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REQUERENTE
INESC PORTO, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores
do Porto, instituição portuguesa, com sede na Rua Dr. Roberto
Frias, 378, Porto, Portugal.
INVENTORES
Henrique do Carmo Miranda, português, residente em Matosinhos;
Pedro Filipe Pereira Correia Pinto, português, residente em
Matosinhos; Sérgio Rui Barbosa Oliveira da Silva, português,
residente em Gondomar.
RESUMO
ARQUITECTURA AUTO-RECONFIGURÁVEL MULTI-PROTOCOLO PARA
RECEPTORES DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO.
A arquitectura auto-reconfiguravel multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação descrita que pode ser usada
para realizar funções de Nível Físico (primeiro nível do modelo
OSI, Open Systems Interconnect) em receptores digitais. Esta
arquitectura suporta vários tipos de modulações digitais, desde
que os seus símbolos pertençam a um espaço de sinal linear e
bidimensional (ex., M-PSK, Multiple Phase Shift Keying e M-QAM,
Multiple Quadrature Amplitude Modulation). A sua operação
baseia-se na identificação de parâmetros fundamentais do sinal
recebido (tais como a taxa de símbolos e o tipo de
constelação), os quais são depois usados para ajustar
dinamicamente vários subsistemas do receptor.
O receptor proposto desempenha seis funções essenciais, com
propriedades de reconfiguração: conversão de frequência (101),
filtragem banda-base (103), estimação da taxa de símbolos
(102), sincronização de símbolo (104), sincronização de
portadora (108) e reconhecimento da constelação (106). Todas
estas operações são realizadas recorrendo a técnicas de
processamento digital de sinal. A arquitectura aqui proposta
encontra varias aplicações como a vigilância automática do
espectro rádio-eléctrico, o emprego eficiente de contra-medidas
electrónicas nas comunicações militares e a utilização nas
estações base dos sistemas de comunicações móveis.
DESCRIÇÃO
ARQUITECTURA AUTO-RECONFIGURÁVEL MULTI-PROTOCOLO PARA
RECEPTORES DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO.
Campo da Invenção
A presente invenção relaciona-se com uma arquitectura multi-
protocolo auto-reconfigurável, adequada para receptores de
comunicação digitais. Tal arquitectura suporta qualquer tipo
de modulação digital, desde que os seus símbolos pertençam a
um espaço de sinal linear e bidimensional. A sua operação
baseia-se na identificação de parâmetros chave do sinal
recebido (tais como taxa de símbolos e tipo de constelação),
os quais são depois usados para ajustar dinamicamente os
vários subsistemas do receptor.
Antecedentes da Invenção
O uso de receptores digitais em sistemas de comunicação é
hoje em dia predominante em comparação com os receptores
analógicos. As comunicações digitais têm a grande vantagem de
possuir maior imunidade ao ruído, dado ser possível recorrer
à regeneração do sinal digital para eliminar totalmente o
ruído introduzido pelo canal de comunicação (com a introdução
de uma certa probabilidade de erro). Outra vantagem é a
flexibilidade e facilidade para processar sinais digitais,
recorrendo, por exemplo, a microprocessadores convencionais
ou dedicados (DSPs - Digital Signal Processors). Isto torna
possível a realização de inúmeras e complexas operações sobre
o sinal digital, que no domínio analógico dificilmente seriam
conseguidas.
A transmissão de informação (ex., voz ou imagem) usando um
sistema de comunicação digital exige, pelo menos, duas
operações fundamentais realizadas do lado do transmissor:
1. Discretização do sinal analógico, passando-o para o
domínio digital. Esta discretização é feita no tempo
(amostragem do sinal em instantes de tempo discretos) e
na amplitude (quantização de amplitudes), sendo
atribuída a cada amostra um código usualmente binário.
2. Modulação de uma portadora em função do código binário,
dando origem a um sinal adequado à transmissão no canal.
