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OS LIMITES DO MINISTRIO PASTORAL
PorElthom Wagner Leo de S
SEMINRIO TEOLGICO BATISTA DO SUL DO BRASIL2006
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OS LIMITES DO MINISTRIO PASTORAL:ENTRE O RITUAL RELIGIOSO E A DEVOO ESPIRITUAL,
ENTRE O AMOR INSTITUCIONAL E O FAMILIAR
PorElthom Wagner Leo de S
Monografia apresentada ao curso deBacharel em Teologia da FaculdadeBatista do Rio de Janeiro do SeminrioTeolgico Batista do Sul do Brasil.
SEMINRIO TEOLGICO BATISTA DO SUL DO BRASIL2006
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SEMINRIO TEOLGICO BATISTA DO SUL DO BRASIL
OS LIMITES DO MINISTRIO PASTORAL:ENTRE O RITUAL RELIGIOSO E A DEVOO ESPIRITUAL,
ENTRE O AMOR INSTITUCIONAL E O FAMILIAR
_______________________________________________Autor: Elthom Wagner Leo de S
_______________________________________________Orientador de Contedo: Prof. Ms. Ronald Rutter
_______________________________________________Orientadora de Forma: Prof. Maria Celeste de Castro Machado
Aprovada em ____/____/____
Rio de Janeiro 2006
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A Deus, por no desistir de mim nunca!
A Susanne, a noiva mais linda ecompanheira nos momentos difceis.
A Minha Famlia, por fazer dos meussonhos a continuao dos seus.
Aos Mestres Maria Celeste pelaempolgao e estimulo quando pensavaem desistir e Ronald Rutter por ensinara respirar e transpirar Deus.
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SUMRIO
1 INTRODUO.......................................................................................... 1
2 DEFINIO DE MINISTRIO PASTORAL............................................. 8
2.1 MINISTRIO PASTORAL SOB A PERSPECTIVA FAMILIAR................. 82.2 MINISTRIO PASTORAL SOB A PERSPECTIVA ECLESISTICA......... 9
2.3 MINISTRIO PASTORAL SOB A PERSPECTIVA BBLICA..................... 11
3 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO MINSTRO............................... 18
3.1 NO MBITO FAMILIAR............................................................................. 18
3.2 NO MBITO ECLESISTICO................................................................... 21
4 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS FAMILIARES....................... 25
5 CONCLUSES E RECOMENDAES.................................................. 32
5.1 AO PASTOR............................................................................................. 325.2 FAMLIA................................................................................................ 37
5.2.1 Esposa.................................................................................................. 37
5.2.2 Aos Filhos................................................................................................. 38
6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................ 43
ANEXOS.................................................................................................. 45
RESUMO................................................................................................. 46
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1 INTRODUO
Quais so os efeitos de um ministrio pastoral no conciliado com a prpria
famlia? No ministrio eclesistico, o que a igreja espera de seu pastor que ele
cumpra com aquilo que fora chamado a fazer. O salrio pago para a realizao de
diversas atividades da qual a congregao e outros necessitam, influenciando
radicalmente e, espera-se, positivamente, a vida de muitos. Dentre tantas, podemos
incluir visitas a enfermos, estar diariamente disposio da congregao e dos
problemas que cercam sua comunidade.
No menos importante, destaca-se a expectativa criada de que o pastor traga
uma palavra vinda de Deus para as pessoas que esto sedentas espiritualmente,
aguardando serem nutridas semelhana de um filhote que recebe sua comida na
boca por seus pais.
Alm da igreja local, funo do ministro cuidar com muito zelo de sua
famlia, que em muitos casos parte do seu rebanho tambm. Alguns detalhes em
sua casa e igreja exigem maior cuidado para que um problema no ministrio no
seja a destruio do seu lar. preciso separar o que da igreja, o que de casa e o
que de ambos.
Em uma anlise da tarefa integral do ministro, embora superficial, tudo que foi
citado ainda pode ser considerado apenas parte dela. Uma demonstrao disto
pode-se colocar como o dever do pastor de treinar a igreja a sentir e saber o que adorar. A princpio parece algo natural e simples, que com um discurso bem
elaborado consegue-se fazer o rebanho entender o que seja adorao fazendo um
momento maior de cnticos nos cultos. Mas, isso somente no adorao.
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Adorao passa alm de um momento de louvor nas igrejas, um estilo de
vida. Ensinar isso para igreja exige que o pastor tenha uma postura de vida igual ao
do seu discurso, pois no se ensina estilo de vida sem t-lo. O pastor tem uma
posio de destaque em relao congregao. Se o discurso estiver distante da
prtica, todo ele no passa de teoria e no ter credibilidade alguma.
Isso significa que para ensinar um estilo de vida de adorao profunda com
Deus, o pastor precisa ter uma vida devocional e estruturada. Essa intimidade ser
de maneira tal que ele enxergue o que Deus tem para ele e para sua comunidade
mesmo tendo que enfrentar dificuldades e barreiras que parecem intransponveis.
Essas barreiras no querem dizer necessariamente uma derrota no ministrio, mas
crescimento e influncia.
As pessoas querem enxergar no cotidiano dele aquilo que tem sido pregado,
pois o consideram representante legtimo de Deus na terra, diante da igreja, da
comunidade. Sua imagem deve ser cuidada com muito zelo, preservando a si
mesmo para que no digam aquilo que no , e se disserem algo para difam-lo
seria fcil provar a verdade. O cuidado precisa ser constante. Seus procedimentos,
seus discursos formais e informais, os lugares aonde vai, suas companhias podem
decidir seu trabalho e influncia naquela igreja, na cidade, no estado ou no pas.
Por isso, cabe ao ministro vigiar e orar para que sua vida seja irrepreensvel,
de forma que no se tenha suspeita alguma sobre ele. Com tanta responsabilidade e
com as exigncias vindas por parte da comunidade e da famlia, o pastor tem de seesforar para que seu rendimento, seu desempenho, e sua relao com Deus e com
seus prximos no caiam numa rotina e virem algo sem foco, sem objetivo ou
mesmo mecnico e falso.
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Aos lderes e ministros que se sentem ameaados, desesperados diante da
presso de produzir algo nos prazos esperados, ou que no estiverem em
progressiva devoo em seu corao, no se deixem cair em desespero, mas
deixem a tranqilidade e orientao de Deus influenciar e reinar em suas vidas. O
relacionamento com Deus e com seus familiares, seus prximos, pode ser de
grande eficcia na soluo desses problemas.
Alm de todas estas responsabilidades do pastor e de algumas familiares
citadas, temos de destacar outras ainda muito importantes que cabe a administrao
de sua vida pessoal.
A primeira grande tarefa - e talvez a principal antes de qualquer outra funo
no ministrio - a de escolher dentre as mais diferentes e perfeitas criaes de
Deus, a sua companheira. Uma escolha errada pode afundar um trabalho que
venha se desenvolvendo por longos anos, ou simplesmente destruir sua vida
pessoal (o que tambm uma tragdia).
O ministrio de muitos sinceros e jovens homens tem sido arruinado por
causa de uma escolha errada de sua companhia. preciso que ela tenha algum tipo
de chamado, mesmo que no seja pastoral, mas ela precisa ser comprometida com
o Senhor. Se ela no comprometida com a obra de Deus e no vive uma vida de
palavra, experincias e verdades, ela pode destruir a sade mental e espiritual do
pastor, assim como sua influencia de vida crist. O risco que se corre chega a
propores de se ter que abandonar o ministrio por causa de problemas familiares,ou abandonar a prpria famlia por causa do ministrio. Certamente essas
dificuldades poderiam ser evitadas na vida de um pastor tendo a ajuda e certeza de
Deus na escolha de sua esposa.
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As famlias ainda tm problemas conseqentes do tempo histrico em que
vivem. O pano de fundo da atualidade sofre com influncias erradas como egosmo
e sociedade individualista, tendendo com que o imediato pregado invada os lares e
os relacionamentos, fazendo com que as bases das igrejas sejam destrudas.
Isto aflige o ministro da igreja com peso duplo. Tendo que dar o suporte
necessrio para sua famlia, de maneira que esta no se desestruture e no sofra
influncias corrosivas a vida familiar, ainda tem que dar assistncia sua
comunidade que alm de diversos problemas, tem ainda esses e outros que so
idnticos aos de sua famlia. Como uma mquina que suga e nunca pra, o pastor,
precisa de tempo suficiente para resolver os problemas que esto presentes em sua
casa, em sua igreja, e se no tiver a sabedoria necessria, um dos dois lados
precisar de mais assistncia, e o perigo de no encontr-la na medida correta
que esses problemas desestruturem todo um cuidado e estrutura j organizada.
Uma importante observao que os filhos de pastor, assim como a j citada
esposa tm que ser sempre exemplos onde quer que estejam, atentos s suas
responsabilidades familiares diante de outros. Precisam estar atentos quilo que seu
pai ou marido necessitam, ajudando-os nas dificuldades e mostrando aquilo que
porventura no estejam enxergando.
J citando a importncia da esposa, destaca-se agora a importncia e papel
do filho de pastor. Esses no tm uma vida normal, como qualquer outra criana,
pelo simples fato de ter o pai ministro da igreja. Se difcil entender isso quandocriana, importante compreender essa verdade quando jovem. Transfere-se a
responsabilidade do pai para o filho.
