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L A FUNDACIÓN D E L B A N C O DE AVIO
Robert POTASH
L A E X T R A O R D I N A R I A F O R T U N A política que colocó a l general
Anastas io Bustamante en el poder, en enero de 1830, acarreó
u n s igni f i cat ivo cambio de orientación en l a política indus
t r i a l d e l gobierno. A l general G u e r r e r o le había interesado
más proteger de l a competencia extranjera a las industrias ar-
tesanas de M é x i c o que mejorar sus anticuadas técnicas. Pero
l a n u e v a administración se dedicó p r i n c i p a l m e n t e a i m p u l
sar e l progreso tecnológico, de m a n e r a especial p o r m e d i o de
l a introducción de los métodos modernos de manufactura
e n las fábricas. Así, mientras l a anter ior administración ha
bía buscado sus fines exclusivamente a través de las tarifas
arancelarias, l a siguiente p r o n t o se e m p e ñ ó en u n ambicioso
p r o g r a m a de apoyar con los fondos públicos las primeras eta
pas de l a rehabil i tación i n d u s t r i a l .
L a idea de dedicar fondos a ta l f i n n o fué ciertamente
o r i g i n a l d e l gobierno de Bustamante. H a b í a sido propuesta
más de u n a vez en l a década a n t e r i o r . 1 E n rea l idad, sólo u n
a ñ o antes, d u r a n t e los debates sobre l a adopción de l a ley pro
h i b i t i v a , L o r e n z o de Zavala, entonces m i n i s t r o de H a c i e n d a ,
h a b í a sugerido a los artesanos defensores de l a ley que] " e n
l u g a r de e l i m i n a r las aduanas. . . , [pidieran] a l gobierno u n a
parte de los impuestos para ayudarlos e n el establecimiento
de sus m a n u f a c t u r a s " . 2
P o r entonces esta proposición fué desechada, pero l a afir
mac ión de Z a v a l a sobre los efectos fiscales potencialmente
dañosos de l a m e d i d a p r o h i b i t i v a fué heredada p o r sus suce
sores en l a Secretaría de H a c i e n d a . E n caso de ponerse en
práctica e l decreto sobre textiles extranjeros adoptado el 22
de m a y o de 1829, e s t o sólo podía s igni f icar u n a severa d ismi
n u c i ó n de los ingresos públicos. L a ley n o se había c u m p l i d o
d u r a n t e e l a ñ o de su promulgación, pero e l 1° de enero
de 1830 sus disposiciones e n t r a r o n en vigor. A menos que se
t o m a r a n otras medidas, l a nueva administración perdería cer-
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ca de u n mil lón de pesos de sus ingresos anuales. T a l pérdida
debe de haber parecido m u y penosa en vista de los fondos
extraordinarios requeridos p o r e l gobierno para paci f icar a l
país y p a r a hacer frente a l a terr ib le crisis que ahora surgía
en Texas .
N o es de sorprender, p o r l o tanto, que l a p r i m e r a suges
tión de u n a nueva polít ica p a r a tratar e l p r o b l e m a i n d u s t r i a l
y a l m i s m o t iempo socorrer a l a Tesorería, haya venido de la"
Secretaría de H a c i e n d a . Su autor fué Ildefonso M a n i a u , em
pleado de base de ese m i n i s t e r i o y jefe de l Departamento de
C u e n t a y Razón. C a p a c i t a d o desde 1825 con la preparación
de las balanzas de comercio de cada año, M a n i a u había
estado en b u e n a posición para observar l a i m p o r t a n c i a que
los artículos de algodón representaban en el cuadro total
de los ingresos. 3 E n r e a l i d a d , en l a balanza comercial que
preparó en septiembre de 1829, había advertido las serias con
secuencias que resultarían de l a exclusión de las manufactu
ras de a lgodón. 4
U n mes después de que Bustamante tomó el poder, M a
n i a u presentó u n i n f o r m e especial dedicado a anal izar los
problemas de las necesidades industr ia les y de l a política
arance lar ia . 5 Después de i n d i c a r que el poner en vigor l a ley
p r o h i b i t i v a significaría p a r a l a Tesorer ía u n a pérdida de cer
ca de u n mil lón de pesos, M a n i a u señaló los verdaderos su
puestos en que debía basarse d i c h a ley. L a decadencia de las
manufacturas domésticas, observa, es resultado, no sólo de l a
competencia de artículos extranjeros, s ino también de l a se
r ie de hechos que h a n ocasionado l a disminución de capi ta l
dentro de l país. E l decreto de consolidación de 1804, las gue
rras napoleónicas y los once años de l u c h a p o r la Independen
cia, todo esto h a c o n t r i b u i d o a l a destrucción o disminución
d e l cap i ta l . P o r lo tanto, e l derecho arancelario sobre artícu
los extranjeros baratos no puede, p o r sí solo, fomentar l a de
seada expansión de l a i n d u s t r i a , pues los artesanos carecen de
fondos y, evidentemente, los capitalistas n o se interesan en l a
m a n u f a c t u r a text i l .
P e r o , a u n suponiendo e l aprovechamiento del capi ta l , si
gue d i c i e n d o M a n i a u , l a ley n o fomentaría eficazmente las
industr ias artesanas. E l alto costo y l a m a l a c a l i d a d de los
productos nacionales inducir ían a los consumidores a prefe-
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r i r l a c a l i d a d superior de los artículos extranjeros que todavía
p o d í a n entrar legalmente, y a u n a rec ib i r con buenos ojos las
mercancías que entraran de contrabando. L a única ocasión
e n que las p r o h i b i c i o n e s podrían ser útiles, a f i rma, es cuando
exista u n a prohibic ión de jacto, es decir, cuando el p r o d u c t o
n a c i o n a l es capaz de compet ir con el i m p o r t a d o .
Entonces, ¿cómo podrían desarrollarse las industr ias na
cionales? A q u í entraba e l p l a n de M a n i a u . P a r a mejorar las
manufacturas de México, así como para hacerlas competido
ras de las importadas, era indispensable que e l Estado ayu
d a r a a los artesanos mexicanos con capi ta l , con m a q u i n a r i a
m o d e r n a y con l a necesaria enseñanza técnica. P a r a satisfacer
e l costo de ta l p r o g r a m a y a l m i s m o t iempo resarcir a l a Teso
rería de las pérdidas que en sus ingresos podía causar l a re
ciente ley p r o h i b i t i v a , M a n i a u recomendaba l a abrogación de
esta ley en cuanto se ref ir iera a l a importación de textiles
de bajá c a l i d a d , y en lugar de eso l a adopción de u n impuesto
especial de 1 0 % sobre esos mismos artículos. L o s ingresos
de 4 0 % ad valorem, se dedicarían exclusivamente a l fomen
to de l a i n d u s t r i a . 6
E l i n f o r m e que contenía las proposiciones de M a n i a u se
transmitió a l a Cámara de D i p u t a d o s el 23 de febrero, con el
d e c i d i d o apoyo de l m i n i s t r o de H a c i e n d a , R a f a e l M a n g i n o . 7
P e r o a l m i s m o t iempo otro p r o m i n e n t e m i e m b r o del gabinete
estaba e x p o n i e n d o sus puntos de vista sobre los problemas
industr ia les .
