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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
EDIÇÃO ESPECIAL
Anais do IV Ciclo Científico da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
1.NOME DA ATIVIDADE
4º Ciclo Científico UNIJIPA
2. TEMA
Novas Metodologias de ensino/aprendizagem e os desafios educacionais da
atualidade.
3. CLASSIFICAÇÃO
Ciclo Científico
4. ÁREA TEMÁTICA
Educação. Trabalho Científico. Comunicação. Profissionalização.
5. OBJETIVO
Fornecer à comunidade acadêmica debates que abordem o tema: Novas
Metodologias de ensino/aprendizagem e os desafios educacionais da atualidade.
6. JUSTIFICATIVA
Hoje, diante das constantes transformações do mundo globalizado, as
instituições com opções de empregabilidade, buscam um novo perfil nos milhares de
profissionais que chegam ao mercado de trabalho anualmente: um profissional que
realmente saiba empreender sua carreira! Nessa perspectiva, o Ciclo científico é um
evento que vai buscar instigar a discussão sobre os desafios da sociedade
contemporânea para o futuro profissional.
7. COORDENADORA DO CICLO
Profa. Ma. Simone dos Santos França
7.1 RESPONSÁVEIS PELO PROJETO
Profa. Ma. Simone dos Santos França
Profa. Ma. Rosangela Aparecida da Silva
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
7.2 RESPONSÁVEIS PELA REALIZAÇÃO DO EVENTO
Profa. Ma. Rosangela Aparecida da Silva – Direção
Profa. Ma. Simone dos Santos França – Coordenação Pedagógica
Profa. Ma. Nilra de Souza Pinheiro Lôbo – Coordenação Discente
Profa. Dra. Maria Conceição Lacerda – Coordenação de Iniciação Científica
Prof. Esp. Evaldo Arruda Pinto – Coordenação de Administração
Profª. Esp. Kele Cristina Jardim Castro – Coordenação de C. Contábeis
Profa. Ma. Sonia Maria Ribeiro – Coordenação de Enfermagem
Profa. Ma. Rosângela Martins Vieira – Coordenação de Psicologia
Profa. Esp. Célia Maria Peres Galvão – Coordenação de Pedagogia
Profa. Esp. Fernanda Aguiar Gabriel – Coordenação de Eng. Civil
Profa. Ma. Caroline Klein Maranho – Coordenação de Farmácia
Prof. Esp. Douglas Umeno Watanabe – Coordenação de Odontologia
Prof. Esp. Wiverson de Oliveira –Coordenação de Arquitetura
Prof. Me. Alexandre Zandonadi Meneguelli – Coordenação de Eng. Ambiental
Prof. Me. Daniel Andrade Duizith –Coordenação de Fisioterapia
Prof. Me. Antônio Carlos Nogueira Neto – Coordenação de Biomedicina
8. LOCAL E PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Campus I e II da UNIJIPA, de 17 a 20 de outubro de 2017
9. COMISSÃO CIENTÍFICA
9.1 Avaliação Metodológica
Prof. Me. Alexandre Zandonadi Meneguelli
Profa. Dra. Maria Conceição de Lacerda
Profa. Dra. Thamy Santos Ribeiro
Profa. Ma. Sonia Maria Ribeiro
9.2 Avaliação Textual
Prof. Me. Antônio Carlos Nogueira Neto
Prof. Me. Carlos Henrique Da Silva
Prof. Me. Daniel Andrade Duizith
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
Prof. Esp. Douglas Umeno Watanabe
Prof. Dr. Ely Eduardo Saranz Camargo
Profa. Ma. Emanoela Maria Rodrigues De Sousa
Profa. Esp. Luciana Santana Martins
Profa. Ma. Sônia Maria Ribeiro
Prof. Esp. Vilson Klein
9.3 Avaliação de Apresentação Oral
Prof. Dr. Bruno Hideo Ueda
Profa. Esp. Camile Cristina Salvador Ferronato
Profa. Ma. Carine Antonia Kremer
Prof. Esp. Cristiam Velozo Da Silva
Prof. Dr. Ely Eduardo Saranz Camargo
Profa. Esp. Luciana Santana Martins
Prof. Esp. Marcio Dos Reis Rezende
Profa. Dra. Maria Conceição de Lacerda
Profa. Esp. Nayara Ramalho Dos Santos
Profa. Esp. Raquel Nunes Alvares
Profa. Dra.Thamy Santos Ribeiro
Prof. Esp. Vilson Klein
10. REVISÃO DE TEXTO
Profa. Ma. Simone dos Santos França
11. EDITORAÇÃO
Prof. Me. Alexandre Zandonadi Meneguelli
Prof. Ma. Simone dos Santos França
Prof a. Dra. Maria Conceição de Lacerda
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
ABORDAGEM TRANSPESSOAL APLICADA NO TRTAMENTO DO
TRANSTORNO DO PÂNICO
Bárbara Fraga Fernandes1 Lindamir Maria dos Reis Vaz2 Vera Lúcia Ruela de Oliveira3
Lilian Vanessa Nicácio Gusmão4
RESUMO: O tema deste trabalho abrange uma breve introdução à abordagem transpessoal,
cujo enfoque da pesquisa deu-se sobre a importância do acompanhamento terapêutico transpessoal no tratamento da Síndrome do Pânico, para tanto discorreu-se também sobre a temática ansiedade, perpassando sobre algumas técnicas tais como: Meditação e Deep Memory Process (DMP) ou técnica regressiva, constituindo assim parâmetros que visam o
estabelecimento de uma saúde integral do sujeito e não somente a dissipação ou o domínio dos sintomas da doença. A finalidade da Terapia transpessoal é auxiliar o indivíduo no processo de cura, através da ampliação da consciência, do autoconhecimento e da integração dos resultados ao “self”. PALAVRAS-CHAVE: Psicologia Transpessoal. Transtorno do Pânico. Ansiedade. Processo terapêutico.
INTRODUÇÃO
Neste artigo a investigação deu-se a respeito dos aspectos do aporte da
Terapia Transpessoal no tratamento do Transtorno do Pânico – com a pretensão de
alcançar a saúde integral do paciente e não apenas o controle dos sintomas da
doença, bem como, apresentar as técnicas da transpessoal; Meditação e Deep
Memory Process (DMP) ou técnica regressiva que podem se combinar no processo
terapêutico, para obter um resultado melhor.
Pode-se definir a Psicologia Transpessoal como o estudo, pesquisa e aplicação
dos diferentes estados de consciência em direção a Unidade do Ser. Sua área de
atuação dá-se em todos os campos do conhecimento que tem como base a Psicologia
(SALDANHA, 2008).
1 Acadêmica do curso de Bacharelado em Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná (Unijipa). E-mail: barbarafragafernandes@yahoo.com.br. 2 Acadêmica do curso de Bacharelado em Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná (Unijipa). E-mail: lmdj_v@hotmail.com. 3 Acadêmica do curso de Bacharelado em Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná (Unijipa). E-mail: verajipa@gmail.com. 4Professora do curso de Psicologia pela Faculdade Panamericana de Ji-Paraná (Unijipa). E-mail: lilian.gusmao@unijipa.edu.br.
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No Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fourth Edition, Text
Revision (DSM-V), o Transtorno do Pânico está classificado dentro do grupo dos
transtornos de ansiedade, caracterizando-se da seguinte forma, “Transtorno de pânico
se refere a ataques de pânico inesperados e recorrentes. Um ataque de pânico é um
surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos[...],
não existe um indício ou desencadeante óbvio no momento da ocorrência - ou seja, o
ataque parece vir do nada, como quando o indivíduo está relaxando ou emergindo do
sono (ataques de pânico noturno) ”. (2014, p. 208), ou seja, caracteriza por ataques
de ansiedade frequentes e recorrentes. O conceito é muito semelhante aos
localizados na Classificação Internacional de Doenças 10 (CID-10), são ataques
recorrentes de uma ansiedade grave (ataques de pânico), que não ocorrem
exclusivamente numa situação ou em circunstâncias determinadas, mas de fato são
imprevisíveis.
METODOLOGIA
Pesquisa realizada por estudo bibliográfico, de caráter descritivo e exploratório,
utilizando a coleta de informações em livros e artigos científicos em bases de dados
indexadas. A partir de descritores que foram definidos no início da pesquisa, tais
como: Psicologia Transpessoal, Transtorno do Pânico, Ansiedade e Processo
terapêutico, no qual buscou-se sintetizar informações para melhor compreender os
aspectos envolvidos na definição, conceituação, caracterização, sintomatologia e
tratamento da síndrome ou transtorno de pânico dentro da abordagem transpessoal.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Carl Gustav Jung (1875-1961), foi o primeiro teórico que utilizou o termo
“transpessoal”, através das palavras überperson, em 1916, e überpersönlich, em
1917, que significam supra pessoa e supra pessoal, respectivamente (Simões, et al.,
1997), que de acordo com Walsh e Vaughan, Transpessoal distingue-se por ser uma
experiência que pode definir-se como “aquela em que o senso de identidade ou do eu
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ultrapassa (trans + passar = ir além) o individual e o pessoal a fim de abarcar aspectos
da humanidade, da vida, da psique e do cosmo” (WALSH; VAUGHAN, 1997, p. 17).
A Psicologia Transpessoal é uma área da Psicologia que tem suas origens no
existencialismo, no humanismo e na fenomenologia, subsidiada por elementos
encontrados em conceitos da física moderna, neurobiologia e informática (SIMÕES,
1997).
Tabone (1999, p.12) disserta que: “a Psicologia Transpessoal se situa como
um ‘movimento’ no campo da Psicologia, que utiliza o conhecimento de várias
disciplinas e converge para uma síntese progressiva de dados sobre a consciência
humana. ”
Maslow, o expoente da Psicologia Humanista, já propagava a ampliação da Psicologia Transpessoal.
Devo também dizer que considero a Psicologia Humanística, ou Terceira Força em Psicologia, apenas transitória, uma preparação para uma Quarta Força, ainda “mais elevada”, transpessoal, transumana, centrada mais na ecologia universal do que nas necessidades e interesses restritos ao ego, indo além da identidade, da individuação e congêneres... Necessitamos de algo "maior do que somos", que seja respeitado por nós mesmos e a que nos entreguemos num novo sentido, naturalista, empírico, não eclesiástico, talvez como Thoreau e Whitman, William James e John Dewey fizeram (MASLOW, 1968, p.29).
Essa abordagem fundamenta-se no conceito de que o indivíduo é um ser que
transita por múltiplos estados de consciência, abarcando métodos que estimulam e
levam a pessoa a explorar estes níveis com a finalidade de resgatar a dimensão
saudável em cada ser humano, contribuindo nos processos terapêuticos de casos
patológicos ou oportunizando uma melhor qualidade de vida em sujeitos saudáveis
(MASLOW, 1968).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Baseado nas análises bibliográficas apresentadas nesta síntese, evidenciou-se
que a psicologia transpessoal oferece conceitos, que tem por objetivo auxiliar o
indivíduo na expansão da consciência do autoconhecimento e integração, visando
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sempre a autotransformação, processo importante que conduz o sujeito na direção a
saúde integral.
Sendo assim, a abordagem transpessoal pode auxiliar o indivíduo com
Síndrome do Pânico a tomar consciência das questões que estão por trás dos
sintomas, pois, o melhor tratamento é a consciência, posto que somente quando o
paciente está disposto a aprofundar nessas questões e encará-las de frente é que
fundamentalmente o processo de cura é facilitado, e poderá haver o sucesso na
terapêutica.
Pretendeu-se com o presente artigo disseminar informações relevantes,
reforçando entre estudantes e profissionais da área da saúde, o entendimento da
importância do acompanhamento terapêutico, através da aplicação da abordagem
transpessoal, que poderá ser bastante eficaz no tratamento da Síndrome do Pânico,
para a promoção da saúde integral do indivíduo.
Vislumbramos que a abordagem transpessoal seja cada vez mais difundida e
adotada pelos profissionais da psicologia.
REFERÊNCIAS
CID-10 - Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento -: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Coord. Organiz. Mundial da Saúde. Porto Alegre: Artmed, 1993. CABALLO, V. Manual para o tratamento cognitivo comportamental dos transtornos psicológicos. 2003.Disponivel em:< http://www.uel.br/grupoestudo/analisedocomportamento/pages/arquivos/ANSIEDADE_PANICO.pdf> acessado em: 30 abr. 2017. DSM-V: Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Trad. Cláudia Dornelles. 4ª Ed. ver. Porto Alegre: Artmed, 2014. JUNG, C. G. Mandala symbolism. Nova Jersey: Princeton University Press, 1973.
