el erotismo maduro - universidad veracruzana

El erotismo maduro d e M a r c o T u l i o A g u i l e r a kk Peter G. Broad

En 2 0 0 9 el autor cumplió sesenta años, y la madurez que viene con estos

años se ve reflejada en los nuevos matices del erotismo que aún sigue permeando su

narrativa No ha renunciado al enfoque, pero se nota que y a no es tan­

to el macho en celo como un hombre que cree en el poder del amor.

P e t e r G . B r o a d e s d o c t o r e n L e t r a s Españolas p o r l a j o h n s H o p k i n s U n i v e r s i t y y catedrático d e español e n l a I n d i a n a

U n i v e r s i t ) o f P e n n s y l v a n i a , E s t a d o s U n i d o s .

D e s d e l a publicación d e s u p r i m e r a n o v e l a , Breve historia de todas las cosas, h a c e más d e t r e s dé­c a d a s , l a caracter íst ica p r i n c i p a l d e l a m a y o r

p a r t e d e l a o b r a n a r r a t i v a d e l c o l o m b i a n o - m e x i c a n o M a r c o T u l i o A g u i l e r a G a r r a m u ñ o h a s i d o l a p r e s e n c i a d e u n f u e r t e e l e m e n t o erót ico. H a s t a t a l p u n t o q u e s u t e r c e r a n o v e l a , Mujeres amadas, s e es tructuró c o n b a s e e n u n e s t u d i o p r o f u n d o d e l a m o r y l a s r e l a c i o n e s eróticas e n e s c r i t o r e s a n t i g u o s y m o d e r n o s , d e s d e l o s g r i e g o s h a s t a H e n r y M i l l e r ( l e d e b e más a éste q u e a aquél los) . S u colecc ión d e c u e n t o s q u e más s e h a v e n ­d i d o a l o l a r g o d e l o s años s e t i t u l a Cuentos para después de hacer el amor. O t r a colecc ión, q u e s e h a p u b l i c a d o e n v a r i a s v e r s i o n e s y v a r i a s e d i c i o n e s también, i n c l u s o u n a edición r e c i e n t e e n México , s e l l a m a Cuentos para antes de hacer el amor. E n s e p t i e m b r e d e 2 0 0 9 s e p r e ­sentó e n l a F e r i a I n t e r n a c i o n a l d e l L i b r o U n i v e r s i t a r i o e n X a l a p a , V e r a c r u z , u n t e r c e r t o m o c o n e l subtítulo Cuentos en lugar de hacer el amor.

E n u n e s t u d i o q u e publiqué h a c e c a s i v e i n t e años, " E l e r o t i s m o c o m o c e n t r o : l a t r a y e c t o r i a n a r r a t i v a d e M a r c o T u l i o A g u i l e r a G a r r a m u ñ o " , sugerí u n a m a t r i z erót ica t r i p a r t i t a p a r a d e s c r i b i r l a s d i f e r e n t e s p e r s p e c ­t i v a s eróticas q u e s e p r e s e n t a n a l o l a r g o d e l o q u e e r a e n t o n c e s s u o b r a . A h o r a v u e l v o a a n a l i z a r l a o b r a g a r r a m u ñ a n a a l a l u z d e l o q u e e l a u t o r h a e s c r i t o d e s ­d e e n t o n c e s . E n 2 0 0 9 e l a u t o r cumpl ió s e s e n t a años,

y l a m a d u r e z q u e v i e n e c o n e s t o s años s e v e r e f l e j a d a e n l o s n u e v o s m a t i c e s d e l e r o t i s m o q u e aún s i g u e p e r -m e a n d o s u n a r r a t i v a . N o h a r e n u n c i a d o a l e n f o q u e , p e r o s e n o t a q u e y a n o e s t a n t o e l m a c h o e n c e l o c o m o u n h o m b r e q u e c r e e e n e l p o d e r d e l a m o r .

