lo ca lamidades ha t ra ído Cr i s to .
»Y comienzas a explicarles a los que así objetan los bienes
'
Voeuvre de Saint Augustin: «Etudes Agustiniennes» (París 1953)
p.97-160; también cf. A. LAURAS,
Deux cites, Jérusalem et Baby-
lone:
INTRODUCCIÓN GENtRAL
la predicación del Evangelio, y no saben lo que dices. No per
cibes los bienes de Cristo; eres un ciego»
(En. in Ps.
Ahora asciende a la cátedra «abrumado del peso de una
gran responsa b i l idad h i s tó r ica» (Cabo ) . Pronu nc ia e l se rmón
De urbis excidio, uno de los má s patét icos y má s emo cionantes
que han oído los siglos. En él se desborda el Agustín de la re
tórica y burbujea el Agustín del amor. Horrenda nobis nuntiata
sunl—les dice a sus hipo nens es— , strages facía, incendia, rapi-
nae, inlerfecliones, excruciationes hominu m. Verum est, multa
audivimus, omnia gemuimus, saepe flevimus, vix consolati su-
mus; non abnuo, non negó multa nos audisse, multa in illa urbe
esse commissa ( ibid. , 2,3 ) . Fué tal la depre sión que causó este
acontecimiento en el Obispo, que determinó desarrol lar este pro
grama, ya t razado , en una obra . De urbis excidio es la Ciudad
de Dios en pequeño; es , d i r í amos mejor , l a maque ta de la Ciu
dad de Dios; es «un esbozo poten te, color ido, dram ático , de las
respue stas de Agustín» \ En este célebre discurso se hal lan en
compr imidos l as g randes ideas que se desar ro l lan a t ravés de
los 22 l ibros de la Ciudad de Dios. «En es ta homi l ía De urbis
excidio—escribe Lore nzo Rib er— está en germ en la Ciudad de
Dios, como en el grano vigi la y al ienta el árbol en que se po
sarán y anid ará n las aves del cielo» ° .
Los graves problemas que se abordan en esta famosísima
homilía son los mismos que más tarde resonarán desde la tr ibu
na de la Historia. Dios cast iga con frecuencia á justos y a peca
dores , a unos para p robac ión y a o t ros para cas t igo ; pero Dios
s iempre es jus to . Recur re a l as Escr i tu ras . Ana l iza los e jemplos
de Job, de Abrahán, de Daniel , de Noé. Hace otras mil y mil pi
rue tas re tó r icas con a rgumentos p iadosos y c rudos en su mayor
parte. Acude, por f in, al modelo, a Cristo, como recurso máximo
del sufrimiento paciente. Quod passa est universa illa civitas,
passus est. unus. Sed videte quis unus: Rex regum et Dominus
domina ntium, comprehe nsus, vinctus, flagellatus, contum eliis
ómnibu s agitatus, ligno suspens us et fixus, occisus. Appen de
cuín Christo Romam, appende cum Christo totam terram, appen
de cum Christo coelum et terram: nihil creatum cum Creatore
pensatur, nulliim opus artifici compa ratur ( ibid. , 8,9 ) . Agu stín
lo concluye exhortando a la paciencia para conseguir la paz,
la ornnium rerum tranquilinas ordinis (De civ. Dei X I X 1 3 ) ,
el reposo de eternidad, donde descansaremos y contemplare
mos; contemplaremos y amaremos; ama remos y alabaremos
( ib id . , XXII 30) .
" h.
RIBKK, '
I (Barcelona 1953) p.LII.
PLAN DE LA OBRA Y SU REALIZACIÓN
Es incom pren sible que una o bra como> esta de la Ciudad
de Dios se rea l iza ra s in un p lan prede te rminado . ¿Ser ía suf i
ciente para pensar esto las digresiones y el—en cierto modo—
desorden? És tos hechos son innegables . Pero es to no qu ie re
decir que el plan no estuviera ya ideado; esto significaría que
el plan queda por rel lenar, en esqueleto, y que el recurso his
tórico vendría a cubrir las lagunas de la intel igencia.
Agustín tenía un plan de la obra
6
. Su preocupación ince
sante por ponerlo en evidencia nos autoriza para pensar en la
ra igambre esp i r i tua l que es ta obra hab ía adqui r ido en su se r
más ín t imo. Agus t ín resume es te p royec to en l as Retractationes
(II c .43) : Esta gran ob ra, po r f in, quedó ter min ada en 22 l i
b r o s . De éstos, los cinco primeros son la refutación de los que
consideran necesario el culto de muchos dioses para la pros
peridad de las cosas humanas. Los otros cinco van contra. . . los
que sost ienen que el culto que ofrecen de por vida a muchos
dioses después de la muerte les reportará provecho. Mas redu
cir la obra a la parte negativa no sería construcción. Los doce
libros que siguen son una corroboración de las afirmaciones
propias . Los cua t ro p r imeros t ra tan de los o r ígenes de l as dos
ciudades. Los cuatro segundos tocan su proceso o desarrol lo,
y los cuatro restantes, que son los úl t imos, las contornean y en
cierran en sus l ímites.