MASLOW, H. Introdução à Psicologia do Ser. Rio de Janeiro: Eldorado,1968. PESSOA, M.T.G.B .A Terapia Transpessoal No Tratamento Da Síndrome Do
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
Pânico 2008, 51. f. In: Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Pós Graduado em Terapia Transpessoal no Instituto Superior de Ciências e Saúde. Salvador. SALDANHA, Vera. Psicologia Transpessoal: Abordagem Integrativa Um Conhecimento Emergente em Psicologia da Consciência. Disponível em: < http://sandra6terapias.blogspot.com.br/2009/04/o-que-e-transpessoal.html >. Acesso em: 30 abr. de 2017 13:20 SALUM, Giovanni Abrahão; BLAYA, Carolina; MANFRO, Gisele Gus. Transtorno do pânico. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre, v. 31, n. 2, 2009 . Disponível em: < http://www.saude.mt.gov.br/upload/documento/104/sindrome-do-panico-umapsicopatologia-contemporanea-[104-071011-SES-MT].pdf>. Acesso em 30 de Abr. de 2017. SIMÕES, Mário, et al. O que é transpessoal. Lisboa: Temática, 1997. TABONE, M. A. Psicologia Transpessoal: introdução à nova visão da Consciência em Psicologia e Educação, 1999, p. 12
WALSH, Roger; VAUGHAN, Frances. Além do Ego: Dimensões Transpessoais em Psicologia. São Paulo: Cultrix, 1997.
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ACOLHIMENTO E HUMANIZAÇÃO EM OBSTETRÍCIA
Raquel de Freitas dos Santos5 Sandeslane de Carvalho Souza 6
Tainá Aparecida de Souza 7 Alexandre Zandonadi Meneguelli 8
RESUMO: O presente trabalho relata sobre o Acolhimento e Humanização em Obstetrícia, sendo o papel fundamental atenção básica de saúde e na unificação da prestação dos serviços aos usuários da rede cegonha. E assim, o Ministério da Saúde (MS) apresentou que o programa Humaniza SUS, visa à melhoria de atendimento os avanços tecnológicos e qualidade profissional. Com isso, o presente resumo pretende mostrar a importância do acolhimento de gestantes e como o contato influência em respostas positivas ou negativas para o processo de parto, através de Revisão bibliográfica.
PALAVRAS-CHAVE: Acolhimento. Obstetrícia. Humanização. Sistema Único de Saúde.
INTRODUÇÃO
Segundo a Política Nacional de Humanização “acolhimento traduz-se em
recepção do usuário nos serviços de saúde, desde a sua chegada, responsabilizando-
se integralmente por ele, ouvindo sua queixa, permitindo que ele expresse suas
preocupações. Implica prestar um atendimento com resolutividade e
corresponsabilização, orientando, conforme o caso, o usuário e a família, garantindo
a articulação com os outros serviços. Desejado como um processo transversal,
permeando todos os espaços do serviço e rede, o acolhimento é, antes de tudo, uma
postura a ser exercida por todas as equipes para melhor escutar e atender às
necessidades singulares da mulher/gestante (BRASIL, 2014).
5Acadêmica Curso de Enfermagem, Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail:raquelfreitasenf@gmail.com 6Acadêmica Curso de Enfermagem, Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail:sandeslane@hotmail.com 7Acadêmica Curso de Enfermagem, Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIP. E-mail:tainaapdesouzagmail.com 4Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco- UCDB. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia, campus Rolim de Moura. Especialista em Zoologia, Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –FACIMED. Graduado em Ciências Biológicas Licenciatura pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – CEULJI/ULBRA. Professor do Ensino Superior na Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Diretor do Instituto de Pesquisa e Educação de Rondônia. IPER. E-mail: alexandrezandonadimeneguelli@gmail.com.br
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De acordo com Brasil, (2014) o acolhimento significa pensar também na
cogestão dos processos de trabalho, das equipes, dos serviços e das redes, sempre
se remetendo à perspectiva da clínica ampliada. Assim, o acolhimento deixa de ser
um ato isolado para ser também um dispositivo de acionamento de redes “internas”,
“externas”, multiprofissionais, comprometidas com as respostas às necessidades dos
usuários e famílias.
O presente trabalho apresenta uma revisão de literatura, e tem como objetivo
enfatizar o acolhimento e humanização em obstetrícia do Ministério da Saúde 2014.
METODOLOGIA
A metodologia foi pautada na revisão de literatura, enfatizando o acolhimento
e humanização em gestantes do primeiro, segundo e terceiro trimestre. Os dados
foram coletados em Manual de Acolhimento e Classificação de Risco em Obstetrícia
Ministério da Saúde 2014 e artigos identificados por meio da SciELO (Scientific
Electronic Library Online).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Rede Cegonha (RC) é uma iniciativa do Ministério da Saúde/MS lançada pelo
Governo Federal em 2011 com objetivo de proporcionar melhor atenção e qualidade
de saúde para mulheres e crianças. A RC incentiva a inovação e a excelência na
atenção pré-natal, assistência ao parto e ao pós-parto, bem como nas ações em torno
do desenvolvimento da criança durante os primeiros dois anos de vida, tem mobilizado
gestores, profissionais de saúde e usuários dos serviços, especialmente as mulheres
e crianças como beneficiários diretos (BRASIL, 2014).
O papel principal do RC está na redução da morbimortalidade materna e
infantil, especialmente em seu componente neonatal. Com isso, o compromisso do
Governo Brasileiro de ampliar o acesso a uma assistência humanizada, segura e de
qualidade nos serviços de saúde, garantindo que o SUS seja cada vez mais universal,
integral, equânime e resolutivo, o que é responsabilidade de todos os gestores e
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profissionais da saúde, contando com a participação e corresponsabilização dos
usuários (BRASIL, 2014).
Segundo Franco et al. (2003), o acolhimento altera o processo de trabalho,
principalmente nos profissionais não médicos que atuam na assistência, a
organização passa ter a “equipe de acolhimento” como central no atendimento aos
usuários. Abre- se, a possibilidade para que esses profissionais arremessem mão de
todas as tecnologias para receber, escutar e solucionar problemas de saúde trazidos
pelo usuário, proporcionando atendimento humanizado.
Corroborando Silva e Mascarenhas, (2004), denominam o acolhimento como
postura, que pressupõe uma atitude da equipe de comprometimento em receber,
escutar e tratar de forma humanizada os usuários e suas necessidades, por meio de
uma relação de mútuo interesse entre trabalhadores e usuários.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao referente resumo conclui-se por meio de revisão bibliográfica que o
acolhimento não só em gestantes, mas em todas as áreas de atendimento em saúde,
está diretamente ligado ao decorrer dos procedimentos, podendo trazer ao cliente
umas das melhores experiências ou piores. A atenção dada pelo profissional da saúde
seja médicos, enfermeiros, técnicos, e até mesmo recepcionistas, gera confiança e
conforto aos usuários e segurança para o decorrer de cada procedimento. Lembrando
que os princípios do SUS é equidade e universalidade, justamente para prestar uma
atenção humanizada a todos.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Saúde. Manual de acolhimento e classificação de risco em obstetrícia. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília, 2014, p.44. Disponível em: <file:///C:/Users/Cliente-PC-/Downloads/MANUAL%20OBSTETRICIA.pdf>. Acesso em: 31 ago. 2017. FRANCO TB, BUENO WS, MERHY EE. O acolhimento e os processos de trabalho em saúde: o caso de Betim (MG). In: Merhy EE, Magalhães Jr. HM, Rimoli J, Franco TB, Bueno WS, organizadores. O trabalho em saúde: olhando e
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experienciando o SUS no cotidiano. São Paulo: Editora Hucitec; 2003. p. 37-54. Disponível em: <http://www.uff.br/pgs2/textos/Acolhimento_e_processos_de_trabalho_-_Prof_Dr_Tulio_Franco.pdf>. Acesso em: 31de ago. 2017. SILVA JR. AG, MASCARENHAS M.TM. Avaliação da atenção básica em saúde sob a ótica da integralidade: aspectos conceituais e metodológicos. In: Pinheiro R, Mattos RA, organizadores. Cuidado: as fronteiras da integralidade. Rio de Janeiro: ABRASCO/ São Paulo: Editora Hucitec; 2004. p. 241-57. Disponível em: <file:///C:/Users/Cliente-PC-/Downloads/ARTIGO%20PARA%20CICLO%20CIENTIFICO.pdf>. Acesso em: 31de ago. 2017.
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A HUMANIZAÇÃO NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
André da Silva Galdino9 Gustavo Martinniano10
Luciano Viana Dorazio11 Maique Santos Galdino12 Daniel Andrade Duizith 13
RESUMO: Este trabalho tem a finalidade de se conhecer, com maior ênfase, através da pesquisa bibliográfica na literatura em artigos científicos publicados, como surgiu e como está sendo executado no Brasil a Humanização nos serviços de Saúde, destacando-se os preceitos da Constituição Federal (1988) em vigor, as políticas públicas, projetos e programas de saúde, enfatizando o Sistema Único de Saúde – SUS, que reforça a garantia das ações para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde à população, bem como o relacionamento e interação entre os gestores, trabalhadores e usuários do próprio sistema. PALAVRAS-CHAVE: Humanização. Serviços. Saúde. SUS.
INTRODUÇÃO
Buscou-se conhecer a realidade de nossa Política Nacional de Humanização
(PNH) criada no ano de 2003, que tem como preceito colocar em prática os princípios
do Sistema Único de Saúde – SUS no que se refere aos serviços de saúde no Brasil,
como um instrumento de mudança na forma de gerir e cuidar, bem como facilitar e
estimular a comunicação entre os gestores, trabalhadores e usuários através de um
processo coletivo e compartilhado.
O trabalho enfatiza os preceitos da Constituição Federal (1988) em vigor, Art. 196,
dispõe que a saúde é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado, a sua
promoção deve ser para todos os cidadãos, independentemente da raça, cor, sexo,
religião, posição econômica e social, idade e quaisquer outras formas de
9 Acadêmico do 2º Período do Curso de Bacharel em Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: andredasilvagaldino1997@gmail.com. 10 Acadêmico do 1º Período do Curso de Bacharel em Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: gustavomartinniano@gmail.com. 11 Acadêmico do 2º Período do Curso de Bacharel em Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: lucianorute@hotmail.com. 12 Acadêmico do 1º Período do Curso de Bacharel em Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: santosdemaique@gmail.com. 13 Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, Campus Canoas, Mestre em Saúde Coletiva ULBRA, Canoas, Rio Grande do Sul-RS. Professor e Coordenador do Curso de Fisioterapia Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: fisioterapia@unijipa.edu.br.
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discriminação, bem como a legislação vigente no que se refere à política de
Humanização da Saúde no Brasil.
O objetivo do presente trabalho é enfatizar a importância da Humanização no
Sistema de Saúde visando diagnosticar, avaliar, analisar e detectar a qualidade dos
serviços prestados em todo o Brasil, dentro do processo de gestão do Sistema Único
de Saúde - SUS, uma vez que na atualidade o cenário da Saúde no Brasil se relaciona
ao avanço tecnológico que exige uma dinâmica essencial na avaliação da prestação
de serviços pelos profissionais da área.
METODOLOGIA
O procedimento metodológico foi através da pesquisa bibliográfica e revisão da
literatura em artigos científicos primários publicados entre os anos de 2012 a 2014,
através do mecanismo de busca Google sobre o tema “A Humanização no Sistema
de Saúde no Brasil” dando enfoque as políticas públicas, para um melhor
entendimento no que diz respeito à Humanização em Serviços de Saúde.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pasche e Passos (2014) descrevem que o Sistema Único de Saúde – SUS
surgiu através das lutas e conquistas pela democratização do Brasil, através da
Constituição Federal (1988) em vigor e que nos primórdios do ano de 2003 o Ministério
da Saúde – MS apostou na humanização através da instituição do SUS, tendo como
referência a 11ª Conferência Nacional de Saúde, realizada no ano de 2000, cujo tema
foi: “Acesso, qualidade e humanização da atenção à saúde com controle social”.
De acordo com os autores, no ano de 2003 através da Política Nacional de
Humanização (PNH) intensificou-se as ações para a humanização das práticas de
gestão e de atenção apontando o SUS como política pública necessária para a
qualificação e contribuição a melhoria da qualidade, da atenção e da gestão da saúde
no Brasil através do fortalecimento da Humanização, visando garantir e fortalecer o
compromisso com os direitos do cidadão sem distinção ou discriminação de qualquer
natureza.