P a r a e l p r e s e n t e e s t u d i o m e e n f o c a r é p r i n c i p a l ­m e n t e e n El amor y la muerte, n o v e l a q u e f u e p r i m e r a finalista d e l p r e m i o A l f a g u a r a e n 2 0 0 2 , y e n u n a s e r i e d e c u e n t o s i n c l u i d o s e n c o l e c c i o n e s más r e c i e n t e s , e s ­p e c i a l m e n t e l o s d e l m e n c i o n a d o El imperio de las muje­res. Cuentos en lugar de hacer el amor. E n e s t a s o b r a s l o q u e e r a u n e r o t i s m o f u e r t e s e v e m a t i z a d o p o r l a n o s ­t a l g i a y p o r e l r e c o n o c i m i e n t o d e q u e e l m u n d o e s más c o m p l e j o d e l o q u e p e n s a m o s c u a n d o s o m o s jóvenes . E l i m p u l s o erót ico está todavía p r e s e n t e , p e r o l l e v a a c o n s e c u e n c i a s m e n o s s i m p l i s t a s .

E n e l ar t ículo m e n c i o n a d o l íneas atrás d e s a r r o l l o u n e s q u e m a d e t r e s f a c e t a s e n e l e r o t i s m o p r e s e n t e e n l a s p r i m e r a s n o v e l a s d e A g u i l e r a G a r r a m u ñ o , u n e s q u e m a q u e p u e d e s e r v i r d e interpretant ( e n l a t e r m i ­nología d e C . S . P e i r c e ) . E s t e e s q u e m a " c o n s i s t e e n e l d e s e o erót ico, m o t i v a d o p o r l a búsqueda d e l s e x o , l a b e l l e z a y e l a m o r e n s u n i v e l e s p i r i t u a l ( p e r o s i e m p r e e n c o m b i n a c i ó n c o n l o s o t r o s e l e m e n t o s ) " ( T r a y e c t o ­r i a , 3 ) . E n o t r a ocasión modif iqué e s t o s t r e s e l e m e n ­t o s c o m o u n a l u c h a p o r a l c a n z a r e l o b j e t o d e l d e s e o , y a s e a e s t e c a r n a l , estético o e s p i r i t u a l o , u n p o c o d i ­f e r e n t e , c o m o u n m o t i v o q u e " f luctúa d e l a p u r a c a r ­n a l i d a d a l n a r c i s i s m o [ q u e sería u n a modif icac ión d e l e s t e t i c i s m o ] y a l g o z o c o m p a r t i d o " ( M a r c o T u l i o , 2 8 ) .

E n e l p r i m e r e s t u d i o m e n c i o n a d o , a n a l i z o c u a t r o n o v e l a s p a r a d e m o s t r a r c ó m o l o s d i f e r e n t e s e n f o q u e s

1 0 • I N V I E R N O , 2 0 1 2

e n e l e s q u e m a l l e v a n a l l e c t o r a d i s t i n t a s i n t e r p r e t a ­c i o n e s d e l m o t i v o erót ico. E n Paraísos hostiles e l d e s e o erótico t e r m i n a e n l a l u j u r i a , y n o h a y s a l i d a p o s i t i v a p o s i b l e . E n Mujeres amadas h a y u n a f r a s e e n l a s p r i ­m e r a s páginas q u e r e s u m e s u e r o t i s m o : " L o v e d o e s n ' t e x i s t , o n l y f u c k i n g " ( 9 ) . Así, a l final d e l a n o v e l a , c u a n ­d o e l p r o t a g o n i s t a / n a r r a d o r q u i e r e h a c e r n o s c r e e r q u e h a a l c a n z a d o l a p l e n i t u d d e l a m o r j u n t a n d o l o s t r e s e l e m e n t o s , d e j a e s c a p a r u n a f r a s e q u e r e v e l a q u e e n r e a l i d a d n o l e i m p o r t a t a n t o l a i d e n t i d a d d e l a m u ­