A tarefa de educar filhos uma complicada tarefa em qualquer ambiente e
para qualquer casal. Quando se trata do pastor e sua esposa, torna-se muito mais,
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uma vez que sua famlia vive numa vitrine, espelho, est sempre sendo
observada.
Outra dificuldade encontrada pelo pastor e sua famlia a da tendncia do
casal trabalhar para sustentar o lar, diante da modernidade e da necessidade
financeira. Dessa maneira, a transferncia da responsabilidade da criao dos filhos
para uma organizao, instituio ou membros da famlia cada vez mais normal.
Essa realidade, porm, no tem base na Palavra de Deus e precisa de uma especial
ateno dos pais e responsveis pelos filhos, uma vez que devem ensin-los
verdades conforme as Escrituras Sagradas e que de grande importncia
participao dos pais nessa e em outras to importantes fases da criana. Muitas
outras conseqncias so reais e possveis a qualquer famlia que est diante dessa
realidade, de maneira que a educao dos filhos est parcialmente comprometida.
muito importante ter em mente que filho de pastor no um cristo, at ele
confessar Jesus Cristo com sua prpria boca. Muitas vezes observam-se pais que
agem com o filho como se ele j fosse salvo, tivesse feito uma escolha e definido em
questes religiosas e no se lembram de ensin-los o caminho em que devem
andar. O problema que os pais ensinam para os filhos um evangelho pesado,
formal, como se fosse um fardo a ser carregado. No transmitem o prazer que
servir ao Deus Todo-Poderoso, e no oferecem outra opo de vida, obrigando os
filhos a seguirem os mesmos passos, como que por uma ditadura.
Muito mais que forar o filho a ir a igreja mostrar a ele o prazer que estarl, que no h melhor lugar para se estar do que aquele. Naturalmente e
infelizmente, ao se mostrar o caminho para um filho, as famlias pastorais o
apresentam como pastorzinho, tendendo o afastamento a criana e certa rejeio
pelo evangelho. A responsabilidade nessa palavra colocada sobre a criana, e
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diante do exemplo que ela observa em casa, a faz temer esse ttulo, cooperando
no para um crescimento saudvel e feliz dentro da igreja, mas j com a sobrecarga
de uma tarefa e destino traado por outros.
O ensino analisado e equilibrado das Escrituras Sagradas como verdade
absoluta que nortear sua vida, e nada mais ser relevante, torna-se indispensvel
para que os filhos cresam com a conscincia daquilo que devem escolher.
de vital importncia que o pastor consiga diferenciar seus vrios e
importantes momentos. Um tempo para o casal pastoral viver momentos a ss, sem
que nada os interrompa seja em viagem num final de semana, ou nos dias de folga,
de crucial importncia. A convivncia intima do casal responsvel pela boa ou
m administrao do lar. dessa convivncia que aqueles mesmos filhos vo
aprender como agir em toda a vida.
Uma importante tarefa do ministro aprender a pensar nos outros mais do
que em si, porm, a que pode comear uma falha no casamento, de maneira que
h uma doao excessiva a outros e se esquece de sua casa, esposa e filhos. Lidar
com o tempo e com pessoas exige do pastor um cuidado muito especial e
orientao vinda do alto para saber o momento certo de agir.
Torna-se necessria observncia de fatos e detalhes que muitas vezes no
so possveis de se enxergar sem os olhos da f. Deus capacita queles que so
chamados, mas preciso confiar nisso e colocar o corao sensvel a tal.
Por causa destas questes apresentadas e muitas outras no citadas, se faznecessrio um estudo sobre o assunto que muito tem ocorrido em no meio
evanglico, uma vez que se tornou uma realidade to comum diante de nossa
cultura evanglica, to nova. Saber que esses e outros motivos so um fator de
diviso de famlias e ministrios, fazendo com que essas e em alguns casos ou at
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mesmo ministros se afastem da igreja, nos chama para observaes mais profundas
sobre esse tema e aspecto.
Este estudo procura apresentar em termos prticos o que acontece no meio
evanglico, apresentando algumas recomendaes para ministros e respectivas
famlias para que enfrentem as dificuldades e saibam ver e experimentar as bnos
de pertencer a uma famlia de pastor.
O material utilizado ser baseado em situaes reais, existentes nas famlias
e no ministrio pastoral. Para a melhor amostra do que ronda as famlias e para as
melhores definies de ministrio, esse estudo apresenta um questionrio feito com
pessoas que experimentam esse assunto de diferentes pontos de vista, sendo parte
de alguma famlia pastoral, membro de igreja sem alguma ligao com a famlia
pastoral ou com membros de igreja que tm em seu ncleo familiar algum pastor
(podendo ser este o da prpria igreja ou no).
A pesquisa tem algumas limitaes. A primeira a falta de material que trata
diretamente do assunto. Encontram-se materiais relacionados famlia, e tambm
materiais relacionados ao ministrio. Mas no h nenhum tipo que faa a ligao
entre os dois. Por isso a necessidade de se fazer pesquisa de campo,
complementando o assunto a discutir.
Neste estudo, ao se usar a palavra pastor, h um pressuposto de que ele
um vocacionado por Deus. Sabe-se que existem excees. H os profissionais do
plpito os quais no so vocacionados e estes prestaro contas a Deus. No se fazaluso ou sequer cogita a possibilidade de reconhec-los como Ungidos do
Senhor.
2 DEFINIO DE MINISTRIO PASTORAL
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Muitos telogos tm definido o ministrio de vrias formas. Neste estudo o
que se pretende fazer uma anlise do que acontece na prtica no ministrio
pastoral. Define-se o ministrio em trs perspectivas: familiar, bblica e eclesistica.
2.1 MINISTRIO PASTORAL SOB A PERSPECTIVA FAMILIAR
Segundo pesquisa realizada com familiares de pastores, o ministrio pastoral
se define em algo que precisa de chamado e vocao, concedido a poucas pessoas.
No questionrio houve respostas diferentes em menos de 1%. Entres as pessoas
pesquisadas esto filhos, filhas, esposas e pastores.
Comea-se a observar, mesmo que em apenas dois casos, a definio de
que ministrio pastoral algo que suga todo o tempo daquele que se dedica
inteiramente funo, provocando um desconforto naqueles que convivem com o
pastor. Estes enxergam a falta de tempo e de energias para ele lidar com os
problemas e as alegrias do lar. Em muitos casos os familiares comeam a desconfiar
e a transformar o ministrio em um concorrente das suas atividades, colocando o
pastor em uma situao complicada. Administrar a casa, o tempo e as atividades do
ministrio pastoral se torna um fardo ao invs da satisfao de realizar algo para a
qual fora chamado a realizar.Para o ministro que se encontra nessa situao, pode estar apoiado naquilo
que Hedley comenta,
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Um feriado em casa parece frequentemente ser umatentao que o empregado dos empregados de Deus nopode estar fora do alcance a menos que deixe asnecessidades repentinas do seu rebanho fornecidas. Se isto forfeito adequadamente, o lugar o mais saudvel para o que vaitirar um descanso estar ausente.1
Tirar frias e descansar no e no pode ser proibido para algum,
principalmente para aquele que dedica sua vida inteiramente no trabalho. O pastor
precisa se organizar para que ele consiga deixar o ministrio caminhar alguns dias
sem ele. Sem isso o pastor pode se sentir desconfortvel para sair de frias.
Sobre esse assunto Wayne Clark adverte, mesmo que no se sinta favorvel
para tal, bom para o ministro tirar frias regulares todo ano.2 Alm desta
recomendao que apresentada nesta breve definio, um capitulo ser
totalmente dedicado s recomendaes, tanto para os pastores, bem como para as
esposas e para os filhos e filhas.
Momentos com famlia mito importante para qualquer que seja ela, ainda
mais para a famlia que serve de exemplo para a comunidade na qual se est
inserida.
O ministrio deve ser algo que no prejudique a famlia, ao invs, seja algo
que d suporte para vencer as dificuldades que sero relatadas no capitulo prprio.
2.2 MINISTRIO PASTORAL SOB A PERSPECTIVA ECLESISTICA
Em uma unanimidade para os membros de igreja que responderam
pesquisa, ministrio pastoral se define como algo que precisa de chamado e
1 HEDLEY, George. The minister behind the scenes. New York: Macmillan, 1956. p.87.2 CLARK, Wayne C. The minister looks at himself. Philadelphia: The Judson Press, 1957. p.74.
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vocao e que concedida a poucas pessoas. Desta afirmao podem-se tirar
algumas concluses.
Em primeiro lugar a igreja reconhece que o chamado vem de Deus e v o
pastor como Seu representante na igreja e da igreja perante a comunidade. Essa
autoridade importante para que o pastor consiga ser o lder da igreja conduzindo-a
de acordo com a viso que Deus coloca em seu corao.
Por outro lado e numa viso menos romntica, o que se pode ler desse
resultado da pesquisa que a igreja quer descansar em cima do chamado que
no tem, colocando a responsabilidade naquele que o Senhor chamou. Por isso no
tem parte naquilo, pois a tarefa dele e no sua como membro de igreja.
Muitos se esquecem do dever de todo crente em Jesus de anunciar as boas
novas e de dar suporte aquele que foi chamado que o Senhor conta com a igreja
para que faam aquilo que Ele manda atravs de seus discpulos. Na carta de Paulo
aos Efsios l-se:
Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxilio de todas asjuntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medidaque cada parte realiza a sua funo.3
A cada um foi dado um dom. Ao pastor o de pregar e visitar entre outros, aos
membros o de cooperar, auxiliar para que o corpo cresa. Por isso cabe aos
membros perceber que o ministrio pastoral, no envolve cobranas a sua famlia
pois aquele quem chamado o pastor.