S in embargo , Agus t ín adv ie r te : «Donde hay neces idad , t am
bién en los diez primeros nos afirmamos en nuestra posición,
y en los doce posteriores atacamos la contraria».
Es cierto que este plan estaba reconstruido a posteriori, es
decir , sobre la base ya escri ta de la obra. Bastaría esto para
asegurarnos en nues t ra pos ic ión . S in embargo , se hace no ta r a
lo largo de los escri tos de Agustín.
Suponer que la obra fuera sis temática es imaginarse un
absurdo, dado que esto queda fuera del margen de todo escri to
con tendenc ia marcadamente h i s tó r ica . Amén de que l as p re
ocupac iones y ocupac iones que embargaban e l án imo de l Obis
po durante los trece años que duró la composición eran asaz
apremian tes para d i r ig i r l a mi rada de su mente a es te punto
con exclusividad. Por otra parte, Agustín, s iempre f iel y orde
n a d o , no fué un r ígido aferrado a las quaestiones y quaes-
tiunculae.
Retractationes
* P. DE
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(París 1947) II p.615. Cf. también U. ALVAREZ DIEZ, La «Ciudad de
Dios* y su arquitectura interna: «I<a Ciudad de Dios», núm . ex tr.,
I vol.r67 p.65-116.
INTRODUCCIÓN GENERAL
Epístola ad Firmum casi en idén t icos t é rminos '. En e l la hab la
de
la
división
al
en
códices
m a n e j a b l e s , y sigue la misma ind icac ión que en las Retrac-
tationes.
el
de la
misma obra . En el p r ó l o g o al l ib ro pr imero nos da en síntesis
e l p lan y el m o t i v o : « T r a t a r é de las dos c iudades , en cuan to el
p l a n
esto hab ría suficiente
p a r a c o n j e t u r a r y discur r i r l ib remente , pero son m u c h o s los
pasa jes en que recalca su propós i to (cf. II 1; III 1; IV 1 y 2;
V I
X V I I I
1; XIX 1). San
no
q u e r í a ser infiel a aque l suscepi, que parece echar sobre sus
h o m b r o s el peso enorme de una humanidad decadente . S iempre
a l u d e
al in
quantum possum,
(cf. I pref.;
I I 9; II I 4; V 26,2; VI 12; VI I pref.; I X 4,2; 23,3; 27;
X 32 ,4) . Agus t ín se sentía inferior , inferior en t i empo, ca rec ía
de él, y no confiaba ni en las fuerzas f ísicas de su sa lud ni en
sus fuerzas morales, como
empeño .
La obra es su obra maes t ra y el magnum et arduum opus.
La rea l izac ión del plan adquie re p roporc iones g igan tescas .
«La concepc ión—escr ibe Quei ro lo—es d igna de D a n t e , y la eje
cuc ión , como para honrar
a
majes tuo
sa s las p i e d r a s de esta vieja si l ler ía . Bri l la en e l las el aspecto
a t rev ido , t r ág ico , imponente , del pensamien to profundo y tier
no . El
esti lo
senc i l lo , humor í s t i co
a
y
duro
a ra tos . Pero se acusa en la o b r a un o r d e n que r e m a t a en
desorden.
DE UN
C I E N T Í F I C O
Es jus to cons ta ta r aqu í un hecho que no se ocul ta a ningún
lector
Es su
a p a r e n t e d e s o r d e n " .
Se lamentaba un in te lec tua l , a la vista de es ta obra c o losa l :
— ¡ S i se p u d i e r a dar un orden nuevo a la Ciudad de Dios
— S e r í a — l e r e p l i q u é — d e s a r t i c u l a r la obra .
A sí
es. La
Ciudad de Dios prec i samente
p o r ese pretendido defecto y con él; de lo cont ra r io , se r ía una
Suma, y las Sumas no son para muchos lec tores .
Con todo,
la
causa
de
e l lo . Resu l ta
p a r a d ó j i c o que una obra con un programa b ien def in ido , como
es ésta, se ejecute sin orden . No va le con je tura r o hacer h ipó
tesis .
La
facticidad
es
p a l m a r i a . A g u s t í n e m p l e a
en su
compo-
7
Vid. C. LAMBOT, Lettre inédite de Saint Augu stln relative au
«De clvitate Deh: «Revue Benedictine», LI (1939) p. 109-121-'
*
*
Cf. D E L A B R I O L L E , O . C ,
p . 6 1 4 .
s ic ión t rece años . ¿Puede
un
h o m b r e m a n t e n e r
su
pensamien to
fi jo y estrechado por el m a r c o i m p l a c a b l e de una idea duran te
tan to t i empo, s i endo tan t í s imos los quehaceres que le asedian
y r e c l a m a n ?
Es el
es el
orácu lo
de la
y la
creencias
se
impone .