j e r c o n l a q u e está h a c i e n d o e l a m o r y d e l a q u e s e s u p o n e q u e está e n a m o r a d o , y t o d o s e l e c a e e n c i m a . E n El juego de las seducciones, u n a n o v e l a m u c h o más s e r i a y psicológica, e s sólo m e d i a n t e l a superación d e l a l u j u r i a ( l a l u j u r i a d e o t r o e n e l c a s o d e l c o m p a ñ e r o h o m o s e x u a l y p r o p i a e n e l c a s o d e l a l i n d a indígena) c o m o e l p r o t a g o n i s t a p u e d e e n c o n t r a r e l Paraíso y d e allí e m p e z a r a e n c o n t r a r s e a sí m i s m o . Y e n Los placeres perdidos l a realización d e u n a con junción d e l o s t r e s a s ­p e c t o s d e l a m a t r i z , c u a n d o e l p r o t a g o n i s t a h a l o g r a ­d o f o r m a r u n a relación p e r m a n e n t e c o n l a bell ísima o b j e t o d e s u d e s e o erót ico e n u n edén e s p i r i t u a l , p e r ­m i t e q u e l a n o v e l a t e r m i n e c o n u n a a p o t e o s i s d o n d e s e prevé l a creación d e u n n u e v o paraíso y l a e s p e r a n ­z a d e u n f u t u r o m e j o r . L a f r a s e f i n a l d e l a n o v e l a r e ­v e l a q u e e l a m o r h a d a d o f r u t o : " E l regular ís imo c i c l o v i t a l d e m i a m a d a h a s e v i s t o i n t e r r u m p i d o . S i a l g u i e n

En El juego de las seducciones, una nove­

la mucho más seria y psicológica, es sólo

mediante la superación de la lujuria (la lu­

juria de otro en el caso del com­

pañero homosexual y propia en

el caso de la linda indígena) como

el protagonista puede encontrar el Paraíso.

n a c e d e e s t a e s p e r a , h a d e s e r u n a h e m b r i t a d e calzón b r a g a d o . L a l l a m a r e m o s C o l o m b i a . Y p a r a e l l a t o d o será d i f e r e n t e " ( 2 5 4 ) .

L o s q u e c o n o c e n l a s e r i e d e n o v e l a s d e A g u i l e r a G a r r a m u ñ o a l a q u e d i o e l t í tulo c o l e c t i v o a l t i s o n a n ­t e d e El libro de la vida r e c o n o c e r á n q u e e l e r o t i s m o r a m p a n t e allí s i g u e l a m i s m a s e n d a . E l p r o t a g o n i s t a -n a r r a d o r s a l t a d e m u j e r e n m u j e r — c o n a l g u n a n iña a d o l e s c e n t e e n m e d i o - , m o t i v a d o p o r l a m i s m a n e c e ­s i d a d d e s a t i s f a c e r s u s d e s e o s c a r n a l e s , estéticos y e s p i ­r i t u a l e s , l o s c u a l e s n o s i e m p r e s a b e b i e n d i s t i n g u i r .

LA P A L A B R A Y EL H O M B R E • 11

S i n e m b a r g o , c o n l a publicación d e El amor y la muerte A g u i l e r a G a r r a m u ñ o d a u n a v u e l t a r a d i c a l e n s u t r a t a m i e n t o d e l t e m a erót ico. T a n autobiográf ica c o m o l a s n o v e l a s d e s u s a v e n t u r a s l i b i d i n o s a s , e s t a n o ­v e l a t r a t a d e l a v i d a y m u e r t e d e s u m a d r e , u n a m u j e r d e carác ter f u e r t e c u y a i n f l u e n c i a a fectó p r o f u n d a ­m e n t e a t o d o s l o s q u e l a r o d e a b a n , t a n t o d e l a f a m i l i a c o m o d e l r e s t o d e l m u n d o .

L a s m u j e r e s e n l a s n o v e l a s d e a v e n t u r a s a m o r o s a s p r o p o r c i o n a n i l u s t r a c i o n e s d e p r i n c i p i o s , m e t a s i n a l ­c a n z a b l e s , e s p e j o s d e l o s d e s e o s d e l p r o t a g o n i s t a , p e r o s o n e s e n c i a l m e n t e b i d i m e n s i o n a l e s . E l n a r r a d o r alter ego e s e l único p e r s o n a j e c o m p l e t a m e n t e d e s a r r o l l a d o . E n c a m b i o , e n El amor y la muerte, e l n a r r a d o r e s sólo u n o d e l o s p e r s o n a j e s c o m p l e j o s y p l e n a m e n t e d e s a r r o ­l l a d o s . L a más c o m p l e j a d e t o d o s e s , s i n l u g a r a d u d a s , l a señora c u y a m u e r t e o f r e c e e l p r e t e x t o p a r a l a reunión f a m i l i a r q u e s i r v e d e f o n d o a l a n o v e l a . E d i t h V i s c o n t i n i e s u n a a r g e n t i n a q u e s e escapó d e u n a situación f a m i -