Alem disso preciso entender que a famlia pastoral como outra qualquer,
ou seja, tem problemas, gosta de sair e precisa de momentos para si.
3 Efsios. 4,16.
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A igreja, em sua maioria, espera que o pastor seja ousado, mas no a ponto
de cometer loucuras, por isso ele precisa estar em uma sintonia direta com Deus
para que ele receba as vises corretas para aquela comunidade onde Deus o
colocou.
2.3 MINISTRIO PASTORAL SOB A PERSPECTIVA BBLICA
Na leitura de suas cartas, o que se pode notar que o apstolo Paulo teve a
mais perfeita concepo do ministrio pastoral. Ele compreendeu que a realizao
do plano do Cristo Vitorioso, para o mundo, dependia do ministrio da palavra.
Especificamente em Efsios e em Colossenses, Paulo faz um estudo da
pessoa de Jesus em Sua relao com a igreja e diz que todas as coisas so
reunidas nele. Ele explica os dons que a pessoa chamada para exercer o ministrio
deve ter, dados pela graa infinita do Cabea da igreja em virtude da ascenso ao
Seu lugar de autoridade absoluta. Atravs da prtica desses dons h o
aperfeioamento dos santos para o trabalho do ministrio, para edificao do corpo
de Cristo. Importante observar que a idia radical de ministrio servio. No se
deve ter o dom para a prpria edificao, mas para o crescimento do corpo.
O dom dado por Cristo e o ministro tambm escolhido por Ele. No se
pode escolher seguir a profisso de ministro da palavra simplesmente por causa deum dom de falar bem. A palavra dom, vem de charisma. Crabtree afirma que se o
ministro no recebe de Cristo o charisma, ou seja, o dom, a graa, ele no
qualificado para o ministrio da palavra, seja qual for a sua capacidade intelectual.4
4 CRABTREE, Asa Routh. A doutrina do ministrio. Rio de Janeiro: Juerp, 1981. p.41.
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Isto demonstra que nem todos podem ser escolhidos como pastores, e os que no
so tero vida em abundncia se cumprirem a tarefa para a qual Deus os
designou.
Ele designou uns para apstolos, outros para profetas, outrospara evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fimde preparar os santos para a Obra do ministrio, para que ocorpo de Cristo seja edificado, at que alcancemos a unidadeda f e do conhecimento do filho de Deus, e cheguemos amaturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.5
Todos os ministros da palavra so apstolos no sentido de que todos so
enviados. So missionrios, pois tm a grande responsabilidade de preservar e
transmitir a doutrina apostlica na sua pureza. Todos so pastores e mestres na
orientao dos salvos no caminho do servio.
Cristo limita a sua chamada aos homens responsveis, ntegros, designando
cada um para o servio de acordo com os seus dons naturais, com o
reconhecimento da operao do Esprito Santo no seu corao e com a submisso
vontade divina.
Em uma aluso ao Dr. Morgan percebe-se que o charisma apostlico
permanente e necessrio para o aperfeioamento da Igreja. 6 Como ordenado pelo
prprio Jesus na Grande Comisso 7, esse charismaapostlico parte daquilo que
os apstolos tinham com misso e que perdura at os dias atuais, fazendo com que
seja uma tarefa dos cristos: anunciarem as boas novas at que Ele, Cristo, volte.
O servio mais importante do pastor a pregao do evangelho. Ele o
embaixador de Cristo, transformado pela experincia de reconciliao com Deus,
5 BIBLIA. Portugus. Bblia Sagrada. Nova Verso Internacional. So Paulo: Vida, 2000.Efsios 4,11-13.A partir desta citao todas as referncias bblicas sero desta Bblia.
6 Citado em CRABTREE, Asa Routh. A doutrina do ministrio. Rio de Janeiro: Juerp, 1981. p.44.7 Mateus 28.
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preparado pelo conhecimento pessoal do amor divino para rogar aos pecadores que
se reconciliem com Deus.
Em outra anlise, Eugene Peterson comenta algumas tarefas pastorais
segundo a Palavra de Deus. Em sua introduo afirma dois aspectos importantes no
ministrio que no podem ser desprezados sob pena de se arruinar o bom
pastorado: Apresentar a palavra eterna e a vontade de Deus; e cumprir essa
apresentao no meio do verdadeiro lugar onde o pastor vive e onde as pessoas
que com ele convivem.
Adquirir conhecimento no a principal tarefa do pastor, mas a assimilao
da antiga sabedoria, pautada na palavra de Deus que transmitida e acessvel
atravs da Bblia e de tantos comentrios que facilitam o trabalho pastoral. O pastor
deve ser apto a dar conselhos para vidas ntegras e de valor dentro do contexto da
criao de Deus e em resposta a redeno de Cristo. Esta a tarefa dos pastores. 8
Apesar dos tempos serem diferentes e de cada gerao de pastores terem
suas caractersticas de acordo com a poca e o que rege o momento, no se pode
esquecer dos fundamentos. Aqueles que buscam nas Escrituras as pedras para
construrem suas bases atendem as necessidades mais facilmente, alm de
aproveitar o que j foi ensinado segundo anos de tradio e estudo da Palavra de
Deus.
O ministrio deve ser moldado de acordo com a Bblia e no em achar
justificativa bblica para o que se faz no plpito. Um dos cenrios bblicos que sepode citar a da adorao comunitria. O trabalho pastoral precisa acontecer nesse
pano de fundo e no carrega uma identidade nele mesmo, mas uma construo
8 PETERSON, Eugene H. O pastor que Deus usa: o trabalho pastoral segundo a palavra de Deus.Rio de Janeiro: Textus, 2003. p.22.
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durante o culto. Alis, ele acontece entre um domingo e outro, entre os limites da
criao e da ressurreio, entre Gnesis e Apocalipse.
Analisando o exemplo de Jesus 9, a tarefa do pastor no somente enviar
aqueles que o seguem, mas acompanh-los. O pastorado comea no plpito e no
termina ali, continua no quarto do hospital, no gabinete e nas salas de reunies.
Em Cntico dos Cnticos pode se encontrar a primeira tarefa pastoral como
nos ensina Peterson. 10 A sexualidade est diretamente ligada orao, segundo
ele, pois ambos lidam com a intimidade. Por isso a tarefa do pastor ajudar as
pessoas a terem relacionamentos de forma que venham a descobrir a vontade e o
amor de Deus no centro de cada encontro.
preciso que se apresente a Salvao s pessoas, pois a partir dela so
capazes de receber mandamentos que as levam a relacionamentos vivos, completos
e saudveis com Deus e com outras pessoas. Isto pode ser verificado nas palavras
de Jesus. 11
A importncia que se d ao Cntico dos Cnticos devido ao resgate do
amor que salva e a existncia da intimidade que h atravs desse amor. Assim a
orao, algo que denota a intimidade atravs das palavras utilizadas ou a falta dela.
A est a responsabilidade do pastor, permitir que o trabalho na igreja continue e
cresa sem permitir que a intimidade diminua. O alvo do trabalho pastoral deve ser a
intimidade e ela deve acontecer sob a forma de conversas pessoais. A vida para ter
significado tem de ser compartilhada - a intimidade pr-requisito disto.
9 Mateus 28,20.10 PETERSON, Eugene H. O pastor que Deus usa: o trabalho pastoral segundo a palavra de Deus.
Rio de Janeiro: Textus, 2003. p.37-92. Trata-se do primeiro capitulo do livro que tem comotitulo A tarefa pastoral de dirigir a orao: Cntico dos Cnticos.
11 Mateus 22,37.
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Atravs da conversa o pastor comea a conhecer as dificuldades e os
problemas das pessoas da sua comunidade podendo assim orar com elas e orient-
las a terem uma vida de orao. Gregory Frizzell nos ensina que
A orao o cerne de um relacionamento de sucesso comDeus. De fato, a orao crucial em todas as reas da vida deum crente. Para ilustrar este ponto, considere as seguintesperguntas: como voc recebeu a Cristo como seu Salvador?Como voc tem-se submetido a Cristo e permitido que Ele vivaatravs de voc? Como voc est crescendo como cristo?Como voc vence a tentao e a fraqueza? Como voc resistea Satans e com se engaja de forma eficaz na batalhaespiritual? Como voc confessa seus pecados? Como voc seenche do esprito santo? Como voc obtm a direo esabedoria de Deus? Como voc experimenta o poder para
servir a Deus eficazmente? A resposta para cada uma dessasperguntas orao!12
Ensinar sua comunidade a orar precisa ser algo que o pastor tem leve em
considerao. S com uma vida de orao, com um relacionamento saudvel e
ntimo com Deus, o membro pode experimentar mudanas em sua vida. Segundo
Caemmerer, o pastor tem que treinar a igreja a saber e a sentir o que adorao. 13
Envolver-se no sofrimento uma outra tarefa do pastor. A tentativa de ter
palavras em momentos difceis algo tentador, mas isso no o que se espera.
Lamentaes o livro adequado para servir de base para esta tarefa, pois a
cerimnia fnebre no enterro da cidade morta. 14
A terceira tarefa pastoral a de criar histrias. O livro de Rute ajuda muito
nesse contexto, por ser uma histria. O pastor encontra nos contos uma ferramenta
para se aproximar as pessoas que vivem na periferia e se sentem excludas da
12 FRIZZELL,Gregory R. Como desenvolver uma vida poderosa de orao. Associao ReligiosaImprensa da F: So Paulo, 2005. p.8.
13 CAEMMERER, Richard. Feeding and leading. Misouri: Concordia publishing house, 1962. p.22.14 PETERSON, Eugene H. O pastor que Deus usa: o trabalho pastoral segundo a palavra de Deus.