A q u í y a l lá d i r ime las cont iendas . Convoca s ínodos , p red ica ,
ora, funda y t r aba ja , todo con una actividad est i lo siglo XX.
Donat i s tas , pe lag ianos , maniqueos , a r r íanos , todos e ran cerce
n a d o s por la aguda segur del H i p o n e n s e . Y, sin embargo , Agus
t ín p roseguía su magna empresa .
Aún ten ía o t ra p reocupac ión más concre ta : l l evar la paz
a los esp í r i tus . Y «como no se veía constreñido a r e m a t a r su
obra
y
espír i
tus,
él a b o r d a de paso todas las cuest iones que sab ía p reocu pa
b a n a sus contemporáneos»
10
no
lo
exigía
su
propós i to .
Se dirá que pretendo just if icar lo injust if icable. No. Esta
p o s t u r a es sostenible por sí m i s m a . M a r r o u ", en un pr inc ip io ,
ex t remó
a los
compos ic ión
de la Ciudad de Dios, juzga el plan comple jo y enredado, dif í
ci l de e n t e n d e r ; le t acha de confundi r los t e m a s y de mezcla r
CUCHI
iones
y
pone
en
evidencia
sus
muchas d igres iones . Cie r to
qu o no puedo onli iuso en cri t ica de él, pues to que ya él m i s m o
en su Retractado, inse r tada al final de la obra , mi t igó grande
mente
su
y
mezcla de p r o b l e m a s se mues t ra Ronde t '
2
, refir iéndose a la re
t r ac tac ión de M a r r o u . Sin e m b a r g o , h e m o s de dec i r que las
digresiones t ienen
sas.
Dan a la o b r a ese co lor ido que t r a s p a s a los es t rechos mar
co s de la pura h i s to r ia .
Además , todo induce a creer que ese aparen te desorden se
desvanece al a n a l i z a r los pasa jes uno a uno. Tal vez no sea
falta
de
Me
fundo al decir esto en que él mismo reconoce «que es necesario
a b u n d a r en p a l a b r a s aun en las cosas claras, como si las p r o p u
s ié ramos
a los que
a n d a n a t i en tas y a ojos ce r rados para que las toquen de a lgún
m o d o » (De civ. Dei II 1). Unas l íneas an tes , d i r ig iéndose a
M a r c e l i n o ,
a
:
«El es t ragado sen t ido del h o m b r e que osa oponerse a la
verdad evidente hace necesario el emplear muchas razones» .
10
DE
LABRIOLLE,
l.c.
11
MARROU, Saint Augustin et la Jin de la mlture anlique (Pa
rís
1949)
p.ósss.
12
( P a r í s
1950) p . 6 1 9 - 6 2 1 .
INTRODUCCIÓN GENERA],
Agustín es consciente de todo el lo. Sabe mejor que nosotros en
qué circunstancias escribe y en qué ambiente se leen sus obras.
El mismo advierte que, al dar al público los tres primeros l i
b r o s , oyó que a lgu ien p repa raba una rép l ica con t ra e l los . «A és
tos—dice—les aconsejo que no deseen lo que no les conviene.
Es fáci l que al que no quiere cal lar le parezca que ha respon
dido» ( ibid. , V 26,2) . Es consciente también de que deja muchos
puntos por tocar , pe ro su p ropós i to no es so luc ionar lo todo .
«Para dar solución, como lo exige la presente obra, a esta pre
gunta, que incluye otras muchas. . . , me detuve un poco, en espe
cial para consolar a las santas y piadosamente castas mujeres,
en las que el enemigo perpetró violencia, last imando su pu
dor». . . ( ibid. , II 2) . Siempre salva su f inal idad propia.
La obra en sí , su composición, no es acomodada al gusto
moderno . No es e l desa l iño l i t e ra r io , como qu ie re De La-
briol le, lo que da a la obra ese resabio antimodernista; es la
profundidad de su pensamien to y l a rad ica l idad en la so luc ión
de los p rob lemas . «Los hombres de hoy—dice un gran escr i
tor—ya no la leen, y se comprende por qué. Es un palacio del
pensamien to cons t ru ido con b loques de s i l l e r ía , y los modernos
prefieren las casas de cemen to arm ado , ¡est i lo 900 » " La Ciu
dad de Dios no se lee porque los hombres se han creído autosu-
ficientes para la consti tución del Estado. Con una agravante,
que la Iglesia t iene que hacerse su vida entre los reinos, y los
re inos no co laboran con e l la para fo rmar e l g ran re ino .
Hoy se lee más y con mayor fruición las Confesiones. Es un
l ib ro que es tá más a i a lcance de nues t ro t i empo. E l ind iv iduo ,
concreto, hoy ha l legado a ser el «non plus ul tra» del saber.
Pero no se repara en que la divinización del individuo, diga
mos más concre tamente , de l yo , es una utopía. El individuo es
algo en relación con los demás, con la sociedad. Es verdad que
la soc iedad , l a comunidad , se compone de ind iv iduos ; pe ro e l
individuo sin la sociedad es impotente, insuficiente, anémico.