• A V v 3 ' . : : t v : : : V - " V -

8

[ u a n S i n : Ya no me gustan los abrazos

1 2 • I N V I E R N O , 2 0 1 2

l i a r incómoda, quizás casándose c o n u n diplomático brasileño o r u s o , quizás h o m o s e x u a l , o quizás t o d o f u e u n i n v e n t o s u y o . ( D u r a n t e l a n o v e l a s e p r e s e n t a n m u ­c h a s v e r s i o n e s s i n q u e n i n g u n a s e a más fidedigna q u e o t r a . ) D e t o d o s m o d o s , p a r e c e q u e a l o s dieciséis años, e n U r u g u a y , conoció a l d o c t o r R i v e r a C a m a c h o , u n c i ­r u j a n o c o l o m b i a n o f a m o s o y riquísimo, c a s a d o e n t o n ­c e s e n u n m a t r i m o n i o i n f e l i z e infértil c o n u n a señora d e l a a r i s t o c r a c i a b o g o t a n a . E l d o c t o r s e separó d e l a p r i m e r a e s p o s a y fundó u n a f a m i l i a c o n l a a r g e n t i n a , q u e e n u n o s o n c e años l e d i o s e i s h i j o s y u n a h i j a .

M u e r t o e l d o c t o r , q u e tenía u n o s t r e i n t a años más q u e s u n u e v a m u j e r , E d i t h , todavíajoven, salió e n b u s c a d e l a v i d a y e l a m o r . P r i m e r o r o m p i ó t o d a p o s i b i ­l i d a d d e r e l a c i o n e s c o n e l r e s t o d e l a f a m i l i a aristocrá­t i c a d e l m a r i d o . Vendió l o q u e p u d o d e s u h e r e n c i a y llevó a l a t r i b u , j u n t o c o n s u n u e v o a m a n t e , P e d r o P a b l o , a l a F l o r i d a e n E s t a d o s U n i d o s . L u e g o , después d e u n a r u p t u r a c o n e l a m a n t e y l a f a m i l i a d e él, partió h a c i a e l s u r d o n d e terminó e n C o s t a R i c a , e n S a n I s i d r o d e l G e n e r a l , y a c a s i s i n r e c u r s o s económicos . Allí m a n t u v o a l a f a m i l i a c o n t r e s t r a b a j o s y u n a s e r i e d e h o m b r e s . Más t a r d e ayudó c o n l a revolución s a n d i n i s t a y terminó casándose c o n u n c o m a n d a n t e . D e él escapó, regresó a C o s t a R i c a y , finalmente, a C o l o m b i a , d o n d e vivían c i n c o d e s u s h i j o s , p a r a m o r i r s e d e c e n t e m e n t e d e u n cáncer d e pulmón r o d e a d a d e s u f a m i l i a .

L o q u e sería e r o t i s m o e n e s t a n o v e l a a p a r e c e e n d o s n i v e l e s . E n u n o , e l más p a r e c i d o a l a s o t r a s n o v e l a s y l o s c u e n t o s , l o s h i j o s r e v i v e n p o r m e d i o d e flashback e s c e n a s d e s u j u v e n t u d c u a n d o i b a n d e s c u b r i e n d o s u s c u e r p o s y h a c i e n d o l o s p r i m e r o s e x p e r i m e n t o s d e a m o r . C o m o p a r t e d e e s t o , A g u i l e r a G a r r a m u ñ o i n c l u ­y e p a s a j e s e n t e r o s d e s u n o v e l a El juego de las seducciones e n q u e d e s c r i b e s u s p r i m e r a s a v e n t u r a s eróticas. V a l g a u n o c o m o e j e m p l o . Aquí n a r r a s u a c e r c a m i e n t o a u n a a d o l e s c e n t e indígena e n e l p u e b l o r e m o t o a d o n d e h a s i d o e n v i a d o c o m o m a e s t r o r u r a l ( c i t o f r a g m e n t o s ) :