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Jungles e Barbiani (2012) citam que para uma análise permanente e mais
eficaz sobre a situação de saúde da população brasileira, o Ministério da Saúde
instituiu a Política Nacional da Vigilância em Saúde. O objetivo da instituição é articular
um conjunto de ações com a finalidade de controlar determinantes, danos e riscos
relacionados à saúde de populações que vivem em territórios determinados, como por
exemplo, as macros e micros regiões das grandes metrópoles, como ainda os estados
e municípios.
Vieira (2014) cita que a política de Humanização é de grande relevância para o
atendimento da população nos serviços de saúde, uma vez que o tratamento
humanizado voltado para aqueles que necessitam de serviços de saúde é de extrema
necessidade, por tanto, foi criada a Política Nacional de Humanização (PNH),
conhecida por Humaniza/SUS em 2003, dentro do próprio SUS, com objetivo de
garantir ações para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde à população, bem
como o relacionamento e interação entre os gestores, trabalhadores e usuários do
SUS.
Pasche e Passos (2014) mencionam que deve haver um compromisso na
construção de redes cooperativas, solidárias e comprometidas com os serviços
essenciais de saúde, através da participação de sujeitos, visando a construção de
autonomia na rede do SUS, co-responsabilizando essas pessoas nos processos de
gestão e de atenção, bem como fortalecer o controle social em todas as instâncias
gestoras do SUS através das tecnologias e informações de forma compartilhada nas
práticas de cuidado e de gestão em saúde de forma comprometida e democrática nas
relações de trabalho e valorização dos profissionais da área da saúde.
De acordo com o Ministério da Saúde instituiu também, no ano de 2011, o
Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica
(PMAQ), em consonância aos pactos e negociações das diferentes dimensões do
Sistema Único de Saúde – SUS, cujo propósito é ampliar o acesso e a melhoria da
qualidade da Atenção Básica, com garantia de um padrão de qualidade em todo o
território nacional.
Para garantir a humanização na atenção básica, foram criados os programas e
políticas públicas de vigilância e melhoria do acesso e oferta de serviços de saúde de
qualidade à população, cujas ações visam ainda qualificar o Sistema Único de Saúde
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
– SUS, porém as ações dependem de um funcionamento em Redes de Atenção à
Saúde (RAS) e de um acordo de gestão.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Humanização. Disponível em: http:// portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/humanizasus. Aces so em 16 ago. 2017. JUNGES, José Roque; BARBIANI, Rosangela. Repensando a Humanização do Sistema Único de Saúde à luz das Redes de Atenção à Saúde. Disponível em: bvsms.saude. gov.br/bvs/artigos/...saude/repensando_humanizacaosus_luz_redes.pdf. Acesso em 16 de ago. de 2017. PASCHE, Dário Frederico; PASSOS, Eduardo. A Importância da humanização a partir do Sistema Único de Saúde. Ministério da Saúde, Apostila Ético-política da PNH. Disponível em: esp.saude.sc.gov.br/sistemas/revista/index.php/inicio/article/view File/19/82. Acesso em 16 de ago. de 2017. VIEIRA, Maria Charlene Cavalcante. (Org.) A política de humanização do sistema único de saúde (SUS), e suas expressões na maternidade do hospital regional de Pombal-PB. Revista Intesa, Pombal-PB/Brasil. Disponível em: http://www.gvaa.com.br/revista/index.php/ INTESA/article/view/3232/2778. Acesso em16 de ago. de 2017.
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ACIDENTES DOMÉSTICOS NA TERCEIRA IDADE
Dieili Oliveira dos Santos14 Eliana Vieira de Melo Mendonça15
Suzancler Mazzo de Araújo Souza16 Alexandre Zandonadi Meneguelli17
RESUMO: O envelhecimento é um processo do ser humano por mudanças fisiológicas ou patológicas. Com o passar dos anos, o desempenho das atividades de vida diária fica prejudicado e, devido a alterações sensório-motoras, cognitivas e psicossociais, aumenta a vulnerabilidade para a ocorrência de quedas e acidentes domésticos, comprometendo a capacidade funcional podendo levar à morte. Trata-se de estudo documental, descritivo, cujo objetivo é construir proposta de ação de enfermagem para prevenção de acidentes domésticos com idosos.
PALAVRAS-CHAVE: Idosos. Acidentes domésticos. Prevenção. Envelhecimento.
INTRODUÇÃO
Mundialmente, pessoas com 60 anos ou mais, são consideradas
cronologicamente e socialmente como idosas. Segundo a OMS de 1984 (IBGE, 1991)
no Brasil existem dois documentos oficiais: a Lei 8.842/94, dispõe sobre Política
Nacional de Saúde do Idoso (PNI) que no seu artigo 2° diz: “considera-se idoso, para
todos os efeitos desta lei, a pessoa maior de 60 anos de idade”.
O presente artigo trata na prevenção de quedas, acidentes domésticos em
idoso, esse é um tema de grande importância na atualidade tendo em vista o aumento
crescente na expectativa de vida e consequentemente aumento na população de
idosos na sociedade brasileira.
Assim, torna-se importante que o enfermeiro e a equipe de enfermagem iniciem
e intensifiquem o estabelecimento de ações/estratégias voltadas à prevenção de
14. Acadêmico do 9º Período do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná –UNIJIPA . Email: dieili_oliveira@hotmail.com 15. Acadêmico do 9º Período do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná –UNIJIPA . Email: elianavieirauniji@gmail.com 16 Acadêmico do 9º Período do Curso de Bacharele em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná –UNIJIPA. Email: suzymazzo@hotmail.com 17 Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná/RO, Mestre em Ciências Ambientais - UNIR, Especialista em Zoologia - FACIMED. Licenciado em Biologia - CEULJI/ULBRA. Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco UCDB-MS. Email alexandre.meneguelli@unijipa.edu.br
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quedas em pessoas idosas, estejam essas hospitalizadas, institucionalizadas ou
domiciliadas. Sensibilizando, prevenindo e tendo cuidados necessários com idosos.
METODOLOGIA
Trata-se e uma revisão descritiva, realizada por meio de dados secundários
sobre os fatores associados aos acidentes e quedas em idosos. A pesquisa descritiva
é uma das classes da pesquisa não experimental, que tem por objetivo observar,
descrever e documentar os aspectos de uma determinada situação. Foram utilizados
apenas artigos disponíveis entre os períodos de 2005 a 2016, com dados eletrônicos
acessados em base; Scielo; Portal da Saúde Ministério da Saúde; Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística. Partindo-se dos principais resultados obtidos elaborou-se
proposta de ação de enfermagem, voltada a prevenção de quedas, estabelecendo-se
temas reflexivos e utilizando bibliografia da área da Enfermagem Gerontogeriátrica.
FUNDAMENTAÇÃO
Os fatores de risco para a ocorrência de quedas nos idosos são divididos em:
intrínsecos - decorrentes de processos fisiológicos ou patológicos do envelhecimento,
como a tendência à lentidão da marcha, déficits sensoriais e auditivos, diminuição dos
reflexos posturais, e os distúrbios de percepção ambiental; e, extrínseco - relacionado
aos fatores ambientais, como vias públicas em estado precário, ambiente doméstico
impróprio, uso de calçados inadequados, entre outros (FREITAS et al., 2011;
CAVALCANTE et al., 2012).
As causas intrínsecas decorrentes de processos fisiológicos ou patológicos do
envelhecimento podem estar associadas a doenças específicas: perda de
consciência; doença de Parkinson; distúrbio marcha, postura e do equilíbrio; ataques,
quedas sem perda da consciência. Os episódios de acidentes domésticos geralmente
representados pelos fatores ambientais incluídos nas quedas e que, comumente,
envolvem situações cotidianas. Estão relacionados com os fatores Intrínsecos, os
processos de envelhecimentos, como a de força muscular, a redução da acuidade
visual, utilização inadequada ou o mau posicionamento do imobiliário doméstico,
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hábitos perigosos como subir em escadas, para alcançar armários altos. Para o idoso,
a questão de acessibilidade é algo vital, destaca-se o ambiente seguro, principalmente
dentro do domicílio, ou das Instituições de Longa permanência para idosos,
possibilitando ao idoso viver com, autonomia e dignidade. O desempenho das
atividades de vida diária pode ser prejudicado devido às alterações motoras,
cognitivas e psicossociais, aumentando a vulnerabilidade para a ocorrência de quedas
e acidentes fora e dentro do domicílio. Com o episódio das quedas, pode ocorrer a
redução da autonomia, tornando o idoso dependente de cuidado. Em estudo sobre as
alterações ocorridas após os tombos, mostrou a partir de relatos de idosos e seus
familiares, que há aumento da dificuldade e da dependência para a realização de
funções sendo as mais acometidas: deitar/levantar-se da cama, caminhar em
superfície plana, tomar banho, caminhar fora de casa, cuidar das finanças, fazer
compras, usar transporte coletivo e subir escada. (SIQUEIRA, et al., 2007)
“As intervenções de enfermagem para os idosos reduzem o risco de queda e
de outros acidentes e compensam as alterações fisiológicas do envelhecimento”
(POTTER, 2009, p. 208).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Estes acidentes podem provocar fraturas, traumatismos cranianos e até mesmo
a morte. Além disso, o idoso pode também perder a confiança e a vontade para
caminhar devido ao medo, situação chamada de “síndrome pós-quedas”, fazendo com
que aconteça a diminuição da mobilidade e o aumento da autonomia.
A proposta de ação de enfermagem apresentada envolve o cuidado para
prevenção de quedas, enfatizando a promoção à saúde dos idosos, realizada através
de trabalho preventivo, com a adoção de medidas e cuidados para evitar fatores de
risco, palestras e orientações para os membros familiares. A ação de enfermagem
teve como direcionamento os temas reflexivos emergentes do perfil do idoso
estudado, a saber: quedas em idosos e alimentação saudável; quedas da própria
altura e ambiente seguro; fratura e fortalecimento do sistema musculoesquelético.
Portanto, a importância de atividades ajuda na estruturação física, fazendo com que
o idoso obtenha mais segurança e estabilidade dos movimentos, trazem benefícios
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que revigoram os ossos, os músculos e as articulações, previnem a osteoporose,
reduzem o peso, melhoram a circulação, o coração, o equilíbrio, o humor, a atividade
sexual, a autoestima e o sono, aumentam a oxigenação cerebral, ajudam a controlar
o diabetes, a hipertensão e o colesterol alto, melhorando a qualidade de vida dos
idosos.
Para que as estratégias preventivas de quedas em idosos tenham sucesso, são
necessárias as intervenções que deverão ajudar os usuários idosos dos serviços de
saúde e seus cuidadores a compreender a forma de reduzir a probabilidade de queda,
como por exemplo: desenvolver sua habilidade de enfrentar desafios e ganhar
equilíbrio, melhorar a segurança de seu meio ambiente e adquirir a autoconfiança e a
confiança de seus familiares, para que ele possa continuar ativo e independente em
seu próprio meio, para realizar o que deseja. Ressalta-se que o cuidador deverá
orientar os familiares dos idosos a contribuir para prevenção de quedas, visando à
qualidade da assistência ao idoso em ambiente domiciliar, auxiliar o idoso a prevenir
as quedas, estimulando aumento da mobilidade, alimentação saudável e ambiente
seguro.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Brasília-DF. 2008. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGE(1991): População brasileira envelhece em ritmo acelerado. Disponível em: <http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1272> Acesso em: 05 set . 2017. LANGE, C. Acidentes domésticos em idosos com diagnósticos de demência atendidos em um ambulatório de Ribeirão Preto, SP, 2005. 221f. [Tese Doutorado] – Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. Disponível em: < www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde.../LANGE_C.pdf>. Acesso em: 05 set. 2017.
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SILVA TM, Nakatani AYK, Souza ACS, Lima MCS. A vulnerabilidade do idoso para quedas: análise dos incidentes críticos. Revista Eletrônica de Enfermagem [serial on line] 2007 jan-abr; 9(1):64-78. SIQUEIRA FV, Facchini LA, Piccini RX, Tomasi E, Thumé E. Prevalência de quedas em idosos e fatores associados. Rev. Saúde publica 2007. Vol. 41, n.4, P. 749-56.