Lucas A l a m á n , de nuevo m i n i s t r o de Relaciones, fué l a
f i g u r a sobresaliente, el " a l m a i n s p i r a d o r a " de l gobierno de
B u s t a m a n t e . 8 N o hay exageración en a f i r m a r que cuando e l
jefe del E j e c u t i v o h a b l a b a , eran las palabras de A l a m á n l o que
se escuchaba. C o m o f o r m u l a d o r de l a polít ica de esa admi
nistración, las opiniones económicas de A l a m á n , especialmen
te su a c t i t u d sobre e l lugar p r o p i o de l a m a n u f a c t u r a en l a
economía y sobre e l p a p e l que e l gobierno debería desempe
ñar en e l fomento de l desarrollo económico, l l egaron a ser u n
asunto de i m p o r t a n c i a v i t a l .
L o que p r i m e r o l l a m a l a atención de l a filosofía económi
ca de A l a m á n es que n o fué estática. Sobre esto se h a n hecho
g r a n n ú m e r o de generalizaciones insostenibles. D u r a n t e su
p r i m e r m i n i s t e r i o (1823-25), A l a m á n había defendido el p u n -
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to de vista de que l a p r o s p e r i d a d n a c i o n a l dependía directa
mente de l a a c t i v i d a d m i n e r a . 9 Su entusiasmo de entonces
p o r resucitar l a i n d u s t r i a m i n e r a h a l levado a u n reciente
biógrafo suyo a a f i r m a r que actuó así porque "todavía creía
en l a vieja concepción mercant i l i s ta que hacía del d i n e r o l a
r iqueza de las n a c i o n e s " . 1 0 N a d a más lejos de la verdad. A u n
que después A l a m á n expresó su i n c o n f o r m i d a d ante l a ex
portación de metales preciosos, esto n o fué porque creyera
que esos metales se i d e n t i f i c a b a n con l a r iqueza: era más b i e n
su i n q u i e t u d ante l a escasez d e l m e d i o circulante. Además,
por ese t iempo, cuando activamente i m p u l s a b a las inversio
nes extranjeras en l a i n d u s t r i a m i n e r a , apenas le p r e o c u p a b a
l a idea de que l a creciente producción de p lata se conservara
en el país. Su a c t i t u d de entonces fué descrita con más exac
t i t u d p o r u n escritor coetáneo que p o r su moderno biógrafo:
E n resumen, los metales preciosos en México deben considerarse bajo
el mismo criterio que los grandes productos comerciales de otros paí
ses... Desde ese punto de vista lo consideran Alamán y otros ilustrados
estadistas mexicanos, después de vencer viejos prejuicios. . . Hemos puesto
de relieve estos detalles de los trabajos del señor Alamán porque creemos
que ha sido el p r i n c i p a l instrumento para establecer entre sus conciuda
danos [una] política correcta y l iberal . . .11
A l a m á n había expresado f irmemente l a convicción de que
e l fomento de l a minería p o r sí solo produciría l a recupera
ción de l a a g r i c u l t u r a y de las artes y llevaría simultánea
mente a l a p r o s p e r i d a d n a c i o n a l . Pero su convicción se trans
formó en 1830: a u n q u e seguía considerando las m i n a s como
"nuestra i n d u s t r i a p e c u l i a r " , 1 2 se convirtió en e l más deci
d i d o defensor de l a necesidad de fomentar las manufacturas .
Su posición, s i n embargo, se puede d i s t i n g u i r de quienes
apoyaron l a aprobación de l a ley p r o h i b i t i v a de 1829. E n
febrero de 1830 A l a m á n escribió:
E l sistema puramente prohibi t ivo no es el que hace florecer a las
fábricas por sí solo; se necesitan otros elementos, tales como abundante
población, capitales y máquinas adecuadas. Por lo mismo que este gé
nero de industria exige más laboriosidad, los hombres no se dedican a él
sino cuando no pueden buscar su subsistencia más fácilmente en otros:
así es que la agricultura y las minas los atraen de preferencia, y cierta
mente que quien puede extraer directamente plata, no se ocupa en hacer
otras cosas por cuyo intermedio procurársela. Nuestra población no es
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todavía tan abundante que sobre u n gran número de hombres para las
fábricas.. .13
Estos argumentos contra l a ley p r o h i b i t i v a eran casi idén
ticos a los que p o r esa m i s m a época esgrimían liberales como
José María L u i s M o r a . 1 4 Pero mientras este últ imo insistía
e n que l a naturaleza hacía que M é x i c o fuera esencialmente
agrícola y m i n e r o , y que de esas actividades dependiera su
prosper idad, A l a m á n adoptaba l a posición de que l a inde
p e n d e n c i a n a c i o n a l requería e l desarrollo de l a i n d u s t r i a
manufacturera . " U n p u e b l o debe tener a l a m i r a tratar de n o
depender de otro p a r a n a d a en l o que le es indispensable p a r a
subsist ir" , p r o c l a m a b a en su Memoria d e l 12 de febrero
de 1830; y a continuación describía e l t ipo de industrias que
e l gobierno debería i m p u l s a r :
Las fábricas.. . , que producen los artículos de u n consumo más gene
r a l , y que son también las más fáciles de plantear . . . ; los tejidos ordina
rios de algodón, l i n o y lana, precisos para cubrirse la parte más numerosa
de l a población, son los que deben fomentarse, excitando a los capitalis
tas nacionales o extranjeros al establecimiento de fábricas con las má
quinas necesarias, para que los artefactos resulten a u n precio moderado,
lo que nunca se conseguirá sin este a u x i l i o . . . ; otro género de fábricas
de artículos de mayor lujo deben quedar al tiempo, sin pretender por
ahora rivalizar en ellos con naciones que tienen medios industriales con
que nosotros no contamos todavía. 1 5
H e ahí l a exposición de l a filosofía de A l a m á n sobre
l a industrialización. L a m e t a a que debía aspirarse n o era l a
restauración de l a artesanía; n i s iquiera e l desarrol lo indis
c r i m i n a d o de l a manufacturera . A l a m á n busca el estableci
m i e n t o de aquellas industr ias , par t icu larmente l a t e x t i l , que
p r o d u c e n artículos consumidos p o r las clases más pobres;
quiere , además, que tales artículos se p r o p o r c i o n e n a precios
moderados, cosa esencial p a r a que el gobierno estimule a los
part iculares, nacionales o extranjeros, a establecer fábricas
c o n m a q u i n a r i a m o d e r n a .