E n u n m o v i m i e n t o d e a r r o b o c o m p a r t i d o e i n ­c o n s c i e n t e a v a n z a m o s h a c i a e l l e c h o q u e parecía h a b e r d e s p e r t a d o c o m o u n c a m p o a l i r r u m p i r l a p r i m a v e r a [ . . . ] M i m a n o d e r e c h a descendió p o r s u c u e l l o y l o dibujó, cál ido y t e m b l o r o s o , h a s t a e l l ímite d e s u b l u s a . U n a m a n o d e X a n a t s e apoyó s i n p u d o r e n m i p e c h o y s u s d e d o s i n i c i a r o n u n a l e t e o c a s i i m p e r c e p t i b l e . Aparté c o n d e l i c a d e z a d e q u i e n q u i e r e a b r i r u n a r o s a s i n l a s t i m a r l a , l a s r o p a s q u e o c u l t a b a n e l c e n t r o d e s u t e m b l o r . L a m a n o d e X a n a t [ . . . ] quizás a n i m a d a p o r l o s b e s o s q u e hac ían p a l p i t a r s u s e n o [ . . . ] [cobró v i d a ] y c o ­m e n z ó a a s c e n d e r p o r l a p a r t e i n t e r n a d e l m u s l o , s e d e t u v o a n t e s d e t o m a r l a decisión y finalmen­t e , c o n u n a t e r n u r a i n e f a b l e d e c i s n e q u e s e p o s a

Di < O

< BQ < - i < 0 .

*

J u a n S i n : Sirena

s o b r e u n l a g o s i n t u r b a r s u condic ión d e e s p e j o , cubrió t o d a l a extensión d e l p e q u e ñ o ( 9 1 - 9 2 ) .

E n e s t e f r a g m e n t o e s t a m o s todavía e n l a m a t r i z d e e r o ­t i s m o q u e describí a n t e r i o r m e n t e . E l d e s e o físico, e n p r e s e n c i a d e l a b e l l e z a d e l a a d o l e s c e n t e indígena, l l e ­v a a l n a r r a d o r h a c i a l o q u e podr ía s e r e l a m o r , a u n q u e l u e g o s a b e m o s q u e n o e s así y q u e sólo e s l a c a c h o n d e z d e u n j o v e n q u e s i e n t e l a s u b i d a d e s u s h o r m o n a s .

P e r o e l o t r o n i v e l erót ico, más c e n t r a l a l t e m a d e l a n o v e l a , m e n o s c a r n a l , e s l a v i d a a m o r o s a d e doña E d i t h . E l l a p a s a s u v i d a a n h e l a n d o e l a m o r , b u s c a n ­d o e l p l a c e r d e l c u e r p o e n r e l a c i o n e s p o c o d u r a d e r a s p e r o c o n l a e s p e r a n z a d e q u e c a d a n u e v o h o m b r e será e l q u e l a h a g a f e l i z c o m o l o h i z o e n s u m o m e n t o e l d o c t o r , p a d r e d e l n a r r a d o r y d e s u s h e r m a n o s . S e e n ­t r e g a p o r c o m p l e t o a c a d a n u e v o a m a n t e y h a s t a l l e g a a c a s a r s e c o n e l últ imo. P e r o t o d o s t i e n e n s u s d e f e c t o s q u e , a fin d e c u e n t a s , l a d e c e p c i o n a n . A l f i n a l d e s u v i d a , c u a n d o s a b e q u e l e q u e d a p o c o p a r a m o r i r s e , s e e s c a p a d e l m a r i d o y v a a C o l o m b i a p a r a m o r i r s e e n t r e s u s c r i o s , l o s únicos q u e l a v a n a a m a r s i e m p r e i n c o n -d i c i o n a l m e n t e . E s t o y a n o e s e l e r o t i s m o m a c h i s t a d e l

j o v e n A g u i l e r a G a r r a m u ñ o s i n o u n r e c o n o c i m i e n t o d e l p a p e l q u e j u e g a e l d e s e o d e a m o r e n t o d o s .

El imperio de las mujeres. Cuentos en lugar de hacer el amor s i g u e l a m i s m a s e n d a a b i e r t a e n s u s c o l e c c i o n e s p r e v i a s e n c u a n t o a l a temát ica erótica, p e r o a l m i s m o

t i e m p o m a n i f i e s t a u n n i v e l d e s u t i l e z a r a r a s v e c e s a l ­c a n z a d o a n t e s . L a mayoría d e l o s c u e n t o s s e e n f o c a d e u n m o d o u o t r o e n e l a m o r y / o e l s e x o . S i n e m b a r g o , aquí e l d e s a r r o l l o e s b i e n d i s t i n t o . C o n u n a s o l a e x c e p ­ción, e n e s t e l i b r o l a s o b s e s i o n e s s e x u a l e s s e p r e s e n t a n c o m o a l g o s u p e r a b l e o i n c i d e n t a l e n l a narrac ión .

