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MANUAL DE INSPEÇÃO DE OBRAS DE ARTE – EGR
Porto Alegre
Abril 2018
10/01/2020 16:23:10 EGR/GENG/137 PARA PROVIDÊNCIAS 14
20049600000402
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 5
1.1 ESCOPO 5
2 TERMOS E DEFINIÇÕES 6
2.1 NOMENCLATURA DOS ELEMENTOS 9
2.1.1 Numeração em obras de arte no eixo da rodovia 9
2.1.2 Numeração em obras de arte transversais ao eixo da rodovia 9
2.1.3 Legenda 10
2.1.4 Códigos de caracterização 12
3 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO 14
3.1 PARÂMETROS ESTRUTURAIS 14
3.2 PARÂMETROS FUNCIONAIS 14
3.3 PARÂMETROS DE DURABILIDADE 15
3.4 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO 16
4 REFERÊNCIA DE CLASSIFICAÇÃO 18
4.1 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO – PARÂMETROS ESTRUTURAIS 19
4.2 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO – PARÂMETROS FUNCIONAIS 21
4.3 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO – PARÂMETROS DE DURABILIDADE
22
5 METODOLOGIA DE INSPEÇÃO 24
5.1 INSPEÇÃO CADASTRAL 24
5.1.1 Roteiro básico para inspeção cadastral 25
5.1.2 Ficha para inspeção cadastral 28
5.2 INSPEÇÃO ROTINEIRA 31
5.2.1 Roteiro básico para inspeção rotineira 32
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5.2.2 Ficha para inspeção rotineira 32
5.3 INSPEÇÃO ESPECIAL 34
5.3.1 Roteiro básico para inspeção especial 35
5.3.2 Técnicas avançadas de inspeção 37
5.3.3 Ficha para inspeção especial 44
5.4 INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA 45
5.5 ROTEIRO BÁSICO PARA INSPEÇÃO SUBAQUÁTICA 45
5.5.1 Limpeza da superfície 46
5.5.2 Periodicidade da inspeção subaquática 46
5.5.3 Equipamentos audiovisuais 46
6 PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO 47
6.1 SEGURANÇA AO TRÁFEGO 47
6.1.1 Características de áreas de sinalização temporária 48
6.2 SEGURANÇA DO TRABALHO 49
7 QUALIFICAÇÃO TÉCNICA 50
7.1 QUALIFICAÇÃO DOS INSPETORES 50
7.2 QUALIFICAÇÃO DOS AUXILIARES TÉCNICOS 50
8 REFERÊNCIAS 52
8.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS 52
8.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 52
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TABELAS
Tabela 1 – Códigos para tipologia da estrutura 12
Tabela 2 – Códigos para sistemas construtivos 13
Tabela 3 – Códigos para natureza da transposição 13
Tabela 4 – Códigos para materiais 13
Tabela 5 - Classificação da condição de obra de arte segundo os parâmetros estrutural, funcional
e de durabilidade 16
Tabela 6 - Modelo de ficha de classificação 17
Tabela 7 – Caracterização dos sistemas estruturais segundo a relevância no sistema estrutural
18
Tabela 8 – Nota de classificação segundo parâmetros estruturais – Parte I 19
Tabela 9 – Nota de classificação segundo parâmetros estruturais – Parte II 20
Tabela 10 – Nota de classificação segundo parâmetros funcionais 21
Tabela 11 – Nota de classificação segundo parâmetros de durabilidade – Parte I 22
Tabela 12 – Nota de classificação segundo parâmetros de durabilidade – Parte II 23
Tabela 13 – Modelo de ficha de inspeção cadastral – Parte 1 28
Tabela 14 – Modelo de ficha de inspeção cadastral – Parte II 29
Tabela 15 – Modelo de ficha de inspeção cadastral – Parte III 29
Tabela 16 – Modelo de ficha de inspeção rotineira – Parte I 32
Tabela 17 – Modelo de ficha de inspeção rotineira – Parte II 32
Tabela 18 – Modelo de ficha de inspeção rotineira – Parte III 33
Tabela 19 – Ficha de inspeção especial – Parte I 44
Tabela 20 – Ficha de inspeção especial – Parte II 45
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1 INTRODUÇÃO
Este manual tem a função de definir as diretrizes técnicas dos termos de referência de inspeção
de obras de arte, desenvolvidos pela Empresa Gaúcha de Rodovias – EGR, sistematizando as
melhores práticas, consolidadas nas normas e literatura técnica sobre o assunto.
Grande parte de seu texto é transcrição literal de normas e manuais nacionais, desenvolvidos
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e pelo Departamento Nacional de
Estradas de Rodagem – DNIT.
1.1 ESCOPO
Este manual especifica os requisitos exigíveis para inspeções em pontes, pontilhões, viadutos e
passarelas, com estrutura em concreto (armado e protendido), aço ou mista aço-concreto e para
apresentação dos resultados destas inspeções.
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2 TERMOS E DEFINIÇÕES
Os termos e definições apresentados neste capítulo foram compilados das referências
normativas e bibliográficas deste manual, especialmente a ABNT NBR 9452:2016 [1] e o
Glossário de Termos Técnicos do DNER [9].
a) Inspeção de estruturas: conjunto de procedimentos técnicos e especializados
que compreendem a coleta de dados necessários à formulação de um
diagnóstico e prognóstico da estrutura, visando manter ou reestabelecer os
requisitos de segurança estrutural, funcionalidade e durabilidade;
b) Obras de arte: designação tradicional de estruturas, tais como pontes, viadutos,
túneis, muros de arrimo e bueiros, necessários à implantação de uma via;
obras de arte correntes: obra de arte de pequeno porte, tal como bueiro,
pontilhão e muro, que normalmente se repete ao longo da estrada, obedecendo
geralmente a projeto padronizado;
obras de arte especiais: estrutura, tal como ponte, viaduto ou túnel que, pelas
suas proporções e características peculiares, requer um projeto específico;
c) Ponte: estrutura destinada à transposição de obstáculo à continuidade do leito
normal da via, e cujo obstáculo deve ser constituído por canal aquífero, como
rio, mar, lago córrego e outros;
d) Viaduto: estrutura destinada à transposição de obstáculo à continuidade do leito
normal da via, e cujo obstáculo é constituído por rodovia, ferrovia, vale, grota
ou contorno de encosta. Esta estrutura destina-se também à substituição de
aterros.
e) Passarela: estrutura destinada exclusivamente à travessia de pedestre e/ou
ciclista, desde que devidamente projetada para tanto;
f) Pontilhão: ponte ou viaduto de vão único ou comprimento igual ou inferior a
6m;
g) Comprimento: dimensão que se encontra no eixo de orientação do fluxo da
carga móvel sobre a superestrutura;
h) Largura: dimensão perpendicular ao comprimento no plano horizontal da
superestrutura;
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i) Superestrutura: conjunto de elementos destinados a receber as cargas
permanentes e acidentais transferindo-as à mesoestrutura ou diretamente à
infraestrutura. A superestrutura contempla em si os seguintes elementos:
laje (inclusive de pontes em arco, extradorso, pênsil e estaiada) e placa de pré-
laje;
viga longarina, viga treliçada e viga-caixão;
viga transversina (exceto quando em caráter de cortina de contenção de aterro
dos encontros);
articulação (dente tipo Gerber, Freyssinet e outros);
estais;
viga em arco superior, intermediário ou inferior
j) Mesoestrutura: conjunto de elementos destinados a receber as cargas
provenientes da superestrutura e transferi-las à infraestrutura. A mesoestrutura
contempla em si os seguintes elementos:
viga-travessa;
pilar;
pilone (torre, portal, etc.);
aparelhos de apoio;
viga de travamento de pilares
k) Infraestrutura: conjunto de elementos destinados a receber as cargas
provenientes da mesoestrutura ou diretamente da superestrutura e transferi-las
ao substrato. A infraestrutura contempla em si os seguintes elementos:
viga de travamento de blocos de fundação;
viga-alavanca;
tubulão;
sapata;
estaca;
bloco sobre estacas;
bloco de transição
l) Elemento principal (P): elemento estrutural cujo dano pode ocasionar o colapso
parcial ou total da obra;
m) Elemento secundário (S): elemento cujo dano pode ocasionar ruptura localizada
em apenas parte de um vão;
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n) Elemento complementar (C): elemento cujo dano não causa nenhum
comprometimento estrutural, apenas funcional e de durabilidade na OAE.
Contempla elementos funcionais de segurança, de drenagem, e de transição de
estrutura, como:
barreira rígida, guarda-corpo e tela de proteção;
pavimento, lastro ou dormente;
junta de dilatação;
sistema estrutural para suporte de elemento de sinalização, iluminação,
utilidade e drenagem;
talude revestido ou não sob a projeção da estrutura e laterais;
rampa e passeio de acesso;
buzinote (barbacã/ dreno);
sarjeta, canaleta, escada hidráulica;
boca de lobo e boca de leão;
tubulação de condução de água;
pingadeira;
poste e luminária
o) Anomalia: descaracterização de um elemento ou sistema integrante da obra de
arte em relação à sua concepção original;
p) Diagnóstico: resultado da atividade de identificação da natureza de uma
anomalia;
q) Patologia: estudo técnico e especializado do fator (ou conjunto de fatores) que
gera determinada anomalia, bem como das alterações por esta trazida ao
elemento em análise.