L a Memoria de A l a m á n pronosticó e l curso f u t u r o de l a
polít ica de l a administración. Pero l a p r i m e r a m e d i d a legis
l a t i v a p a r a ayudar a l a m a n u f a c t u r a n o estuvo totalmente
de acuerdo con este concepto. Fué l a adopción p o r e l C o n
greso, a p r i n c i p i o s de a b r i l , de u n a m e d i d a que creó u n f o n d o
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de fomento i n d u s t r i a l , e l p r i m e r o en l a h is tor ia de l a R e
pública.
Esta m e d i d a no fué u n a ley aislada, sino más b i e n u n a de
las disposiciones de l a famosa ley d e l 6 de a b r i l sobre l a colo
nización texana, ley dest inada a i m p e d i r l a pérdida de esa
p r o v i n c i a en favor de los Estados U n i d o s . 1 6 A l a r m a d o p o r l a
preponderancia de los c iudadanos norteamericanos en ese l u
gar, A l a m á n había recomendado a l Congreso, e l 8 de febre
ro, varias proposiciones, entre ellas l a colonización de T e x a s
por inmigrantes mexicanos. A u n q u e i n v i t a b a a l gobierno
a ayudar a los colonos indigentes con préstamos e i m p l e m e n
tos agrícolas, n o especificó cómo se f inanciarían esta y otras
m e d i d a s . 1 7
L a solución a este p r o b l e m a l a preparó u n a comisión es
pecial de l Congreso en cuyas manos había quedado l a cues
tión de Texas . L a comisión recomendaba que los fondos p a r a
l a colonización y fortificación de T e x a s se buscaran m e d i a n
te l a suspensión de l a ley que prohibía l a importación de
textiles toscos de algodón, u t i l i z a n d o los ingresos así obte
nidos. S i n embargo, proponía concretamente que e l 5 % de
esos ingresos se dest inara a fomentar l a i n d u s t r i a t e x t i l algo
donera de M é x i c o . 1 8 F i n a l m e n t e , l a comisión adoptaba l a
disposición siguiente:
L a vigésima parte de los mencionados derechos se empleará en el fo
mento de los tejidos de algodón, comprando máquinas y telares, asig
nando pequeños fondos de habilitación y todo lo demás que crea opor
tuno el gobierno, quien repartirá estos ausilios a los Estados que tengan
esta clase de industria, quedando dicha cantidad a disposición del M i
nisterio de Relaciones, para dar cumplimiento a tan interesantes ob
jetos.19
Se ve que este artículo estaba más destinado a aplacar l a
ant ic ipada oposición a l a suspensión de l a ley p r o h i b i t i v a
que a lograr los objetivos propuestos p o r A l a m á n en su Me
moria. L a mención específica de telares y pequeños présta
mos i n d i c a que los beneficiarios proyectados debían ser arte
sanos más b i e n que posibles propietarios de fábricas; también
lo i n d i c a e l hecho de que ta l ayuda iría a los Estados en que
ya existía esta clase de industrias. Estas consideraciones, más
el hecho de que l a suspensión de l a ley p r o h i b i t i v a i b a a
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d u r a r sólo nueve meses, e x p l i c a n probablemente e l que los
representantes de P u e b l a y otros centros de artesanía n o pre
sentaran fuerte oposición a esa m e d i d a . 2 0
A l votar que los ingresos aduanales se destinaran a i m
p u l s a r l a i n d u s t r i a algodonera, e l Congreso no se preocupó
p o r calcular l a suma total que l legaría a recogerse. 2 1 Basán
dose en que l a Tesorería había a f i rmado que los impuestos
anuales sobre l a importación en cuestión serían de cerca de
u n mi l lón de pesos, los legisladores p u d i e r o n ant ic ipar que
l a suma fluctuaría entre 50 y 100,000 pesos. P o r tanto ésa
fué l a c a n t i d a d que se puso a disposición de l M i n i s t r o de R e
laciones con l a sola obl igación de u n i n f o r m e a n u a l a l C o n
greso. 2 2
A pesar de ser tan l i m i t a d a l a suma y del evidente esfuer
zo de los legisladores p o r ayudar a l pequeño artesano, A l a -
m á n actuó como si se le h u b i e r a n dado recursos m u c h o ma
yores y u n a orden específica p a r a desarrol lar el p r o g r a m a
de industrialización expuesto en su Memoria. A ú n antes de
que el proyecto de l Congreso se c o n v i r t i e r a e n ley, él había
e n v i a d o u n a c i rcu lar a todos los gobernadores de los Esta
dos, encareciéndoles qué i m p u l s a r a n e l establecimiento de
compañías p o r m e d i o de acciones que apoyaran la manufac
t u r a text i l . S i n embargo, anunció que e l gobierno federal
y a casi había contratado m a q u i n a r i a y técnicos extranjeros,
q u e e l e q u i p o se distribuiría a l costo a las compañías y que
e l gobierno ayudaría a esas empresas p o r todas las vías, i n c l u
yendo e l préstamo de capi ta l . E l propósito de l programa,
c o m o anunció A l a m á n a los gobernadores, era l a producción
de textiles de i g u a l c a l i d a d y precio a los i m p o r t a d o s . 2 3
Es evidente que l a administración se embarcó en u n pro
g r a m a m u c h o más ambic ioso que el est ipulado por e l artícu
l o 16 de l a ley de 6 de a b r i l . L o p r u e b a e l hecho de que en los
meses subsiguientes e l g o b i e r n o i n t e n t a r a i m p u l s a r l a forma
ción de compañías text i les . 2 4 P o r supuesto puede argumen
tarse que l a legislación de a b r i l ofreció u n a base legal para
tales actividades, pues no sólo autor izaba l a c o m p r a de tela
res o l a concesión de pequeños préstamos, sino "todo lo de
más que crea o p o r t u n o el g o b i e r n o " . S i n embargo, A l a m á n
se dió perfecta cuenta de l a d i s p a r i d a d existente entre l a ley
y su administración, y procedió a hacerlas concordar, no re-
268 ROBERT POTASH
duciendo sus actividades, s ino p i d i e n d o a l Congreso que
adoptara u n a m e d i d a nueva y más a m p l i a .