L o s d o s c u e n t o s q u e e n m a r c a n l a colección r e f l e j a n l a obsesión q u e h a d e s a r r o l l a d o A g u i l e r a G a r r a m u ñ o e n l o s últimos años c o n l a A m a z o n i a . E l p r i m e r o , " L a s o n r i s a e n l a e s p e s u r a " , n a r r a u n a expedición a l a s e l v a s i g u i e n d o l a tradición d e l v i a j e a l paraíso p e r d i d o (pién­s e s e e n Los pasos perdidos d e A l e j o C a r p e n t i e r ) . A l d e j a r atrás l a civilización h a y u n a idealización d e l p a i s a j e : " V i m o s ríos anchísimos y s o s e g a d o s , p l a n i c i e s s i n fin c u ­b i e r t a s d e p a s t o y u n a s o l e d a d increíble" ( 1 5 ) , y u n a s u ­g e r e n c i a d e u n n u e v o o r i g e n : " C u a n d o l l e g a m o s a u n a z o n a d e c o m p l e t o r e m a n s o entendí l o q u e e r a n a c e r " ( 1 6 ) . P o r fin e l p r o t a g o n i s t a y s u guía l l e g a n a u n Edén selvático c o m p l e t o c o n u n a j o v e n indígena d i s p u e s t a a c u m p l i r l o s d e s e o s d e l n a r r a d o r . S i n e m b a r g o , e n e l m o m e n t o e n q u e e l n a r r a d o r está a p u n t o d e h a c e r l e e l a m o r a l a j o v e n indígena, d e s c u b r e q u e d e s u s e x o "escurría u n a m a t e r i a a m a r i l l e n t a , d e n s a , q u e parecía v i v a " ( 2 9 ) . Así t e r m i n a l a a v e n t u r a , c o n l a a b r u p t a r e v e ­lación d e l a p o d r e d u m b r e d e l a E v a indígena, r e f l e j o d e l a i m p o s i b i l i d a d d e u n r e t o r n o r e a l a l paraíso. L u e g o , a l m a r c h a r s e d e r e g r e s o h a c i a l a civilización, e l p r o t a ­g o n i s t a , e x p r e s a n d o quizás u n a n o s t a l g i a p o r l o q u e n o

LA P A L A B R A Y EL H O M B R E • 1 3

h a p o d i d o s e r , d i c e : " U n a m a n c h a d e c o l o r e s t a n b e l l o s c o m o l o s d e l arcoíris s e extendió e n u n a a g u a t a n c l a ­r a c o m o t e m o n u n c a volveré a v e r e n l a v i d a " ( 3 0 ) .

E l o t r o c u e n t o d e l a A m a z o n i a , " L a pequeña h i s ­t o r i a d e L i n a María", l e d a a A g u i l e r a G a r r a m u ñ o l a o p o r t u n i d a d d e t r a t a r d e n u e v o e l t e m a d e s u f a s c i n a ­ción p o r l a s niñas a d o l e s c e n t e s . S e t r a t a d e u n c u e n ­t o e n e l q u e e l m i s m o p r o t a g o n i s t a d e l p r i m e r c u e n t o l e r e l a t a l a h i s t o r i a d e l v i a j e a l a s e l v a a u n a niña q u e q u i e r e s e r e s c r i t o r a . A l i n t r o d u c i r a l a niña e l n a r r a d o r u s a l a s s i g u i e n t e s p a l a b r a s s u g e s t i v a s : " L a s p i e r n a s a l a i r e e n u n b r e v e pantalón q u e l e l l e g a a m e d i o m u s ­l o , e l c a b e l l o r e c o g i d o d e j a n d o v e r l a r o s a d a n u c a , l o s s e n o s d e v i r g e n c o n e s a t e x t u r a d e s u a v e t e m b l o r i n d e ­c i b l e " ( 2 3 3 ) . A l final d e l c u e n t o e l n a r r a d o r s e d e s p i d e d e e l l a d e u n a f o r m a c a s i p a t e r n a l , p e r o e l l e n g u a j e d e l a narración d e j a i n c o n f u n d i b l e l a obsesión: " S i l a s h a ­d a s h a b i t a r a n e l m u n d o , L i n a sería l a más b e l l a [ . . . ] S u m a n o e r a d u l c e p e r o firme [ . . . ] A l a l u z d e l a l u n a e n t r e l a s f r o n d a s v i e l b r i l l o d e s u s o j o s . . . " ( 2 3 7 ) .

