observatÓrio feministaº-boletim.pdf · e o aumento no número de delegadas no estado....

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DDEEBBAATTEE DDOOSS PPRREESSIIDDEENNCCIIÁÁVVEEIISS 22001144

CCoonnttrriibbuuaa ccoomm nnoossssaass rreefflleexxõõeess ee aannáálliisseess!! EEnnvviiee ssuuggeessttõõeess ppaarraa::

oobbsseerrvvaattoorriiooffeemmiinniissttaa22001144@@ggmmaaiill..ccoomm

2288 ddee aaggoossttoo ddee 22001144 MMaanniiffeessttaaççõõeess ddee GGêênneerroo,, RRaaççaa,, SSeexxuuaalliiddaaddee ee RReelliiggiiããoo nnaass EElleeiiççõõeess 22001144 hhttttpp::////wwwwww..nneeiimm..uuffbbaa..bbrr

O candidato ao governo do estado de São Paulo Paulo Skaf (PMDB) está enfocando em sua campanha o enfrentamento ao estupro. Ele propõe a criação de 33 novas delegacias da mulher

e o aumento no número de delegadas no Estado. Parabenizamos o candidato pela iniciativa, mas lembramos que violência contra a mulher não se combate apenas com reforço nas

instituições policias: é preciso combater o sexisismo em suas formas sutis do dia­a­dia.

OO OOBBSSEERRVVAATTÓÓRRIIOO FFEEMMIINNIISSTTAA RREEAALLIIZZOOUU OO SSEEUU 11ºº MMIINNII­­CCUURRSSOO EEMM CCOOMMUUNNIIDDAADDEE

AABBOORRTTOO

Nessa sexta­feira, dia 29, foi divulgada pesquisade intenção de votos realizada pelo Datafolhaque confirma a tendência de crescimento dacandidata Marina Silva na corrida presidencial.Em números essa pesquisa demonstra umareviravolta no processo eleitoral e indica umcrescimento da candidata Marina Silva na qualsubstituiu Eduardo Campos. Na última pesquisafeita pelo Ibope a candidata Dilma que possuía34% agora mantém os mesmo 34%, MarinaSilva tinha 21% e agora passou para 34%, já

PPEESSQQUUIISSAA IIBBOOPPEE

O primeiro debate entre os presidenciáveis nestas eleições, ocorrido na últimaquarta­feira (26.08.14), na Rede Bandeirantes, não apresentou nada de novo,temas como saúde, segurança pública, educação e desenvolvimento daeconomia, ocuparam os discursos dos três principais candidatos (Dilma,Marina e Aécio), sem deixar claro para o eleitor a viabilidade real das

LLGGBBTTRRAAÇÇAA

DDEE OOLLHHOOSS NNAASS EELLEEIIÇÇÕÕEESS!!

No dia 23 de agosto a equipe do

Observatório, realizou o seu 1º mini­

curso sobre a representação da mulher

na política. O encontro foi no Espaço

OBSERVATÓRIO FEMINISTAELEIÇÕES 2014

propostas. Os temas polêmicos como aborto, descriminalização damaconha, educação religiosa nas escolas e o sistema presidiário,casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, foram pouco debatidos,exceto com a intervenção da ccaannddiiddaattaa LLuucciiaannaa GGeennrroo ((PPSSOOLL)) ee ddoo

ccaannddiiddaattoo EEdduuaarrddoo JJoorrggee((PPVV))..

33ºº BBoolleettiimm ddoo OObbsseerrvvaattóórriioo FFeemmiinniissttaa

As questões LGBT tiveram pouca relevância no

debate, e foi problematizada apenas pela candidata

LLuucciiaannaa GGeennrroo ((PPSSOOLL)). A candidata vem se

posicionado a favor dos Direitos Humanos e Cidadania

LGBT, no que tange ao combate à homofobia nas

escolas, legalização do casamento civil igualitário,

criminalização da homofobia e entre outros.

No debate, LLuucciiaannaa GGeennrroo fez referência ao estado

laico e, dirigindo­se ao candidato do PSC, fez questão

de chamá­lo de Everaldo, negando­se a tratá­lo como

pastor, justificando ser “impróprio confundir política

com religião”. Lembrou que o ppaassttoorr EEvveerraallddoo foi da

base aliada do atual governo e participou ativamente

da suspensão do Programa Escola sem Homofobia,

impedindo que os professores tivessem acesso ao

material didático e pedagógico. Uma iniciativa de

educação cidadã, que ensina os/as jovens a respeitar

o outro com as suas diferenças.

LLuucciiaannaa GGeennrroo lembrou que a homofobia e transfobia

matam, que um membro da comunidade LGBT é

assassinado por dia, por causa do preconceito e pela

falta de programas pedagógicos dentro das escolas

para combatê­los. Em seguida questionou o pastor

Everaldo se não se sentiria responsável pela morte

dos homossexuais. Mas, o ppaassttoorr EEvveerraallddoo não quis

prolongar o assunto respondendo que não se sente

responsável.