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2.1 NOMENCLATURA DOS ELEMENTOS
Este item especifica os critérios gerais para a nomenclatura e numeração dos elementos das
obras de arte. Dúvidas podem ser dirimidas consultando o ANEXO G da ABNT NBR
9452:2016 [1].
2.1.1 Numeração em obras de arte no eixo da rodovia
Estão enquadradas neste item, por exemplo, pontes e passagens inferiores.
Com o observador posicionado de costas para a menor quilometragem, a numeração dos
elementos deste tipo de obra deve obedecer aos seguintes critérios básicos:
na direção longitudinal à pista, a numeração deve ser crescente a partir da
menor quilometragem para o maior valor;
na direção transversal, a numeração deve ser crescente da esquerda para a
direita.
2.1.2 Numeração em obras de arte no transversais ao eixo eixo da rodovia
Estão enquadradas neste item, por exemplo, passarelas e passagens superiores.
Com o observador posicionado na direção da obra, de maneira que consiga visualizá-la à sua
frente e que seu lado esquerdo esteja no sentido da menor quilometragem, a numeração dos
elementos deste tipo de obra deve obedecer aos seguintes critérios:
a numeração deve iniciar nos elementos mais próximos ao observador e
cresce à medida que se afasta;
a numeração deve ser crescente da esquerda para a direita.
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2.1.3 Legenda
Para o preenchimento das fichas de inspeção inicial e rotineira, todos os elementos das
estruturas devem ser registrados com sua denominação por extenso, ou seja, sem a utilização
de códigos, seguida da respectiva numeração. Por exemplo, viga longarina 03, muro de ala 02,
laje em balanço 01.
No caso dos relatórios de inspeção especial, diante da grande quantidade de informações e
visando facilitar a elaboração de desenhos e croquis, podem ser utilizados os seguintes códigos
para identificação dos elementos:
AA Aparelho de apoio
AB Abóboda
AL Muro de ala
ALE Alma externa (caixão)
ALI Alma interna (caixão)
AP Apoio
BL Balanço longitudinal
BLC Bloco de fundação
BR Barreira rígida
CO Cortina
DG Dente Gerber
DM Defensa metálica
ET Estaca
EB Emboque
ENC Encontro
GC Guarda-corpo
GR Guarda-rodas
JD Juntas de dilatação
LB Laje em balanço (transversal)
LI Laje inferior
LS Laje superior
LT Laje de transição
MT Montante
P Pilar
PA Parede
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PC Piso de concreto
PF Pavimento flexível
PR Pavimento rígido
PS Passeio
SAP Sapata
TRE Treliça
TUB Tubulão
VL Viga longarina
VLR Viga longarina de rampa (passarela)
VLT Viga longarina de travessia (passarela)
VT Viga transversina
VTR Viga-travessa
VTRAV Viga de travamento
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2.1.4 Códigos de caracterização
Para facilitar o preenchimento das fichas de inspeção, podem ser adotados os códigos
apresentados nas tabelas apresentadas neste item. Quando optado por preencher as fichas por
extenso, o fiscal deverá empregar a nomenclatura apresentada neste item.
Tabela 1 – Códigos para tipologia da estrutura
Tipologia Longitudinal Código
Bi-apoiada ou isostática 1
Contínua 2
Vão suspenso com consolo ou Gerber 3
Arco superior 4
Arco intermediário 5
Arco inferior 6
Pórtico 7
Outras 8
Tipologia Transversal (Superestrutura) Código
Pilares isolados 1
Pilares com travessa 2
Pilares contraventados 3
Pilares parede 4
Pilones 5
Outros 6
Tipologia da Mesoestrutura Código
Número de linhas de apoio
Número de pilares por linha de apoio
Seção transversal do pilar
Outros
Tipologia da Infraestrutura Código
Direta 1
Bloco sobre estacas 2
Bloco sobre tubulões 3
Tubulões 4
Estava escavada 5
Estaca pré-moldada 6
Perfil metálico 7
Estaca de madeira 8
Não identificado 9
Outros 10
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Tabela 2 – Códigos para sistemas construtivos
Sistema construtivo Código
Moldado in loco 1
Pré-moldado 2
Vigas mistas 3
Balanço sucessivo 4
Aduelas pré-moldadas 5
Empurrada 6
Estaiada 7
Pênsil 8
Não identificado 9
Outros 10
Tabela 3 – Códigos para natureza da transposição
Natureza da transposição Código
Superfície aquífera 1
Rodovia 2
Ferrovia 3
Vale 4
Grota 5
Contorno de encosta 6
Outros 7
Tabela 4 – Códigos para materiais
Material Código
Concreto armado (CA) 1
Concreto protendido (CP) 2
Aço (A) 3
Madeira (MD) 4
Pedra argamassada (PA) 5
Mista 6
Não identificado 7
Outros 8
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3 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO
As obras de arte devem ser classificadas segundo os parâmetros estrutural, funcional e de
durabilidade, de acordo com a gravidade dos problemas detectados durante a inspeção,
respeitando as Normas Técnicas aplicáveis e a boa prática da engenharia.
3.1 PARÂMETROS ESTRUTURAIS
Os parâmetros estruturais são aqueles relacionados à segurança estrutural da obra de arte, ou
seja, referentes à sua estabilidade e capacidade portante, sob o critério de seus estados de limites
último e de serviço, recomendados pelas normas técnicas nacionais aplicáveis a cada caso.
Sob o ponto de vista de prioridades de ações de recuperação, é frequente estes parâmetros serem
o objeto de maior atenção, notadamente quando a obra apresenta sintomatologia já visualmente
detectável de desempenho estruturalmente anômalo.
3.2 PARÂMETROS FUNCIONAIS
Para que uma obra de arte atenda, plenamente, aos objetivos para os quais foi desenvolvida, é
necessário possuir os requisitos geométricos adequados como, por exemplo: visibilidade,
declividade, gabaritos verticais e horizontais. Por parâmetros funcionais se entenda, portanto,
aqueles relacionados diretamente aos fins da obra.
Os parâmetros funcionais também devem levar em conta o conforto e a segurança do usuário,
considerando, por exemplo, a integridade dos guarda-corpos, existência de depressões e/ou
buracos na pista de rolamento e a sinalização.
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3.3 PARÂMETROS DE DURABILIDADE
Designam-se por parâmetros de durabilidade aquelas características diretamente associadas à
vida útil da obra, ou seja, com o tempo estimado em que a estrutura deve cumprir suas funções
em serviço.
Deste modo, estes parâmetros estão vinculados à resistência da estrutura frente a ataques de
agentes ambientais agressivos. Exemplificam-se como anomalias associadas à durabilidade,
ausência de cobrimento de armadura, corrosão, fissuração excessiva, danos ao tratamento
superficial (pintura, galvanização, etc.) e erosões nos taludes de encontros.
A relevância dos problemas de durabilidade deve ser avaliada em conjunto com a agressividade
do meio em que se situam, com o objetivo de inferir a velocidade de deterioração a eles
associados.
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3.4 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO
A classificação de uma obra de arte consiste da atribuição de uma nota de avaliação, variando
de 1 até 5, correlacionada à sua condição – que pode ser excelente, boa, regular, ruim ou crítica
– e a cada um dos parâmetros de caracterização.
A classificação deve seguir o estabelecido na Tabela 5.
Tabela 5 - Classificação da condição de obra de arte segundo os
parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade
Nota de
Classificação
Condição Caracterização
estrutural
Caracterização
funcional
Caracterização de
durabilidade
5 Excelente A estrutura apresenta-
se em condições
satisfatórias,
apresentando defeitos
irrelevantes e
isolados.
A obra de arte
apresenta segurança e
conforto aos usuários.
A obra de arte está
em prefeitas
condições, devendo
ser prevista
manutenção de rotina.
4 Boa A estrutura apresenta
danos pequenos e em
áreas isoladas, sem
comprometer a
segurança estrutural.
A obra de arte
apresenta pequenos
danos que não
chegam a causar
perda redução
significativa de
desempenho,
desconforto ou
insegurança ao
usuário.
A obra de arte
apresenta pequenas e
poucas anomalias que
comprometam sua
vida útil. Estrutura
em região de baixa
agressividade
ambiental.
3 Regular Há danos que podem
vir a gerar alguma
deficiência estrutural,
mas não há sinais de
comprometimento da
estabilidade da obra.
Recomenda-se
acompanhamento dos
problemas.
Intervenções podem
ser necessárias a
médio prazo.
A obra de arte
apresenta desconforto
ao usuário, com
defeitos que
requerem ações de
médio prazo.
A obra de arte
apresenta pequenas e
poucas anomalias,
que comprometam
sua vida útil, em
regiões de moderada
a alta agressividade
ambiental ou
apresenta moderadas
a muitas anomalias,
mas a estrutura está
em região de baixa
agressividade
ambiental.
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2 Ruim Há danos que
comprometem a
segurança da
estrutura, porém SEM
risco iminente. Sua
evolução pode levar
ao colapso estrutural.
A obra de arte
necessita de
intervenções
significativa a curto
prazo.
A obra de arte com
funcionalidade
visivelmente
comprometida, com
riscos de segurança
ao usuário,
requerendo
intervenções de curto
prazo.
A obra de arte
apresenta anomalias
moderadas a
abundantes, que
comprometam sua
vida útil, em regiões
de alta agressividade
ambiental.