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CONTRIBUIÇÕES DA PSICOLOGIA PARA A COMPREENSÃO DOS
PROCESSOS COGNITIVOS DE APRENDIZAGEM
Thayná Caroline Fucks Cardoso18 Rosângela Martins Vieira19
RESUMO: O presente trabalho tem por objetivo apresentar algumas contribuições de vertentes teóricas da Psicologia para a compreensão e estruturação do conceito de aprendizagem humana, fenômeno cognitivo que é objeto relevante de investigações científicas. Como metodologia, utilizou-se a revisão bibliográfica de livros e de artigos contidos em periódicos. PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem Humana. Teorias. Psicologia.
INTRODUÇÃO
A emergência da Psicologia a partir de um movimento dialético entre duas
diferentes formas de interpretação da mente humana, a Filosofia e a Fisiologia,
possibilitou o surgimento de uma ciência marcada pela heterogeneidade de
abordagens teóricas, além da variedade de formas de atuação profissional
(STERNBERG, 2000). Contribuições significativas destas produções podem ser
identificadas nos estudos acerca dos processos cognitivos e metacognitivos, entre
eles, a aprendizagem. O objetivo geral da pesquisa foi demonstrar o subsídio
oferecido pelo desenvolvimento da Psicologia e de suas teorias para a interpretação
da assimilação ou aprendizagem.
METODOLOGIA
A pesquisa consiste em revisão bibliográfica de literatura mediante busca de
livros e de artigos contidos em periódicos, publicados entre 1990 e 2017, e nas bases
de dados GOOGLE ACADÊMICO, SCIELO, BVS, PePSIC e PUBMED, através dos
descritores “Aprendizagem Humana”, “Teorias” e “Psicologia”. Os critérios para
18 Acadêmica do 4º Período do Curso de Graduação em Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: carol_caroline2@hotmail.com 19 Graduada em Gestão Escolar e Psicopedagogia pela Faculdade de Cuiabá/MT; Especialista em Saúde Mental e Atenção Psicossocial pela UNIR/RO; Mestre em Ciências da Saúde pelo IAMSPE/SP. Coordenadora do Curso de Psicologia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: rmv1000@yahoo.com.br
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pesquisa e seleção foram: produções que destacassem as contribuições da Psicologia
e de suas teorias para o entendimento dos processos de aprendizagem e seu percurso
de desenvolvimento teórico; estivessem em português ou inglês e constassem nas
bases de dados citadas acima. Foram excluídos livros e artigos que não se
relacionassem à temática escolhida.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O funcionamento do procedimento de aquisição e construção do conhecimento
nos seres humanos é objeto de investigações desde o Período Antigo. Ao longo dos
anos, pesquisas em várias áreas passaram por avanços técnicos e metodológicos,
culminando em fases de grande desenvolvimento das disciplinas (NATEL; TARCIA;
SIGULEM, 2013). Após o final do século XIX, a Psicologia, mantendo suas bases
filosóficas, se estabelece como ciência através de teóricos como Wilhelm Maximilian
Wundt (1832-1920) e Ernst Heinrich Weber (1795-1878), posteriormente se
configurando como um dos campos de estudo da aprendizagem (SCHULTZ;
SCHULTZ, 2005).
De acordo com Bigge (1977, p.3): “o homem não só quis aprender como
também, frequentemente, sua curiosidade o impeliu a tentar aprender como se
aprende”. Um traçado histórico acerca do assunto revela que definições do conceito
de aprendizagem emergem de estudos empiristas, ou seja, de investigações
baseadas na premissa de que o conhecimento provém da experiência e é validado
por ela, sendo o ato de aprender característica estruturante do psiquismo humano de
caráter intencional, dinâmico e atual (GIUSTA, 2013).
Dentre as teorias clássicas ligadas à aprendizagem, identificam-se três
principais correntes, que em maior ou menor grau, mantêm a definição da
aprendizagem voltada à experimentação: o Empirismo, cuja ênfase localiza-se no
aprendizado por experiência, o Construtivismo, que rompe com o reducionismo das
teorias que desconsideram a interação do sujeito com o objeto na construção do
conhecimento, e o Inatismo, que se baseia na valorização da hereditariedade do ser
humano (NATEL; TARCIA; SIGULEM, 2013).
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Uma notável manifestação dos princípios empíricos é evidente no alicerce das
teorias comportamentais como o Behaviorismo, abordagem sistemática surgida no
final do século XIX, contrária a introspeção e dotada de objetividade científica. Neste
caso, atribui-se à aprendizagem a ideia de mudança observável do comportamento
decorrente de pressões ambientais externas caracterizadas por estímulos e reações
mensuráveis (GIUSTA, 2013).
Em contraposição a esta característica epistemológica comportamentalista de
distanciamento dos processos mentais superiores e de ação do sujeito sobre o objeto,
desponta um forte posicionamento de reação à psicologia elementarista através da
consolidação da Gestalt, a partir do início do século XX. Teóricos gestaltistas
descreviam a aprendizagem como um processo caracterizado pela síntese
integradora maior que a mera associação de partes, analisando os fenômenos de
acordo com a experiência subjetiva e formulando leis para os universos perceptivos
sem desrespeitar a singularidade individual (GIUSTA, 2013).
Surge, ainda, o racionalismo próprio das abordagens de orientação biológica,
cuja proposição básica é a de que características essenciais para aprendizagem dos
organismos vivos estão programadas nos processos biológicos que ocorrem em uma
sequência de desenvolvimento maturacional ditada pela constituição genética.
Também se pode identificar a concepção piagetiana de construções cognitivas
resultantes do relacionamento consonante entre sujeito e objeto, formando uma
estrutura única, tanto ativa quanto passiva, organizada segundo o processo de
Equilibração (STERNBERG, 2000).
Além disso, Vigotski em suas proposições afirma que o processo de
aprendizagem não seria submisso ao desenvolvimento, nem somente paralelo, como
defendem os associacionistas. Sendo, na verdade, capaz de superar o
desenvolvimento promovendo alterações, o que pode ser identificado em:
[...] a aprendizagem não é, em si mesma, desenvolvimento, mas uma correta organização da aprendizagem da criança conduz ao desenvolvimento mental, ativa todo um grupo de processos de desenvolvimento, e esta ativação não poderia produzir-se sem a aprendizagem. A aprendizagem é um momento intrinsecamente necessário e universal para que se desenvolvam na criança essas características humanas não naturais, mas formadas historicamente. (VIGOTSKI, 2001, p. 115)
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Entre as áreas aplicadas que desempenham fundamental importância para o
estudo da aprendizagem humana estão a Psicologia Cognitiva e a Neuropsicologia,
cujas pesquisas destacam a relevância dos processos internos de nível mental e
neurobiológico para a consolidação do aprendizado e extração de sentido do ambiente
externo e colaboram para o avanço na compreensão do funcionamento cerebral
(EYSENCK; KEANE, 2017).
Outras contribuições podem ser identificadas quanto as definições de
aprendizado anteriormente limitadas aos termos de inteligência e eficiência e na
ampliação da abrangência do conceito de aprender que, agora, leva em conta, além
das estruturas cerebrais, fatores emocionais, de motivação e contextuais, destacando
a influência da significação subjetiva das experiências nos processos de assimilação,
reafirmada por pesquisas acerca das inteligências múltiplas e dos estilos de
aprendizagem (STERNBERG, 2000).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em contraposição à tese vigente durante a fase inicial de desenvolvimento da
Psicologia, período de dominância da prática psicométrica, avanços nas teorias
psicológicas possibilitaram um engrandecimento no conceito de aprendizagem. Esta
concepção perde a característica de habilidade exclusivamente mensurável e passa
a considerar aspectos da constituição do psiquismo humano, além de tomar caráter
de função central. O estudo do fenômeno da aprendizagem na Psicologia deve
configurar-se de tal forma que a variabilidade de abordagens não seja sinônimo de
fragmentação na compreensão deste processo cognitivo indispensável ao exercício
da condição humana, mas sim sua reconhecida contribuição.
REFERÊNCIAS
BIGGE, M. L. Teorias da aprendizagem para professores. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1977. EYSENCK, Michael W.; KEANE, Mark T. Manual de Psicologia Cognitiva. 7. ed. Artmed Editora, 2017.
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GIUSTA, A. da Silva. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação em Revista, v. 29, n. 1, 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-46982013000100003&lng= en&nrm=iso>. Acessado em 07 set. 2017. NATEL, Maria Cristina; TARCIA, Rita Maria Lino de; SIGULEM, Daniel. A aprendizagem humana: cada pessoa com seu estilo. Rev. Psicopedagogia, São Paulo, v. 30, n. 92, 2013. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862013000200008&lng=pt&nrm=iso>. Acessado em 07 set. 2017. SCHULTZ, Duane P.; SCHULTZ, Sydney Ellen. História da psicologia moderna. Editora: Pioneira, 2005. STERNBERG, Robert J. Psicologia Cognitiva. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. VIGOTSKII, L. S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VIGOTSKII, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 7. ed. São Paulo: Ícone, 2001.
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DESAFIOS DO ENFERMEIRO NO PROGRAMA: estratégia de saúde da família
Elâine Alves da Silva 20 Letícia Bündchen Alves Pereira 21
Wisleyne de Souza Lopes 22 Aline Alves de Souza23
Daniel Andrade Duizith24
RESUMO: A enfermagem vem ampliando, crescentemente o seu espaço de atuação na área da saúde e exerce papel fundamental na Atenção Básica, em especial, no programa Estratégia de Saúde da Família (ESF). O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica e busca verificar os desafios do enfermeiro nesta função. Com o desafio de gerir a equipe e as estratégias utilizadas, além de prestar a assistência de enfermagem, o enfermeiro encontra desafios, os quais vêm sendo superados com a educação permanente dos profissionais. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. ESF. Atenção Básica. SUS.
INTRODUÇÃO
A enfermagem vem ampliando, de maneira crescente o seu espaço de atuação
na área da saúde, tanto no contexto nacional quanto no cenário internacional
(BACKES et al., 2014).
Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), os profissionais da saúde, mais especificamente o profissional enfermeiro, ampliaram a sua atuação e inserção no campo comunitário e social. Essa prática foi ampliada ainda mais com as oportunidades oferecidas pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), a qual proporcionou maior visibilidade e se apresenta como um espaço aberto, sensível e flexível para a emancipação e transformação social (BACKES et al., 2014, p. 566).
20 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: elaine.medici.falcao@gmail.com 21 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: leticiabundchen@gmail.com 22 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: wisleynefernandes@gmail.com 23 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: line_liebe@hotmail.com 24Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil, Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil, Pós-Graduado em Traumatologia e Ortopedia com Ênfase na Clínica de Fisioterapia pela CBES. Professor dos Cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Psicologia e Odontologia da UNIJIPA - ATHENAS. Professor do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA. Professor do Curso de Fisioterapia da Faculdade São Paulo - FSP. Professor do Curso de Enfermagem da Faculdade Santo André - Ji-Paraná, RO. Coordenador do Curso de Fisioterapia da UNIJIPA – ATHENAS E-mail: fisioterapia@unijipa.edu.br
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A ESF tem suas origens no Programa Saúde da Família (PSF), oficializado em
1994. Constitui-se, portanto, uma estratégia de estruturação de um modelo
assistencial, no Brasil, com propostas de alavancar o SUS (PAULINO et al., 2012). A
ESF busca discutir e ampliar o tradicional modelo sanitário médico-curativista, para a
compreensão de uma abordagem coletiva, multi e interprofissional, centrada na
família e na comunidade, inserida em seu contexto real e concreto (BACKES et al.,
2014).
A partir da lógica do SUS, o cuidado de enfermagem é visto como prática
interativa, multidimensional e interdisciplinar, ou seja, como prática social que integra
uma rede de relações e associações comunitárias (BACKES et al., 2014). O
enfermeiro desenvolve importante papel, sendo um agente que contribui efetivamente
para a consolidação dessa estratégia como programa social (PAULINO et al., 2012).
A partir do exposto, este trabalho tem por objetivo, fazer uma reflexão quanto
ao papel que o profissional enfermeiro desenvolve no programa de Estratégia de
Saúde da Família (ESF) e os desafios encontrados no exercício de suas atribuições.
METODOLOGIA
No presente estudo realizou-se uma revisão bibliográfica. No mês de agosto de
2017, foi feita a seleção de artigos científicos, usando como ferramenta de busca o
site Google Acadêmicos. Foram empregadas as seguintes palavras-chave:
Enfermagem, ESF, Atenção Básica, SUS, PSF. Utilizou-se como critério de seleção
dos artigos, a forma elucidativa e expositiva que os conteúdos foram apresentados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A enfermagem se destaca e se diferencia pelo desenvolvimento de práticas
interativas e integradoras de cuidado, as quais vêm adquirindo uma repercussão cada
vez maior, tanto na educação e promoção da saúde, quanto no fomento de políticas
voltadas para o bem-estar social das famílias e comunidades (BACKES et al., 2014).