Esta operação poderá envolver codificação de fonte,
codificação de canal, filtragem e modulação propriamente
dita. A sequência de bits é convertida num sinal com uma
formatação específica, normalmente designado de sinal de
banda-base (BB), que é posteriormente convertido num
sinal de frequência mais elevada (denominado sinal de
rádio-frequência, ou RF). A cada modulação está
associada uma constelação, que não é mais do que uma
representação dos símbolos transmitidos no espaço de
sinal N-dimensional (N é habitualmente dois)(S. Haykin,
Communications Systems, 2001).
Do outro lado do sistema de comunicação existe um receptor
digital, que recebe o sinal modulado (sinal RF) e é
responsável por recuperar a informação original transmitida
(código binário). Geralmente, um receptor digital realiza as
seguintes funções:
1. Conversão de frequência (RF para BB).
2. Filtragem do sinal banda-base.
3. Sincronização temporal, para determinação dos
instantes correctos de amostragem do sinal de BB.
4. Sincronização de portadora, para efectuar a correcção
de diferenças de frequência e fase entre os
osciladores do transmissor e receptor.
5. Decisão, na qual se estima da melhor forma qual o
símbolo transmitido.
O receptor proposto neste documento possui todas as funções
de um receptor digital convencional, com o acréscimo de ser
auto-reconfigurável, suportando assim diversos protocolos de
comunicação. Inteligência e capacidade de auto-reconfiguração
são propriedades bastante desejáveis de um receptor de
comunicações. Este receptor digital será capaz de realizar
uma detecção cega de muitas propriedades do sinal recebido
(tais como largura de banda e tipo de modulação) e
reconfigurar-se de forma a desmodular correctamente o sinal
recebido. Vários autores (K. Nolan, L. Doyle, D. Mahony, P.
Mackenzie, Signal space based adaptive modulation for
software radio, NTRG, Trinity College; B. Mobasseri, Digital
modulation classification using constellation shape, ECE
Department, Villanova University, 1997) tentaram desenvolver
tais arquitecturas, mas estas suportam apenas um número muito
limitado de constelações, tendo baixa generalidade e
desempenho.
A arquitectura aqui proposta tem uma vasta gama de
aplicações. Em aplicações civis, pode ser usada para
vigilância e gestão do espectro electromagnético, uma vez que
estas operações frequentemente têm de ser realizadas de forma
automática e independente das propriedades do sinal. Em
cenários de guerra, o reconhecimento das características do
sinal alvo permite uma aplicação mais eficiente de contra-
medidas electrónicas (tal como jamming). Em aplicações
comerciais (ex., comunicações móveis), terminais móveis
usando diferentes interfaces de rádio podem ser servidos por
uma única estação base multi-protocolo, a qual é capaz de
identificar as propriedades de modulação dos sinais recebidos
e adaptar-se de forma autónoma.
Descrição Sumária
A presente invenção consiste numa arquitectura adaptativa
adequada para receptores em sistemas de comunicação digital.
Suporta não só modulações M-PSK e M-QAM, como também outras
modulações cujos símbolos pertençam a um espaço de sinal
linear e bidimensional (ex., modulações não-uniformes ou
fractais). Assim, a arquitectura descrita consegue uma
elevada generalidade e desempenho aceitável, sendo capaz de
identificar parâmetros chave do sinal recebido (tais como
taxa de símbolos e tipo de constelação) e de se auto-
reconfigurar apropriadamente.
O receptor proposto (Figura 1) tem 6 andares que desempenham
as seguintes funções essenciais: conversão de
frequência (101), filtragem banda-base (103), estimação da
taxa de símbolos (102), sincronização de símbolo (104),
sincronização de portadora (105, 107, 108, 109) e
reconhecimento da constelação (106). A resposta do filtro de
banda-base é configurada com base nos parâmetros fornecidos
pelo estimador de taxa de símbolos. O sincronizador de
símbolo é usado para amostrar o sinal banda-base nos
instantes óptimos, enquanto o sincronizador de portadora
evita que a constelação rode devido a erros de frequência da
portadora. O decisor é auxiliado por um identificador de
constelações, o qual estima as regiões de decisão óptimas
para a modulação recebida. Todos estes blocos são capazes de
funcionar independentemente da modulação.