C u a n d o el Congreso se reunió de nuevo en u n a sesión es
pec ia l que tuvo lugar en e l verano de 1830, se encontró con
u n proyecto de l a administración en que se pedía l a creación
de u n banco que fomentara l a i n d u s t r i a n a c i o n a l . E l estable
c imiento propuesto, que se conoce con el n o m b r e de Banco
de avío para fomento de la industria nacional, debía tener u n
capi ta l de $ 1.000,000 tomado de u n a parte de los impuestos
aduanales sobre los artículos de algodón. L a prohibic ión de
tales artículos permanecería en suspenso hasta que se reunie
r a este capi ta l . L a dirección del B a n c o se pondría en manos
de u n a j u n t a de tres miembros permanentes bajo l a presi
dencia de l m i n i s t r o de Relaciones. Sus operaciones incluirían
l a garantía de préstamos con interés a compañías o i n d i v i
duos y l a c o m p r a y distribución de m a q u i n a r i a destinada a
varias ramas de l a i n d u s t r i a , par t icu larmente a l a producción
de text i les . 2 5
A l t r a n s m i t i r sus recomendaciones a l Congreso, A l a m á n
audazmente l lamó l a atención sobre l a reciente administra
ción de las actividades industriales, como si h u b i e r a concor
dado plenamente con l a ley d e l 6 de a b r i l . L o s resultados
favorables de las medidas tomadas p a r a dictar esa ley, e x p l i
có, habían i n d u c i d o a l gobierno a p r o p o n e r que se c o n t i n u a r a
asignando los impuestos aduanales a l fomento i n d u s t r i a l . S i n
embargo, l a exper iencia de los meses pasados había servido
p a r a señalar ciertos obstáculos. Éstos eran, p r i n c i p a l m e n t e , l a
fa l ta de c a p i t a l suficiente para apoyar las diversas ramas de
l a i n d u s t r i a y l a necesidad de u n a dirección sabia y adecuada.
L a solución ofrecida p a r a hacer a u n lado esos obstáculos era
e l establecimiento d e l B a n c o de A v í o . 2 6
G e n e r a l m e n t e se h a supuesto que l a creación de l B a n c o
de A v í o fué idea de Alamán. A él se h a n a t r i b u i d o los méri
tos o los defectos d e l p l a n . S i n embargo, e l novel ista y esta
dista l i b e r a l M a n u e l P a y n o negó l a p a t e r n i d a d de Alamán.
S i n m e n c i o n a r nombres, P a y n o insinuó que su padre, emplea
do de l M i n i s t e r i o de H a c i e n d a , había p lanteado u n proyecto
p a r a u n banco i n d u s t r i a l d e l gobierno y que A l a m á n "vió el
proyecto, se posesionó de él, l o modificó, l o varió y se procla
m ó a sí m i s m o como su dueño y a u t o r " . 2 7
LA FUNDACIÓN DEL BANCO DE AVÍO 2Ó9
C o m o e l j o v e n Payno no precisó este cargo, n o se sabe en
q u é consistió exactamente l a contribución de su padre a i pro
yecto. C ier tamente e l método de f i n a n c i a m i e n t o de l B a n c o
n o fué o r i g i n a l n i de él n i de A l a m á n . Desde 1823 se habían
h e c h o proposiciones para u t i l i z a r los ingresos aduanales para
i m p u l s a r l a i n d u s t r i a t e x t i l m e x i c a n a , en vez de efectuar pro
h i b i c i o n e s ; l a más reciente fué e l i n f o r m e de M a n i a u a r r i b a
m e n c i o n a d o . Existe l a p o s i b i l i d a d de que este in forme refle
j a r a las ideas del padre de Payno, tanto más cuanto que él
era ayudante de M a n i a u en el D e p a r t a m e n t o de C u e n t a y
R a z ó n . 2 8 P e r o en este i n f o r m e , así como e n l a ley d e l 6 de
a b r i l , que p o r p r i m e r a vez transformó l a idea en rea l idad, se
Insistía en l a ayuda que debía darse a l artesano. E l proyecto
d e l B a n c o de Avío , en cambio, fué e l p r i m e r o que estipuló
q u e las compañías industriales r e c i b i e r a n préstamos y m a q u i
n a r i a , e l p r i m e r o , en suma, destinado a fomentar el m o d e r n o
sistema de fábricas. A u n a d m i t i e n d o que P a y n o haya pro
puesto l a creación de u n órgano d i r e c t i v o especial de u n ban
co, parece más que probable que A l a m á n fuera el autor
de l a orientación p a r t i c u l a r dada a l proyecto. Sus observa
ciones personales de las fábricas europeas, su exper iencia en
los trabajos de las compañías mineras p o r acciones, sus b i e n
conocidas opin iones sobre l a i m p o r t a n c i a de modernizar las
industr ias de México , todo conduce a esa conclusión.
Además , e n este caso, como e n todo i n v e n t o afortunado,
l o esencial y más difícil es lograr l a aceptación. Si e l viejo
P a y n o concibió l a idea d e l B a n c o de A v í o , se le debe u n ab
s o l u t o r e c o n o c i m i e n t o p o r e l la; pero n o puede negarse que
fué A l a m á n , con su gran prestigio, q u i e n lo adoptó' como
pol í t ica de su administración y q u i e n , además, uso de su am
p l i a i n f l u e n c i a en e l Congreso p a r a hacer que se convir t iera
e n ley.
T e n i e n d o e n cuenta que se trataba en esencia del m i s m o
Congreso que u n año antes había adoptado l a ley p r o h i b i t i
va , es sorprendente que l a ley que estableció e l B a n c o de
A v í o e n c o n t r a r a tan poca oposición. E n l a decisiva votación
sobre l a importac ión de artículos de a lgodón destinada a
f i n a n c i a r e l B a n c o sólo siete m i e m b r o s de l a C á m a r a de D i p u
tados v o t a r o n en contra, y t re inta y tres e n f a v o r . 2 9 T a m b i é n
e n e l Senado se aprobó fácilmente l a creación d e l Banco . E l
270 ROBERT POTASH
16 de octubre de 1830 el proyecto legislat ivo que autor izaba
l a creación de l B a n c o de A v í o se convirt ió en ley.
E n v is ta de su i m p o r t a n c i a , creemos conveniente reprodu
cir , c o n comentarios sobre su significación, los artículos de l a
ley referentes a: I) l a adquisición de capi ta l , 2) l a organiza
ción i n t e r n a del B a n c o y 5) el empleo de sus fondos.
1. L a adquisición de capita l .
A r t . 2. Se establecerá un banco de avío para fomento de la industria
nacional.
Art . 2. Para ia formación de este capital se prorroga por el tiempo
necesario, y no más, el permiso para la entrada en los puertos de la repú
blica de los géneros de algodón, prohibidos por la ley de 22 de mayo del
año anterior.