O enfermeiro tem na prática desenvolvida em unidades básicas de saúde
(UBS) o desafio de implementar o cuidado em enfermagem na construção de relações
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interpessoais de diálogo, escuta, humanização e respeito (ACIOLI et al., 2014) É
aquele que encaminha e otimiza as intervenções de cuidado em saúde de modo que
integre e contemple tanto os saberes profissionais quanto os saberes dos usuários
(BACKES et al., 2014).
Estes profissionais desenvolvem, no dia-a-dia, múltiplas atividades no campo
da assistência, da gerência e da educação/formação, ampliando as suas
responsabilidades, que associadas às dificuldades existentes e ao interesse em
proporcionar o bom andamento do serviço, sobrecarregam o seu cotidiano, tornando
o processo de trabalho algo estressante (VILLAS BÔAS et al., 2008).
O enfermeiro precisa conhecer as limitações no que diz respeito à prática educativa na ESF e por meio delas buscar alternativas para superá-las, de forma a desenvolver essa ação, que não deve ser considerada somente como uma atividade a mais a ser realizada nos serviços de saúde, mas principalmente como prática que alicerça e reorienta toda a Atenção Primária à Saúde (ROECKER; BUDÓ; MARCON, 2012, p. 648).
No espaço cotidiano, os enfermeiros se deparam com normas e regras
estabelecidas, e, muitas vezes, se envolvem na rotina das atividades técnicas e
burocráticas muito centradas em parâmetros quantitativos (VILLAS BÔAS et al.,
2008). Enfrentam diferentes entraves no desenvolvimento da educação em saúde
referente aos usuários, aos membros da equipe multiprofissional, aos gestores e à
insuficiência de recursos físicos, materiais e financeiros (ROECKER; BUDÓ;
MARCON, 2012). Além dessas questões, a gestão local de saúde delega ao
enfermeiro as atividades administrativas e burocráticas vinculadas ao trabalho de toda
equipe de saúde da ESF, e isso muitas vezes também distancia o profissional do
cuidado de enfermagem e da EPS (VIANA et al., 2015).
O caráter inovador da ESF evidencia desafios que se relacionam à necessidade
de definir as competências necessárias aos profissionais para o desenvolvimento do
seu trabalho, especialmente à prática educativa (VILLAS BÔAS et al., 2008).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se nas questões apresentadas, que o profissional enfermeiro vive um
desafio constante no que tange seu papel na ESF, com dificuldades relacionadas
desde à capacitação da equipe que este gerencia e recursos escassos até o
paradigma das atividades gerenciais o afastarem muitas vezes do cuidado, que é a
raiz da sua profissão.
Não há fórmulas prontas neste processo, existe o desafio diário de sistematizar
essa assistência, reaprender e capacitar-se diariamente para efetivamente exercer
seu papel na atenção básica de saúde.
REFERÊNCIAS
ACIOLI, Sonia; KEBIAN, Luciana Valadão Alves; FARIA, Magda Guimarães de Araújo; FERRACCIOLI, Patrícia; CORREA, Vanessa de Almeida Ferreira. Práticas de cuidado: o papel do enfermeiro na atenção básica. Revista Enfermagem UERJ, v. 22, n. 5, p. 637-642, 2014. BACKES, Dirce Stein; BACKES, Marli Stein; ERDMANN, Alacoque Lorenzini; BÜSCHER, Andreas; SALAZAR-MAIA, Angela Maria. Significado da prática social do enfermeiro com e a partir do Sistema Único de Saúde brasileiro. Aquichan, v. 14, n. 4, p. 560-570, 2014. PAULINO, Valquiria Coelho Pina; BEZERRA, Ana Lucia Queiroz; BRANQUINHO, Nayla Cecília da Silva Silvestre; PARANAGUA, Thatianny Tanferri de Brito. ações de educação permanente no contexto da estratégia saúde da família. Revista Enfermagem UERJ, v. 20, n. 3, p. 312-316, 2012. ROECKER, Simone; BUDÓ, Maria de Lourdes Denardin; MARCON, Sonia Silva. Trabalho educativo do enfermeiro na Estratégia Saúde da Família: dificuldades e perspectivas de mudanças. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 46, n. 3, p. 641-649, 2012. VIANA, Danuza Maria; ARAÚJO, Renata de Souza; VIEIRA, Rafaela Matos; NOGUEIRA, Caroline Amaral; OLIVEIRA, Valéria Conceição; RENNÓ, Heloiza Maria Siqueira. A educação permanente em saúde na perspectiva do enfermeiro na estratégia de saúde da família. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, v. 5, n. 2, p. 1658-1668, 2015.
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
VILLAS BÔAS, Lygia Maria de Figueiredo Melo; ARAUJO, Marize Barros de Souza; TIMOTEO, Rosalba Pessoa de Souza. A prática gerencial do enfermeiro no PSF na perspectiva da sua ação pedagógica educativa: uma breve reflexão. Ciência & Saúde Coletiva, v. 13, n. 4, p. 1355-1360, 2008.
DIABETES: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA COM VISTAS AO ENFRENTAMENTO DESTA PANDEMIA.
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
Tatiana Moreira de Almeida 25 Kamilla Desiére da Silva26 Daniel Andrade Duizith 27
RESUMO: Pode-se dizer que atualmente está acontecendo uma pandemia de Diabetes Mellitus (DM) no mundo. Essa doença crônica tem por característica o comprometimento do metabolismo da glicose, e se não tratada adequadamente, pode trazer complicações à saúde e comprometer a qualidade de vida do portador. Nesse trabalho de Revisão Bibliográfica, buscamos aprimorar nosso conhecimento sobre as características, formas de prevenção e tratamento do DM, doença que hoje tem tantos portadores numa escala mundial. Concluímos que é necessário que se invista em equipes multidisciplinares para o cuidado dos portadores, já que essa doença afeta a pessoa em vários âmbitos da saúde. PALAVRAS-CHAVE: Diabetes. Prevenção. Doença Crônica.
INTRODUÇÃO
Hoje ocorre uma pandemia de Diabetes Mellitus (DM) no mundo (MILECH, p.3,
2015-2016), se fazendo necessário obter o máximo de informação sobre esse
distúrbio que acomete tantas pessoas.
A Diabetes Mellitus tem várias classificações dentre elas DM1 (Diabetes
Mellitus tipo 1), DM2 (Diabetes Mellitus tipo 2), DM Gestacional (Diabetes Mellitus
Gestacional), que são descritas detalhadamente por Milech (p.13, 2009).
Ainda segundo Milech (p.10, 2009) “a melhor maneira de evitar esse distúrbio
é manter hábitos saudáveis ao longo da vida, procurando além de uma dieta alimentar
adequada, praticar atividade física com regularidade”.
Nesse contexto, este estudo tem o objetivo de esclarecer o que é o DM, as
formas de prevenção, concluindo que é de grande importância que seja realizado
trabalhos de promoção e prevenção junto à comunidade e também ações
interdisciplinares no cuidado da pessoa portadora de algum dos tipos de DM.
25 Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: tatianamdea@gmail.com 26Acadêmica do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: kamilladesiere@gmail.com 27 Professor Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA-Canoas/RS. Mestre em Saúde Coletiva ULBRA-Canoas/RS, Orientador do Curso de Biomedicina, Enfermagem e Farmácia. E-mail:duizith@yahoo.com.br
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METODOLOGIA
Trabalho científico realizado em forma de revisão bibliográfica, com base em
artigos científicos como o banco de dados da Scielo, utilizando o Google Acadêmico
e também em livros. Os descritores utilizados para pesquisa foram: diabetes mellitus,
pacientes diabéticos, tratamento para diabetes. Período de pesquisa entre os meses
de agosto e setembro de 2017.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O paciente/cliente portador de diabetes passou a ter direitos de cuidados à
saúde após a Constituição Federal, assim o paciente diabético tem garantido por lei
tudo o que se refere ao tratamento, como relata Ribeiro (p.9, 2012):
A partir da Constituição Federal de 1988, o consenso que define a saúde como um direito social que deve ser garantido a todos, por sua vez, pode ser atualmente aplicado para todo paciente com diabetes, pois ele tem o direito ao acesso gratuito aos insumos necessários para tratamento do diabetes, incluindo o automonitorização da glicemia.
Sabendo que hoje ocorre uma epidemia de Diabetes Mellitus (DM) no mundo,
(MILECH, p.3, 2015-2016), se faz necessário saber o máximo sobre esse distúrbio
que acomete tantas pessoas. Uma descrição clara do que é o DM e suas principais
consequências se encontra em Brasil (p.16, 2001):
O DM é uma síndrome de etiologia múltipla decorrente da falta de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos. Caracteriza-se por hiperglicemia crônica com distúrbios do metabolismo dos carboidratos, lipídeos e proteínas. As consequências do DM, a longo prazo, incluem disfunção e falência de vários órgãos, especialmente rins, olhos, nervos, coração e vasos sanguíneos.
O DM pode ser classificado como DM1, ou seja, Diabetes Mellitus tipo 1, que
se caracteriza como “[...] o resultado da destruição de células betapancreáticas com
consequente deficiência de insulina.” (MILECH, p.13,2009) e são de menor incidência.
O DM1 se subclassifica ainda como autoimune e idiopático que se caracteriza quando
a “destruição das células beta é mediada por autoimunidade, porém existem casos
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em que não há evidencias de processo autoimune, sendo, portanto, referida como
forma idiopática de DM1” (MILECH, p.13, 2009).
O DM2, que também é a forma mais incidente de diabetes, “caracteriza-se por
defeitos na ação e secreção da insulina.” (MILECH, p.13, 2009). Ainda segundo Milech
(p.14, 2009), há outros tipos específicos de diabetes mellitos, sendo esses tipos
menos comuns e de manifestações variadas, porém, identificadas, os quais incluem
alterações de base como defeitos genéticos na função das células beta, por exemplo.
E o DM ainda pode ser classificado como Diabetes Mellitus Gestacional, que
“Trata-se de qualquer intolerância à glicose, de magnitude variável, com início ou
diagnóstico durante a gestação.” (MILECH, p.16, 2009).
A melhor maneira de evitar esse distúrbio é praticar sempre hábitos
alimentares saudáveis e fazer exercício físico regularmente.
Há evidências de que alterações no estilo de vida, com ênfase na alimentação e na redução da atividade física, associam-se a acentuado incremento na prevalência de DM2. O programa de prevenção primaria do DM2 baseiam-se em intervenções na dieta e na pratica de atividades físicas, visando a combater o excesso de peso em indivíduos com maior risco de desenvolver diabetes. (MILECH, p.10, 2009).
“No contexto brasileiro, o Diabetes vem sendo considerado um problema social
e de saúde pública, uma vez que ameaça a qualidade de vida dos indivíduos nas
sociedades industrializadas e pós-industriais ” (SANTOS, p.10, 2014) Santos ainda
comenta que “o discurso dos profissionais da saúde demonstra que, para se conviver
com uma doença crônica é importante uma disciplina dos acometidos com relação ao
tratamento da enfermidade”.
Um dos problemas que merecem atenção no portador de diabetes é o pé
diabético, que se dá pela obstrução de oxigênio nas regiões periféricas. “Em relação
às suas complicações crônicas, o pé diabético constitui a causa mais frequente de
complicações, com uma alta taxa de amputação, internação prolongada e custo
hospitalar elevado em nosso meio ” (BRASILEIRO et al, p.12, 2005).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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O Diabetes atinge um grande índice de pessoas no mundo. Caracteriza-se
como uma doença crônica que pode ser diagnosticada em qualquer fase da vida,
tendo fatores predisponentes como: hereditariedade, obesidade, hábitos alimentares
inadequados, estresse e sedentarismo. Concluindo que é de grande importância que
seja realizado trabalhos de promoção e prevenção junto à comunidade e também
ações interdisciplinares no cuidado da pessoa portadora de algum dos tipos de DM, é
imprescindível que, diante dos argumentos expostos, todos se conscientizem de que
o diabetes é uma doença degenerativa e que deve ser adotado tratamento correto,
mantendo assim uma qualidade de vida, visando medidas preventivas e como lidar
com o paciente portador dessa patologia.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Diabetes e Hipertensão Arteiral Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus (DM): protocolo / Ministério da Saúde, Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Diabetes e Hipertensão Arterial. – Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área Técnica de Diabetes e Hipertensão Arteiral. Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus (DM): protocolo / Caderno 07- Brasília: Ministério da Saúde, 2001. BRASILEIRO, José Lacerda; OLIVEIRA, Wagner Tadeu Pereira; MONTEIRO, Leandro Borges; CHEN, Juliana; JUNIOR, Erasmo Lima Pinho, MOLKENTHIN, Sérgio; SANTOS, Maldonat Azambuja. Pé diabético: aspectos clínicos, J Vasc Br 2005;4(1):11-21. MILECH, Adolpho [et. Al.];Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) organização José Egidio Paulo de Oliveira, SérgioVencio - São Paulo: A.C Farmacêutica, 2016. MILECH, Adolpho [et.al.] Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes -2009- 3° ed.- Itapevi, SP. RIBEIRO, Glaucia da Silva Gomes. Custo do diabetes mellitus no sistema público de saúde brasileiro: Uma análise de políticas públicas de prevenção, educação e controle. São Paulo 2012.