Descrição Sumária das Figuras
Na Figura 1 representa-se o diagrama de blocos da
arquitectura proposta para o receptor digital. Os três
diferentes fluxos de informação são diferenciados pelos tipos
de linhas.
A Figura 2 apresenta o diagrama de blocos detalhado para o
estimador de taxa de símbolos anteriormente apresentado na
Figura 1.
A Figura 3 apresenta o diagrama de blocos detalhado para o
sincronizador de símbolo anteriormente apresentado na
Figura 1.
A Figura 4 apresenta o diagrama de blocos detalhado para o
sincronizador de portadora anteriormente apresentado na
Figura 1.
A Figura 5 apresenta o diagrama de blocos detalhado para o
subsistema de controlo automático de ganho anteriormente
apresentado na Figura 1.
Na Figura 6 descreve-se o funcionamento do identificador de
constelações, recorrendo a um diagrama de estados.
A Figura 7 apresenta um primeiro cenário de utilização do
receptor proposto.
A Figura 8 apresenta um segundo cenário de utilização do
receptor proposto.
Descrição Detalhada
A presente invenção consiste numa arquitectura adaptativa
adequada a receptores em sistemas de transmissão digital.
Suporta não só modulações M-PSK e M-QAM, como também outras
modulações cujos símbolos pertençam a um espaço de sinal
linear e bidimensional (ex., modulações não-uniformes ou
fractais). Assim, a arquitectura descrita consegue uma
elevada generalidade e desempenho aceitável, sendo capaz de
identificar parâmetros fundamentais do sinal recebido (tais
como taxa de símbolos e tipo de constelação) e de se auto-
reconfigurar de acordo com estes.
O receptor proposto (Figura 1) tem 6 andares que desempenham
as seguintes funções essenciais: conversão de
frequência (101), filtragem banda-base (103), estimação da
taxa de símbolos (102), sincronização de símbolo (104),
sincronização de portadora (105, 107, 108, 109) e
reconhecimento da constelação (106).
A resposta do filtro de banda-base é configurada com base nos
parâmetros fornecidos pelo estimador de taxa de símbolos. O
sincronizador de símbolo é usado para amostrar o sinal banda-
base nos instantes óptimos, enquanto o sincronizador de
portadora evita que a constelação rode devido a erros de
frequência da portadora. O decisor é auxiliado por um
identificador de constelações, o qual estima os símbolos
óptimos para a modulação recebida. Todos estes blocos são
capazes de funcionar independentemente da modulação.
Conversão de frequência e filtragem banda-base
O conversor de frequência (101) é responsável pela filtragem,
decimação e conversão de frequência intermédia (IF) para
banda-base (BB) do sinal recebido. As amostras complexas
resultantes são aplicadas a um filtro FIR (Finite Impulsional
Response) com uma largura de banda dinamicamente ajustável
(103). Os coeficientes do filtro são calculados usando as
fórmulas conhecidas para um filtro do tipo raíz de cosseno
elevado com parâmetros (R, α), em que R é a taxa de símbolos
fornecida pelo estimador de taxa de símbolos (102), e α é um
factor que controla o excesso de banda do filtro (factor de
roll-off).
Estimador de taxa de símbolos
Um diagrama detalhado do estimador da taxa de símbolos (102)
é dado na Figura 2. O estimador opera aplicando uma não-
linearidade (quadrado do módulo) (201) ao sinal banda-base
complexo, o que provoca o aparecimento de uma risca espectral
à frequência da taxa de símbolos, R. Uma FFT (Fast Fourier
Transform) do sinal resultante é depois calculada (202), a
média espectral é, depois, aplicada para reduzir o efeito do
ruído (203) e a frequência do pico espectral é localizada
(204), obtendo-se assim a estimativa de R.
Sincronizador de símbolos
O objectivo do sincronizador de símbolo (104) é a
determinação dos instantes óptimos de amostragem dos símbolos
recebidos. Aceita um sinal banda-base complexo com várias
amostras por símbolo e produz uma sequência de símbolos
correctamente amostrados à saída (uma amostra por símbolo).