A r t . 3. L a quinta parte de la totalidad de los derechos devengados
y que en lo sucesivo causaren en su introducción los efectos menciona
dos en el artículo anterior, se aplicarán al fondo del Banco.
D e b e notarse que no se fijó l a fecha en que debía entrar
nuevamente en v igor el decreto sobre textiles extranjeros;
esto dependía totalmente de l a situación de l comercio. T a l
había sido l a proposición o r i g i n a l de A l a m á n , y e l Congreso
l a dejó i n t a c t a . 3 0 P e r o a l est ipular que u n a q u i n t a parte de
los impuestos sobre los artículos de a lgodón irían a l Banco,
e l Congreso modif icó las ideas d e l m i n i s t r o . A l a m á n había
sugerido que e l B a n c o rec ibiera sólo u n a vigésima parte de
las rentas en cuestión hasta que se r e u n i e r a n los $500,000
destinados a l a fortificación y colonización de T e x a s en l a ley
d e l 6 de a b r i l ; u n a vez r e u n i d a esa suma, e l B a n c o debía reci
b i r l a décima parte de los impuestos. E l Congreso, s in em
bargo, n o hizo referencia a l g u n a a l a ley anter ior y aumentó
de u n a vez a u n a q u i n t a parte l a part icipación del B a n c o en
e l tota l de los ingresos. 3 1 Esto apresuraría l a acumulación de l
c a p i t a l d e l Banco , pero a l m i s m o t i e m p o reduciría l a canti
d a d neta p a r a l a Tesorería. Según e l p l a n de Alamán, l a
Tesorer ía debía r e c i b i r cuando menos $ 9.000,000 antes de
que v o l v i e r a a entrar en v igor el decreto sobre los géneros
de a lgodón; según el p l a n f ina lmente adoptado recibiría sólo
$4.000,000 en ese t iempo y e l banco $ 1.000,000. Además, de
acuerdo con este p l a n , p a r a r e u n i r esa s u m a hacían falta m u
chas menos importaciones, cosa que s in d u d a atrajo a los
defensores de l a protección en esa legis latura.
LA FUNDACIÓN DEL BANCO DE AVÍO 271
2. L a organización interna .
A r t . 5. Para l a dirección del Banco y fomento de sus fondos, se esta
blecerá una j u n t a que presidirá el Secretario de Estado y del Despacho
de Relaciones, compuesta de u n vicepresidente y de dos vocales, con un
secretario y dos escribientes, si fueren necesarios. Los individuos de esta
j u n t a no gozarán por ahora de sueldo alguno, y se renovarán uno en cada
año, comenzando por el menos antiguo, pudiendo el gobierno reelegir
a l que salga, si le pareciere conveniente; y para secretario y escribientes
se emplearán cesantes útiles, que servirán estos destinos por el sueldo
que las corresponde por el empleo de que son cesantes. E l gobierno for
mará el reglamento a que debe sujetarse esta junta para el desempeño
de sus funciones, y en adelante, cuando haya productos del fondo, se es
tablecerá por el congreso el sueldo que han de disfrutar los individuos
de l a junta y demás empleados en el Banco.
A r t . 6. Los fondos del Banco se depositarán, por ahora, en la casa de
moneda de esta capital , a disposición del secretario del Despacho de Re
laciones, quien de conformidad con los acuerdos de la junta, librará las
sumas que fueren necesarias. Cuando por el aumento de los fondos se
requiera una oficina para su manejo, se establecerá con los empleados
que parezcan necesarios, previa la aprobación de su número y sueldos por
el congreso.
U n a l e c t u r a atenta de estos artículos revela l a a u t o r i d a d
verdaderamente extensa reservada a l m i n i s t r o de Relaciones.
N o sólo era e l presidente de l a j u n t a y c o n t r o l a b a sus fondos,
s ino que en cuanto m i e m b r o de l gabinete y consejero d e l pre
sidente era e n r e a l i d a d el único que escogía a los otros m i e m
bros de l a j u n t a y e l único que reglamentaría sus activida
des. E l éxito f u t u r o de l B a n c o dependería en gran m e d i d a
de los i n d i v i d u o s que ejercerían el cargo de m i n i s t r o de Re
laciones.
3. E l e m p l e o de los fondos.
A r t . 7. L a j u n t a dispondrá l a compra y distribución de las máquinas
conducentes para el fomento de los distintos ramos de industria, y fran
queará los capitales que necesitaren las diversas compañías que se for
maren, o los particulares que se dedicaren a l a industr ia en los Estados,
distrito y territorios, con las formalidades y seguridades que los afian
cen. Las máquinas se entregarán por sus costos, y los capitales con un
cinco por ciento de rédito anual , fijando u n término regular para su
reintegro, y que continuando en giro, sirva de u n fomento continuo y
permanente a l a industria.
A r t . 10. A u n q u e los ramos que de preferencia serán atendidos sean
los tejidos de algodón y lana, cría y elaboración de seda, l a junta podrá
272 ROBERT POTASH
i g u a l m e n t e a p l i c a r f o n d o s a l f o m e n t o d e o t r o s r a m o s d e i n d u s t r i a , y
p r o d u c t o s a g r í c o l a s d e i n t e r é s p a r a l a n a c i ó n .
E n estos artículos se ve c laramente que e l Banco tenía u n a
misión b i e n def in ida . N o era u n banco comercial con fun
ciones de depósito o de emisión, n i estaba dedicado directa
mente a l trabajo de las empresas. Su función especial era i m
pulsar a los empresarios pr ivados y a l capi ta l p r i v a d o en el
r a m o i n d u s t r i a l , ofreciéndoles l a o p o r t u n i d a d de obtener ma
q u i n a r i a , crédito y fondos suplementarios , m u y por debajo
de los precios corrientes d e l mercado-. 3 2
A u n q u e se estipuló que los préstamos deberían hacerse
c o n garantías, l a ley no decía n a d a sobre l a naturaleza de las
demandas colaterales o de otra especie. Se dió así a l a j u n t a
ampl ios poderes p a r a determinar l a aceptabi l idad de las ga
rantías y p a r a f i jar e l m o n t o de los préstamos.
Igualmente a m p l i a fué l a a u t o r i d a d de l a j u n t a para de
t e r m i n a r quiénes recibirían los fondos y las máquinas. N o
h u b o , c o m o en l a ley del 6 de a b r i l , n i n g u n a disposición de
que se favorecerían los Estados en que ya existieran ciertas
industr ias ; tampoco h u b o n i n g u n a explicación sobre e l t ipo
de prestatarios que debía preferirse: si los i n d i v i d u o s tendrían
preferencia sobre las compañías o viceversa. T a m p o c o se dis
puso que a los empleados d e l B a n c o o a los miembros d e l
gobierno les estaría p r o h i b i d o r e c i b i r préstamos. L a j u n t a
gozó así de amplios poderes discrecionales, que no siempre
usó con sabiduría y sentido m o r a l .