E s t e c u e n t o h a c e p e n s a r e n " C a n t a r d e niñas", e l p r i m e r c u e n t o d e Los grandes y los pequeños amores, d o n ­d e u n señor m a y o r c a e b a j o e l e n c a n t o d e u n a niña q u e l l e g a a s e r e l ún ico e n f o q u e d e s u v i d a . S i n e m b a r ­g o , e n e l p r e s e n t e c u e n t o l a obsesión s e r e v e l a e x c l u ­s i v a m e n t e p o r alusión e n l a s imágenes q u e d e s c r i b e n a l a n iña ; n u n c a h a y u n a s u g e r e n c i a d e n i n g u n a a c t i -

Un señor mayor cae bajo el en­

canto de una niña que llega a ser

el único enfoque de su vida. Sin

embargo, en el presente cuento la obsesión

se revela exclusivamente por alusión en las

imágenes que describen a la niña; nunca

hay una sugerencia de ninguna

actividad ¡napropiada.

v i d a d i n a p r o p i a d a . Y s i n e m b a r g o , l a s e n s u a l i d a d d e l c u e n t o e s i n d i s c u t i b l e .

Sólo u n o d e l o s c u e n t o s e n e s t e n u e v o l i b r o c u m ­p l e c o n l o p r o p u e s t o a l r e s p e c t o d e l a l i t e r a t u r a eróti­c a p o r e l n a r r a d o r e n Buenabestia, u n a descripción d e l a c t o p e r l o c u c i o n a r i o protot ípico d e l a pornogra f ía : " S i n o s e l e a b u l t a l a b r a g u e t a y s e l e v e n t i l a e l corazón [ . . . ] l a e s c e n a n o v a l e " ( 1 5 7 ) . E s t e c u e n t o , " E l corazón d e u n a m u j e r " , p r e s e n t a también u n a n o v e d a d e n l a n a r r a t i v a d e A g u i l e r a G a r r a m u ñ o : u n a n a r r a d o r a /

J u a n S i n : Evangelista

.luan "in: .lIí 1'\ /11 f'/f'mitilll/

protagonista femenina. En el cuento el autor juega, entre otras cosas, con la relación entre imaginación y realidad. El cuento se nos presenta en forma episto­lar, aunque ahora, en el siglo XXI, son mails lo que se intercambia. La narradora, Sally, le escribe a alguien (¿el autor?) una serie de aventuras que combinan ex­periencias vividas y otras i magi nadas. A veces, pero no siempre, queda claro cuál es cuál.

El tema se presenta con estas palabras:

La verdad es que la 1I n ica cosa en la que pude pen­sar este fin de semana fue en ... ¡sexo! Estaba tan caliente, tan horny, que me sentía casi lista a saltar como una pantera sobre cualquier cosa de género masculino que apareciera en mi camino. Pero la verdad es que no lo hice [... ] Lo que me domina son las fantasías (l8?».

Y, podemos decir, lo que predomina son las fantasías del autor.

En el último maílde la narradora, el autor nos ex­plica en unas pocas líneas irónicas lo que está inten­tando hacer con el cuento:

\' ahora sí, para terminar, una tesis que quizás te desilusione: ningún hombre,jam,ís, ningún escri­tor de gént'ro masculino poelrá eI1lenelt'l" lo que guarda el corazón ele una mujer. Frase hecha, o lugar comlln, de aClwrelo. Pno dime tú, filósofo ele la vida: ¿es que hay algo que no lo sea? (209).

Ac udelo Garromui'io, después de escrlb I

un cuento que pretende ser me­

dio pornográfico desde e punto

de vista de una muier, lo subVlel te

lodo, r eqClildo lo posibilidoc de e .le seo

veros'mil.