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SANTOS, Wilka Barbosa, et al. Tua culpa, minha salvação: análise sociológica sobre um serviço secundário da rede SUS no contexto do diabetes. João Pessoa, 2014.
DOENÇA BACTERIANA EM RECÉM-NASCIDOS: UM ESTUDO BIBLIOGRÁFICO
SOBRE COQUELUCHE
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Letícia Bündchen Alves Pereira28 Wisleyne de Souza Lopes29
Larissa Stefany da Silva Oliveira30 Elâine Alves da Silva31
Alexandre Zandonadi Meneguelli32
RESUMO: As infecções bacterianas são comumente mais severas em recém-nascidos. A coqueluche é uma patologia que tem como agente etiológico a bactéria Bordetella Pertussi, e
apresenta risco para a saúde do recém-nascido, pois apresenta alta incidência em todo o país, atingindo grande parte da população. Nesse contexto, o presente trabalho revisou a literatura sobre o assunto, visando identificar os aspectos, sintomas e profilaxia dessas doenças. PALAVRAS-CHAVE: Bordetella. Neonatos. Bactérias. Tosse Comprida.
INTRODUÇÃO
A coqueluche, popularmente conhecida como tosse comprida, é uma doença
infecciosa aguda que possui elevado grau de transmissão, de notificação nacional
obrigatória, cuja característica principal são os acessos prolongados de tosse seca
(LIPHAUS; GONCALVES; CARVALHANAS, 2008). O agente causador dessa
enfermidade é a bactéria Bordetella pertussis (CODEÇO; LUZ; WERNECK, 2003). A
doença acomete órgãos do sistema respiratório, o homem é classificado como único
reservatório natural dessa bactéria (BRASIL, 2010). “A coqueluche, [...] é causa
importante de morbi-mortalidade infantil” (CODEÇO; LUZ; WERNECK, 2003, p. 1210),
os grupos mais suscetíveis ao acometimento da doença são: “Os recém-nascidos e
neonatos até 2 meses de idade que não receberam a vacina e as crianças que não
terminaram o esquema de quatro doses com a vacina DPT ou TETRA [...]” (LIPHAUS;
GONCALVES; CARVALHANAS, 2008, p. 5).
28 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: leticiabundchen@gmail.com 29 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: wisleynefernandes@gmail.com 30 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: larissastefany_oliv@gmail.com 31 Acadêmica Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná - UNIJIPA. E-mail: elaine.medici.falcao@gmail.com 32 Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco – UCDB, Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Especialista em Zoologia – FACIMED, Graduado em Ciências Biológicas – CEULJI-ULBRA. Professor do Ensino Superior da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Bolsista CAPES. Diretor do Instituto de Pesquisa e Educação de Rondônia – IPER. E-,ail: alexandre.meneguelli@unijipa.edu.br
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Este estudo teve por objetivo identificar os principais aspectos da coqueluche
nos recém-nascidos.
METODOLOGIA
Foi realizada uma revisão bibliográfica sobre a patologia coqueluche, visando
descrever os sintomas e profilaxia da mesma. Nos meses de março, abril e agosto de
2017, realizou-se a seleção de artigos científicos, usando como ferramenta de busca
o site Google Acadêmicos. Foram empregadas as seguintes palavras-chave: Recém-
Nascidos, Lactantes, Doenças Bacterianas, Coqueluche, Tosse Cumprida, Pertussis.
Utilizou-se como critério de seleção dos artigos, a forma elucidativa e expositiva que
os conteúdos foram apresentados. Os sites do Ministério da Saúde do Brasil e
DATASUS também foram utilizados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A coqueluche possui três fases distintas: 1) Fase Catarral, caracterizada por:
“[...] manifestações respiratórias e sintomas leves [...], seguidos pela instalação
gradual de surtos de tosse” (SILVA et al., 2010, p. 3), 2) Fase Paroxística, apresenta
ou não períodos de febre, paroxismo de tosse seca, sensação de asfixia e
aparecimento do guincho ruído característico da doença (BRASIL, 2010), e 3) Fase
de Convalescença, caracterizada pelo: “[...] desaparecimento dos guinchos com
persistência da tosse, que pode durar semanas ou meses.” (LIPHAUS; GONCALVES;
CARVALHANAS, 2008, p. 5). Nos Recém-Nascidos (RN) essas características podem
não estar presentes, dificultando assim o diagnóstico preciso, todavia, se um RN
apresentar tosse, a coqueluche deve ser sempre considerada como possível causa,
e o seu tratamento deve ser iniciado imediatamente, com o intuito de evitar maiores
danos ao portador (COSTA et al., 2006). A transmissão ocorre na fase catarral,
através do contato com gotículas de saliva infectadas (LIPHAUS; GONCALVES;
CARVALHANAS, 2008), “[...] na grande maioria dos casos a coqueluche é transmitida
dentro do domicílio, sendo os pais a principal fonte de contaminação.” (KFOURI;
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RICHTMANN, 2016, p. 16). O tratamento deve ser feito em ambiente hospitalar, uma
vez que o quadro clínico pode se agravar (GASPAR et al., 2016).
No ano de 2015, há incidência de 2.955 casos confirmados, dos quais 1.850
ocorreram em menores de 1 ano de idade, enquanto que até Junho de 2016 foram
1.314 casos confirmados, sendo que 179 em menores de 1 ano de idade (Tabela 1).
A grande quantidade de casos é decorrente da ausência da imunização primária
contra a coqueluche (BRASIL, 2016).
Tabela 1 – Distribuição dos casos confirmados de coqueluche, segundo o ano de ocorrência. Brasil, 2015 a 2016
Ano < 1 ano Total
2015 2.955 2.955
2016* 1.314 1.314
Total 7.798 7.798
Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) Dados Sujeito a Alteração. Legenda: * até junho/2016.
A principal e mais eficiente medida de prevenção contra a coqueluche, é a
vacinação, que se encontra disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) (BRASIL,
2016), mesmo que a taxa de imunização sendo ampla, ela não é permanente
(WILLEMANN et al., 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Coqueluche é uma doença que faz parte do cotidiano de grande parte das
famílias de Recém-Nascidos, representando risco eminente para a vida dos mesmos.
Indubitavelmente, a coqueluche necessita de atenção, tanto das autoridades em
saúde quanto dos familiares dessas crianças. Com o surgimento de qualquer sinal ou
sintoma, deve-se procurar ajuda especializada imediata, a fim de que o tratamento
tenha início com a maior brevidade possível, evitando assim, o agravamento no
quadro de saúde do neonato. A vacinação é o método profilático mais eficiente,
portanto, faz-se necessário um maior empenho das autoridades, para que através da
educação em saúde, as famílias tenham acesso às informações sobre os meios de
prevenção dessa patologia, e realizem todas as etapas do calendário vacinal existente
no Sistema Único de Saúde.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Doenças infecciosas e parasitárias: guia de bolso. 8. ed. rev. – Brasília: Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude. gov.br/bvs/publicacoes/doencas_infecciosas_parasitaria_guia_bolso.pdf> Acesso em: 19 de abr. de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico. Situação epidemiológica da coqueluche, Brasil, 2015. v. 47, n. 47, p. 1-9 – 2016. Disponível em: <HTTP://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/sete mbro/15/2016-025---Coqueluche-publica----o.pdf>. Acesso em: 20 de abr. de 2017. CODEÇO, Cláudia Torres; LUZ, Paula Mendes; WERNECK, Guilherme Loureiro. A reemergência da coqueluche em países desenvolvidos: um problema também para o Brasil?. Cad. Saúde Pública, v. 19, n. 4, p. 1209-1213, 2003. COSTA, Emília; BARBOSA, Telma; MARCELINO, Fernanda; CARVALHO, Carmen; MOREIRA, Helena Paula; LIMA, Rosa; DUARTE, Carlos; ROCHA, Herculano. Insuficiência Respiratória Fatal em Recém-Nascido. NASCER E CRESCER Revista do Hospital de Crianças Maria Pia, v. 15, n. 1, p. 21-23, 2006. GASPAR, Vera Lúcia Venancio; XAVIER, Emanuelle Ferreira; KASHIWABARA, Yoriko Bacelar; FERNANDES, Fernanda Lima. Coqueluche: revisão bibliográfica. Ciência e Saúde Revista Científica do HMC, v. 1, n. 2, p. 43-55, 2016. KFOURI, Renato; RICHTMANN, Rosana. Vacinação materna contra pertussis e influenza: Qual o conhecimento das mães sobre este tema?. SBIM , v. 9, n. 1, p. 13-18, 2016. LIPHAUS, Bernadete L.; GONÇALVES, Maria Inês Cappeletti; CARVALHANAS, Telma Regina Marques Pinto. Coqueluche: epidemiologia e controle. BEPA Boletim Epidemiológico Paulista, v. 5, n. 52, p. 3-8, 2008. SILVA, Lívia Kelly da; CARVALHO, Patrícia Gleyce Cardoso de; HOLANDA, Veridiana Maciel; SOUSA, Selônia Patrícia Oliveira; SERTÃO, Márcia Andrea Lial. Publicação Científica do Curso de Bacharelado em Enfermagem do CEUT. Observatório Epidemiológico, v. 16, n. 32, p. 1-6, 2010.
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WILLEMANN, Maria Cristina Antunes; GOES, Fernanda Caroline Silva; ARAUJO, Ana Catarina Melo, DOMINGUES, Carla Magda Alan Santos. Adoecimento por coqueluche e número de doses administradas de vacinas Pertussis:estudo de caso-controle. Epidemiol. Serv. Saúde, v. 23, n. 2, p. 207-214, 2014.
DOENÇAS NEUROLÓGICAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
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Ionara da Silva Leão33 Valdeane Souza Macedo34
Aline Alves de Souza35 Alexandre Zandonadi Meneguelli 36
RESUMO: As bactérias podem ser um fator de alto risco quando se trata do sistema neurológico, por ser uma parte do corpo sensível e de grande importância para a homeostase do organismo. Vários fatores e agentes etiológicos como o Mycobacterium leprae, Neisseria meningitidis e Clostridium tetani, podem levar a sérios problemas de saúde, seja direta ou indiretamente e assim trazendo complicações as quais chegam a ser fatais em casos graves. Essas doenças causadas por bactérias na maioria dos casos são infecto contagiosas, causadas também por falta de higiene, locais com pouco oxigênio e objetos contaminados. PALAVRAS-CHAVE: Meningite. Hanseníase. Tétano. Agente etiológico.
INTRODUÇÃO
O sistema nervoso apesar de ser bem revestido, ainda é suscetível a invasões
em seu meio por bactérias e causar danos às suas células. Pode-se citar como
doenças neurológicas causadas por bactérias a meningite, tétano e hanseníase.
A meningite bacteriana é uma inflamação nas meninges, uma membrana que
recobre o cérebro, sendo causada por vários tipos de bactérias. O seu
comprometimento na saúde pode ser grave, se não tratada de maneira adequada,
podendo então ser fatal. Esta infecção pode ser evitada com a vacinação.
O tétano é uma doença infecciosa, sendo transmitida por meio de ferimentos
na pele, contato com a terra ou objetos contaminados. Em casos mais graves a
doença pode ter comprometimento da musculatura e levar a morte. A sua prevenção
é pela vacina antitetânica.