El crist ianismo se hizo cargo de esta verdad. Fué y sigue
siendo un fenómeno esencialm ente social " . El individ uo, den
t ro de es ta comunidad , tiene que perder su alma para salvar
se (Mt. 10,39; lo. 12,25). A la vez, en esta nueva economía, el
individuo pasa a ocupar un puesto de honor, en el sentido de
que será todo lo que es esa sociedad, la Iglesia; será, como
la Iglesia, «templo del Espír i tu Santo». Se revaloriza, pero sólo
secundariamente. Esto quiere decir que corre los r iesgos de la
13
,4
h.
BOUYER,
Christianisme el eschatologie: «La Vie Intellec-
tuelle», 16 (1948) 6-38; G. Tuuio, Cristo e la storia (Rom a 1950) ;
BUTTERMELD,
caciones más recientes.
E S T R U C T U R A I N T B R N A D E L A « C I U D A D D E D I O S » - %%
Ecclesia y que su valor pen de del mayor o me nor prog reso de
la Iglesia.
Desde este punto de vista diremos aue la Ciudad de Dios es
más crist iana, más catól ica, s i cabe hablar así , que las
Confe
siones. Esta, la personif icación del individuo , es una consecuen
cia del movimiento y de los eventos de aquélla. La Ciudad de
Dios es la primera hermenéutica de la historia de la Iglesia, es
el complemento de los Hechos de los Apóstoles. Este comple
mento abarca dos grandes épocas , l a p rec r i s t i ana , i s rae l í t i ca y
profana , y l a pos te r i s t i ana .
Ahora es fác i l una mi rada re t rospec t iva . E l o rden es mara
vil loso bajo la acción de la Providencia. Lo social es el centro
de la obra. Mas. como los modernos t ienden a invert ir el orden
de valores, de ahí que en la Ciudad de Dios sea, para ellos, fla
grante el desorden. La razón es que lanza una pedrada a su
rostro al ponerles ante los ojos la esencia vieja del crist ianismo
eterno. Por eso no la leen, no porque les estomague, sino por
que no les interes a. ~
E L L I B R O - F L O R E S T A
L a Ciudad de Dios, desde su aparición, ha l lamado la aten
ción rn (-1 mundo de los estudiosos. Este ejemplar de la cultura
i inl i inin es el vehículo del saber pasado. Por el la conocemos
libros de los que hoy no existe más que el nombre; en el la se
condensa la ciencia anticua, la f i losofía histórica; el la contiene
un repertorio acabado de cantos poéticos v mitológicos, y el la
es una biblioteca de historia. La Ciudad de Dios es el mejor
museo para los anticuarios de la cultura. «La obra excede cier
t amente a todas l as o t ras por l a var iedad , por l a mul t ip l i c idad
y por l a ampl i tud de los a rgumentos ; por l a e rud ic ión h i s tó r ica
y científ ica; por la magnificencia del est i lo; por la robustez,
agudeza y f inura de los razonamientos; es el «Capolavoro», no
para el vulgo, s ino para los pensadores y buscadores de las
más al tas v más sublimes razones que tornan persuasiva v bella
la fe cristiana» '*.
Nos marav i l l a f recuentemente e l con t inuo desp l iegue de da
tos y de notas. Nos extraña la preparación tan detal lada del
compositor de esta gran obra. Agustín resumió en el la los pun
tos esenciales de su universalidad doctr inal . Sin t iempo, s iem
pre agitado v siempre activo, dio al mundo la más sensacional
de las sorpresas.
Se piensa muy poco en lo que una obra de esta envergadura
signif icaba en aquellos días. Agustín no era el hombre de f iche
ro de nuestro t iempo. Los l ibros se leían una vez y desapare-
" CAMILO BUTTI, La mente, di S. Agostlno nella Citta di fíio (Pi-
renze 1930) p.20.
INTRODUCCIÓN GENERAL
cían. El coste de copiarlos no era sostenible por cualquiera. En
una pa labra , e l ún ico recurso de t raba jo e ra l a p rop ia hab i l i
dad, el propio talento. San Agustín demostró una vez más que
poseía todas estas cualidades, y en grado sumo, al legarnos y
sintet izarnos en esta obra las grandes corrientes del pensamien
to con temporáneo suyo . Nosot ros ahora desar t i cu lamos la Ciu
dad de Dios y hallamos que es apología de la rel igión, enciclo
pedia de la cultura antigua, censo de herej ías, «hermenéutica»
de la historia e historia de la filosofía. Todo en ella con esa
trabazón lógica, con ese sentido l i terario de la estét ica, con ese
ri tmo poético que hace de las obras del Divino Africano, como
lo l lama Lope de Vega, el recurso de nuestras inquietas intel i
gencias.
Estas ideas han pasado a ser ya tópicos y lugares comunes.