1 Crítica Há danos que geram
grave insuficiência
estrutural. Há
elementos estruturais
em estado crítico,
com risco tangível de
colapso estrutural. A
obra de arte necessita
de intervenção
imediata, podendo ser
necessária restrição
de carga, interdição
parcial ou total ao
tráfego e escoramento
provisório, associada
a monitoramento por
instrumentalização,
ou não.
A obra de arte não
apresenta condições
funcionais de
utilização.
A obra de arte
encontra-se em
elevado grau de
deterioração,
apontando problema
já de risco estrutural
e/ou funcional.
No caso das inspeções especiais, que são mais detalhadas, cada elemento da obra é inspecionado
e suas anomalias são registradas. A classificação deve seguir os referenciais de classificação
apresentados no item 3.4.
A nota final de classificação deve ser a menor nota atribuída ao parâmetro analisado, sendo que
a classificação final deve ser apresentada, por elemento estrutural, seguindo o modelo da Tabela
6.
Tabela 6 - Modelo de ficha de classificação
Parâmetro
Elemento
Super
estrutura
Meso
estrutura
Infra
estrutura
Elementos
complementares Pista Nota
Final Estrutura Encontro
Estrutural
Funcional NA NA
Durabilidade
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4 REFERÊNCIA DE CLASSIFICAÇÃO
No caso de inspeções especiais, pode ser necessário um maior detalhamento na classificação da
condição da obra de arte, seguindo as recomendações apresentadas neste item.
As consequências de dano em cada tipo de elemento da obra de arte estão descritas a seguir:
a) Elemento principal (P): cujo dano pode ocasionar o colapso parcial ou total da
obra;
b) Elemento Secundário (S): cujo dano pode ocasionar ruptura localizada;
c) Elemento Complementar (C): cujo dano não causa nenhum comprometimento
estrutural, apenas funcional.
A Tabela 7 tem como objetivo balizar a identificação dos tipos de elementos nas estruturas
convencionais.
Tabela 7 – Caracterização dos sistemas estruturais segundo a relevância
no sistema estrutural
Elemento
Sistema estrutural
Duas
vigas Grelha Caixão Laje Galeria
Superestrutura Viga
Longarina P P - - -
Transversina S S S S S
Laje S S P P P
Mesoestrutura
Travessas P P P P -
Pilares P P P P -
Aparelho de apoio P P P P -
Encontros
Cortina S S S S -
Laje de transição S S S S S
Muros de ala S S S S S
Infraestrutura
Blocos P P P P P
Sapatas P P P P P
Estacas, tubulões P P P P P
Complementares Barreira rígida C C C C C
Guarda-corpo C C C C C
Quanto à classificação funcional, as avaliações ligadas aos gabaritos horizontal e vertical devem
levar em consideração as pistas existentes, a ocorrência de acidentes e sinais de impacto de
veículos, a sinalização existente e os critérios dos manuais e Normas de projeto geométrico,
como a classe da rodovia e o volume de tráfego.
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As tabelas Tabela 8 a Tabela 12 apresentam os quadros referenciais com classificação para os
parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade, respectivamente.
4.1 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO – PARÂMETROS ESTRUTURAIS
Tabela 8 – Nota de classificação segundo parâmetros estruturais – Parte I
Condição verificada na inspeção especial segundo
parâmetros estruturais – Parte I
Nota de classificação
Elemento onde foi constatada a
anomalia
Principal Secundário Complementar
Fissuração
Fissuração superficial de retração
hidráulica ou térmica 4 4 5
Fissuras em elementos protendidos 1 2 -
Fissuras em elementos de concreto
armado com abertura dentro dos limites
previstos conforme ABNT NBR
6118:2014, 13.4
3 4 4
Fissuras em elementos de concreto
armado com abertura superior aos
limites previstos conforme ABNT NBR
6118:2014, 13.4
2 3 4
Flecha Flechas não congênita acima dos limites
conforme ABNT NBR 6118:2014 1 2 3
Anomalias
nas
armaduras
Armadura principal exposta e corroída,
com perda de seção de até 20% do total
da armadura
3 4 5
Armadura principal exposta e corroída,
com perda da seção acima de 20% da
área total de armadura ou que
comprometa a estabilidade da peça
2 3 4
Armaduras principais rompidas 1 2 3
Ruptura de parte da armadura principal
passiva ou ativa 1 2 3
Tirantes rompidos 1 - -
Armadura protendida exposta ou
corroída 2 - -
Perda ou falte de protensão em elemento
principal 2 - -
Anomalias no
concreto
Concreto segregado com áreas inferiores
a 0,1m² em zonas favoráveis de tensões 4 5 5
Concreto segregado em regiões de
tensões de compressão, mas em
pequenas áreas (entre 0,1m² e 0,5m²)
3 4 5
Concreto segregado em regiões sujeitas a
tensões de compressão, em área superior
a 0,5m²
2 3 4
Rompimento do concreto em pontos de
altas tensões de compressão 1 2 3
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Anomalias em
elementos
estruturas de aço
Oxidação em poucos pontos da estrutura, sem observação de
corrosão 3 4 5
Observação de corrosão puntiforme, sem impacto na capacidade
portante 3 3 4
Níveis significativos de corrosão, com perda de seção relevante e
comprometimento da segurança estrutural. 1 2 3
Ausência não congênita de parafusos e porcas, sinais de ruptura ou
trincas em soldas ou escoamento e deformações não previstas em
ligações ou emendas, comprometendo a segurança estrutural
1 2 3
Identificadas poucas trincas/fadiga, devido a fadiga, em estágio
inicial, nunca atingindo 50% da espessura da chapa e sem riscos
iminentes à segurança estrutural
3 3 4
Identificadas trincas/fadiga, em estágio avançado e gerando
comprometimento da segurança estrutural 1 2 3
Tabela 9 – Nota de classificação segundo parâmetros estruturais – Parte
II
Condição verificada na inspeção especial segundo parâmetros estruturais – Parte
II
Nota de
classificação
Apoio
(mesoestrutura)
Deslocamentos e ou desalinhamentos de peças estruturais gerando
excentricidades que podem ocasionar instabilidades ou concentração
de tensões
2
Vigas transversinas ou longarinas mal ou insuficientemente
apoiadas em pilares, sintomas localizados como trincas (grandes
fissuras) junto aos apoios na interface das vigas e pilares podem vir
a reforçar este juízo
1
Aparelho de
apoio
Aparelhos de apoio de neoprene com pequenos rasgos na camada
superficial, sem exposição das chapas de fretagem 5
Aparelhos de apoio metálicos com corrosão superficial 4
Aparelhos de apoio danificados ou comprometidos gerando alguma
vinculação sem causar grandes esforços, recalques diferenciais e
sem criação de cunhas de ruptura ou fissuras no entorno
3
Aparelhos de apoio comprometidos, gerando vínculos imprevistos
com cunhas de ruptura e recalques diferenciais com trincas ou
fissuras
2
Aparelhos de apoio danificados totalmente rompidos, dando origem
a esforços horizontais e ou travamento de rotações, indesejáveis no
esquema estrutural original
1
Juntas
Juntas de dilatação parcialmente obstruídas sem causar restrições à
movimentação dos tabuleiros 5
Juntas de dilatação obstruídas, causando restrições à movimentação
do tabuleiro 4
Juntas de dilatação obstruídas, com contribuição para o quadro
patológico com formação de fissuras em longarinas e lajes 3
Juntas de dilatação obstruídas, causando graves danos à
superestrutura (esmagamento do concreto de vigas e lajes, formação
de quadro de fissuração e esforços não previstos na meso e
infraestrutura)
2
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Encontros
Taludes de encontro com pequenos sulcos, sem causar danos às
fundações 5
Taludes de encontro com erosão, com situação estabilizada, sem
causar danos às fundações 4
Deslizamentos de taludes de encontro 2
Deslizamentos de taludes de encontro gerando possível perda de
base de apoio de fundações e ou empuxos ativos nos pilares 1
Desníveis do pavimento, na transição terrapleno x tabuleiro,
gerando acréscimo no impacto da carga acidental 3
Outros Drenos inexistentes ou corrompidos no interior dos caixões,
acarretando retenção de água no seu interior 3
4.2 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO – PARÂMETROS FUNCIONAIS
Tabela 10 – Nota de classificação segundo parâmetros funcionais
Condição verificada na inspeção especial segundo parâmetros funcionais Nota de
classificação
Drenagem
Drenagem deficiente sem causar empoçamento ou aquaplanagem 4
Drenagem no tabuleiro deficiente com empoçamento localizados
que não provoquem o fenômeno de aquaplanagem 3
Drenagem ineficiente ou inexistente gerando pontos úmidos e
formação de lâmina de águam possibilitando derrapagem ou o
fenômeno de aquaplanagem
1
Pista
Pista de rolamento com pequenas irregularidades, sem gerar
desconforto ao usuário 5
Pista de rolamento com irregularidades, gerando desconforto ao
usuário 4
Desníveis no pavimento, na transição terrapleno x tabuleiro e juntas
de dilatação, causando solavancos 3
Junta
Pontos danificados nas juntas de dilatação sem causar desconforto
ao usuário 4
Berço danificado nas juntas de dilatação, gerando pequeno
desconforto ao usuário 3
Dispositivos de
segurança
Dispositivos de segurança com pontos danificados (segregação de
concreto, armadura exposta) 3