L a i m p o r t a n c i a concedida a l desarrol lo de las industrias
de a lgodón y de l a n a no requiere comentar io . E n cambio, el
hecho de que a l a i n d u s t r i a de seda se le d ieran los mismos
p r i v i l e g i o s dió u n g i r o enteramente nuevo a los p r i n c i p i o s
establecidos p o r A l a m á n , según los cuales sólo deberían i m
pulsarse las industrias que p r o d u j e r a n artículos baratos, de
a m p l i o consumo. Esto, j u n t o con el permiso de promover
c u a l q u i e r a empresa agrícola o i n d u s t r i a l , dió a l a j u n t a l a
o p o r t u n i d a d de e x p e r i m e n t a r e n u n a m p l i o r a d i o de activi
dades, pero a l a vez constituyó- u n a tentación: l a de dispersar
los recursos del B a n c o y así r e d u c i r su eficacia.
E l establecimiento de l B a n c o de A v í o puso de manif iesto
que e l g o b i e r n o m e x i c a n o estaba superando la polít ica de
LA FUNDACIÓN DEL BANCO DE AVÍO 273
laissez-faire q u e había caracterizado l a administración de V i c
t o r i a a mediados de l a tercera década. A l conceder ayuda f i
n a n c i e r a a los empresarios e l gobierno contaba con u n instru
m e n t o p a r a d i r i g i r e l desarrol lo económico. E l énfasis espe
c i a l puesto e n las industr ias manufactureras constituyó u n
esfuerzo d e l i b e r a d o p a r a m o d i f i c a r l a estructura de las acti
vidades económicas existentes.
F u é n a t u r a l que los que cr i t i caban l a administración echa
r a n m a n o de las doctrinas d e l l i b e r a l i s m o económico. L o s
escritores de l a oposición condenaron a l gobierno p o r haberse
hecho negociante, " p o r erigirse en u n inspector general de
las m a n u f a c t u r a s " . 3 3 Se acusó a l m i n i s t r o A l a m á n de sostener
opiniones mercanti l istas y de a l i m e n t a r el deseo de hacer que
M é x i c o pudiese presc indir de todas las manufacturas extran
jeras . 3 4
L a s críticas hechas a l proyecto d e l B a n c o n o se f u n d a r o n
todas en doctr inas económicas; gran parte de ellas nació d e l
o d i o profesado a u n régimen que había obtenido el poder p o r
l a fuerza y que había usado de medidas represivas p a r a si
l e n c i a r a "sus enemigos. E l l íder l i b e r a l L o r e n z o de Z a v a l a
escribió desde el e x i l i o ca l i f i cando el B a n c o como " m e r o ins
t r u m e n t o creado p a r a a u m e n t a r e l poder de l gobierno en l a
r e p ú b l i c a " . 3 5 M u c h o s d i j e r o n que l a creación d e l B a n c o era
u n a m e d i d a polít ica dest inada a engañar a i p u e b l o m e x i c a n o
y distraerlo de l a pérdida de su l i b e r t a d . 3 6
C o m o m i n i s t r o responsable de l a seguridad i n t e r n a , A l a
m á n fué p lenamente consciente de las posibi l idades políticas
d e l Banco. E l periódico o f i c i a l de l gobierno recibió con be
neplácito su establecimiento, calif icándolo de m e d i d a i m p o r
tante para e l logro de l a prosper idad n a c i o n a l y d i c i e n d o que
daría a las clases necesitadas l a o p o r t u n i d a d de obtener u n
empleo f i rme. Después de organizado el B a n c o , l a prensa d e l
gobierno d i v u l g ó sus actividades y las medidas tomadas p o r
e l gobierno p a r a establecer las fábricas. P o r ese m i s m o tiem
p o acusó a sus críticos de i n d i f e r e n c i a ante las necesidades
económicas de l a n a c i ó n . 3 7 A u n q u e e l gobierno tratara de
der ivar ventajas políticas de su p r o g r a m a de i n du str ia l i z a
ción, no existe n i n g u n a p r u e b a de que ése h a y a sido e l pro
pósito p r i n c i p a l en l a fundación d e l B a n c o .
274 ROBERT POTASH
C o n toda p r o b a b i l i d a d l a administración se g u i ó p o r dos
motivos pr inc ipales . U n o ya se h a expl icado: la necesidad de
crear u n marco legal p a r a e l ambicioso programa de fomento
i n d u s t r i a l , i n i c i a d o después de adoptada l a desacertada ley
de l 6 de a b r i l ; e l otro se r e l a c i o n a con las necesidades de l a
Tesorería. E l permiso p a r a l a importación de algodones ex
tranjeros concedido en esa ley debía e x p i r a r a los seis meses,
y con él cesaría u n a i m p o r t a n t e fuente de ingresos p a r a l a T e
sorería. 3 8 A l hacer que l a reunión de fondos para e l B a n c o
dependiera de l a importación de esos artículos, p u d o pospo
nerse i n d e f i n i d a m e n t e e l c u m p l i m i e n t o de l a ley p r o h i b i t i v a .
A l adoptarse l a proposición o r i g i n a l de A l a m á n de conceder
a l B a n c o como m á x i m o u n diez p o r ciento de los impuestos
sobre el algodón, e l ingreso de tales rentas tenía que cont i
n u a r hasta que se pagaran $ 1o.ooo,ooo, o sea al r i t m o n o r m a l
de los impuestos d u r a n t e seis años m á s . 3 9 Según todas las apa
riencias, l a idea de esas rentas y de los impuestos aduanales
que pagarían los textiles importados p o r concepto de con
tribuciones sobre las ventas i n t e r n a s , 4 0 pesó m u c h o en l a de
cisión de l a administración p a r a d e c i d i r l a creación del B a n
co. A u n q u e l a ley, ta l como se adoptó f inalmente, disminuyó
l a participación de l a Tesorer ía en los impuestos, tuvo l a v ir
t u d salvadora, bajo e l p u n t o de vista fiscal, de i m p e d i r l a su
presión de tales ingresos.