Macedonio, en la carta 154, ci tada por los Maurinos, le escribe
a Agustín luego de haber leído los l ibros de la Ciudad de Dios:
«Es toy marav i l l ado en grado super la t ivo de tu saber . Es t a l
la agudeza, la ciencia y santidad que encierran los l ibros que
publ icas te , que no hay qu ien los supere» . Y añade más es tupe
fac to aún : «Desp legué tus l ib ros , l es echaron mano y , de jando
todas l as o t ras p reocupac iones , se impl ica ron en su l ec tu ra , de
suerte que pido a Dios ayuda para sal ir de este aprieto, porque
no sé qué admirar más en el los, s i la perfección del sacerdocio,
o los dogmas de la f i losofía, o los conocimientos históricos, o la
jocundidad del lenguaje, que es capaz de agradar tanto a los
indoctos que no desisten hasta haberlos explicado, y, una vez
explicados, corren de nuevo a seguir buscando». Toda su época
se hizo eco de estas admiraciones. Pablo Orosio, Casiodoro, etc.
La obra no ha perd ido aún nad a de su prof und idad . «Difíci l
mente—escr ibe De Labr io l l e—se ha l la rá una obra más ampl ia
y más r ica en ideas que la Ciudad de Dios. Desde el 412 al 426,
este l ibro, que en su origen no era más que un escri to de cir
cuns tanc ias o de po lémica , se ha desar ro l lado has ta se r una
potente síntesis doctr inal en que t iene cabida toda la historia
de la humanidad, todo el s istema de las creencias cris t ianas,
todo el drama del gran espectáculo que nos pone ante la vista
la lucha secular de la «Ciudad de Dios» contra la «Ciudad te
rrena» hasta la apoteosis f inal de la una y la entrada de la otra
en los abismos infernales»
. La ci ta, aunque larga, nos pa
tentiza la profunda impresión que causa la obra en el lector .
Es un torbell ino de ideas, al que se le arr ima el foco de una
in te l igenc ia p r iv i leg iada . Ot ro agus t inó logo de l s ig lo pasado
escr ibe : «La Ciudad de Dios es un monum ento marav i l loso por
la novedad, la sublimidad y la extensión de la concepción, por
la abundancia, de hechos y de ideas. Antes de San Agustín,
16
DE L-ABRIOLLE, l.c.
LA «C. DE DIO S», APOLOGÍA DE LA RELIGIÓN 1 3
n ingún gen io hab ía v i s to t an b ien y tan sub l imemente t an tas
cosas. La Ciudad de Dios es como la enciclopedia del s iglo v;
comprende todas l as épocas y todas l as cues t iones y responde
a todas. Es el poema crist iano de nuestro dest ino en relación
con nuestro origen y con nuestro úl t imo fin» " . Sería desvirtuar
el valor de la obra hacer aquí un panegírico de la misma. Baste
para conc lu i r es te apar tado c i ta r l as pa labras de un a rd ien te
amante y conocedor de San Agus t ín . Dice as í : «El l ib ro es
teología, f ilosofía, p olí t ica, apo logétic a e histo ria. Una s veces
el autor es expositor , otras didáctico, otras l í r ico y siempre
fi lósofo, que se remonta en el orden de las causas hasta encon
t rar la mano de Dios. Pero es, sobre todo, teólogo l leno de pro
fundidad, por donde corre la vena cal iente de su vida intensa
mente afect iva. . . La «Ciudad de Dios» es la primera tentat iva
humana por hacer f i losofía de la Historia. Es apologética y es
cán t ico dogmát ico»
1S
LA RELIGIÓN
La polémica nació en los primeros siglos del crist ianismo.
Los paganos lanzaban sus diatr ibas contra la rel igión crist ia
na porque ésta se oponía a todo cuanto en el los había de más
valioso. El cris t ianismo fué un tornar las cosas al revés, fué
un radicalismo míst ico, pero real ; radical ismo que se reflejó
en la cultura y, sobre todo, en la moral . Lo que el mundo,
aque l mundo por e l que Cr i s to no rogaba , ponía en pr imer
p lano , quedó pos te rgado por l a fuerza avasa l ladora de es ta
nueva rea l idad . Donde e l mundo asen taba e l pabe l lón de la
soberbia y del poder, Cristo f i jó la bandera de la humildad
y de l a se rv idumbre . Es te e ra , pa ra e l mundo gr iego pr inc ipa l
mente, una bofetada en el orgullo científico. La filosofía, el
gnos t ic i smo, sa l ió a l a pa les t ra e l p r imero para enf ren ta rse
con esta nueva f i losofía. Acusa al cr is t ianismo de ateísmo:
«Sólo c reen en un Dios los c r i s t i anos» ; de an t ropomorf i smo:
«Dios habitó entre nosotros, el Verbo se hizo carne» ( lo.
1,14).
Agus t ín dará luego cuenta de es tas impos turas . Pero an tes
que él se encargaron de hacerlo el intrépido f i lósofo y apo-
17
a
Agustín (Bilbao 1944) p.ios.