Dispositivos de segurança inexistentes, comprometendo a
segurança dos usuários 1
Inexistência de dispositivos de segurança para proteção de peças
estruturais sujeitas a impactos 2
Passeio e
guarda-corpo Guarda-corpo rompido ou inexistente 1
Gabaritos
Sinalização horizontal e vertical inadequadas ou inexistentes, com
risco à segurança da obra e usuários 2
Acidentes com choques de veículos ou embarcações na estrutura 2
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4.3 NOTAS DE CLASSIFICAÇÃO – PARÂMETROS DE DURABILIDADE
Tabela 11 – Nota de classificação segundo parâmetros de durabilidade
– Parte I
Condição verificada na inspeção especial segundo
parâmetros de durabilidade – Parte I
Nota de classificação
Elemento onde foi constatada a
anomalia
Principal Secundário Complementar
Fissuração
Fissuras em elementos de concreto
armado com abertura dentro dos limites
previstos conforme ABNT NBR
6118:2014, 13.4
5 5 5
Quadro de fissuração inaceitável,
conforme ABNT NBR 6118:2014, 13.4 1 2 3
Fissuração de elementos estruturais com
indícios de reação expansiva (álcali-
agregado ou sulfatos)
2 2 3
Armadura
Armaduras expostas com corrosão
incipiente 3 4 4
Armadura exposta em processo evolutivo
de corrosão 2 3 4
Armadura protendida exposta, mesmo
sem corrosão, em ambiente de baixa ou
média agressividade
3 4 -
Armadura protendida exposta e corroída 1 2 3
Obras com deficiência de cobrimento
sem armadura exposta 4 5 5
Obras com deficiência de cobrimento
com estufamento por expansão da
corrosão
3 4 4
Concreto
Concreto segregado com áreas inferiores
a 0,1m² em zonas favoráveis de tensões 4 4 5
Concreto segregado em regiões de
tensões de compressão, mas em
pequenas áreas (entre 0,1m² e 0,5m²)
3 4 5
Concreto segregado em regiões sujeitas a
tensões de compressão, em área superior
a 0,5m²
2 3 4
Lixiviação superficial do concreto 4 4 5
Manchas superficiais de fuligem
atmosférica 4 4 5
Calcinação do concreto com exposição
de armaduras 1 2 3
Carbonatação
Eflorescências, com surgimento de
manchas esbranquiçadas decorrentes de
reação de carbonatação
4 4 5
Carbonatação com profundidade
atingindo armaduras principais 3 3 4
Carbonatação com profundidade superior
à espessura do cobrimento da armadura 2 3 3
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Tabela 12 – Nota de classificação segundo parâmetros de durabilidade
– Parte II
Condição verificada na inspeção especial segundo parâmetros de durabilidade –
Parte II
Nota de
classificação
Drenagem
Buzinotes obstruídos 3
Drenagem do caixão inexistente ou insuficiente, com acúmulo de
água dentro dos mesmos 2
Presença de água internamente às bainhas da armadura protendida 1
Drenagem do tabuleiro totalmente inoperante 2
Taludes
Taludes dos encontros com erosão ou solapamento de material 3
Taludes dos encontros com erosão significativa 2
Taludes dos encontros com erosão significativa, acarretando
desconfinamento da fundação 1
Taludes protegidos com placas faltantes ou danificas 4
Percolação de águas pluviais ou subterrâneas pelos taludes dos
encontros 3
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24 - 53
5 METODOLOGIA DE INSPEÇÃO
São previstos quatro tipos de inspeção:
cadastral;
rotineira;
especial;
extraordinária.
5.1 INSPEÇÃO CADASTRAL
É a primeira inspeção realizada na obra e deve ser efetuada imediatamente após sua conclusão,
instalação ou integração a um sistema de monitoramento e acompanhamento viário.
Deve também ser realizada quando houver alterações na configuração da obra, como
alargamento, acréscimo de comprimento, reforço, mudança no sistema estrutural.
A inspeção cadastral deve conter:
a) As informações do Roteiro básico para inspeção cadastral;
b) Registro fotográfico;
c) Desenhos esquemáticos das plantas dos níveis característicos e seções típicas
transversal e longitudinal, com suas respectivas medidas principais;
d) A classificação da obra de arte, conforme seção 3;
e) Especificação de terapias ou solicitação detalhada de inspeção especial e/ou
monitoramento, incluindo quais estudos, ensaios e métodos deverão ser
aplicados;
f) Recomendação de restrição de tráfego ou interdição, devendo ser solicitada à
EGR em ato contínuo à inspeção;
g) Demais informações consideradas importantes para a inspeção.
O registro fotográfico de caracterização da estrutura deve ser constituído pelo menos por uma
vista geral, pelas vistas superior, lateral e inferior do tabuleiro, dos elementos da mesoestrutura
e da infraestrutura, quando aparentes, e os detalhes julgados necessários. As fotos devem
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25 - 53
permitir a visualização da situação, do aspecto geral e esquema estrutural. Deve conter também
o registro das anomalias detectadas, que comprometam as condições estruturais, funcionais e
de durabilidade da obra. As fotos da obra devem ser datadas e, preferencialmente,
georreferenciadas. O registro fotográfico deve ser apresentado juntamente com os dados
coletados em conformidade com o roteiro básico para inspeção cadastral deste manual.
5.1.1 Roteiro básico para inspeção cadastral
5.1.1.1 Documentos iniciais
A fase inicial da inspeção cadastral compreende o registro das informações gerais do contexto
em que está inserida a obra, bem como da coleta de documentos e informes construtivos
disponíveis a seguir relacionados:
a) Dados de projeto, como desenhos, memoriais, especificações de serviços e
materiais;
b) Registros de execução da obra, principalmente alterações ocorridas na fase
construtiva, ensaios dos materiais utilizados e proteção (proteção catódica,
pintura e outros);
c) Termo de recebimento da obra;
d) Registro de inspeções anteriores;
e) Registro de monitoramento da estrutura;
f) Registro de eventuais alargamentos, reforços, reparos, recuperações e qualquer
modificação de projeto e utilização.
5.1.1.2 Parte 1 – Cadastro
O levantamento cadastral refere-se ao registro de identificação e localização da obra, das
características funcionais e da estrutura, conforme a Ficha para inspeção cadastral. A
localização deve ser informada pelo nome da rodovia, km, município e coordenadas
geográficas. Deve ser fornecido arquivo .kmz com os dados de localização da OAE.
Particularidades e informações relevantes devem ser devidamente registradas, mesmo que não
sejam explicitamente solicitadas na ficha para inspeção.
Devem ser registrados também quaisquer outros fatores que influenciem no acesso à obra ou às
partes da mesma.
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5.1.1.3 Parte 2 – Anomalias
As informações sobre as anomalias encontradas na obra de arte devem ser registradas na ficha
de inspeção cadastral.
As anomalias comumente encontradas são listadas abaixo. No entanto, devem ser registradas
quaisquer anomalias existentes, ainda que não mencionadas neste manual.
a) Na estrutura:
defeitos construtivos (falhas na montagem, desaprumo ou desalinhamento
dos elementos, armaduras aparentes, falhas de concretagem, juntas frias,
falhas nas condições superficiais do concreto, ausência ou má instalação de
parafusos, soldas mal executadas, etc.);
danos causados por acidentes, como impacto ou incêndios;
deslocamento linear ou angular;
deformações excessivas;
desaprumo de pilares;
estado de fissuração dos elementos;
exposição de armaduras;
corrosão de armaduras;
condições superficiais do concreto;
esborcinamento (quebra) de concreto;
esmagamento do concreto;
deterioração por agentes agressivos;
falhas de acabamento dos nichos de ancoragens das armaduras protendidas,
se visíveis;
drenos de injeção não arrematados;
pontos de corrosão nos elementos de aço;
falhas no tratamento superficial (pintura, galvanização, etc.) dos elementos
de aço;
trincas e fissuras, inclusive nos elementos de aço.
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b) Nos aparelhos de apoio e entorno:
ausência de aparelho de apoio;
bloqueio;
posicionamento inadequado;
acúmulo de detritos, ocorrência de agentes agressivos;
ruptura;
fissuras;
trincas;
esmagamentos;
deformações laterais excessivas;
deslocamentos;
distorção excessiva;
peças de aço oxidadas;
descolamentos da fretagem;
assentamento irregular com concentração de esforços;
deterioração do berço de assentamento e de nivelamento superior.
c) Nas pistas e seu entorno:
fuga de material, existência de erosão e indícios de instabilidade no talude;
desgaste superficial, espessura excessiva, ondulações e cavidades no
pavimento;
deficiência e/ou ausência de sinalização horizontal, vertical ou aérea;
descontinuidade de greide;
deficiência no sistema de drenagem (entupimento, vazamento, conduto
rompido, mau posicionamento do buzinote e empoçamento).
d) Nas juntas de dilatação:
ausência do perfil de vedação;
falta de estanqueidade;
saliência ou depressão causando desconforto ao usuário ou impacto na obra;
deterioração dos lábios poliméricos;
deterioração dos berços;
acúmulo de detritos, ocorrência de agentes agressivos;
perfil elastomérico com descolamento, rasgos, ressecamento ou
esmagamento;
abertura excessiva.