Rio de Janeiro: Textus. 2003. p.141.
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histria da Salvao. O conto a forma que o pastor utiliza para narrar a histria da
Salvao.
O pastor precisa aprender a ser um contador de historias do Evangelho, a
partir dos detalhes de um problema em particular da vida das pessoas na sua
comunidade. 15
Quando o pastor encontra algum em dificuldades, sua primeira obrigao
penetrar na dor e compartilhar o sofrimento. Mais tarde afastar as runas e deixar
os fundamentos histricos, pois todo sofrimento causado por alguma coisa. Como
no livro de Lamentaes encontrado um evento histrico e no uma situao
csmica, pode-se observar que a poesia de Lamentaes revolve constantemente a
histria e til ao pastorado. 16
Uma outra tarefa pastoral a de dizer no. Em um contexto onde se
vendem promessas, respostas e milagres, o desafio do pastor recusar-se a dar
aquilo que a maioria das pessoas acredita ser sua obrigao dar, receber o que
querem. O verdadeiro chamado probe o pastor de se lanar no mercado de
promessas e milagres.
Eclesiastes no foi diferente, a sabedoria fria deste livro uma voz pastoral
indispensvel, embora no seja popular. Sua funo afastar aquilo que fora
tomado como religio para que possamos ser livres para ouvir a palavra de Deus.17
Edificar a comunidade. Baseado no livro de Ester encontra-se a terceira tarefa
pastoral citada por Peterson. O pastor no pode ser capelo de apenas alguns
15 PETERSON, Eugene H. O pastor que Deus usa: o trabalho pastoral segundo a palavra de Deus.Rio de Janeiro: Textus, 2003. p.93-138. Trata-se do terceiro capitulo que tem como titulo Atarefa pastoral de criar histrias: Rute.
16 Idem. p.155.17 Ibid. p.181-228. Trata-se do quarto captulo que tem como ttulo A tarefa pastoral de dizer no:
Eclesiastes.
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indivduos, nem preletor que s dirige as multides, ele colocado na comunidade
para edific-la. 18
18 PETERSON, Eugene H. O pastor que Deus usa: o trabalho pastoral segundo a palavra de Deus.Rio de Janeiro: Textus, 2003. p.229-285. Trata-se do quinto captulo que tem como ttulo Atarefa pastoral de edificar a comunidade: Ester.
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3 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELO MINSTRO
Mesmo com o chamado e o vocacionamento de Deus, os pastores tm
problemas. O ministrio de pessoas ntegras tem suas dificuldades pois apesar do
pastor ser separado por Deus ele homem, humano, tem suas limitaes e
dificuldades pessoais. Alm disso, o ministrio pastoral se realiza na terra e no no
cu.
Numa conceituao positiva da palavra problema observa-se que a prova
da capacidade de realizao das atividades.
Quando se tem um carter irrepreensvel, enfrentar um problema torna-se
fcil. Mas, muitas vezes o prprio pastor o seu maior problema por ter dificuldades
ligadas ao prprio carter, sua personalidade.
3.1 NO MBITO FAMILIAR
Devido aos muitos compromissos que o ministrio exige do pastor, ele fica
sem tempo para a famlia. A qualquer hora do dia ou da noite sua presena
solicitada em algum lugar. Isso pode gerar conflitos em sua casa. A falta do pai em
casa algo que pode trazer muitas dificuldades ao ministro. A criao dos filhos
pode ficar comprometida, o exemplo de f e amor, prejudicados.No captulo intitulado ovelhas sem pastor, Nancy relata uma de suas
conversas com as esposas de pastor:
Meu marido tem tempo para todas as ovelhas, mas quandopreciso dele, ele alega inmeras razes que lhe impedem deme atender, e acabo ficando sem ajuda. Mas se naquele exato
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momento chega algum pedindo auxlio, ou apenas solicitandoseu tempo para uma conversa, ele atende sem contra-argumentar nada, e a que eu fico sem entender. 19
Ele deve sempre estar disposio da igreja. A intensificao do seu trabalho
nos finais de semana, isto pode sobrecarregar a famlia, num ministrio para o
qual eles no foram chamados. Ir para igreja pode ser um fardo para os filhos, pois
pensam que ela o motivo para no ter a presena do pai em casa ou em
momentos que seria importante ele estar. Muitos pastores no acompanham o
desenvolvimento de seus filhos na escola e nas atividades extracurriculares por falta
de tempo para tal. Isso gera uma frustrao nos filhos e na famlia porconseqncia.
Por outro lado, as pessoas que trabalham em empresas e seus prprios
negcios podem ter o final de semana para passar com a famlia fortalecendo os
seus laos. necessrio se organizar para no se deixar cometer erros como esse
pois a falta de tempo para um relacionamento saudvel pode ser fatal as famlias em
geral, e em se tratando do pastor, para seu ministrio ou para a famlia.
Em sua obra, Grudem exorta:
Deus cuida do lao que une pais e filhos, e seus servosprecisam compartilhar esse compromisso com o Senhor. Arecuperao da paternidade na igreja, no lar e na sociedadeno deve ser outorgada apenas aos cientistas sociais ou ao Dr.James Dobson, antes tem de ser central no planejamentoestratgico da igreja uma vez que esta d testemunho do Pai,do Filho e do Esprito Santo. 20
19 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor.So Paulo: Vida, 1995. p.29.
20 GRUDEM, Wayne. Famlias fortes, igrejas fortes: os desafios do aconselhamento familiar. SoPaulo: Vida, 2005. p.137.
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Se a igreja precisa observar e colocar isso no seu planejamento estratgico,
muito mais a famlia pastoral que sempre alvo de observao e se o ministro no
tem autoridade sobre seu lar, no ter sobre a igreja.
Nota-se que muitas atribuies ficam sobre o pastor, mas quando Deus o
chama, ele deve entender que Ele o capacita e coloca pessoas para lhe auxiliar. O
que acontece em alguns casos do pastor se achar auto-suficiente e no pede
ajuda em momentos decisivos. Em alguns casos, o pastor no atenta para esses
detalhes corre-se o risco da esposa e os filhos no compreenderem, ento algo
pode ser prejudicado.
O conflito na famlia pode lev-los a se afastarem do ministrio, da igreja e de
Deus, ou o ministro abrir mo do seu ministrio para salvar seu casamento e sua
famlia.
Outro ponto que pode ser abordado a distncia do discurso do pastor com a
sua prtica. No plpito e no gabinete, exortaes e palavras sobre comportamentos
e santidade, mas ningum melhor que sua famlia para conhecer os dois lados da
moeda. Se em casa o pastor tem um comportamento e fora dela tem outro, isto fica
notrio e a ministro pode ter problemas em sua casa e em seu ministrio por em
decorrncia disto. Com sua autoridade abalada perante os filhos, a possibilidade de
isto atingir seu ministrio enorme.
Para esta distncia ser quebrada, preciso ter carter, o carter de Deus. Por
isso, a vida devocional deve ser mantida com rigor.Por se falar em devoo, Hedley afirma:
Comprometermos-nos totalmente com nosso Deus, nopedindo recompensa e no pensando nisto, serv-lo porquesomos seus servos: isto tarefa de cada cristo, e isso amarca do carter de todo ministro cristo. Como nos manter nocarter? Somente pela devoo das nossas vidas inteiras ao
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nosso Deus eternal, somente nos entregando totalmente aopreenchimento de Sua vontade em ns. 21
O problema que, para alguns pastores, as presses so tantas e sua
agenda tem tantos compromissos que o progresso espiritual no acontece como
deveria acontecer. preciso que o pastor diga igreja que ele precisa de um tempo.
necessrio reorganizar sua agenda para colocar momentos com sua famlia como
compromissos e um tempo dirio de devoo.
Quanto a essa devoo, George Hedley afirma traz um consolo:
Se ns no estamos progredindo ou avanando com nossoscoraes em devoo, como ns desejaramos no nosdeixemos atribular, vivamos em paz e deixemos a tranqilidadesempre reinar em nossos coraes. 22
Seguindo este conselho de Hedley, possvel reestruturar a paz de Cristo
preencher os coraes dedicando-lhe tempo para se obter dele a direo a tomar.
3.2 NO MBITO ECLESISTICO
Um dos motivos desses problemas devido ao fato da igreja ser constituda
de pessoas. Ainda que salvas, tm seus temperamentos, suas personalidades, suas
culturas e seus hbitos que podem trazer dificuldades ao trabalho pastoral.
A igreja atua e o ministrio se realiza num mundo hostil que jaz no maligno,
que procura criar todo embarao ao pastor e comunidade em sua misso na
sociedade humana.
21 HEDLEY, George. The minister behind the scenes. New York: Macmillan, 1956. p.141.22 HEDLEY, George. The minister behind the scenes. New York: Macmillan, 1956. p.134.
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Pastorear envolve lidar com as mais adversas situaes que exigem ateno
e cuidado. Jesus preveniu quanto aos problemas no pastorado de sua pequena
igreja de 12 membros: no mundo tereis aflies, mas tendes bom nimo 23.