A l i n i c i a r su p r o g r a m a de industrialización, l a adminis
tración de Bustamante tuvo que enfrentarse a acerbas críticas
en más de u n a dirección. Y a se h a n m e n c i o n a d o los part ida
rios de l l i b e r a l i s m o económico que atacaron a l g o b i e r n o
porque estaba tratando de establecer u n a i n d u s t r i a m e x i c a n a
que se bastase a sí m i s m a . Paradójicamente, otros acusaron a
l a administración de estar h a c i e n d o lo contrario , de subor
d i n a r l a i n d u s t r i a n a c i o n a l a l comercio exterior, de sacrificar
e l trabajador m e x i c a n o a l comerciante extranjero. T a l e s acu
saciones venían, como era de esperarse, de los centros tradi
cionales de l a i n d u s t r i a m a n u a l , de los artesanos para los que
l a importación de textiles de algodón era u n enemigo con
tra e l c u a l habían estado l u c h a n d o durante casi diez años y
que creyeron haber vencido, p o r f i n , en 1829. 4 1
E l desacuerdo de los artesanos con las medidas arancela
rias de l a administración de Bustamante condujo lógicamen-
LA FUNDACIÓN DEL BANCO DE AVÍO 275
te a nuevos intentos de restaurar e l decreto anterior sobre tex
tiles extranjeros. M u c h o s artesanos p u d i e r o n pensar que ese
objet ivo sólo se lograría con u n a rebelión; en G u a d a l ajara
se h izo u n i n t e n t o del iberado de aprovechar e l p r o b l e m a de
los aranceles p a r a alistar artesanos reclutas para l a latente
insurrección de G u e r r e r o en e l S u r . 4 2 Pero en otros lugares
los artesanos f i n c a r o n sus esperanzas en u n a nueva legisla
ción; su portavoz fué el d i p u t a d o p o r P u e b l a , P e d r o A z c u e y
Z a l v i d e .
Electo m i e m b r o del nuevo Congreso que se r e u n i ó en
1831, Azcue presentó u n proyecto en e l que pedía l a deroga
ción de la ley d e l 16 de octubre de 1830; y desde su asiento
e n l a legis latura y p o r m e d i o de l a prensa siguió u n a polít ica
d e c i d i d a p a r a lograr su propósito, l a restauración de l decreto
sobre textiles extranjeros . 4 3 P e r o a pesar de su demagógica
afirmación de que los intereses extranjeros habían logrado
mañosamente que se p r o m u l g a r a l a ley de l Banco, y a pesar
de su descripción de l p e r j u i c i o que l a ley hacía a hacendados
y artesanos, l a oposición contra A z c u e en el Congreso fué m u y
fuerte. Azcue vió m o r i r su proyecto de u n a muerte si lenciosa
en e l comité de l a Cámara, y sus proposiciones fueron ataca
das en la prensa o f i c ia l y condenadas por varias legislaturas
de los Estados . 4 4
S i n embargo, su oposición a l B a n c o es important e p o r q u e
trajo a l a superficie e l conf l ic to existente entre las necesida
des de l a i n d u s t r i a m a n u a l y las metas del programa indus
t r i a l de l a administración e h i z o cuanto p u d o p o r r e d u c i r ese
confl icto. L a prensa o f i c i a l describió l a controversia con A z
cue como l a l u c h a "entre los que q u i e r e n ayudar a l a indus
t r i a sólo p o r l a prohibic ión de las importaciones de textiles
y los que q u i e r e n hacerlo p o r m e d i o del B a n c o " . 4 5 Pero en
esta disputa había algo más que u n desacuerdo sobre e l mé
todo; había también u n a di ferencia f u n d a m e n t a l de obje
tivos. E l i n t e n t o de A z c u e p o r e l i m i n a r e l B a n c o refleja l a
determinación de los artesanos de mantener su sistema de pro
ducción con todos sus costos y su inef icacia. L a adminis tra
ción, en cambio , se propuso reemplazar ese sistema p o r e l de
l a fábrica m o d e r n a . Y en l a búsqueda de este objet ivo e l
B a n c o de A v í o t u v o a su cargo l a v i t a l tarea de ofrecer capi ta l ,
276 ROBERT P O T A S H
m a q u i n a r i a y ayuda técnica a los pioneros de l a i n d u s t r i a l i
zación m e x i c a n a .
N O T A S
1 Véase ORTIZ DE LA TORRE , "Discurso de u n diputado sobre la intro
ducción de efectos extranjeros", El Trimestre Económico, X I I , 1945, pp.
301 ss.; cf. también El Águila, 30 de enero de 1828.
2 Correo de la Federación, 13 de mayo de 1829.
3 Balanza general del comercio marítimo por los puertos marítimos
de la República Mexicana en los años de 1825-1828 (México, 1827-1831).
4 Balanza general, 1827, n. 14-
5 "Informe del Departamento de Cuenta y Razón", 3 de febrero
de 1830, en el Registro oficial del gobierno de los Estados Unidos Mexi
canos, 3 de marzo de 1830. (En adelante esta publicación se citará con
la sigla RO).
6 Ibid.
7 RO, 3 de marzo de 1830.
8 Luis CHÁVEZ OROZCO, Historia de México, México, 1947, p. 267.
9 Memoria presentada... por el Secretario de Relaciones Exteriores e
Interiores, México, 1825, p. 37.
10 José C . VALADÉS, Alamán estadista e historiador, México, 1938,
p. 28o.
11 Jared SPARKS, " G o l d and silver i n México", North American Re-
view, X X I , 1825, pp. 434-435.
12 Memoria de la Secretaría de Estado y del Despacho de Relaciones
Interiores y Exteriores, 1830, México, 1830, p. 30.
13 Ibid., p . 29.
14 Cf. "Indicaciones económico-políticas", en El Observador, 10 de
marzo de 1830, pp. 29-46; véase también la afirmación posterior de su
posición económica l iberal en El Indicador de la Federación Mexicana,
5 de febrero de 1834.
15 Memoria de .. .Relaciones, 1830, p. 29.
16 Ley de 6 de abr i l de 1830, en RO, 7 de abri l de 1830.
17 E l texto de las recomendaciones de Alamán puede verse en V . FILISOLA, Memoria para, la historia de la guerra de Tejas, México, 1848-
49, vol . I I , p p . 590-612.
18 "Dictamen de la comisión especial de la integridad del territorio
de la República", 25 de febrero de 1830, en RO, 3 de marzo de 1830.
19 Ley de 6 de abr i l de 1830, artículo 16. Las disposiciones de este
artículo se extendieron incluso al fomento de la industria de la lana
(Ley de 16 de a b r i l de 1830, apud M a n u e l DUBLÁN y José María LOZANO, Legislación mexicana, México, 1876-1904, vol . I I , p. 242.
20 E l artículo primero especificaba que la suspensión duraría hasta
el primero de j u n i o de 1831, excepto en los puertos del Pacífico, donde
continuaría hasta el 30 de junio de 1831.