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5.1.2 Ficha para inspeção cadastral
Tabela 13 – Modelo de ficha de inspeção cadastral – Parte 1
Ficha de inspeção cadastral 1 Inspeção cadastral (ano): Código da obra de arte:
2 Jurisdição (Órgão, Concessão ou outro): Data da inspeção:
Parte I – Cadastro A – Identificação e localização
3 Via e município: Sentido:
4 Obra: Localização (km e coordenadas geograficas):
5 Ano da construção: Projetista:
6 Trem-tipo: Construtor:
B – Características da estrutura
Comprimento e largura
7 Comprimento total:
Largura total:
8 Largura útil:
Tipologia estrutural
9 Sistema construtivo:
10 Natureza da transposição: Material:
11 Seção tipo:
12 Longitudinal (super.): Mesoestrutura:
13 Transversal (super.): Infraestrutura:
Características particulares
14 Número de vãos: Comprimento do vão típico:
15 Número de apoios: Comprimento do maior vão:
16 Número de pilares por apoio: Altura dos pilares:
17 Aparelhos de apoio (quant. e tipo): Juntas de dilatação (quant. e tipo):
18 Encontros:
19 Outras peculiaridades (ex: dentes Gerber, condições de acesso à seção celular):
C – Características funcionais
Características plani-altimétricas
20 (ex: informar se a região é plana, ondulada ou montanhosa, traçado em tangente ou curvo,
escosidade, rampa)
Características da pista
21 Número de faixas: Largura da faixa:
22 Acostamento: Largura do acostamento:
23 Refúgios: Largura do refúgio:
24 Passeio: Largura do passeio:
25 Barreira rígida: Guarda-corpo:
26 Pavimento (asfáltico, concreto): Drenos:
27 Pingadeiras:
Gabaritos
28 Gabarito vertical do viaduto: Gabarito navegável da ponte:
29 Seção da galeria:
Tráfego
30 Frequência de passagem de carga especial:
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Tabela 14 – Modelo de ficha de inspeção cadastral – Parte II
Ficha de inspeção cadastral
Parte II – Registro de anomalias
A – Elementos estruturais
31 Superestrutura:
32 Mesoestrutura:
33 Infraestrutura
34 Aparelhos de apoio:
35 Juntas de dilatação:
36 Encontros:
37 Outros elementos:
B – Elementos da pista ou funcionais
38 Pavimento:
39 Acostamento e refúgio:
40 Drenagem:
41 Impermeabilização:
42 Guarda-corpos:
43 Barreira de concreto/ Defensa metálica:
C – Outros elementos
44 Taludes:
45 Iluminação
46 Sinalização:
47 Gabarito:
48 Proteção de pilares:
D – Informações complementares e recomendações de terapia
49
Tabela 15 – Modelo de ficha de inspeção cadastral – Parte III
Ficha de inspeção cadastral
Parte III – Classificação da obra de arte
50 Estrutural: Funcional: Durabilidade:
51 Justificativas:
Croquis
52 Plantas:
53 Corte longitudinal:
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54 Corte transversal:
55 Detalhes adicionais:
Levantamento fotográfico (mínimo 8 fotografias)
56
Identificação:
58
Identificação:
59
Identificação:
60
Identificação:
61
Identificação:
62
Identificação:
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31 - 53
63
Identificação:
64
Identificação:
5.2 INSPEÇÃO ROTINEIRA
Inspeção de acompanhamento periódico, visual, com ou sem a utilização de equipamentos e/ou
recursos especiais para análise ou acesso, realizado em prazo não superior a um ano. Na
inspeção rotineira deve ser verificada a evolução de anomalias já observados em inspeções
anteriores, bem como novas ocorrências, reparos e/ou recuperações efetuadas no período.
A inspeção rotineira deve conter:
a) Introdução contendo informações básicas, como rodovia e trecho inspecionado
no caso de um lote de obras de arte;
b) A classificação da obra de arte, conforme seção 3;
c) Comentário quanto a eventuais alterações do estado geral da obra de arte
detectadas em relação à inspeção anterior;
d) Ficha de inspeção rotineira contendo registro de anomalias de acordo com as
tabelas Tabela 16, Tabela 17 e Tabela 18;
e) Registro fotográfico, conforme item 5.1;
f) Especificação de terapias ou solicitação detalhada de inspeção especial e/ou
monitoramento, incluindo quais estudos, ensaios e métodos deverão ser
aplicados;
g) Recomendação de restrição de tráfego ou interdição, devendo ser solicitada à
EGR em ato contínuo à inspeção;
h) Demais informações consideradas importantes para a inspeção.
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5.2.1 Roteiro básico para inspeção rotineira
As inspeções rotineiras devem cadastrar as anomalias existentes, sugerindo terapias e
classificando a obra de arte segundo os parâmetros estrutural, funcional e de durabilidade.
A inspeção rotineira deve atender à mesma metodologia da inspeção cadastral, suprimindo-se
a parte do item 5.1.1.2.
5.2.2 Ficha para inspeção rotineira
Tabela 16 – Modelo de ficha de inspeção rotineira – Parte I
Ficha de inspeção rotineira 1 Inspeção rotineira (ano): Código da obra de arte:
2 Jurisdição (Órgão, Concessão ou outro): Data da inspeção:
Parte I – Cadastro A – Identificação e localização
3 Via e município: Sentido:
4 Obra: Localização (km e coordenadas geograficas):
B – Histórico das inspeções
5 Inicial: Última rotineira:
6 Especial:
C – Descrição das intervenções executadas ou em andamento
7 Reparos: Material:
8 Alargamentos:
9 Reforços:
Tabela 17 – Modelo de ficha de inspeção rotineira – Parte II
Ficha de inspeção rotineira
Parte II – Registro de manifestações patológicas
A – Elementos estruturais
10 Superestrutura:
11 Mesoestrutura:
12 Infraestrutura
13 Aparelhos de apoio:
14 Juntas de dilatação:
15 Encontros:
16 Outros elementos:
B – Elementos da pista ou funcionais
17 Pavimento:
18 Acostamento e refúgio:
19 Drenagem:
20 Impermeabilização:
21 Guarda-corpos:
22 Barreira de concreto/ Defensa metálica:
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C – Outros elementos
23 Taludes:
24 Iluminação
25 Sinalização:
26 Gabarito:
27 Proteção de pilares:
D – Informações complementares
28
E – Recomendações de terapia
29
Tabela 18 – Modelo de ficha de inspeção rotineira – Parte III
Ficha de inspeção rotineira
Parte III – Classificação da obra de arte
30 Estrutural: Funcional: Durabilidade:
31 Justificativas:
Levantamento fotográfico (mínimo 8 fotografias)
32
Identificação:
33
Identificação:
34
Identificação:
35
Identificação:
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36
Identificação:
37
Identificação:
38
Identificação:
39
Identificação:
5.3 INSPEÇÃO ESPECIAL
A inspeção especial deve ter uma periodicidade de cinco anos, podendo ser postergada para até
oito anos, desde que se enquadre concomitantemente nos seguintes casos:
a) Obras com classificação de longo prazo (notas de classificação 4 e 5);
b) Obras com total acesso a seus elementos constituintes na inspeção rotineira.
A inspeção especial deve ser pormenorizada e contemplar mapeamento gráfico e quantitativo
das anomalias de todos os elementos aparentes e/ou acessíveis da obra de arte, com o intuito de
formular o diagnóstico e prognóstico da estrutura. Pode ser necessária a utilização de
equipamentos especiais para acesso a todos os componentes da estrutura, lateralmente e sob a
obra e, se for o caso, internamente, no caso de estruturas celulares.
Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme o item 5.5.
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A inspeção especial deve ser feita antecipadamente quando:
c) A inspeção anterior (cadastral ou rotineira) indicar uma classificação de
intervenção em curto prazo (notas de classificação 1 ou 2) nos seus parâmetros
de desempenho estrutural e de durabilidade;
d) Estejam previstas adequações de grande porte, como alargamentos,
prolongamentos, reforços ou elevação de classe portante.
O procedimento para a inspeção especial deve seguir o roteiro apresentado no item 5.3.1.
5.3.1 Roteiro básico para inspeção especial
A fase inicial da inspeção especial consiste da coleta das informações gerais do contexto em
que está inserida a obra, bem como da coleta de documentos e informes construtivos
disponíveis, assim como a catalogação dos relatórios das inspeções já realizadas na obra de arte.
5.3.1.1 Relatório I – Patologia
a) Localização:
rodovia;
nome da obra;
quilômetros;
coordenadas.
b) Descrição da obra:
descritivo da obra;
pranchas, em formato A1, com cadastro geométrico da obra;
fotos com vista superior, inferior e lateral;
histórico da obra;
classe portante da obra;
relação com códigos dos desenhos e memoriais de obra de referência e
gerados;
informações do cadastro geométrico, detalhando diferenças do projeto
original, de disponível;
condições ambientais e micro ambientais;
características do tráfego sobre e sob a obra de arte.
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c) Inspeção:
data de inspeção;
tipo(s) de equipamento(s) utilizado(s) no acesso aos elementos estruturais,
identificando-os;
descrição das anomalias detectadas no elemento estrutural (longarinas,
transversinas, lajes, pilares ou outro) com a devida caracterização;
legendas e convenções adotadas;
mapeamento de anomalias, por elemento estrutural;
inspeção subaquática dos elementos submersos, de acordo com o Anexo F;
documentação fotográfica com identificação do elemento e anomalia;
localização em croquis das fotos.
d) Ensaios:
Sempre que forem realizados ensaios, devem ser registradas as informações a
seguir:
localização em croquis;
resultados com interpretação;
metodologia, caso necessário;
Normas Técnicas de referência.