A Figura 3 apresenta um diagrama de blocos detalhado do
sincronizador de símbolo. Este é baseado num método de risca
espectral e tem como vantagens a sua simplicidade e
desempenho aceitável. A não-linearidade (301) gera uma
componente espectral com frequência R, a qual é isolada
usando um filtro IIR (Infinite Impulsional Response) passa-
banda, de banda estreita (302) cuja frequência central é
automaticamente ajustada em função da estimativa de R (neste
caso a frequência central é R). Uma vez que a sinusóide
resultante é sempre máxima nos instantes ideais de
amostragem, esta é diferenciada (303) e as suas passagens por
zero ascendentes são usadas para controlar a amostragem
(304). Um interpolador (305) é usado para reamostrar o sinal
nos instantes ditados pelo sinal de controlo, o que é
fundamental para se obter pequenas tremuras em situações onde
existam poucas amostras por símbolo (taxas de símbolos
próximas da taxa de amostragem do sinal de banda-base).
Uma vez que nada se assume àcerca do valor da taxa de
símbolos, R, do sinal recebido, o filtro IIR (302) tem de
usar a estimativa de R fornecida pelo estimador de taxa de
símbolos (102) para gerar os coeficientes do filtro
apropriados.
Este sincronizador consegue, pois, ser independente do tipo
da modulação e de outras propriedades do sinal recebido como
constelação e formatação do sinal de banda-base.
Sincronizador de portadora
O objectivo do sincronizador de portadora (108) é
providenciar um sistema de controlo em malha fechada de forma
a compensar pequenas diferenças de frequência entre a
portadora recebida e o oscilador do conversor de frequência.
Isto assegura que a constelação resultante não apresenta
rotação de fase.
O sincronizador é apresentado em detalhe na Figura 4 e segue
uma abordagem orientada à decisão (decision directed), usando
um sincronizador de fase de máxima verosimilhança (MV)
semelhante ao descrito em (U. Mengali, A. Andrea,
Synchronization techniques for digital receivers, Plenum
Press, 1997). Todavia, duas modificações importantes foram
introduzidas para permitir independência do tipo de
modulação. Em primeiro lugar, a função ang(.) (argumento de
um número complexo) (405) foi usada em vez da função Im(.)
(parte imaginário de um número complexo), assegurando que o
passo de iteração γ (406) possa ser escolhido de forma a
tornar a sincronização independente do tipo de modulação e da
amplitude do sinal recebido. Em segundo lugar, o decisor MV
(402), cuja função é avaliar qual dos centros de referência
da constelação está mais perto do símbolo de entrada, é agora
reconfigurável com os centros de decisão apropriados, gerados
a partir de um identificador de constelação (106).
Inicialmente, o decisor MV usa 4 centros (±1±j no plano
complexo) para decisão, o que significa que está optimizado
para QPSK embora ainda consiga impedir rotação para outras
modulações (como 8-PSK e 16-QAM), mas à custa de uma tremura
de fase. Depois de o identificador de constelação (106)
produzir as regiões de decisão correctas, estas serão usadas
pelo detector MV para efectuar uma decisão de máxima
verosimilhança. O desempenho do sincronizador de portadora
fica assim optimizado para a constelação recebida.
Integrado com o sincronizador de portadora (108) está o
circuito de controlo automático de ganho (109), também
denominado de AGC (Automatic Gain Control), cujo esquema
detalhado é apresentado na Figura 5. A sua função é assegurar
uma amplitude constante do sinal no detector. Basicamente, a
magnitude da saída e entrada do decisor (107) é comparada,
sendo esta diferença usada como um sinal de erro que alimenta
um filtro de malha (507) e depois um multiplicador (501). Um
filtro de primeira ordem (integrador) foi usado para
assegurar um erro nulo em regime permanente.
Identificador de constelação
O identificador de constelação (106) é usado para estimar
vários parâmetros que caracterizam a constelação
bidimensional recebida. Estes parâmetros são: o número de
símbolos da constelação, M; as coordenadas desses M símbolos
e a relação sinal-ruído (S/N) do sinal recebido. Os dois
primeiros parâmetros são então usados para determinar o tipo
de modulação (ex., M-PSK ou M-QAM).