Así, Aguilera Ca rramu ño, después de escribi l' un cuento que pretende ser medio pornográfico clesde el punto de vista de una nll0cr, lo subvierte tocio, negan­do la posibilidad de que se,1 verosímil.

Hace muchos a110s, en una conferencia en la que pretendía explicar "La rnecánica del cuento erótico", Aguilera Carramuño dUo lo que sigue: "Un buen cuento es un escape ele la realidad convencional, es un tiempo ele excepción, una ruptura en la cotielianei­e1ael, ele la misma forma que un acto erótico represen­ta una fu ndación especial, en cierta forma, mítica, y paradójicamente personal". Cuando empezó su carre­ra literaria, el ,Illtor buscaba en la represeI1laCiÓIl de ­actos eróticos explicar las fueuas que motivan a todo ser humano. Al principio estas fuerzas se veían como fundadas en la carne, frustrándose las más de las veces

LA PALABRA Y EL HOMBRE • 15

( l i a n S i n : El odio es falso

c u a l q u i e r i n t e n t o d e e l e v a r l a s a o t r o n i v e l más e s p i r i ­t u a l . S i n e m b a r g o , c o n e l p a s o d e l t i e m p o , e s t a visión s e h a m a t i z a d o h a s t a u n p u n t o d o n d e p u e d e p o r u n l a d o j u g a r c o n l a s p e r c e p c i o n e s d e l l e c t o r y , p o r o t r o , d e s c r i b i r e l p a p e l q u e j u e g a e l d e s e o d e a m o r d e n t r o d e l a c o m p l e j i d a d d e l a v i d a .

E l a l i e n t o q u e h a l l e v a d o a M a r c o T u l i o a c r e a r s u o b r a l i t e r a r i a e n t o r n o a l i m p u l s o erót ico e n s u s múlti­p l e s f a c e t a s s e d e s c r i b e p e r f e c t a m e n t e e n e s t a s l íneas t o m a d a s d e El amor y la muerte, c o n l a s q u e s e c o n c l u y e e s t a presentación:

I m a g i n e n e s t o : l a p r i m e r a v e z q u e u n h o m b r e — u n m u c h a c h o - t i e n d e l a m a n o h a c i a u n a m u j e r ( e l o b j e t o d e d e s e o , diría Buñuel ; e l s u j e t o d e d e s e o , corregir ía L a c a n ) , ¿qué l e s u c e d e ? L e c o r t a n l a m a n o [ . . . ] e n t o n c e s , ¿qué l e q u e d a a e s e m u c h a ­c h o , y a m a n c o ? U n t r a u m a . Y a u n a d o a éste, l a fantasía, l o s sueños, e s d e c i r , l a l i t e r a t u r a . A h í está e l o r i g e n d e s u vocación ( 8 2 ) .

O B R A S C I T A D A S

A g u i l e r a G a r r a m u ñ o , M a r c o T u l i o . El amor y la muerte. A l f a g u a r a , B o g o t á , 2 0 0 2 . . Buenabestia. P l a z a y J a n e s , B o g o t á , 1 9 9 4 . . El imperio de las mujeres. Cuentos en lugar de hacer el amor. Educac ión y C u l t u r a , México , 2 0 0 9 . . " L a mecánica d e l c u e n t o erótico", C o n f e r e n c i a leída a n t e e l X X I I C o n g r e s o A n u a l d e L i t e r a t u r a s Hispánicas. I n d i a n a , P e n s i l v a n i a , o c t u b r e d e 1 9 9 6 . . Mujeres amadas. U V , X a l a p a , 1 9 8 8 . . L o s placeres perdidos. T i e r r a d e Promisión, B o g o ­tá, 1 9 8 9 .

B r o a d , P e t e r G . " E l e r o t i s m o c o m o c e n t r o : l a t r a y e c t o ­r i a n a r r a t i v a d e M a r c o T u l i o A g u i l e r a G a r r a m u ­ño", La novela colombiana ante la crítica 1975-1990. E d . L u z M e r y G i r a l d o B . , U n i v e r s i d a d d e l V a l l e , C a l i , 1 9 9 4 , p p . 3 5 7 - 3 6 8 . . Marco Tulio Aguilera Garramuño: narrador del amor en busca de la vida. Inédi to , 1 9 9 9 .

16 • I N V I E R N O , 2 0 1 2