5.3.1.2 Relatório II – Terapia e projeto de reparos
Este relatório deve conter, no mínimo, o seguinte:
a) Diagnóstico: análise de cada anomalia, identificando sua provável origem
(como falhas de execução, desgastes decorrentes do uso), procedendo a uma
análise crítica da estrutura de forma a obter-se um diagnóstico final;
b) Caso a análise estrutural seja realizada, deve ser apresentado o respectivo
resumo. O memorial de cálculo detalhado deve ser apresentado a parte;
c) Terapia ou metodologia de recuperação de todas as anomalias, bem como
indicação da necessidade de reforma e/ou reforço;
d) Classificação da obra;
e) Ficha-resumo;
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f) Conclusões e recomendações, com a indicação da necessidade de eventuais
relatórios complementares.
5.3.2 Técnicas avançadas de inspeção
A inspeção especial poderá demandar técnicas avançadas de inspeções, geralmente empregadas
para:
a) Avaliar defeitos detectados durante a inspeção visual;
b) Inspecionar componentes e elementos que não podem ser facilmente
inspecionados usando a inspeção visual ou outras técnicas mais simples;
c) Inspecionar componentes e elementos que apresentaram problemas no passado
ou entraram em colapso em pontes de projetos similares;
d) Amostragem, em determinada percentagem de elementos críticos;
e) Uma completa avaliação de membros sujeitos à ruptura frágil;
f) Realizar inspeções rápidas em um grande número de estrados;
g) Monitorar o comportamento de uma estrutura, em serviço.
Estas técnicas avançadas se traduzem em ensaios, estudos e métodos especiais, cujos resultados
devem ser apesentados em relatórios técnicos complementares, desenvolvidos por especialistas
e acompanhados das justificativas técnicas para tais serviços. Estas técnicas avançadas
contemplam:
a) Análises estruturais com memória de cálculo;
b) Estudos hidráulico-hidrológicos;
c) Estudos geotécnicos;
d) Ensaios geofísicos;
e) Ensaios tecnológicos;
f) Instrumentações específicas para monitoramento de estrutura;
g) Provas de carga estática ou dinâmicas;
h) Outros estudos de interesse;
i) Conclusões e recomendações.
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38 - 53
5.3.2.1 Concreto – Métodos não destrutivos
a) Velocidade de propagação de onda ultra-sônica: o método deve ser aplicado
seguindo os requisitos especificados na ABNT NBR 8802:2013, com o objetivo
de avaliar a uniformidade da resistência e do módulo dinâmico de deformação
longitudinal da estrutura de concreto, identificar defeitos e deterioração no
interior do maciço de concreto e estimar a resistência do concreto, a partir da
correlação com a velocidade de propagação da onda;
b) Métodos eletroquímicos: podem ser empregados para estimar a ocorrência de
corrosão nas armaduras. O método mais usual é a medida de potencial de
corrosão, com a utilização de eletrodo de cobre/sulfato de cobre (ECSC);
c) Radar de penetração no solo (GPR): o método pode ser empregado para detectar
a posição das armaduras na estrutura ou mapear descontinuidades;
d) Ensaio com macaco plano (“Flat Jack Testing”): determina a resistência de um
ponto específico; é pontualmente destrutivo e lento.
e) Eco-impacto: com a análise das ondas de tensão geradas por um impacto
elástico, permite-se detectar não homogeneidades, estimar profundidades de
fissuras, bem como detectar espessuras de peças estruturais e de pavimentos de
concreto;
f) Termografia infravermelha: baseada no princípio fundamental de que
anomalias abaixo da superfície dos materiais afetam o fluxo de calor através
dos mesmos. Permite detectar, com precisão, grandes defeitos e delaminações
no interior de estruturas de concreto. [12]
g) Testes Ultra-Som com Laser: estes testes fornecem informações sobre falhas no
concreto e sobre a posição das barras da armadura que não podem ser obtidas
através de testes de ultra-som sem laser; as medições das ondas acústicas
geradas por laser permitem avaliar a qualidade do concreto em diferentes
profundidades, a partir da superfície. As respostas das barras das armaduras são
mais consistentes e confiáveis quando se utiliza o ultra-som associado ao laser.
h) Testes de Avaliação de Fadiga das Armaduras: permite avaliar os efeitos da
fadiga nas barras da armadura dos elementos de concreto; o equipamento é
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conhecido como MFD, de “magnetic field disturbance system”, e pode ser
usado em concreto armado convencional ou protendido.
i) Detecção de Cloretos: uma investigação com neutrons pode ser usada para
detectar cloretos em materiais de construção; os materiais são bombardeados
com neutrons emitidos por uma pequena fonte portátil e a medição dos raios
gama refletidos fornece um espectro mostrando diferentes elementos, um dos
quais é o cloreto.Pacometria: aplicado para aferir o cobrimento, posição e bitola
das armaduras.
j) Esclerometria: fornece informações sobre a dureza superficial do concreto,
devendo ser executado seguindo as recomendações da ABNT NBR 7584:2012.
É útil para a averiguação da uniformidade da dureza superficial do concreto e
obtenção de estimativa para a resistência à compressão do concreto, a partir da
comparação com um referencial calibrado.
k) Ensaio de carbonatação: empregado para determinar a espessura média da
frente de carbonatação. A presença de dióxido de carbono é associada à
corrosão das armaduras e identificado a partir da aspersão de um identificador
de pH, usualmente uma solução de fenolftaleína, quando se considera
carbonatada a região com pH inferior a 8,3. Deve-se aplicar este ensaio com
cuidado e associado a outros métodos, já que em regiões com pH próximo a
11,5 a armadura pode estar despassivada ou com corrosão já estabelecida. [11]
5.3.2.2 Concreto – outros métodos
a) Permeabilidade do concreto: a determinação do coeficiente de permeabilidade
do concreto endurecido, através de percolação de água sob pressão, deverá ser
realizada seguindo as recomendações da ABNT NBR 10786:2013 – Concreto
endurecido — Determinação do coeficiente de permeabilidade à água.
b) Resistência do Concreto: as reais condições do concreto, no que se refere à
qualidade e resistência podem ser determinadas extraindo um testemunho do
elemento estrutural e realizando, em laboratório, alguns ou todos os ensaios
seguintes: resistência à compressão, resistência ao cisalhamento, quantidade de
cimento, quantidade de vazios, módulo de elasticidade estático e módulo de
elasticidade dinâmico.
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c) Endoscópios: endoscópios são tubos de inspeção que podem ser inseridos em
orifícios perfurados em um elemento de concreto da ponte; a luz necessária pode
ser fornecida por fibras óticas de uma fonte externa. Algumas das aplicações
deste método incluem a inspeção do interior de uma seção-caixão sem acesso e
a inspeção de bainhas de cabos protendidos.
d) Análise petrográfica: além de classificar os agregados, identifica a ocorrência
de microestruturas provenientes da reação álcali-agregado, tais como bordas de
reação ao longo de agregados, gel nos poros, presença de microfissuras
causadas pela expansão do gel gerado pela reação. [13] SANCHES, L.F.M.
Contribuição ao estudo dos métodos de ensaio na avaliação das reações álcali-
agregados em concreto. São Paulo, 2008. 170 p. Dissertação de mestrado –
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
e) Resistência das Armadura: as propriedades reais do aço das armaduras poderão
ser determinadas com a extração de amostras; é necessária muita prudência e
real necessidade de verificar estas propriedades, visto que a retirada de amostras
pode impor risco à segurança da estrutura.
5.3.2.3 Aço – métodos não destrutivos
a) Emissões Acústicas: podem ser usadas para identificar fissuras em evolução;
quando as fissuras crescem, elas emitem sons que se propagam a partir da
fissura, permitindo que sensores colocados na superfície do elemento captem
estes sons. A ponte deverá estar carregada, para produzir tensões e fissuração
nos elementos, quando este tipo de teste é utilizado.
b) Líquido Penetrante: os testes são usados para definir a grandeza e a extensão
das descontinuidades nas superfícies dos elementos de aço. Para sua utilização,
a área a ser testada deverá estar limpa e no metal nu; o líquido é aplicado,
penetra na superfície, tem o excesso removido e permite identificar as
descontinuidades superficiais. A restrição ao método reside no fato dele não
revelar nem a profundidade das fissuras e nem defeitos não superficiais.
c) Partículas Magnéticas: Utilizado na detecção de descontinuidades superficiais
e subsuperficiais em peças de materiais ferromagnéticos.
d) Radiografias: são usados para detectar e localizar descontinuidades, tais como
fissuras, trincas e vazios, superficiais ou profundos, bem como determinar a
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espessura do elemento estrutural. Raios-X ou raios-gama, passando através do
elemento, são absorvidos diferentemente pelas diversas descontinuidades;
quando se expõe um filme aos raios, os defeitos são identificados por sombras.
e) Tomografia Computadorizada: utiliza raios-X e raios-gama para detectar e
localizar descontinuidades de qualquer tipo, em elementos de aço e em
elementos de concreto.
f) Ultra-Som: tem grande aplicação em testes não-destrutivos dos elementos
estruturais de aço: detectam defeitos em peças chatas e finas e em pinos; pode
ser usado para medir a espessura de elementos, fornecendo informações
detalhadas sobre perda de seção transversal e para inspeção de soldas, onde
detecta porosidades, vazios, inclusões, corrosões, fissuras e outras
descontinuidades.
g) Correntes Parasitas (“Eddy Current”): um campo magnético é gerado,
induzindo correntes elétricas na peça a ser ensaiada. Quando existe uma
descontinuidade no material onde estão as correntes parasitas, a circulação é
afetada, desbalanceando o sistema e possibilitando sua detecção e
dimensionamento. A técnica é aplicada a todos os materiais condutores de
eletricidade para detecção e dimensionamento de descontinuidades superficiais
e sub superficiais.
h) Dispersão do Fluxo Magnético: método de ensaio para detecção de
imperfeições internas ou externas em superfícies metálicas.
i) Vibrômetro Laser: permite medições de vibração sem contato físico entre o
instrumento de medição e a estrutura.