O identificador aceita à entrada um bloco de Nclust símbolos
complexos (tipicamente de 1000 a 5000 símbolos), aos quais
aplica um algoritmo de clustering do tipo Fuzzy C-Means
(Frank Höppner, Frank Klawonn, Rudolf Kruse and Thomas A.
Runkler, Fuzzy Cluster Analysis. Chichester, England, 1999),
com o número de centros a ser detectado (C) configurado com
C ∈ {2, 4, 8, 2M, ..., 2K}. O parâmetro K é determinado pelo
máximo número esperado de centros da constelação. Em seguida,
um indicador de validade do tipo Minimum Hard-Tendencies (F.
Rivera, E. Zapata, J. Carazo, Cluster validity based on the
hard-tendency of the fuzzy classification, Pattern
Recognition Letters, 11:7-12, 1990) é calculado para cada um
destes K conjuntos de centros detectados, e o conjunto que
maximiza o indicador é escolhido. Isto fornece o tamanho da
constelação, M, assim como as coordenadas dos símbolos
correspondentes.
Como é sabido, os algoritmos Fuzzy C-Means (FCM) são muito
sensíveis a escolhas iniciais dos centros, precisando de uma
inicialização adequada para assegurar a obtenção de
resultados correctos. Para resolver este problema, o
algoritmo Min-Max-Median (Xue-wen Chen, Clustering gene
expression data with min-max-median initialized fuzzy c-means
algorithms, University of Illinois at Urbana-Champaign) foi
aplicado com sucesso. Isto permite que o FCM seja
inicializado com centros bem separados e já próximos dos
centros finais, assegurando assim uma correcta convergência e
redução do número de iterações necessárias.
Depois de determinar as coordenadas dos centros da
Constelação Ci, i = 1...M, uma estimativa da qualidade de
sinal (S/N) pode ser facilmente obtida. Basicamente, a
potência de sinal é apenas S = ⟨|Ci|2 ⟩, i = 1...M, onde ⟨ ⟩
representa o operador de média, e a potência de ruído é
N = ⟨|Ik – Ck|2 ⟩, k = 1...Nclust, onde Ik é um símbolo retirado do
bloco de Nclust símbolos de entrada e Ck o centro da
constelação correspondente, isto é, o mais próximo.
Uma vez conhecidos os centros da constelação, Ci, várias
estatísticas tais como o número e a localização dos Ci são
calculadas e comparadas com uma tabela de propriedades para
todas as modulações esperadas, assim identificando o tipo de
modulação recebido. Adicionalmente, o protocolo de
comunicação pode também ser identificado consultando uma
tabela que associa os vários protocolos com as
correspondentes modulações e taxas de símbolos.
O identificador pode operar de acordo com o diagrama de
estados da Figura 6, na qual o receptor periodicamente
identifica a constelação de entrada e carrega a
correspondente pilha protocolar quando uma nova modulação é
detectada L vezes consecutivas (com L ≥ 1).
Cenários de aplicação
O receptor proposto pode ser utilizado em duas configurações
distintas (Figuras 7 e 8). Até agora, foi assumida a forma de
utilização ilustrada na Figura 7, onde o receptor descrito é
usado no Nível 1 (modelo OSI) como um desmodulador universal
(isto é, independente do protocolo de comunicação). A camada
de Mapeamento de Símbolos aceita símbolos M-ários da camada
de Desmodulação e converte-os em bits. Ambas as camadas de
Mapeamento e de Ligação de Dados são altamente dependentes do
protocolo de comunicação, logo, têm que ser dinamicamente
carregadas de acordo com a informação fornecida pelo
identificador de constelação (camada de Desmodulação
Universal).
Na Figura 8, o desmodulador proposto é usado apenas para
identificação do protocolo de comunicação, sendo depois
carregada uma pilha de protocolos completa e dedicada. Esta
configuração tem várias vantagens em relação à da Figura 7,
nomeadamente em termos de flexibilidade e desempenho, uma vez
que desmoduladores altamente optimizados podem ser usados
para produzir os símbolos M-ários para as camadas superiores,
em vez de um desmodulador genérico e menos optimizado da
Figura 7.