O pastor no um super nem sub homem. homem de verdade e da
verdade. uma pessoa com um chamado incomum e habilitada para servir ao
Senhor servindo ao Seu povo. a pessoa por cuja instrumentalidade Deus habilita a
igreja a crescer e a cumprir sua misso no mundo. Pessoa diferente que faz a
diferena na especificidade de sua chamada, na excelncia de seu trabalho e
compromisso diuturno com o povo de Deus.
Isto posto, relata-se algumas das maiores dificuldades no ministrio pastoral.
Em muitos casos o esfriamento espiritual e o cansao levam preguia e
indiferena para realizar a obra do Senhor. O cansao fsico e emocional das
reunies e pregaes em srie, sem um tempo para descanso, para a famlia, pode
esgotar o pastor.
Existe a tendncia de bajular homens. Para alguns pastores melhor v-los
ir para o inferno a importun-los com sua mensagem, e melhor enfrentar o
desprazer de Deus a m vontade dos homens. A preocupao com a imagem algo
muito importante, mas deve-se ter o cuidado de no colocar isso a frente da
mensagem do evangelho.
Em meio crise financeira que se vive o medo de perder as rendas e criar
problemas para a famlia pastoral faz com que o pastor no se posicione emdeterminados assuntos que precisariam de uma postura mais rgida ou
determinante. Colocar pessoas contra si nestas situaes no seria uma boa idia,
preferindo fazer a poltica de estar bem com todos ao invs de resolver o problema.
23 Joo 16,33.
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Pelo mesmo motivo j citado ou por falta de coragem, o pastor no fala
francamente com as pessoas sobre o que precisariam ouvir, e ento ele diz aquilo
que elas querem ouvir. Mas em muitos casos falta-lhes a vergonha ao cometer atos
vergonhosos.
Por preguia de se preparar ou por falta de recursos, muitos pastores
desmoronam um ministrio ou uma igreja. A incompetncia e a inaptido na
administrao dos elementos para a obra tm contribudo para alguns casos de
endividamento e fechamento de portas de igrejas ou instituies. Isto, alm do
prejuzo financeiro, provoca tambm o prejuzo moral que fica sobre a igreja e o
ministrio pastoral.
Caso o pastor no tenha aptido para negociar, cuidar das finanas ou em
realizar projetos, ele precisa de assessores para que tudo seja bem feito. Estes
fatores so apresentados por Baxter como sendo as dificuldades do ministro. 24
Uma outra dificuldade que pode ser considerada pelo pastor perder tempo
investindo naqueles que no querem crescer. Escolher as pessoas erradas pode
gastar tempo, dinheiro e no ajudar no ministrio.
Em sua obra, Drescher se lamenta disso:
Boa parte do meu ministrio tem sido consagrado a pessoasque no querem crescer, ministrar, ou ser assistidas. Pensoque eu teria avanado muito mais, se tivesse incentivadoaqueles que tinham interesse em crescer e servir, dando-lhesento oportunidades de compartilhar o que Deus estava
fazendo em suas vidas... Tais pessoas precisam de umaspalavras de encorajamento para fazer provavelmente mais pelarenovao da vida espiritual do que muitos e muitos sermes.25
24 BAXTER, Richard. O pastor aprovado. So Paulo: Publicaes Evanglicas Selecionadas, 1996.p.146.
25 DRESCHER, John M. Se eu comeasse meu ministrio de novo. Campinas: Crist Unida, 1997.p.56.
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Algo que deve ser lembrado pelos pastores que as dificuldades sempre
existiro, pois como j citado, o ministrio atua na igreja que composta por
pessoas e que esto na terra. No so perfeitas assim como o pastor tambm no o
. Entretanto, foi o Senhor que os chamou e Ele os tm capacitado. Por isso com a
sabedoria divina e ajuda humana, o ministrio pode ser realizado com aquilo que
Deus realizar em seus coraes.
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4 DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS FAMILIARES
As dificuldades enfrentadas pelos familiares so, em muitos casos, relativas
aos comportamentos dos membros da igreja. Muitas vezes o que acontece na
famlia em relao igreja a falta de limites da por parte dela.
Segundo pesquisa feita concluiu-se que as dificuldades enfrentadas pela
famlia em relao igreja so a falta de privacidade e o exemplo que a ela exige
que os familiares sejam em todos os momentos.
A primeira dificuldade citada exige da famlia uma tolerncia por perder sua
privacidade, seu espao para ter um momento em famlia que tanto precisa.
Muitas igrejas no tm a conscincia de que o pastor alm de funcionrio a
disposio da contratante, tambm necessita ter seus momentos em famlia a ss.
Algumas casas pastorais oferecidas so no prprio terreno da igreja - para
economizar - permitindo, assim, o acesso dos membros que se sentem no direito de
freqent-la como se fosse sua prpria casa. Essas economias trazem prejuzos
enormes famlia pastoral.
Como relata Nancy Dusilek:
Muitas esposas de pastores ficam desconsoladas por nopoderem ter um momento sequer de privacidade em seuslares. A famlia exposta presena de outras pessoas 24horas por dia. um entra e sai dirio, o que impede at afamlia de tratar de seus problemas particulares e ntimos, pois
h sempre gente estranha por perto. Quando a casa pastoralfica ao lado do templo, a situao pior ainda. 26
Ao mesmo tempo em que elas esto entrando e saindo, pode ser que
tambm queiram opinar ou sugerir como devem ser a casa pastoral. Os mveis, a
26 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor.So Paulo: Vida, 1995. p.78.
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cor da parede, os azulejos, o piso, etc. Pessoas que no moraro na casa, opinam
em como constru-la, o que colocar dentro e do jeito mais econmico possvel.
H casos que a h uma preocupao com isso e nas comisses de
administrao ou patrimnio h membros que so profissionais qualificados.
Pensam em como fazer de maneira correta e bela. Afinal a casa pastoral o carto
de visitas da igreja, e a maneira silenciosa de a igreja dizer o quanto o pastor e sua
famlia so considerados ou no pelos seus membros. 27
Bela ou no, a casa pastoral deve ser um centro de visitas, mas no uma
extenso da igreja. Os limites, de fora para dentro e de dentro para fora, de sua casa
devem ser colocados pelo casal. A famlia pastoral precisa ter um ambiente
favorvel e agradvel - no isolado do mundo e da igreja mas com sua
privacidade.
importante que no somente a famlia tenha seu ambiente, mas tambm o
casal sua privacidade e os filhos seu espao para ter seus momentos sozinhos, ou
seja, cada indivduo.
H igrejas que os membros vo casa pastoral aguardar uma consulta
medica; o inicio das programaes da igreja; os filhos sarem da escola; etc. Quando
a famlia pastoral precisa de uma ajudante para as tarefas domsticas, recomenda-
se no contratar algum da igreja, pois ela, em muitos casos, no saber manter
uma relao saudvel com a famlia caso haja algum problema. Ressalta-se a
importncia do sigilo de pequenos problemas que a famlia tem e que so naturais,mas que podem - se mal contadas - denegrir a imagem do pastor e de sua famlia.
27 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. SoPaulo: Vida, 1995. p.79.
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A segunda dificuldade relatada na pesquisa em relao ao exemplo que a
famlia pastoral tem de ser.
No capitulo Os filhos da mulher sem nome - I l-se: Educar filhos uma
tarefa complicada para qualquer casal, e muito mais para o pastor e sua esposa, j
que sua famlia vive numa vitrine sendo constantemente observada. 28
Para os filhos de pastor difcil entender qual o privilegio que ser da
famlia pastoral. A principio s se enxerga o lado negativo disso como, por exemplo,
ser observado o tempo todo. Isto algo que incomoda aos que no podem viver
livremente.
Correr, soltar pipa, andar de bicicleta, patins, brincar, em tudo so criticados,
pois tm de dar o melhor exemplo.
Os filhos do pastor so tema ideal para comentrios, criticas einvaso de privacidade por parte de alguns membros da igreja.Olham-nos como se eles fossem do outro mundo, cobrando deuma criana ou de um adolescente um comportamento deadulto. A idia, em geral, que todas as crianas da igreja tmdireito de correr, brigar, competir, ter amigos especiais, noquerer ia Escola Dominical, dormir no culto, mascar chicletesou chupar balas enquanto o pastor prega o seu sermo, masos filhos do pastor... esses no podem nada disso, porque sofilhos do pastor. 29
preciso entender que a famlia pastoral como outra qualquer, ou seja, tem
problemas, gosta de sair e precisa de momentos para si. Seus filhos so to
crianas, adolescentes e jovens como os filhos dos outros. No h motivos para
haver uma diferenciao dos filhos do pastor das outras crianas da igreja. So
todas do mesmo jeito, recebem as mesmas influencias, tm suas alegrias e suas
28 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. SoPaulo: Vida, 1995. p.48.
29.Idem. p.48.
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dificuldades, umas so mais obedientes por sua prpria natureza, outras menos,
mas com outras qualidades, e como escreve Dusilek:
Criana criana em qualquer lugar do mundo, no importaque sejam os pais, e adolescente sempre adolescente comsuas crises e fases de altos e baixos. No h privilgios ouobrigaes estabelecidas apenas por se nascer na casa dopastor. Se alguns comportamentos citados acima no conveniente, nem aprovado para os filhos do pastor, tambmno o para as demais crianas especialmente para as delares cristos. 30
de responsabilidade dos pais imporem os limites dos membros da igreja em
relao a sua casa e aos seus filhos, defendendo-os quando algum cobrar delesuma atitude diferente por ser filho de pastor.