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5.3.2.4 Aço – outros métodos
a) Teste de Dureza Brinell: mede a resistência do aço à penetração; uma bola de
aço endurecido é pressionada, por equipamento adequado, contra a amostra de
aço. A carga aplicada e a endentação provocada servem para calcular a dureza
do aço; para aços que não tenham sido endurecidos por resfriamento, sua dureza
está diretamente relacionada com sua resistência à tração, na ruptura.
b) Teste de Impacto Charpy: é um teste de impacto que determina a quantidade de
energia necessária para provocar a fratura de uma amostra; esta, com uma
depressão em forma de “V”, é submetida a um golpe de martelo, que cai de uma
determinada altura. Como a força do golpe do martelo está concentrada na
depressão, a tensão resultante provoca a fratura da amostra e não sua
deformação. A energia necessária para a fratura é determinada com base na
massa do martelo e na altura de sua queda; este teste pode ser realizado em
diferentes temperaturas para determinar se o aço é suscetível de ruptura frágil.
c) Análise Química: a composição química do aço é uma importante indicação da
possibilidade de fissuração da solda, seja por fissuras a frio ou por fissuras a
quente; a composição química é determinada a partir de amostras retiradas dos
elementos estruturais. As fissuras a frio, ou retardadas, podem ser previstas com
antecipação, usando a equação do carbono equivalente, que é baseada na
composição química do aço. As fissuras a quente ocorrem quando a solda
começa a solidificar-se; esse tipo de fissuras pode ser eliminado com a adição
de produtos químicos ao eletrodo da solda.
d) Teste de Resistência à Tração: a resistência do aço à tração pode ser facilmente
determinada submetendo a amostra a tensões cada vez maiores, até que ela se
rompa ou até que ela comece a alongar-se excessivamente, com estreitamento
de seção.
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5.3.2.5 Fundações
a) Provas de carga: podem ser executadas provas de carga estáticas ou dinâmicas,
com medição dos parâmetros necessários – deformações, tensões,
deslocamentos, acelerações, etc.
b) Tomografia Elétrica: método geofísico empregado para gerar o imageamento
das camadas de solo;
c) Sísmica Paralela: método geofísico empregado para determinar a profundidade
de estacas;
d) Sondagens: pode ser necessárias sondagens manual, com retroescavadeira, a
percussão (SPT) ou rotativa.
5.3.2.6 Estudos Hidrológicos e da Calha do Rio
a) Níveis máximo e mínimo das águas.
b) Seção de vazão do projeto.
c) Regime fluvial, com indicação de períodos de enchente e seca e dos meses mais
convenientes para execução das fundações.
d) Necessidade de proteção das encostas ou das margens, nas proximidades da
obra-de-arte especial.
e) Direção e velocidades da correnteza.
f) Existência e tipo de erosão ou assoreamento do fundo e das margens do rio.
g) Arraste de material sólido.
h) Necessidade de gabarito de navegação.
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5.3.3 Ficha para inspeção especial
Tabela 19 – Ficha de inspeção especial – Parte I
Ficha de inspeção especial 1 Inspeção especial (ano): Código da obra de arte:
2 Jurisdição (Órgão, Concessão ou outro):
3 Data da inspeção: Início: Término:
Parte I – Síntese do relatório de patologia A – Localização
4 Via e município: Sentido:
5 Obra: Localização (km e coordenadas geograficas):
B – Descrição da obra
6 Quantidade de vãos: Comprimento total:
7 Pilares: Vigas:
8 Largura total: Juntas de dilatação:
9 Tipologia transversal da superestrutura: Tipologia longitudinal da superestrutura:
10 Classe:
11 Observações:
C – Ensaios realizados
12
D – Classificação da obra de arte
13 Estrutural:
14 Funcional:
15 Durabilidade:
E – Vistoria
16 Data da vistoria:
17 Recursos de aproximação empregados:
F – Descrição de anomalias
Superestrutura
18 Laje superior:
19 Vigas longarinas:
20 Vigas transversinas
Mesoestrutura
21 Vigas travessas:
22 Aparelhos de apoio:
23 Pilares:
Infraestrutura
24 Blocos:
25 Fundações:
Encontro
26 Estruturas de encontro:
Elementos complementares
27 Pavimento, sinalização e gabaritos:
28 Passeios e guarda-corpo:
29 Barreiras rígidas/ defensas metálicas:
30 Juntas:
31 Drenagem:
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Tabela 20 – Ficha de inspeção especial – Parte II
Ficha de inspeção especial
Parte II – Síntese do relatório de terapia
A – Parecer técnico
32 Informar as conclusões da inspeção:
B – Resumo da análise estrutural (caso especial)
33
C – Proposição de restauração e/ou reforço
34 A considerar:
Informar as medidas necessárias para a restauração ou reforço.
5.4 INSPEÇÃO EXTRAORDINÁRIA
A inspeção extraordinária é gerada por uma das demandas não programadas a seguir, associadas
ou não:
a) Necessidade de avaliar com mais critério um elemento ou parte da obra de arte,
podendo ou não ser gerada por inspeção anterior;
b) Ocorrência de impacto de veículo, trem ou embarcação;
c) Ocorrência de eventos da natureza, como inundações, vendaval, sismo ou
outros.
A inspeção extraordinária deve seguir a mesma metodologia definida para a inspeção especial.
Para elementos submersos, a inspeção subaquática deve ser realizada conforme o item 5.5.
5.5 ROTEIRO BÁSICO PARA INSPEÇÃO SUBAQUÁTICA
A inspeção subaquática tem como objetivo detectar e identificar as anomalias eventualmente
existentes nos elementos submersos.
As inspeções subaquáticas devem ser consideradas como parte integrante das inspeções
especiais, quando realizadas em intervalos e regulares, ou extraordinárias, quando realizadas
em situações excepcionais decorrentes de alterações ambientais e acidentais.
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As anomalias detectadas na inspeção devem ser registradas por recursos de mídia, além de toda
a documentação exigida para inspeções especiais.
Na execução da inspeção subaquática devem ser atendidas todas as recomendações das normas
reguladoras de segurança pertinentes ao assunto.
5.5.1 Limpeza da superfície
Após a definição do plano de trabalho, os elementos devem ser limpos, se necessário, com o
auxílio de espátulas ou jatos de água visando a remoção de incrustações.
Como toda a limpeza submersa é difícil e demorada, deve-se limitá-la à área do elemento
estrutural a ser inspecionado.
5.5.2 Periodicidade da inspeção subaquática
Considerando que as inspeções subaquáticas são parte integrante da inspeção especial ou
extraordinária, resulta que estas irão condicionar a sua periodicidade.
No caso de estrutura com mais de dez apoios submersos, pode-se, à critério da EGR, fazer uma
inspeção por amostragem, de acordo com as anomalias detectadas, de forma que, findo o prazo
de dez anos, todos os apoios submersos sejam inspecionados.
5.5.3 Equipamentos audiovisuais
Nas inspeções subaquáticas, é de grande importância que existia comunicação vocal direcional
e visual que possibilite:
a) A descrição feita pelo mergulhador em tempo real da anomalia que está sendo
observada, permitindo que o pessoal de apoio faça anotações e gravação;
b) Ao mergulhador solicitar esclarecimentos ao pessoal de apoio;
c) Ao pessoal de apoio, acompanhando desenhos e esquemas, verificar a validade
das observações e o acerto na localização da anomalia;
d) Ao pessoal de apoio solicitar informações mais detalhadas.
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6 PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO
Cabe à empresa de inspeção contratada definir o planejamento de inspeção de cada obra de arte,
seguindo o cronograma previamente definido pela EGR e tendo recebido, necessariamente, a
ordem de serviço para aquela vistoria.
Também é responsabilidade da contratada providenciar os meios de acesso adequados aos
inspetores, sendo que estes deverão atender todas as exigências vigentes em normas e
regulamentos que disciplinam os procedimentos em relação ao meio ambiente e à segurança do
trabalho. É absolutamente vetada qualquer operação de vistoria que esteja em discordância com
o exposto acima.
6.1 SEGURANÇA AO TRÁFEGO
Deve ser implantada, pela contratada, sinalização que garanta a segurança dos usuários da
rodovia e da equipe de inspeção durante todos os trabalhos. A sinalização deve respeitar
integralmente o Código de Trânsito Brasileiro [6] e o Manual de Instruções Para Sinalização
Rodoviária do DAER [7], sem prejuízo a exigências adicionais de outras regulamentações ou
da EGR.