LA FUNDACIÓN DEL BANCO DE AVÍO 277
21 E n cambio se especificó que $ 500,000 se destinarían a l a seguridad
y colonización de Texas, y que $300,000 se reservarían como fondo espe-
pec ia l por si llegara a ocurrir una nueva invasión española (Ley de 6 de
a b r i l de 1830, artículos 14, 17, loc. cit.).
22 Ibid., art. 18.
23 Circular de 3 de abri l de 1830, en RO, 7 de abri l de 1830.
24 Circular de la Secretaría de Relaciones, 26 de abr i l de 1830, en
D U B L Á N y LOZANO , vol. II , p. 244; y circular de l a misma Secretaría, de
4 de mayo de 1830, en Basilio José ARRILLAGA, Recopilación de leyes,
decretos... circulares y providencias de los supremos poderes, México,
1834-1850, vol . III , pp. 199-203.
25 "Iniciat iva de ley", 5 de j u l i o de 1830, en RO, 7 de jul io de 1830.
26 Ibid.
27 M . P A Y N O , ' ' U n viaje a Veracruz en el invierno de 1843, carta 4 a " ,
en El Museo Mexicano, vol . I II , 1843, PP- 163-164. E l contexto de l a
acusación es como sigue: " P o r el año de 30 había u n empleado suma
mente laborioso y dedicado, que trabajaba al lado de u n excelente viejo,
d o n Ildefonso M a n i a u . E n los ratos de ocio se ponía a revolver libros
y a escribir muchos borradores que formaron en breve u n cuaderno
voluminoso. Este cuaderno contenía nada menos que el proyecto
de u n colegio de artes y el establecimiento de u n banco nacional de
industr ia . Varios magnates del gobierno, de esos que han recorri
do l a Europa, que pasan por grandes talentos y por profundos po
líticos; en una palabra, uno de esos hombres funestamente históricos
vió el proyecto, se apoderó de él, lo modificó, lo varió y se proclamó su
dueño y autor. L a industria entró por casa, y hétenos aquí en el apogeo
a u n hombre que a la vez que planteaba con los caudales del Banco
u n a fábrica, se pavoneaba con l a gloria de u n pensamiento filantrópico,
humano, nacional. Entre tanto e l empleado que había sido autor de
él, estaba en l a oscuridad y la miseria, sin tener n i aún con que dar a
sus hijos los primeros elementos de educación. Este empleado es una
persona que me toca muy de cerca, y por quien tengo una afección
t ierna y respetable para mí".
28 José M a n u e l Payno y Bustamante estuvo registrado como emplea
do de la P r i m e r a Sección, Mesa P r i m e r a de este departamento. Guía de
Hacienda de la República mexicana, México, 1825, p. 15.
29 Cámara de Diputados, sesión de 14 de j u l i o de 1830, en RO, 24 de
j u l i o de 1830. E l 10 de febrero de 1829 1a moción or ig inal para prohib ir
esos mismos textiles había sido adoptada por 47 votos contra 10. U n
análisis de los votos emitidos en las dos ocasiones revela que 21 de los
47 no se registraron como presentes el 14 de j u l i o ; 7 votaron para im
pedir la entrada de los textiles; mientras que 19 modificaron su voto y
ia aprobaron. 10 diputados que no habían votado en contra también
apoyaron el proyecto del Banco (Juan A . MATEOS, Historia parlamenta
ria de los congresos mexicanos de 1821 a 1857, México, 1877-1886, vol. V ,
p. 364).
30 Cf. " Inic iat iva de ley", 5 de j u l i o de 1830, arts, 1, 2, loc. cit.
31 Ibid., art. 3; Estrado de las sesiones de la cámara de senadores del
278 ROBERT POTASH
congreso de la unión, México, 1830, sesiones del 24 de septiembre y 14
de octubre de 1830.
32 L a plena significación de esta oportunidad puede colegirse del
hecho de que el gobierno fué autorizado a pagar el 3 por ciento por mes
para un préstamo, a f in de lograr que el Banco actuara de inmediato.
L a autorización nunca se usó. Véase el artículo cuarto de la ley de 16 de
octubre de 1830.
33 Lorenzo de ZAVALA, Ensayo histórico de las revoluciones de México
desde 1808 hasta 1830, París y Nueva York, 1831-1832, vol . II , p. 305.
Véase también El Faro, núm. 11o (citado en RO, 15 de noviembre de
1830) y El Fénix, 17 de febrero de 1834.
34 Dos años en Méjico o Memorias críticas sobre los principales suce
sos de la república. .. desde la invasión de Barradas hasta la declaración
del puerto de Tampico contra el gobierno del general Bustamante, Va
lencia, 1832, p. 74.
35 ZAVAL A, Op. CÍt., vol . I I , p. 327.
36 Ibid., vol . I I , p. 325; Dos años en Méjico, p. 74; José María BOCA-NEGRA, Memorias para, las historia de México Independiente, México,
1837, vol . I I , p. 163. Bocanegra y Zavala habían sido miembros del
gabinete de Guerrero.
37 RO, 23 y 24 de octubre de 1830, 12 de marzo de 1831.
38 Véase la nota 20.
39 Los impuestos aduanales cobrados a los géneros de algodón en el
año fiscal 1830-31 fueron $ 1.588,266. Memoria que sobre el estado de
la hacienda nacional presentó. . . el ministro del ramo en julio de 1845,
México, 1846, T a b l a frente a la página 122.
40 Se exigió que las mercancías extranjeras pagaran otro cinco por
ciento como derecho de consumo (además del pagado a los Estados)
en u n decreto promulgado mientras estaba en estudio la ley del Banco.
Decreto de 24 de agosto de 1830, en DUBLÁN y LOZANO, op. cit., vol . II ,
p. 283.
41 Regeneración política de la República Mexicana, México, 14 de
agosto de 1830; véase también las obras citadas en las notas 42 y 43.
42 Los males de la república y el modo de exterminarlos o sea plan
de espulsión contra coyotes y extranjeros, Guadalajara, 1831.
43 Cámara de Diputados, sesión del 27 de agosto de 1831, en RO,
1° de septiembre de 1831. Pedro AZCUE Y ZALVIDE, Contestación a los
editores del Sol y del Registro o sea Observaciones sobre el Banco de
Avío, México, 1831.
44 Cámara de sesiones, 27 de agosto y 24 de septiembre de 1831, en
RO, 1° de septiembre y 31 de octubre de 1831; véase también los edito
riales de RO, 3, 15, 23 de septiembre de 1831. Las legislaturas de San L u i s
Potosí, Michoacán, Tamaul ipas , Guanajuato y Querétaro aprobaron re
soluciones contrarias a los esfuerzos de Azcue por destruir el Banco.
45 RO, 23 de septiembre de 1831.
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