Os membros das igrejas precisam perceber que sua funo no ministrio
pastoral a de auxlio. Deus coloca o pastor na igreja para ser quem os guia e os
membros fazem parte disto. A cada um dado um dom e, como j citado, sua tarefa
desenvolv-lo para a edificao do corpo de Cristo.
Por outro lado existem pais que ao perceberem o quo pesado o fardo do
nome filho de pastor, no educam seus filhos, permitindo que faam todas as
coisas. Limites, essa uma das chaves de se criar bons cidados.
London cita em sua obra: no lar que nosso verdadeiro sucesso ou fracasso
ser medido. O lar a principal arena na qual temos que ser bem-sucedidos se
quisermos ser bem-sucedidos em qualquer outra. 31
A educao de seus filhos e o estabelecimento de limites tambm tarefa
dos pais. No se deve ensinar para a criana que seus comportamentos devem ser
diferentes pelo fato de serem cristos ou por serem filhos de pastores.
30 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. SoPaulo: Vida, 1995. p.51.
31 LONDON, Jr. H. B. Despertando para um grande ministrio: um livro de pastor para pastor.So Paulo: Mundo Cristo, 1996. p.241.
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Interessante observar que, se bem aproveitada, a primeira dificuldade pode
se transformar em ajuda para os pais. Segundo Allan Petersen necessrio que os
filhos tenham amizade com adultos e em casa isso pode ser de grande valia. Em
suas palavras:
Voc no precisa transformar a sua casa em uma penso, masfaa dela um ponto em que frequentemente haja hospedespara uma refeio. E, embora parea mais fcil, nem sempresepare seus filhos dos adultos, para comer. O risco do tapeteda sala de jantar menor comparado com o beneficio que e osseus filhos recebero por ter amigos adultos. 32
Sua primeira preocupao deve ser a de apresentar-lhes Cristo, afim de que
tomem a deciso de segui-lo para o resto de suas vidas. Mas no s apresent-lo,
mas viv-lo. Muitos pais tm a dificuldade de apresentar a Cristo para seus filhos,
por no saber como viver com Ele.
Mas ensina Nancy novamente:
Os pais so os missionrios que falam aos filhos sobre Jesus esua salvao. Mesmo que mais tarde eles se recusem apermanecer nos caminhos do Senhor, sua tarefa ter sidocumprida. Eles que tero de prestar contas a Deus,individualmente. 33
O problema que em muitos casos, ao invs de ajudar os filhos a
compreenderem Deus e os problemas que a famlia pastoral enfrenta, a cobrana
por atitudes, citada como sendo por parte dos membros, comea dentro da casa
pastoral. Os pais exigem posturas que eles ainda no podem oferecer ou
simplesmente se recusam como uma forma de defesa, rebeldia.
32 PETERSEN, J. Allan. Como eliminar o stress na famlia; como agir em tempos de crise. Riode Janeiro: Juerp, 1981. p.50.
33 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. SoPaulo: Vida, 1995. p.51.
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Falando em rebeldia, Nancy comenta:
Temos que considerar o fato de haver pastores, e em muitos
casos, apoiados pelas esposas, que fazem cobranas pesadassobre os filhos, cobranas essas que muitas vezes resultamem srios desentendimentos entre estes e aqueles. Os paisquerem que os filhos sejam os melhores conhecedores deBblia entre os jovens da igreja; querem que eles sejammsicos exmios, e um modelo impecvel de comportamento.Os rapazes devem ser uns mini-pastores, e as moas umasmini-esposas de pastor. 34
Em primeiro lugar, antes da cobrana por atitude, preciso falar para eles o
porqu de ser cristo e da alegria que sentem em s-lo. Alguns filhos de pastor
esto fora da igreja por no entenderem e experimentarem o Deus de seus pais ou,
em alguns casos, de seu pai, pois nem mesmo a esposa consegue compreend-lo.
Outro serio problema que muitos casais enfrentam quandoum ou mais filhos, na fase de adolescncia ou juventude, saemda igreja. Desviam-se dos caminhos do Senhor, e assumemcomportamentos que entristecem os pais. Sobre este assuntoh muito o que dizer, mas vou tentar simplificar. Muito antesque esse problema acontea, a atitude correta dos pais
aproveitar a fase em que os filhos so pequenos para dar-lhesensinamentos slidos, enraizados na Palavra de Deus, massem cobranas do tipo faa isto, ou no faa isto... pois voc filho de pastor... etc. Ter a conscincia do dever cumprido nostraz muita paz com relao ao nosso papel de educadores. 35
To importante para o pastor ganhar almas para Cristo e cumprir o Idede
Cristo. O problema que s vezes ele perde sua famlia pela falta de ateno
devida. No dar exemplo, apoiar cobranas injustas e no ensin-los no caminho,
pode ser prejudicial e trazer frutos bem amargos para o pastor e sua esposa.
H. B. London Jr. relata uma histria de um casal que faz de sua casa um
santurio e conclui a histria dizendo que eles tm aprendido por experincia
34 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. SoPaulo: Vida, 1995. p.53.
35 Idem. p.57.
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prpria que nem o casamento nem o ministrio florescem muito quando ambos so
rivais. 36
O mesmo acontece na famlia. Se ambos so rivais, no florescem. Corre-se
o risco de ter que escolher um para manter. A melhor soluo ser fazer com que os
dois sejam cooperadores, um dependente do outro e servindo de apoio. Se isto no
acontece, pode-se chegar ao final do ministrio com o triste relato um evangelista
norte americano:
Por anos a fio, viajei atravs do pais, trabalhando para ganhar
as almas dos filhos dos outros homens. E os meus, deixei-osentregues a prpria sorte, e talvez tenham ido para o inferno.Que sirva, porm, tal afirmao como advertncia aos pastoresque tem filhos. 37
O que se espera com este estudo, ouvir dos pastores no final dos
ministrios as palavras de Wayne Grudem:
O ministrio foi uma jornada turbulenta e fabulosa. Sou umhomem feliz no casamento. Meus quatro filhos, j adultos,amam o Senhor, e meus 18 netos esto nesse processo.Tenho uma esposa adorvel a quem amo de todo o corao.Meus filhos me amam, e eu tambm os amo. A concluso que nosso casamento e nossa famlia cresceram em meio aoministrio. 38
36 LONDON, Jr. H. B. Despertando para um grande ministrio: um livro de pastor para pastor.So Paulo: Mundo Cristo, 1996. p.145.
37 WILDER, John B. O jovem pastor. Rio de Janeiro: Juerp, 1981. p.79.38 GRUDEM, Wayne. Famlias fortes, igrejas fortes: os desafios do aconselhamento familiar. So
Paulo: Vida, 2005. p.31.
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5 CONCLUSES E RECOMENDAES
Existem alguns manuais no mercado sobre tcnicas de liderana. O que se
procura neste estudo dar algumas ferramentas e recomendaes no mbito
eclesistico e de compromisso com o Senhor, ao invs de dar solues
administrativas e empresariais.
5.1 AO PASTOR
Em primeiro lugar, importante observar que qualidades pessoais so ajuda
para o ministrio pastoral. Falar bem, administrar, mas isso se aprende. O que
determina a vida e consequentemente o ministrio pastoral o carter do pastor.
Este um dos segredos do xito pastoral.
Todos os crentes so chamados a uma vida comprometida, mas o pastor h
de ser o modelo deles. Timteo adverte: ningum despreze o fato de ser jovem mas
seja o exemplo dos fiis. 39
Segue uma lista de algumas caractersticas que se acredita ser necessrio
que o pastor tenha: pureza, ser irrepreensvel, fidelidade, ter credibilidade,
honestidade, veracidade, humildade, reconhecer suas limitaes, reconhecer o valor
dos outros, admitir o erro, ter senso de humor - algo importante para pessoas dacomunicao, otimismo, ver o melhor nas pessoas e nas coisas, pacincia, resistir e
manter-se firme diante das adversidades, longanimidade, manter-se firme diante das
pessoas adversas, ser consagrado ao Senhor, ter compromisso com a igreja de
39 Timteo 4,12
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Cristo, disposio de vencer os seus temores, cuidado para no mudar a
mensagem, dizer a mensagem correta, no ter medo de fracassar e ser
empreendedor para o reino de Deus. Em resumo, diante de tantas caractersticas o
pastor pode ser comparado a um soldado sempre pronto para a batalha.
Com auxilio de autores importantes, alguns pontos so desenvolvidos para
ajudar o pastor em momentos de crise. Citando Richard Baxter, que comea a sua
obra alertando-os no aspecto de sua vida pessoal, diz que ela deve ser
...constantemente submetida ao escrutnio das Escrituras. luz das Escrituras
Sagradas, aquele que foi chamado a to elevada vocao deve aspirar santidade
e pureza de vida. 40
O cuidado com a vida espiritual tem de ser uma prioridade na vida do pastor.
O ministrio um reflexo daquilo que o pastor . Alm dele ser correto, honesto,
santo, ele deve aparentar ser. Sua imagem algo to importante no ministrio que
s o fato da desconfiana de uma acusao contra sua moral ou integridade pode
lev-lo a runa.
Quanto a isto, Viertel nos diz que o pastor , nos olhos do povo, o
representante nmero um da igreja e de Cristo na comunidade. Ele precisa se cuidar
em relao s coisas que ele faz, as palavras que diz e aos lugares que ele vai. 41
Convm ao pastor olhar por si mesmo porque h muitos olhos fixos nele.