Lisboa,
1/8
2/8
Figura 2
3/8
Figura 3
4/8
Figura 4
5/8
Figura 5
6/8
Figura 6
7/8
Figura 7
8/8
Figura 8
REIVINDICAÇÕES
1. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação caracterizada por
realizar funções de Nível Físico em receptores digitais e
suportar qualquer tipo de modulação digital, desde que os
seus símbolos pertençam a um espaço de sinal linear e
bidimensional.
2. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por possuir os seis
andares seguintes, com capacidades de auto-
reconfiguração: conversão de frequência (101), filtragem
banda-base (103), estimação da taxa de símbolos (102),
sincronização de símbolo (104), sincronização de
portadora (108) e reconhecimento da constelação (106).
3. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por se basear na
identificação de parâmetros chave do sinal recebido tais
como taxa de símbolos e tipo de constelação, os quais são
depois usados para ajustar dinamicamente vários
subsistemas do receptor.
4. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por usar um estimador de
taxa de símbolos (102) baseado numa técnica de análise
espectral, composta por uma não-linearidade (quadrado do
módulo) (201), uma transformada rápida de Fourier (202),
uma média espectral (203) e um detector de máximo (204).
5. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por usar um sincronizador
de símbolo (104) baseado num filtro digital recursivo
(filtro IIR) passa-banda (302), configurável com a
estimativa de débito fornecida pelo estimador de taxa de
símbolos (102) a operar de acordo com a reivindicação 4.
6. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por usar um identificador
de constelações (106) baseado na utilização conjunta de
um algoritmo de clustering do tipo Fuzzy C-Means, um
indicador de validade do tipo Minimum Hard-Tendencies e
uma inicialização do tipo Min-Max-Median.
7. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por usar um detector de
máxima verosimilhança (MV) (107), o qual tem a
característica de ser configurável com os centros de
decisão providenciados pelo identificador de constelação
(106) a funcionar de acordo com a reivindicação 6.
8. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por utilizar a função
ang() (405) na malha do sincronizador de portadora (108),
assegurando a independência do tipo de modulação e
amplitude do sinal recebido.
9. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por usar um sistema de
controlo automático de ganho (109), o qual se baseia na
comparação da saída e da entrada do decisor de máxima
verosimilhança (505) e usa esta diferença para alimentar
uma malha de controlo (506)(507).
10. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com a
reivindicação 1, caracterizada por usar o modelo de
funcionamento regido pela identificação periódica da
constelação de entrada e carregamento da correspondente
pilha protocolar quando uma nova modulação é detectada
L vezes consecutivas (com L ≥ 1)(Figura 6).
11. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com as
reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo cenário de
aplicação no qual a arquitectura constitui a camada
física de um desmodulador universal onde as camadas
superiores são carregadas dinamicamente de acordo com a
informação fornecida pelo identificador de constelação
(Figura 7).
12. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação de acordo com as
reivindicações 1 a 10, caracterizada pelo cenário de
aplicação (alternativo ao cenario da reivindicação 11)
onde a arquitectura proposta é usada apenas para
identificar o protocolo de comunicação, sendo depois
carregada a pilha de protocolar completa e dedicada,
incluindo a camada física (Figura 8).
13. Arquitectura auto-reconfigurável multi-protocolo para
receptores digitais de comunicação, de acordo com as
reivindicações 1 a 12, caracterizada pela utilização em
estações de monitorização radio-eléctrica.
14. Utilização da arquitectura auto-reconfigurável multi-
protocolo para receptores digitais de comunicação, de
acordo com as reivindicações 1 a 12, caracterizada pela
utilização na indústria das comunicações móveis
celulares.
15. Utilização da arquitectura auto-reconfigurável multi-
protocolo para receptores digitais de comunicação, de
acordo com as reivindicações 1 a 12, caracterizada pela
utilização em aplicações militares, nomeadamente em
sistemas de contra-medidas electrónicas (jamming).
Lisboa,
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