Cultural Alagados com mulheres lideranças comunitárias e

representantes de entidades comunitárias da região da

Península de Itapagipe. Na oficina temática “Sexualidade e

Corpo” duas questões foram discutidas: a repressão sexual

que as mulheres são submetidas e os padrões de beleza

impostos pela sociedade. Durante o curso as participantes

contaram suas histórias de luta e dificuldades, e se

posicionaram sobre a importância da representatividade da

mulher negra nos espaços de poder público e na sociedade.

Levy Fidelix (PRTB) defendeu a redução da

maioridade penal e uma maior utilização da

política de encarceramento, propondo assim

combater as consequências e efeitos da

violência e não atacar as causas desse

problema. LLuucciiaannaa GGeennrroo ((PPSSOOLL)) ressaltou que

essas propostas de LLeevvyy são uma forma de

controle social que atingirá a população negra e

pobre da sociedade brasileira. É importante

ressaltar que tanto LLeevvyy FFiiddeelliixx ((PPRRTTBB)) quanto

PPaassttoorr EEvveerraallddoo ((PPSSCC)),, que também se

pronunciou a favor da redução da maioridade

penal, adotaram esse discurso na campanha

afirmando que esse é um desejo da sociedade

em geral, o que é questionável. O debate em

torno dessa questão estão sob os efeitos da

manipulação da grande mídia.

O tema do aabboorrttoo teve destaque em alguns momentos do

debate, tanto das opiniões progressistas, como das

conservadoras. Foi no segundo bloco que esse tema

surgiu, quando EEdduuaarrddoo JJoorrggee ((PPVV)) questionou AAéécciioo

NNeevveess ((PPSSDDBB)) a sua posição sobre a descriminalização do

aborto, ele se declarou contrário ao aborto. AAéécciioo NNeevveess

reforçou a sua resposta afirmando que “é por falta de

informação que acontece uma gravidez indesejada”. O que

revela ignorar as razões que levam a mulher praticar um

aborto. Eduardo Jorge insistiu ao afirmar que é um absurdo

a legislação atual, o que coloca o Brasil em contraste com

tantos outros países que já asseguram esse direito às

mulheres.

LLuucciiaannaa GGeennrroo ((PPSSOOLL)) criticou a proposta de ensino do

criacionismo nas escolas, afirmando que nenhuma religião

pode se sobrepor às outras, tão pouco influenciar as

decisões políticas. A candidata debateu questões como

drogas lícitas e ilícitas, e o aborto como temas do

programa educacionais. Quanto ao aborto, ela se

posicionou a favor da regulamentação, uma vez que o

aborto acontece em todas as classes sociais, mas são

mulheres com menos recursos financeiros que correm

riscos ao praticá­lo. Tanto MMaarriinnaa e DDiillmmaa se esquivaram

sobre essa questão. Marina preferiu focar sobre o ensino

do criacionismo. No final do debate o candidato PPaassttoorr

EEvveerraallddoo PPeerreeiirraa ((PPSSCC)), ratificou seu posicionamento

fortemente contra o aborto. O debate seguiu sem tratar dos

temas polêmicos que estão na ordem do dia da sociedade.

O candidato ao governo do estado de São Paulo Paulo Skaf (PMDB) está enfocando em sua campanha o enfrentamento ao estupro. Ele propõe a criação de 33 novas delegacias da mulher

e o aumento no número de delegadas no Estado. Parabenizamos o candidato pela iniciativa, mas lembramos que violência contra a mulher não se combate apenas com reforço nas

instituições policias: é preciso combater o sexisismo em suas formas sutis do dia­a­dia.

Aécio Neves continua sendo um dos mais afetadosnesse novo cenário, caiu da segunda posição noincio de Agosto, agora a candidata Marina Silva abriuma diferença de dezenove pontos percentuais frenteao tucano. Segundo o Datafolha Marina ganharia dacandidata Dilma em um eventual segundo turno comuma margem de dez pontos percentuais de diferença.

PPoorrttaannttoo,, ffiiccaa aa ppeerrgguunnttaa:: éé ppoossssíívveell aaffiirrmmaarr qquuee aa

ccoommooççããoo ppeellaa mmoorrttee ddoo ccaannddiiddaattoo EEdduuaarrddoo CCaammppooss

ddeeuu lluuggaarr aa eessssee nnoovvoo qquuaaddrroo ppoolliittiiccoo,, qquueebbrraannddoo aa

ddiissppuuttaa bbiippaarrttiiddaarriiaa eennttrree oo PPSSDDBB ee PPTT,, oouu nnããoo??

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