Muitos assistiro a sua queda. Muitos caem sem algum saber que caram, mas
aqueles que esto numa posio de destaque so vulnerveis aos que desejamsempre usar o pior lado da situao. E pssimo deve ser para um ministro,
40 BAXTER, Richard. O pastor aprovado. So Paulo: Publicaes Evanglicas Selecionadas, 1996.p.18.
41 VIERTEL, Weldon E. Pastoral ministry; the pastors personal life and duties. El Paso, Texas:Carib Baptist Publications, 1971. p.64.
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vocacionado por Deus, ouvir e ver homens apontando-o e relatando seus pecados
cometidos para quem quer seja.
A tarefa pastoral , entre outras, livrar os outros e a si mesmo da tentao,
dominar o diabo e destruir seu reino, edificar o reino de Deus e ajudar as pessoas a
alcanar a glria eterna. Cabe ao pastor ter um conhecimento profundo das
Escrituras para poder ensinar a sua comunidade no somente o terico, mas a
coloc-los em prtica. Pregar o que vive ou viver o que prega algo fundamental na
vida do pastor, pois ele vigiado em todos os seus passos por algum.
O pastor deve ter um cuidado enorme com sua vida, pois assim como diz
Baxter,
Portanto, cuidemos de ns mesmos, para no perecermos,enquanto clamamos a outros que cuidem de si, para noperecerem! Podemos morrer de fome enquanto preparamoscomida para outros.42
Prestadores de servios podem no usufruir do que produzem. Alfaiates
podem vestir trapos e cozinheiros podem ser desnutridos enquanto preparam roupas
e alimentos para outros. Assim tambm pode ser o pastor que oferece Cristo para os
outros sem ter a noo de quem Ele realmente seja.
Tenha certeza que Cristo j habita em seu corao e que o Esprito Santo
est em sua alma antes de voc oferec-lo a outros.
Outro erro que um pastor pode cometer o de conviver com aquilo que ele
condena. Viver na prtica do pecado desonrar quele a quem serve. Isto
exortado pelos prprios ministros para que os seus ouvintes no o faam; voc, que
42 BAXTER, Richard. O pastor aprovado. So Paulo: Publicaes Evanglicas Selecionadas, 1996.p.51.
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ensina os outros, no ensina a si mesmo? 43 Aquele que de fato pe sentido naquilo
que fala, certamente age de acordo com o que fala.
Existe a possibilidade de se ganhar almas para Cristo, ter xito na pregao
do evangelho sem trazer santidade para o prprio corao ou vida. Um fato a ser
observado que h algo maior a se ganhar ou perder: a salvao! Assim como os
ouvintes, os pastores tambm tm alma e a sua eternidade ser definida no pela
quantidade de vezes que pregou, mas pela deciso por Cristo.
Nunca devem se esquecer daquilo que o livro de Samuel ensina Honrarei
aqueles que me honram, mas aqueles que me desprezam sero tratados com
desprezo. 44 Quando os interesses so prprios no h porque aguardar a
aprovao do Senhor. No se deve deixar que os pecados do plpito dominem o
ministrio de pregao da palavra.
O pecado mais odioso, segundo Baxter, o orgulho. Chega a dizer que o
orgulho to patente na vida de alguns pastores que eles quando pregam no
anunciam o reino dos cus e a glria de Deus, mas o progresso de satans. 45 A
necessidade de humilhar-se deve ser constante na vida do ministro e constitui o
mago do evangelho.
Dificilmente o pastor consegue ter um ministrio abenoado sem ter uma vida
de orao. Deus quer um relacionamento pessoal com seus filhos, por isso a orao
a forma bsica e fundamental para tal relacionamento. Alm de orar por si e por
seus familiares o pastor deve gastar tempo intercedendo por aqueles que fazem
43 Romanos 2,21.44 I Samuel 2,30.45 BAXTER, Richard. O pastor aprovado. So Paulo: Publicaes Evanglicas Selecionadas, 1996.
p.75.
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parte do seu rebanho. A exemplo do apstolo Paulo que, dando seu prprio
exemplo, orava dia e noite por seus ouvintes. 46
Em outra citao o apostolo Paulo adverte:
Ser inapto para ser pastor se no tiver prazer na santidade,se no odiar a iniqidade, se no amar a unidade e pureza daIgreja, e se no detestar a discrdia e o divisionismo. 47
necessrio ter uma vida de orao por si e pelo rebanho. A intimidade do
pastor com Deus fundamental, mas deve-se levar em conta tambm o seu
relacionamento com o prximo.Em primeiro lugar, dentro de sua prpria casa. Isso comea na escolha de
quem dividir o mesmo teto com ele. Uma escolha errada e seu ministrio pode ser
destrudo.
Voltando a Viertel em seu comentrio:
O ministrio de muitos sinceros jovens homens tem sidoarruinado por causa de uma escolha errada de suacompanheira. Se ela no comprometida com o trabalho doSenhor e vive uma vida mundana, ela pode destruir sua sademental, espiritual e sua influencia crist. 48
A esposa do pastor parte decisiva e importante no ministrio. Este um
ponto que satans usa para destruir a famlia pastoral. 49 Afinal, com problemas
familiares pouca autoridade o lder ter sobre a igreja.
46 II Timteo 1,3.47 BAXTER, Richard. O pastor aprovado. So Paulo: Publicaes Evanglicas Selecionadas, 1996.
p.97.48 VIERTEL, Weldon E. Pastoral ministry; the pastors personal life and duties. El Paso, Texas:
Carib Baptist Publications, 1971. p.61.49 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. So
Paulo: Vida, 1995. p.30.
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5.2 FAMILIA
Como j demonstrado neste estudo, a famlia pastoral sofre algumas
cobranas e torna-se, em alguns casos, difcil manter todos firmes no caminho em
que devem seguir. Por isso seguem algumas recomendaes e conselhos sobre a
bno que ser da famlia escolhida por Deus.
5.2.1 Esposa
Um primeiro ponto a ser levantado aqui a diferena entre sere estar
esposa de pastor. Ser esposa de pastor o aceitar, envolver-se, empenhar-se
realizar aquilo com dedicao e esforo. Enquanto que estar esposa de pastor
totalmente diferente disso no aceitando o ministrio, as cobranas e no se
envolvendo nos assuntos da igreja.
Nas palavras de Nancy Dusilek
Entendo que ser esposa de pastor vestir a camisa dadesafiadora posio que passar a ser ocupada pela mulherque Deus colocou ao lado de um homem vocacionado. vesti-la mental, emocional e espiritualmente. 50
Uma vez esposa de pastor, cabe a mulher administrar sua vida de forma que
no a desperdice em reclamaes e frustraes. Dificuldades sempre existiro, mas
o importante no se entregar ao desnimo. Algumas recomendaes so dadas
para que o crescimento seja uma oportunidade e no um fardo. Cursos e terapias
50 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. SoPaulo: Vida, 1995. p.17.
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podem ajudar no processo de crescimento, mas o espiritual fundamental. No
importa o quo espiritual o marido seja. O crescimento espiritual pessoal e
intransfervel.
S com o crescimento espiritual que muitas dificuldades sero vencidas.
Uma delas a cobrana. A esposa do pastor sempre observada e precisa lidar
muito bem com isso. importante perceber que seu compromisso no diretamente
com a igreja e sim com Deus e, reconhecendo seus limites, trabalhe usando seus
dons. Ter compromisso com Deus no significa ter a agenda cheia de compromissos
com a igreja. Isso ativismo e no compromisso. 51
Sabedoria, este deve ser o centro das peties a Deus. Em Provrbios
encontra-se um conselho para isso: A mulher sbia edifica a sua casa, mas com
suas prprias mos a insensata derruba a sua. 52
Permitir que o marido tenha seus momentos a ss; saber a hora de livr-lo de
uma cilada de satans; ter a conscincia de que no a nmero um, mas algum
que auxilia o ministrio do marido; estimul-lo aps eventos bem sucedidos e critic-
lo em momentos que no o for; cuidar de si, da casa e dos filhos, isto tudo exige que
essa mulher sem nome seja aquela enviada por Deus com a sabedoria vinda dele
para que a famlia e o ministrio sejam de acordo com aquilo que Deus espera
dessa famlia.
5.2.2 Aos Filhos
51 DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa de pastor. SoPaulo: Vida, 1995. p.40.
52 Provrbios 14,1.
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Ouve-se, ou at mesmo fala-se de pessoas reclamando, que no pediram
para nascer nessa ou naquela famlia. Queixam-se, ou se defendem, afirmando que
no tm culpa de ser filho ou filha de pastor. Frase a princpio verdadeira. Para os
que a usam , em muitos casos, uma justificativa de atos (geralmente indevidos)
conseqentes da culpa que no tm e da cobrana que sofrem por serem filhos de
pastor.
Porm, as verdades que podem ser tiradas dessa simples frase so muito
mais profundas. So princpios que, por muitos motivos, foram esquecidos ou
deixados pela sociedade e pelas prprias famlias crists, pastorais, fazendo com
que os seus filhos perdessem o real significado do que estarem inseridos numa
famlia como a sua.