33Acadêmica do Curso de Enfermagem na Faculdade Panamerica de Ji-Paraná-UNIJIPA (E-mail: ionara54op@gmail.com) 34Acadêmica do Curso de Enfermagem na Faculdade Panamerica de Ji-Paraná-UNIJIPA (E-mail: deanymacedo@gmail.com) 35Acadêmica do Curso de Enfermagem na Faculdade Panamerica de Ji-Paraná-UNIJIPA (E-mail: line_liebe@hotmail.com) 36 Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco- UCDB. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia, campus Rolim de Moura. Especialista em Zoologia, Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –FACIMED. Graduado em Ciências Biológicas Licenciatura pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – CEULJI/ULBRA. Professor do Ensino Superior na Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Diretor do Instituto de Pesquisa e Educação de Rondônia. IPER. Líder do Grupo de Pesquisa em Ciências da Saúde da UNIJIPA. E-mail: alexandrezandonadimeneguelli@gmail.com.br
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A hanseníase, após entrar no organismo irá se localizar na célula de Schwann
e na pele é de característica contagiosa conhecida também como Lepra, uma doença
que afeta o sistema neurológico, podendo dizer que é a única bactéria que cresce no
sistema nervoso periférico sobrevivendo as reações dos macrófagos. Causa
transtornos aos nervos a partir de respostas imunológicas (GROSSI, 2003, p.374).
Portanto, o estudo busca informar algumas das principais doenças que podem
afetar o sistema nervoso, acarretando vários malefícios aos quais podem ser fatais a
vida. Mostrando os aspectos morfológicos de seu agente etiológico, principais
sintomas, fatores de risco, dados epidemiológicos e abordar seu tratamento.
METODOLOGIA
O presente estudo é uma revisão bibliográfica sobre doenças neurológicas
causadas por bactérias. As pesquisas foram realizadas, utilizando como base o
Google Acadêmico e Scielo, de onde se selecionou treze artigos com abordagem
relevante sobre o tema e dois livros em língua portuguesa e inglesa, nos períodos de
1991 a 2015. As palavras-chave usadas para fazer a pesquisa foram: doenças por
bactérias, doenças neurológicas, hanseníase, meningite bacteriana, tétano, Neisseria
meningitidis, Haemophilus influenzae, Streptococcus pneumoniae, Listeria
monocytogenes, Clostridium tetani, Micobacteríum leprae e dados epidemiológicos.
Foram utilizados sites sendo eles: Ministério da Saúde, Secretaria de vigilância em
saúde e DATASUS.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES (DESENVOLVIMENTO)
A meningite bacteriana pode ser causada por vários agentes bacterianos,
podendo citar: a bactéria Neisseria meningitidis é de formato diplococo e gram-
negativo. A Haemophilus influenzae tipo B (Hib) é um cocobacilo, gram-negativo, sem
forma definida e pequeno. A Streptococcus pneumoniae é diplococo e gram-positivo.
Outra bactéria responsável pela meningite é a Listera monocytogenes, é um bacilo
“Gram-positivo pequeno com extremidades arredondadas e não produz esporos ou
cápsulas. ” (BARANCELLI, 2011, p. 155).
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A hanseníase causada pelo Micobacterium leprae que “apresenta-se sob a
forma de bacilo reto ou levemente encurvado, com extremidades arredondadas,
medindo aproximadamente de 1 a 8 mm de comprimento e 0,3 min de diâmetro”
(MACIEIRA, 2000, p.13).
O tétano é uma doença infecciosa, não transmissível de um indivíduo para
outro, pode ser prevenida por imunização. O tétano pode ser obtido através da
contaminação de ferimentos (acidental) ou do cordão umbilical (neonatal), podem
acometer recém-nascidos de dois a 28 dias de vida, filhos de mães não imunizadas,
em que a porta de entrada para a contaminação pode ser durante o parto ou após o
parto, pelo uso de substâncias contaminadas no coto umbilical. Necrose do coto,
corpo estranho, infecção secundária faz com que o bacilo do C. tetani produza as
toxinas e ocasione os sinais e sintomas da doença. (BRASIL, 2010, p.270).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em consideração os dados apresentados neste artigo de
característica informativa, se faz de grande importância o conhecimento de
determinadas patologias, sendo uma forma de prevenção. As doenças bacterianas
aqui apresentadas possuem contaminação por contato direto a secreções, sendo uma
dessas a meningite bacteriana que pode ser transmitida de um indivíduo para outro
por contato de saliva, como em beijos longos e compartilhamento de objetos pessoais
por longo tempo.
A Hanseníase também é transmitida de um indivíduo para o outro, por meio
das vias respiratórias pelas quais o indivíduo libera bacilos através de secreções
nasais, tosses ou espirros. O presente artigo também aborda patologias em que o
contágio não ocorre de um indivíduo para o outro, sendo um destes o tétano que pode
ser adquirido através da contaminação de ferimentos, a bactéria se aloja em
determinado local e entra no estado conhecido como “latência” devido a sua
característica anaeróbica, apenas apresentará prejuízo ao entrar em contato com
tecido onde está libera suas características patogênicas. É notável como o
entendimento das formas de contágio, características bacterianas e prevenção
facilitam a minimização das ocorrências destas patologias.
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REFERÊNCIAS
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PEREIRA, Sandra Valeria Martins. Revista Brasileira de Enfermagem, 2008. SANTOS, Andréia Soprani, et al. Fatores de risco para transmissão da Hanseníase. Revista Brasileira de Enfermagem, 2008 v. 61, n. (spe) p. 738-743. VIEIRA, Gabriel de Deus et al. Hanseníase em Rondônia: incidência e características dos casos notificados, 2001 a 2012. Epidemiol. Serv. Saúde. V. 23 n. 2 p. 269-275, 2014.
ESTUDO DE CASO: TRATAMENTO HOMEOPÁTICO NA DENGUE
Atilene de Souza37
37 Acadêmica de Biomedicina - 2º Período - UNIJIPA. E-mail: llennesouzza@hotmail.com
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Geziel de Jesus Fiorotte38 Naigila Tomaz Lima39
Rayssa Frankilaine Silva de Oliveira 40 Daniel Andrade Duizith41
RESUMO: A dengue é uma doença tropical, com até 100 milhões de casos a cada ano. Atualmente, não se dispõe de tratamentos específicos nem de uma vacina para a prevenção da doença, mas formulações homeopáticas são úteis como medidas de prevenção e tratamento para a dengue. No presente artigo são apresentados os resultados da aplicação profilática de medicamentos homeopáticos e explica que a utilização da homeopatia foi implantada facilmente, com um custo de financiamento condizente às condições socioeconômicas e culturais do país e contou com grande adesão da população. PALAVRAS-CHAVE: Medicamento. Homeopatia. Doença. Dengue.
INTRODUÇÃO
A dengue é um sério problema de saúde pública no mundo. A Organização
Mundial da Saúde (OMS), estima que 2,5 bilhões de pessoas – 2/5 da população
mundial – estão sob risco de contrair dengue e que ocorram anualmente cerca de 50
milhões de casos (BRASIL, 2017).
Segundo Martinez e Nunes, 2015, a dengue é uma doença tropical, com cerca
de 50 a 100 milhões de casos por ano. Ainda não há tratamentos específicos nenhuma
vacina para a prevenção da doença, mas os praticantes da medicina homeopática
sugerem que os medicamentos homeopáticos sejam eficazes como medidas
profiláticas e terapêuticas para a dengue.
No Brasil, a primeira epidemia documentada foi em 1981-1982, em Boa Vista (RR). Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de maneira continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos (NUNES, 2016).
De acordo com Nunes, 2016, o trato de epidemias com homeopatia foi iniciado
pelo próprio criador da homeopatia, o médico alemão Samuel Hahnemann, tornando-
38 Técnico em Química – IFRO. Acadêmico de Farmácia – 2º Período – UNIJIPA. E-mail: geziel.jf@gmail.com 39 Acadêmica de Farmácia – 2º Período – UNIJIPA. E- mail: naigilalima17@gmail.com 40 Técnica em Química – IFRO. Acadêmica de Farmácia – 2° Período – UNIJIPA. E-mail: rayssafrankilaine@gmail.com 41 Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil, ULBRA-Canoas/RS, Mestre em Saúde Coletiva, ULBRA-Canoas/RS, Professor e Orientador do Curso de Farmácia e Biomedicina.
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se particularmente popular nos Estados Unidos e na Europa no século XIX, devido ao
seu êxito no tratamento das epidemias da época.
O objetivo geral deste trabalho é ter uma revisão da literatura que identifique
estudos que investigaram medicamentos homeopáticos para o tratamento e a
prevenção da dengue e obtiveram resultados satisfatórios.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão da literatura, utilizando-se busca eletrônica de
publicações científicas nas seguintes bases de dados: Google Acadêmico, SciELO e
BVS (Biblioteca virtual em saúde). Foram utilizados os descritores "dengue" e
"homeopatia", baseados em artigos recentes (após 2007).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Considerando que a Homeopatia é reconhecida pela Organização Mundial da
Saúde, Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina (1980), Conselho Federal
de Farmácia (1991), Conselho Federal de Odontologia (2014), e seus medicamentos
são regulamentados pela Anvisa, será que a Homeopatia poderia ajudar no
tratamento contra a dengue? Praticantes da homeopatia sugerem que os
medicamentos homeopáticos têm ação curativa e preventiva em doenças epidêmicas
quando selecionados conforme o conjunto de sintomas peculiares à epidemia.
De acordo com Nunes, 2016, no ano de 2007 na cidade de Macaé/RJ foram
utilizadas fórmulas homeopáticas contendo Eupatorium perfoliatum, que cobre os
sintomas da dengue clássica, aliviando o mal-estar e as dores, Crotalus horridus, que
tem analogia sintomática com a SCD, e Phosphorus, que previne e trata fenômenos
hemorrágicos e tem tropismo hepático, todos na dinamização 30 cH.
Nunes, 2016, acrescenta que através da iniciativa da Secretaria Municipal de
Saúde, as aplicações das formulas homeopáticas tiveram resultados positivos,
diminuindo a intensidade dos sintomas e o período de duração da enfermidade,
proporcionando uma melhoria mais rápida do paciente, o mesmo ocorreu em São
José do Rio Preto, e foi aplicado em uma epidemia de dengue em Cuba, também com
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resultados positivos observados pela redução da duração do quadro febril e
diminuição da frequência de complicações, como choque hipovolêmico e
hemorragias.
Santos, Brina e Soares, 2012, explicam que o PRHOAMA (Programa de
Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposófica) do SUS de Belo Horizonte atuou
em 2008, apresentando à Gerência de Assistência da Atenção Primária (GEAS) uma
proposta de tratamento homeopático da dengue no surto localizado que se
apresentava. Três pacientes medicados no momento do atendimento reagiram com
uma notável melhora do estado geral entre 30 minutos a uma hora. Em dois pacientes
que fizeram profilaxia com medicação homeopática, observou-se um desenvolvimento
bem mais suave dos sintomas, de modo que não precisaram interromper suas
atividades rotineiras.
Houve também na cidade Vitória/Es a aplicação da homeopatia aos usuários
com dengue. A avaliação da eficácia foi feita através da mensuração da frequência,
intensidade e duração dos sintomas, ocorrência de manifestações hemorrágicas e
sinais de alarme (NOVAES; MACIEL; TRISTÃO, 2011).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em face do exposto dessa revisão literária, há evidências que indicam a
homeopatia, para a prevenção ou o tratamento da dengue, pois os estudos realizados
em diferentes municípios e publicados até então apresentam satisfatória qualidade de
ordenação e sistematização. No entanto, as medidas preventivas usuais e já bem
estabelecidas não devem ser substituídas por formulações homeopáticas, pois a
prevenção do vetor da dengue é de extrema importância para a erradicação da
doença.
Não encontramos evidências suficientes para indicar somente a homeopatia,
seja para a prevenção ou para o tratamento da dengue, pois estudos publicados até
então não apresentaram argumento suficiente que justifique a recomendação. Cremos
que a homeopatia deve ser combinada com as medidas preventivas usuais da
medicina alopata.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância e Saúde. Dengue. 2017. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/dengue>. Acesso em: 21 ago. 2017.