Especial atenção deverá ser dada a estruturas onde há fluxo elevado de pedestres, levando em
conta os riscos a estes usuários quando do planejamento de emprego de equipamentos para as
inspeções. A circulação não deve ser interrompida sem que sejam providenciadas alternativas
de deslocamento e garantida a segurança durante o percurso.
A sinalização de obras deverá:
advertir os condutores da existência de obras ou situações de emergência;
regulamentar a velocidade e outras condições para uma circulação segura;
orientar e ordenar o fluxo de veículos junto a obras;
apresentar boa legibilidade, clareza e padronização;
dispor de equipamentos conforme as características de cada situação, quando
a execução da obra for de curta duração ou casos emergenciais, recomenda-
se dispositivos portáteis. Quando a obra for de longa duração, deverão ser
utilizados dispositivos fixos, de maior porte e de maior durabilidade, e a
preocupação com a conservação e reposição deverá ter maior atenção;
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as placas de sinalização deverão ser sempre refletivas e suas dimensões e
legenda compatíveis com a velocidade regulamentada;
para evitar diversas interpretações, a sinalização existente, no trecho em
obras, deverá ser retirada ou coberta, quando então passa a vigorar a
sinalização de obras. Após concluída a obra, toda a sinalização emergencial
deverá ser removida, restabelecendo a sinalização do trecho.
Os dispositivos de sinalização podem ser classificados como sinalização vertical, horizontal e
dispositivos de canalização e segurança. Todos dispositivos empregados devem estar de acordo
com as normas estabelecidas pelo CONTRAN e previstos em projeto previamente aprovado
pela fiscalização do contrato.
6.1.1 Características de áreas de sinalização temporária
A sinalização de intervenções, quando afetem o tráfego dos veículos, deverá ser constituída de:
a) Área de pré-sinalização: destinada a advertir a existência de obras adiante que
modifiquem a circulação dos veículos. Nesta área serão implantados sinais de
regulamentação, advertência indicando aos motoristas qual deverá ser seu
comportamento ao trafegarem junto ao canteiro de obras.
b) Área de sinalização de posição: representado pelo trecho onde estão
regulamentadas as condições de trafegabilidade. Neste local deverão ser
implantadas placas de regulamentação e dispositivos de canalização e/ ou de
controle de tráfego.
c) Área de sinalização de fim de obras: estabelecida a situação normal de
circulação, deverá ser informado o final da obra e a rodovia receber a
regulamentação de velocidade máxima permitida desse trecho em diante,
conforme as características da estrada, caso a velocidade tenha sido reduzida
através de sinalização anterior.
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6.2 SEGURANÇA DO TRABALHO
Todos os profissionais devem trabalhar devidamente munidos dos equipamentos de proteção
individual necessários e de acordo com as Normas de Segurança do Trabalho, sendo também
necessário confeccionar e manter atualizada a Ficha de Controle e Registro de entrega de EPIs.
Deve-se cumprir e fazer cumprir a legislação vigente em Segurança e Saúde no Trabalho, em
TODAS as operações a serem desenvolvidas.
Todos os profissionais que interagirem com eletricidade ou executarem serviços em espaços
confinados, trabalho em altura deverão ser qualificados, capacitados e autorizados conforme
prevê respectivamente a NR-18, NR-10, NR-33 e a NR-35, entre outras que rejam os referidos
trabalhos. Os trabalhadores que não possuírem os treinamentos específicos exigidos para a
execução de atividades NÃO terão autorização para o trabalho. Além disso, os procedimentos
constantes nas normas citadas devem ser executados na íntegra, visando preservar a integridade
física e a saúde dos trabalhadores.
A Fiscalização das questões de SST será efetuada pelo responsável da obra/serviço e pelo
SESMT da EGR que verificarão, em inspeções periódicas e sem prévio aviso, o cumprimento
das determinações relativas à Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho.
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7 QUALIFICAÇÃO TÉCNICA
As inspeções Cadastral e Rotineira devem ser feitas por Inspetores, auxiliados, se for o caso,
por Auxiliares Técnicos.
As inspeções Extraordinária e Especial devem ser feitas por Inspetores, sob coordenação de um
Inspetor Sênior e auxiliados, se for o caso, por Consultores e Auxiliares Técnicos.
7.1 QUALIFICAÇÃO DOS INSPETORES
O Inspetor será, necessariamente, um Engenheiro diplomado, registrado do CREA-RS.
Dependendo das responsabilidades que lhe serão atribuídas, deverão ser comprovados:
a) Inspetor – para inspecionar uma única obra de comprimento igual ou inferior a
duzentos metros e que não inclui nenhuma estrutura não convencional:
mínimo de cinco anos de experiência em projetos de pontes;
mínimo de cinco anos de experiência em inspeção de pontes;
perfeito conhecimento dos termos do contrato, especialmente deste ANEXO,
e dos textos das REFERÊNCIAS NORMATIVAS, item 8.1.
b) Inspetor Sênior – para inspecionar uma estrutura especial ou supervisionar a
inspeção de um conjunto de obras:
mínimo de cinco anos de experiência em projetos, execução e restauração de
pontes;
mínimo de dez anos de experiência em inspeção de pontes;
perfeito conhecimento dos termos do contrato, especialmente deste ANEXO,
e dos textos das REFERÊNCIAS NORMATIVAS, item 8.1.
7.2 QUALIFICAÇÃO DOS AUXILIARES TÉCNICOS
Os auxiliares técnicos devem atender aos seguintes pré-requisitos:
ter ensino médio completo;
possuir boas condições físicas;
demonstrar habilidade para desenhar, à mão livre, esquemas de obras, apoios,
etc., com as respectivas dimensões;
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demonstrar habilidade para ler os desenhos do projeto estrutural, quando
disponível, verificando se a obra foi construída conforme os desenhos;
demonstrar habilidade para tirar fotografias;
demonstrar conhecimento de instrumentos de medidas, tais como réguas,
trenas, paquímetros, réguas comparadoras, calibres e termômetros;
possuir motivação para o trabalho, procurando aumentar sua experiência e
capacidade de observação de defeitos;
demonstrar perfeito conhecimento deste ANEXO.
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8 REFERÊNCIAS
8.1 REFERÊNCIAS NORMATIVAS
[1] ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 9452:2016.
Inspeção de pontes, viadutos e passarelas de concreto – Procedimento. Rio de Janeiro, 2016.
[2] _______________. ABNT NBR 8802:2013. Concreto endurecido — Determinação da
velocidade de propagação de onda ultrassônica. Rio de Janeiro, 2013
[3] _______________. ABNT NBR 7584:2012. Concreto endurecido — Avaliação da
dureza superficial pelo esclerômetro de reflexão — Método de ensaio. Rio de Janeiro, 2012
[4] _______________. ABNT NBR 10786:2013 – Concreto endurecido — Determinação
do coeficiente de permeabilidade à água. Rio de Janeiro, 2013.
[5] BRASIL. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de
Transportes. Manual de inspeções de pontes rodoviárias. Rio de Janeiro, 2004. 253p.
Disponível em < http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/publicacoes > Acesso em:
30 mai. 2017.
[6] Código de Trânsito Brasileiro – CTB – LEI N° 9503, de 23 de novembro de 1997.
[7] DAER. Instruções para sinalização rodoviária. Porto Alegre, 2013.
8.2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[8] LENCIONI, Julia Wippich. Proposta de Manual Para Inspeção de Pontes e Viadutos em
Concreto Armado – Discussão Sobre a Influência dos Fatores Ambientais na Degradação de
Obras-de-Arte Especiais. 2005. 187f. Tese de Mestrado em Engenharia de Infra-Estrutura
Aeroportuária – Instituto Tecnológico de Aeronáutica, São José dos Campos.
[9] BRASIL. Ministério dos Transportes. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de
Transportes. Glossário de Termos Técnicos Rodoviários. Rio de Janeiro, 1997. 296p.
Disponível em < http://ipr.dnit.gov.br/normas-e-manuais/manuais/publicacoes > Acesso em:
25 mai. 2017.
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[10] AMERICAN ASSOCIATION OF STATE HIGHWAY AND TRANSPORTATION
OFFICIALs. AASHTO Bridge Element Inspection Guide Manual, 1st edition. Washington,
DC, 2010.
[11] ARAÚJO, Adriana de; PANOSSIAN, Zehbour. Inspeção rotineira de estruturas de
concreto armado expostas a atmosferas agressivas. REVISTA TÉCHNE. 2011. Disponível em:
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/177/artigo285907-1.aspx>. Acesso em: 09 jun.
2017.
[12] CASTRO, Alessandra L. et al. Métodos de ensaios não destrutivos para estruturas de
concreto. REVISTA TÉCHNE. 2009. Disponível em: <http://techne.pini.com.br/engenharia-
civil/151/artigo286643-2.aspx>. Acesso em: 09 jun. 2017.
[13] SANCHES, L.F.M. Contribuição ao estudo dos métodos de ensaio na avaliação das
reações álcali-agregados em concreto. São Paulo, 2008. 170 p. Dissertação de mestrado –
Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.
[14] NATIONAL HIGHWAY INSTITUTE. Bridge Inspector’s Reference Manual (BIRM).
Arlington, 2012.
[15] BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Diretoria de
Desenvolvimento Tecnológico. Divisão de Capacitação Tecnológica. Manual de projeto de
obras-de-arte especiais - Rio de Janeiro, 1996. 225p. (IPR. Publ., 698).
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