Esses itens podem ser relembrados, e com a ajuda de Deus faz-los
novamente reais em suas vidas. Deus os escolheu para serem filhos de quem so
Ele sabe o que melhor. Realmente os filhos no tm culpa de nascerem numa
famlia com tantas responsabilidades e importncia. Porm, foi Deus quem os criou
e os capacita no necessrio para que cumpram com a responsabilidade a que foram
chamados. No questionem tudo o que acontece em suas famlias, mas recebam a
orientao de Deus e ajudem no ministrio de seus pais, sabendo que essa a
vontade de Deus para suas vidas. Pode ser observado no livro do profeta Jeremias:
Antes de form-lo no ventre eu o escolhi; antes de voc nascer, eu o separei e o
designei profeta s naes.
53
Todas as famlias tm suas caractersticas positivas e negativas. Algumas
incomodam mais, so mais transparentes, e nem sempre os filhos sabem lidar com
elas. Outras so motivo de muito orgulho. Certamente sua famlia tem boas
53 Jeremias 1,5.
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caractersticas. Descubram quais so elas, analisem-nas. Faam-nas muito maiores
e recompensadoras do que as que so ruins. Orem ao Senhor para que suas futuras
famlias tenham tais aspectos - e outros melhores ainda - prprios de famlias - que
influenciaro positivamente seus filhos. Na primeira carta de Paulo Timteo se tem
que ... e seja conhecida por suas boas obras, tais como criar filhos, ser hospitaleira,
lavar os ps dos santos, socorrer os atribulados e dedicar-se a todo tipo de obra.54
Em Salmos pode-se encontrar outra recomendao para essa situao:
Aleluia! Como feliz o homem que teme o Senhor e tem
grande prazer em seus mandamentos! Seus descendentessero poderosos na terra, sero uma gerao abenoada, dehomens ntegros. Grande riqueza h em sua casa, e a suajustia dura para sempre. 55
Aceitem as correes, orientaes e conselhos de seus pais, pois eles os
amam e querem o seu melhor. Muitas so as pessoas que sua volta esto, e
sentem-se no direito de fazer o mesmo, mas so os seus pais que tm toda
autoridade, responsabilidade e cuidado - confiados diretamente de Deus - sobre
suas vidas. Em meio a tantas presses e dvidas, eles querem os ensinar o melhor.
Dem ateno ao que dizem, ouam-nos.
Segundo o autor de Hebreus para disciplina que perseverais. Deus vos
trata como filhos; pois que filho h que o pai no corrige? 56 Se o prprio Deus
corrige aos que ama e chama de filhos, quanto mais os pais, queles a quem Deus
deu a guarda dos filhos aqui na terra. A mesma instruo, mas esta para os filhos,encontra-se em Provrbios: Filho meu, ouve a instruo de teu pai, e no deixes o
ensino de tua me. 57
54I Timteo 5,10.55 Salmo 112,1-3.56Hebreus 12,757 Provrbios 1,8
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Tenham sempre em mente que o melhor que seus pais puderem fazer, eles
faro. Adversidades sempre existiro, tais como: dificuldades financeiras,
responsabilidades sociais, o tempo que curto, a incapacidade de fazer o
impossvel, as dificuldades de lidar com pessoas. Parece que eles, por alguns
momentos, se esqueceram de vocs ou se importam mais com outros, no
correspondendo s suas expectativas. Mas, saibam que eles sempre procuram fazer
o melhor, mesmo que no percebam, pois so muito importantes para eles. So
limitados, humanos, erram, mas tenham certeza que eles os amam e procuram
satisfazer suas necessidades fsicas, psicolgicas e espirituais.
No evangelho de Lucas possvel ler E qual o pai dentre vs que, se o filho
lhe pedir po, lhe dar uma pedra? Ou, se lhe pedir peixe, lhe dar por peixe uma
serpente? 58
Obedeam e honrem aos seus pais, esse um dos mandamentos. Cumpram-
no, obedecendo primeiro ao Pai Celestial. No os questionem sempre ou
desobedeam-nos. Se existe a dificuldade em obedecer aos seus pais terrenos,
procurem ajuda de Deus Pai para que os ajude a faz-lo sinceramente. Se o erro
est verdadeiramente nas ordenanas de seus pais, orem e peam a Deus que
transforme os coraes deles, continuando submissos aos seus responsveis.
Um mandamento muito importante encontrado em na carta de Paulo aos
Efsios:
Filhos, obedeam a seus pais no Senhor, pois isso justo.Honra teu pai e tua me- este o primeiro mandamento compromessa - para que tudo te corra bem e tenhas longa vidasobre a terra. 59
58 Lucas 11,11.59 Efsios 6,1-3.
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Se seu pai se encontra em dificuldade ministerial ou pessoal, no dem mais
motivos para que a luta que ele tem travado piore. Ao contrrio, ajudem-no. Vocs
podem e devem. Vocs so os filhos que ele precisa, tanto quanto precisam dele.
Orem constantemente por sua vida, por seu chamado e por suas responsabilidades.
Conversem com suas mes, com seus amigos, com pessoas de confiana e at
mesmo com seus pais, orando a Deus e pedindo sabedoria, discernimento, ajuda,
para que faam o melhor para ajud-lo.
No livro de Provrbios encontra-se uma sabedoria que diz Discipline seu
filho, e este lhe dar paz; trar grande prazer sua alma. 60
Tenham certeza em seus coraes e vidas que o melhor esto fazendo. O
melhor diante de Deus, famlia e mundo. Que todos, principalmente Deus, possam
dizer o mesmo de vocs. E que Ele exclame ...Este o meu filho amado, em quem
me agrado.61
Como j citado, vocs so primeiramente filhos de Deus. Busquem-no,
honrem-no, adorem-no. Ouam e obedeam aos seus ensinamentos, sabendo que o
mais Ele far, cuidar, e os ajudar a fazer naturalmente. Nele tudo possvel, pois
poderoso e grande - perfeito Pai. Faam a diferena como filhos de Deus e,
consequentemente, diferena como filhos em suas famlias e diante do mundo.
Para marcarem uma gerao e serem reconhecidos, necessrio que sigam
as orientaes do apostolo Paulo escrevendo aos Filipenses ... para que vos torneis
irrepreensveis e sinceros, filhos de Deus inculpveis no meio de uma geraopervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo. 62
60 Provrbios 29.17.61 Mateus 3.17.62 Filipenses 2.15.
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6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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BIBLIA. Portugus. Bblia Sagrada. Nova Verso Internacional. So Paulo:Vida, 2000
CAEMMERER, Richard. Feeding and leading. Misouri: Concordia Publishing House,1962. 260p.
CHRISTENSON, Evelyn. O que acontece quando oramos por nossas famlias. So
Paulo: Mundo Cristo, 1999. 245p.
CLARK, Wayne C. The minister looks at himself. Philadelphia, The Judson Press,1957. 135p.
CRABTREE, Asa Routh. A doutrina do ministrio. Rio de Janeiro: Juerp, 1981. 148p.
DRESCHER, John M. Se eu comeasse meu ministrio de novo. Campinas: CristUnida, 1997.106p.
DUSILEK, Nancy Gonalves. Mulher sem nome: dilemas e alternativas da esposa depastor. So Paulo: Vida, 1995. 96p.
FRIZZELL, Gregory R. Como desenvolver uma vida poderosa de orao.Associao Religiosa Imprensa da F: So Paulo, 2005. 143p.
GRUDEM, Wayne. Famlias fortes, igrejas fortes: os desafios do aconselhamentofamiliar. So Paulo: Vida, 2005. 334p.
HEDLEY, George. The minister behind the scenes. New York: Macmillan, 1956.147p.
LONDON, Jr. H. B. Despertando para um grande ministrio: um livro de pastorpara pastor. So Paulo: Mundo Cristo, 1996. 260p.
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PETERSEN, J. Allan. Como eliminar o stress na famlia; como agir em tempos decrise. Rio de Janeiro: Juerp, 1981. 151p.
PETERSON, Eugene H. O pastor que Deus usa: o trabalho pastoral segundo a
palavra de Deus. Rio de Janeiro: Textus, 2003. 285p.
VIERTEL, Weldon E. Pastoral ministry; the pastors personal life and duties. El Paso,Texas: Carib Baptist Publications, 1971. 120p.
WILDER, John B. O jovem pastor. Rio de Janeiro: Juerp, 1981. 112p.
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ANEXOS
Seguem em anexo as pesquisas de campo realizadas.
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RESUMO
Ao analisar a vida de um pastor, tm-se dois lados de uma moeda. Um deles aquele que observamos na vida social, no domingo, nos cultos, quase sempre
formal atrs do plpito, exortando o povo a endireitar seus caminhos e seguir os
mandamentos de Deus e etc. O que me chama a ateno o outro lado dessa
moeda, o pastor por trs das cmeras, sem a sua formalidade, na sua intimidade.
Como seria interessante ver o pastor em um desses reality shows. Essa viso
que poderia ser de sua comunidade, que muitas vezes no sabe dos desafios e
dificuldades enfrentadas por um pastor ao longo da sua caminhada. A viso da
famlia do pastor, que quase nunca tem identidade prpria, completamente
diferente.
O ensaio se prope a tentar mostrar esse outro lado da moeda, apresentando
uma viso da famlia do pastor, que no escolheu ser, mas tem que enfrentar as
cobranas por parte dos membros da comunidade, como o de ser exemplo em
comportamento, ser diferente dos demais, e que em alguns casos leva at ao
afastamento da igreja, de Deus e desestruturao da famlia. Conselhos,
cuidados e exemplos so demonstrados nesse ensaio para que voc que est nesse
barco tendo ou no a opo de sair enfrente as tempestades das crises sem
perder a f em Deus e aproveitar a beno que ser pastor ou famlia de pastor.
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