INTRODUCCIÓN GENERAL
l o g e t a S a n J u s t i n o ' , A t e n á g o r a s
a
y Teóf i lo de Ant ioqu ía ' .
La f i losofía no tardó en convert irse en polí t ica. El cr is t ia
nismo ahora se presentaba ya como enemigo del estado, de la
república. La teología polí t ica, civi l , con sus divinidades y mi
tologías, no se al lanaba a la creencia de un solo Dios. Los
dioses estatales se derrumbaban ante el único Dios de los cris
t ianos. Tertul iano, en el 1*57, t raslada la controversia del cam
po fi losófico al jurídico. El argumento de prescripción, o sea,
estamos en posesión de la verdad, probad vosotros, surge como
neces idad de todo lo verdadero . Los opúscu los
Ad nationes
y el
Apologeticum
son una retorsió n fogosa y violen ta de los argu
mentos paganos .
Pero aun la con t rovers ia p resen ta una nueva fase . E l mundo
pagano siente el vért igo de su f in. La Roma decadente, el Impe
r io , se derrumba y crece de nuevo la agitación de las mentes
contra los crist ianos. Y ahora, ante esta perspectiva, sale otro
nuevo pa lad ín de l nombre de Cr i s to : San Agus t ín . Las acusa
ciones, que se amontonaban, provenían tanto del sector inte
lectual como del vulgo. «Falta la l luvia, la causa es de los cris
t ianos»
(De civ. Dei
I I 3 ) . Has ta aqu í l l egaba l a insensa tez
de la plebe. Cristo es la causa de todos los males ( ibid. , I 3) .
Agustín, ante esta insistencia quejumbrosa, se lanza al campo
de ba ta l l a . «Y lo que comenzó s iendo una acusac ión lanzada
a la frente del paganismo, l legó a ser una de las más acabadas
apolog ías de l c r i s t i an i smo»
4
San Agustín pisaba terreno f irme. No eran comparables sus
enemigos a su temperamento. El Dios uno es el arnés con aue
acomete a toda esa pléyade de falsas divinidades que asedian
las mentes y cautivan los corazones de los romanos. Son incon
tables las veces que Agustín repite, a lo largo, sobre todo, de
los diez primeros l ibros, la expresión
unus verus Deus.
Dir ía
mos que ésta era su obsesión. Y se comprende. Ante el poli teís
mo degradante de l mundo pagano no hab ía o t ro camino de
salvación que éste. Desde el primer momento, Agustín se si túa
en su puesto y, como niño travieso, comienza lanzando piedras
al tejado ajeno, y, al f in, de una pedrada derroca los templos
de los simulacros. Emplea a veces un lenguaje duro, fuerte,
fust igante. Se nota en él la herida que le ha causado la profa
nac ión de l nombre de Cr i s to .
En e l l ib ro pr imero reseña los b ienes que los bárbaros p ro
digaron a los romanos por honor y respe to a l nombre de
Cr i s to . ¡Cuántas v idas perdo nada s ¡Cuántas cons iderac iones ,
con t ra todo est i lo bé l ico , gua rdad as ¡Cuántos que ahora e jer -
1
Apologías:
8
' B. CABO, l.c.
citan sus pérfidas lenguas contra el nombre de Cristo—dice
Agustín—hallaron su vida en este refugio sagrado, en los
sacros recintos de los tem plo s ( ibid. , I 1) . Men ciona todo s
los beneficios que los godos en el úl t imo saqueo de Roma
hic ie ron , y luego añade : «Es to debe se r a t r ibu ido a los t i em
pos crist ianos y al nombre de Cristo. Quien no ve esto, está
ciego; el que lo ve y no lo alaba, es ingrato; y el que resiste
al que lo alaba, es imbécil» ( ibid. , I 7) . Os fal ta lógica—pa
rece dec i r les—; los males los a t r ibu ís a l nombre de Cr i s to ,
cuando en rea l idad deb ie ra i s—si pensase i s con más cordura—
atribuir los trabajos y durezas que os han infl igido los ene
migos a l a d iv ina Prov idenc ia , que sue le cor reg i r y ac r i so la r
con las guer ras l as depravadas cos tumbres de los hombres»
( ib id ., I I ) .
La historia se encarga ahora de rel lenar las lagunas y las
afirmaciones. La nulidad de los dioses, más aún, la nocividad,
queda pa lmar ia an te los hechos que ev idenc ia l a h i s to r ia .
Agustín se avergüenza de ci tar tantos test imonios, y se aver
güenza por la proli j idad del discurso, no por la soberbia des
fachatez de los mismos ( ibid. , VII 21). Único es el Dios que
debe ser adorado, al que se debe culto, tanto por los bienes de
osla vida como por la vida fel iz que ha de seguir a la muerte.
San Agustín no aparta nunca la vista de esta f inalidad que
lleva ln primera parle de apología de la rel igión. Uno y otro
i irn | iósi lo lo reci ieidn en el úl t imo capítulo del l ibro V y del X.
V N¡t ' i i ipie concluirá con que el «premio de estas obras es la
fel icidad eterna, cuyo dador es el Dios uno, que la da a solos
los piadosos» ( ibid. , V 26.1) .
LA LÓGICA SE IMPONE
Es marav i l loso as i s t i r a l de r rocamien to de los va lo res pa
ganos por l a lóg ica implacab le de Agus t ín . Ante su t r ibuna l
pasan las mitolog ías, la histo ria, las leyendas, la f ilosofía,
todo .
Y é l , como juez imparc ia l , aprueba y reprueba , movido
más por l a verdad que por e l capr icho . Podr íamos ap l ica r le
lo que él dice de Porfir io cuando habla de lo que corrigió de
las doc t r inas de P la tón : «Antepone a l hombre la verdad»
(ibid. , X 30). Es cierto que en muchas ocasiones se deja l levar
de su celo y r idiculiza, cuanto puede, todo lo que le viene
a la recordac ión» .
Veamos una de esas d ia t r ibas que Agus t ín p ropone tan
f recuen temente . Habla Agus t ín sobre l a e recc ión de l t emplo
de la Concord ia : «¿Qué razones a legan para que la Concor
dia sea diosa y no lo sea la Discordia, buena aquélla, según
la d i s t inc ión de Labeón , y mala és ta? Ni me parece gu iado
INTRODUCCIÓN GENERA ,
sa Fiebre y otro a la Salud. Para ser consecuentes debieron
dedicarlo no sólo a la Concordia, s ino también a la Discordia.
Fué un r iesgo querer vivir los romanos bajo el enojo de una
diosa tan mala, y no se acordaron que una ofensa hecha a el la
dio origen a la destrucción de Troya. . . Con nuestras r isas de
ta les van idades se es tomagan los doc tos y sab ios ; s in embargo ,
los adoradores de las d iv in idades buenas y de las malas no
dejan de entre las manos este di lema de la Concordia y de la
Discordia: o se olvidaran del culto de estas diosas y ante
pusieran a el las a Fiebre y a Belona, a las cuales construyeron
Jos an t iguos templos ; o l es r ind ie ran cu l to cuando , re t i rándose
la Concordia, los condujo la sañuda Discordia hasta las gue
rras civi les» ( ibid. , III 25). Querer edif icar y hacer diosas a
todas las potencias, es un absurdo. Pero, s i esto lo es y si el
deseo cunde por todo, se precisa lógica, y la lógica conducirá
a consecuenc ias aún más absurdas .
E l mismo prob lema presen ta Agus t ín a l hab la r de la Fe l i
cidad, la Virtud, la Fe, diosas que los romanos no han creído
dignas de ser colocadas entre los dioses selectos. ¿Por qué se
la cons t i tuyó tan ta rde d iosa? ¿No bas taba e l l a so la? , p re
gunta el gran apologista. «¿Qué signif ica que el Imperio ro
mano a lcanzaba ya ampl ias d imens iones , cuando nad ie aún
adora ba la Fe l ic id ad? ¿Acaso fué por eso e l imper io m ás
vasto que fel iz? Pero, aun después de admitida la Felicidad
en el número de los dioses, s iguió la grande infel icidad de las
guerras civiles. ¿Acaso se indignó la Felicidad porque la in
vitaron tan tarde, y no para honor, s ino para afrenta, ado
rando con e l la a Pr íapo y a Cloac ina , y a Pavor y a Pa lor ,
y a F iebre , no d iv in idades a l as que cumpl ía adorar , s ino
be l laquer ías de los adoradores?» ( ib id . , IV 23 ,2) . La lóg ica
se impone. La Felicidad es la única que puede hacer fel ices,
y, s in embargo, después de rendir le culto, s iguió la infel icidad,
infel icidad de guerras intest inas, fuera y dentro del Imperio.
* E l g ran Obispo de Hipon a pru eba l a impotenc ia de l as
divinidades por la distr ibución de oficios y deberes que les han
confiado. Es curioso el detal lado análisis que exhibe Agustín
de los dioses que cooperan a la procreación de los hi jos. Hace
el recuento de todos el los y la incumbencia de cada uno,
y añade : «Presenc ian e l ac to conyuga l l a d iosa Vi rg inense , e l
d ios padre Subigo , l a d iosa madre Prema, y l a d iosa Per tunda ,
y Venus y Príapo. ¿Qué signif ica esto? Si era menester al
hombre que t raba jaba en aque l la empresa la ayuda de los d io
ses, ¿no bas ta ra a lguno o a lguna de e l los? . . . S i hay vergüenza
en los hombres, que no hay en los dioses, ¿por ventura a los
casados, cuando advierten que presencian el acto tantos dioses
de uno y otro sexo que los inst igan al acto, no les saldrán los
colores a la cara, de suerte que él se mueva menos y el la
LA nC. DE DIO S», APOLOGÍA DE LA RELIGIÓ N 1 7
ofrezca más resistencia? Si se hal lan al l í todos los enume
rados , ¿qué pape l desar ro l l a l a d iosa Per tunda? Enro jezca
de vergüenza y sa lga fuera . Haga también a lgo e l mar ido»
(ibid. , VI 9,3) . En realidad, cada capítulo de los diez primeros
l ibros es un muestrario de la lógica de las conclusiones.
Agus t ín o f rece dos a rgumentos p r inc ipa les : e l a rgumento
q u e h o y l l a m a r í a m o s
ad hominem
ad absurdum,
ad ridiculum.
Tam bién Agus t ín es sa rcás t ico , y r id icu l iza cuan
do la gloria de Dios así lo exige. Usa de todos los medios a su
alcance, porque, como dice ya al f inal del l ibro X, «a los que
no creen sobre la rect i tud de esta verdad a las Sagradas Letras,
y , por t an to , no las en t ienden , puedo combat i r los , pero no pue
do avasa l la r los» ( ib id . , X 32 ,3) . Una vez más , Agus t ín se
s ien te pa te rna lmente acongojado . Ha l l egado a sus o ídos que
a lgu ien es tá p reparando una rép l ica con t ra los l ib ros por é l
escri tos. La vanidad es muy atrevida. Agustín se ere? seguro
de sí mismo y cree desbaratadas todas las razones que puedan
oponérse le . «Ponderen—dice—todas las cosas con de tenc ión .
Y s i , qu izá juzgando s in parc ia l idad , l e s pa rec ie re que l as
cosas son tales que pueden ser más bien baratadas que des
bara tadas con su desvergonzadís ima char la taner ía y con su
ligereza casi sat ír ica o mímica, pongan freno a sus fr ivolida
des y escojan antes ser corregidos por los prudentes que ser
l i l i ibndos por los imprudentes» ( ibid. , V 26,2) . Agustín siente
mi Nii l iciencia ante la insiüoiencia burlona del vulgo y de la
a l t a soc iedad , reba jada
yu
r
i r todo s los par t i cu la res . Ha que
dado sat isfecho de su obra, y no por soberbia, s ino por gracia
de Dios. Dios es invocado por él en los trances angustiosos.
Y Dios es nues t ro ayudador—dirá cuando a l p r inc ip io de l a
obra se siente desfal lecer ( ibid. , I pref .) .
No puede pasar en este apartado, como algo sin interés, el
famoso a rgumento que Agus t ín esgr ime cuando hab la de los
juegos escénicos y de los representantes o actores de los mis
mos. La cuest ión se debate entre los griegos y los romanos.
El «dialéct ico de la inmanencia» resuelve la cuestión con una
argumentac ión s i log í s t i ca fác i l , senc i l l a , pe ro impres ionante
y avasa l ladora . «Los g r iegos p iensan que hacen b ien en honrar
a los hombres de teatro, porque r inden culto a los dioses que
piden juegos escén icos . Y los romanos , en cambio , no permi
ten que de la t ropa histr iónica padezca desdoro aun la t r ibu
plebeya, cuanto menos la curia senatorial . En tal desavenencia
resue lve la cues t ión es te a rgumento . Los g r iegos p roponen:
Si se ha de dar culto a tales dioses, s in duda han de ser hon
rados también ta les hombres . Resumen los romanos : Es as í
que en modo a lguno deben se r honrados ta les hombres . Y los
cr i s t i anos conc luyen: Luego en manera a lguna se ha de dar
1 8
INTRODUCCIÓN GENERA ,
más per fec to ; por a lgo Agus t ín hab ía es tud iado en la escue la
de Sócrates, vert ida por Platón. La lógica se impone una vez
más, y sale vencedor el más dialéct ico, el más verdadero, el
c r i s t i ano .
El - , MARTIRIO COMO ARGUMENTO APOLOCÉTICO
El már t i r es e l verdadero segu idor de l Maes t ro d iv ino .
Cristo se entregó a la muerte, y se entregó a el la con dulzura,
porque ten ía una mis ión d iv ina que cumpl i r en e l l a . «Seguid
me», parece alentar en el pecho del creyente. El hecho de la
muerte y de la resurrección de Cristo ha sido el gran caballo
de ba ta l l a de toda la c r í t i ca rac iona l i s ta . Es l a p rueba máxima
de la divinidad de la rel igión crist iana. Si Cristo no hubiera
resucitado, nos dice San Pablo, vana es nuestra fe. El dai la
v ida por una causa es l a máxima * gara ntía d e la veracidad de
esa causa. El que desprecia los valores que el mundo le brinda,
el que se hace sordo a la voz de la sirena diabólica y, cuando se
le exige dar test imonio de sus creencias, se entrega con deci
sión y con confianza, fija su vista en la eternidad que le espe
ra, ése es el más f iel a la doctr ina que profesa. La Verdad
lo exige todo de su criatura. Totum exigit te qui fecit te
(Serm. 34 ,7) . El m art i r io es la sup rem a prueb a de f idelidad.
San Agus t ín as ien ta co
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