MARTINEZ, Edson Zangiacomi; NUNES, Altacilio Aparecido. A homeopatia na prevenção e tratamento da dengue: uma revisão. 4. ed. Rio de Janeiro: Scielo, 2015. 22 p. 22 v. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2014000400321#B01>. Acesso em: 20 ago. 2017. NOVAES, Ana Rita; MACIEL, Ethel I.; TRISTÃO, Ricardo S.. Avaliação da eficácia da homeopatia na dengue em Vitória, ES. Revista de Homeopatia, São Paulo, v. 3, n. 74, p.05-05, maio 2011. Semestral. Disponível em: <http://www.aph.org.br/revista/index.php/aph>. Acesso em: 21 ago. 2017. NUNES, Laila A. de Souza. Experiência de Macaé/RJ com homeopatia e dengue, 2007-2012. Revista de Homeopatia, São Paulo, v. 79, n. 1/2, p.1-16, 2016. Semestral. Disponível em: <http://aph.org.br/revista/index.php/aph/article/view/368/409>. Acesso em: 20 ago. 2017. SANTOS, Claudia Prass; BRINA, Nina Teresa; SOARES, Iracy Aparecida Ansoloni. Relato de experiência do uso de medicamentos homeopáticos para profilaxia de dengue em Belo Horizonte- MG. Revista de Homeopatia, São Paulo, v. 4, n. 75, p.1-12, mar. 2012. Semestral. Disponível em: <www.aph.org.br/revista/index.php/aph/article/view/252/319>. Acesso em: 21 ago. 2017.
GNOMOS DA LIMPEZA: LAVAGEM DAS MÃOS CONTRA OS INVISÍVEIS
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Luan Antônio Luz 42 David Guedes Borchart 43
Leandro Domingos Cleres 44 Acassio dos Santos Almeida 45
Emanoela Maria Rodrigues de Souza46
RESUMO: Higienização das mãos (HM) é a medida mais simples e efetiva e de menor custo no controle das infecções relacionadas à assistência à saúde. A utilização simples de água e sabão pode reduzir a população microbiana presente nas mãos e, na maioria das vezes, interromper a cadeia de transmissão de doenças. O Artigo visa demostrar a importância da lavagens das mãos e a técnica de lavagem das mãos que foi implantada de uma forma lúdica, para crianças do pré 1 e 2 da Creche Cantinho do Céu. PALAVRAS-CHAVE: Higienização das mãos, Controle de infecção.
INTRODUÇÃO
A lavagem das mãos é uma prática de assepsia simples que continua sendo a
principal forma de prevenir e controlar as infecções, sem ônus significativos para as
instituições, além de gerar benefícios extensíveis àqueles envolvidos no processo de
cuidado, devendo configurar-se como um hábito que todos os profissionais de saúde
devem realizar antes e depois de qualquer procedimento, seja ele invasivo ou não.
A importância da higienização das mãos na prevenção da transmissão das
infecções hospitalares é baseada na capacidade da pele para abrigar microrganismos
e transferi-los de uma superfície para a outra, por contato direto, pele com pele, ou
indireto, por meio de objetos.
A microbiota normal da pele é dividida em residente e transitória e esta
classificação é essencial para o entendimento da cadeia de transmissão dos agentes
infecciosos (SANTOS; GONÇALVES,2002).
A microbiota residente, é composta por elementos que estão frequentemente
aderidos nos estratos mais profundos da camada córnea, formando colônias de
42 Acadêmico do 6º Período do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: luanantonio3@hotmail.com 43 Acadêmico do 6º Período do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: davidborchart.jipa@gmail.com 44 Acadêmico do 6º Período do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: Leandro_turco@hotmail.com 45 Acadêmico do 6º Período do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: acassioro_@hotmail.com 46 Bacharel é licenciada em Enfermagem pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e Mestre em Ciências da Saúde pela UNIR. E-mail: emanoelamrs@gmail.com
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microrganismos que se multiplicam e se mantêm em equilíbrio com as defesas do
hospedeiro. Os componentes mais comuns desta microbiota são os Staphylococcus
coagulase negativo, micrococos e certas espécies de corinebactérias (SANTOS;
GONÇALVES, 2009).
A microbiota transitória, é composta por microrganismos que se depositam na
superfície da pele, provenientes de fontes externas, colonizando temporariamente os
extratos córneos mais superficiais. Normalmente é formada por bactérias Gran
negativas, como enterobactérias, Pseudomonas, os microrganismos que compõem a
microbiota transitória também se espalham com mais facilidade pelo contato e são
eliminados com mais facilidade pela degermação com agentes anti-sépticos
(SANTOS; GONÇALVES, 2009).
METODOLOGIA
O delineamento dos estudos foi baseado em um projeto realizado no Centro
de Educação Infantil Cantinho do Céu, Rua Curitiba n° 2227 c/ T-19- Bairro Nova
Brasília, com o total de 164 crianças, no dia 23/05/2017, A dinâmica é um ponto
positivo, os acadêmicos tiveram um contato com as crianças e puderam colocar em
prática a técnica da lavagem das mãos brincando com materiais como: Balões com
frases da higienização das mãos, tinta, sabonete e água, deixou o público e o
ambiente muito mais interessante, ao som de músicas didáticas infantis sobre
lavagem das mãos. O presente artigo é composto por material eletrônico e classificado
como um estudo qualitativo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES (DESENVOLVIMENTO)
Em um primeiro contato com as crianças, foi realizado uma pequena dinâmica
com perguntas e repostas referente à higienização das mãos em um ambiente onde
todas as crianças estavam sendo abordadas, Tais perguntas como:
Vocês sabem por que devemos lavar as mãos e qual a importância?
Nas nossas mãos se alojam germes, microrganismo e pode ser contagioso
para outro coleguinha sabiam?
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Vocês acreditam que se lavarem as mãos, vocês estarão contribuindo com a
saúde de vocês e dos coleguinhas?
Com o término das perguntas os acadêmicos cantaram uma paródia com
participação das crianças que entraram juntas na animação, balões com frases da
importância da lavagem das mãos foram estourados pelas crianças voluntárias da
plateia.
Em um segundo momento foi-se colocado em prática a técnica de lavagem das
mãos, na qual as crianças foram separadas em: meninos e meninas encaminhados
aos banheiros feminino e masculino para iniciação da prática.
Antes de entrarem no banheiro, com tinta atóxica as crianças pintaram as mãos
de tinta com auxílio de um acadêmico, que representa os microrganismos na pele logo
após, com um cartaz papel madeira, e com as mãos pintadas de tinta as crianças
pressionaram as mãos no cartaz, que ficou exposto para as crianças.
Todas as crianças foram orientadas particularmente sobre como realizar a
técnica de lavagem das mãos de forma correta, sempre as orientando a realizar o
procedimento entre as refeições e atividades diárias em seu cotidiano.
Figura 1 –Técnica para lavagem das mãos
Fonte: Libanês (2013).
A técnica realizada de forma simples e bem-feita é fundamental para se colocar
em prática no dia a dia das crianças, ao saírem dos banheiros receberam uma toalha
de mão personalizada com título do projeto e dos patrocinadores, um acadêmico em
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cada banheiro realizou a distribuição das tolhas de mão, foram confeccionadas um
total de 170 tolhas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A simples higienização com água e sabonete pode interromper esse ciclo,
eliminando os microrganismos e diminuindo o risco de verminoses e também de outras
doenças intestinais causadas por protozoários. As crianças da creche foram
orientadas quanto a técnica correta, o principal objetivo foi fazer com que lavem as
mãos durante suas atividades, reduzindo assim qualquer risco de infecção
relacionado a lavagem das mãos.
Os acadêmicos buscaram a melhor maneira de transmitir a técnica correta da
lavagem das mãos, e de forma lúdica, as dinâmicas e brincadeiras foram alvo de cada
olhar das crianças voltado aos acadêmicos.
As crianças participaram de todas as atividades, felizes e com o sorriso no rosto
foi o que cada acadêmico recebeu por esse privilégio de promover a saúde, e a
satisfação do resultado, foi motivadora.
REFERÊNCIAS
SANTOS, MS; GONÇALVES, F.M.S. LAVAGEM DAS MÃOS NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR: um estudo sobre a execução da técnica. 2009. Disponível em: https://www.unilestemg.br/enfermagemintegrada/artigo/v2/Fernanda_santos_e_Virginia_goncalves.pdf Data de acesso:29/10/2017 SANTOS, A.A.M. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO CONTROLE DAS INFECÇÕES EM SERVIÇOS DE SAÚDE: 2002. Disponível em: file:///D:/Downloads/ARTIGORAS15.pdf
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INFECÇÃO DO SÍTIO OPERATÓRIO: uma revisão integrativa da literatura
Olga Andrade Gomes47 Rejeane Carpanini Mota Silva48
Rosenilde Pereira Rulnix49 Alexandre Zandonadi Meneguelli50
RESUMO: A Infecção do Sítio Cirúrgico/Operatório (ISC) é uma das principais infecções relacionadas à assistência à saúde no Brasil, ocupando a terceira posição entre todas as infecções em serviços de saúde e compreendendo 14% a 16% daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. O presente estudo utiliza como método a revisão integrativa da literatura, foram seguidas as seguintes etapas: definição do tema a ser pesquisado, questão norteadora, estabelecimento de critérios para a escolha das publicações, busca na literatura, tabulação de dados, e apresentação dos resultados obtidos. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Infecção da ferida operatória. Infecção do sítio cirúrgico.
INTRODUÇÃO
As Infecções em Sítio Cirúrgico (ISC) podem ser definidas como processos
infecciosos que acometem tecidos, órgãos e cavidades que surgem em
procedimentos cirúrgicos. São consideradas uma complicação intrínseca ao ato
cirúrgico, sendo necessário um amplo empenho para mantê-las sob controle (BRASIL,
1998).
A infecção do sítio cirúrgico ocorre após a cirurgia no local onde o procedimento
foi realizado, nos primeiros 30 dias após a cirurgia ou até um ano se houver colocação
de prótese. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), os
seguintes sintomas clínicos podem ser observados durante o processo de surgimento
47 Acadêmica do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: olgaandrade3@hotmail.com 48Acadêmica do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: davirejeane.jp@hotmail.com 49 Acadêmica do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: rosirulnix@hotmail.com 50 Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco- UCDB. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia, campus Rolim de Moura. Especialista em Zoologia, Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –FACIMED. Graduado em Ciências Biológicas Licenciatura pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – CEULJI/ULBRA. Professor do Ensino Superior na Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Diretor do Instituto de Pesquisa e Educação de Rondônia. IPER. Líder do Grupo de Pesquisa em Ciências da Saúde da UNIJIPA. E-mail: alexandrezandonadimeneguelli@gmail.com.br
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da infecção tais como: presença de secreção purulenta envolvendo o local da incisão
ou coleções purulentas de órgão ou cavidade; microrganismos isolados obtidos de
culturas de fluidos ou tecidos procedentes da incisão ou do órgão/cavidade; sinais
flogísticos locais (dor, calor, rubor) deiscência espontânea da incisão e/ou abertura
deliberada da incisão pelo cirurgião; além de realização de exames para diagnóstico
de infecção, de acordo com o local afetado, pelo cirurgião ou médico assistente
(BRASIL, 2009). Nesta perspectiva cabe aos profissionais enfermeiros, tomar
algumas medidas preventivas inerentes a eles, como a correta higienização das mãos,
antissepsia adequada do campo cirúrgico e seguimento dos pacientes pós-cirúrgicos
até 30 dias.
Estudos realizados por Santana e Brandão (2009), apontam que a assistência
de enfermagem, na prevenção de ISC, por menor que seja o procedimento cirúrgico,
evita a infecção hospitalar cruzada, reduz o tempo de internação e gastos, ameniza a
dor, promove rápida recuperação e aumenta a sobrevida do paciente. Dentre as
infecções hospitalares no Brasil, a infecção de sítio cirúrgico ocupa a terceira posição
entre os pacientes hospitalizados, cerca de 10% a 16%.
Este trabalho teve por objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura
sobre a Infecção do Sítio Operatório/Cirúrgico e identificar os fatores que podem estar
associados ao desenvolvimento de infecções (BRASIL, 2008).
METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de uma revisão integrativa da literatura. Para
a elaboração da presente revisão integrativa foram seguidas as seguintes etapas:
escolha do tema a ser pesquisado, definição da questão norteadora e os objetivos da
pesquisa, estabelecimento de critérios para a escolha das publicações, busca na
literatura, apresentação e discussão dos resultados obtidos. Foi formulada a seguinte
questão norteadora: o que foi produzido na literatura sobre infecção do sítio
operatório/cirúrgico. A busca pelas publicações ocorreu nos meses Julho e Agosto de
2017 nas seguintes bases de dados: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO),
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências (LILACS) e periódicos online.
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Optou-se por estas bases de dados e sites especializados por serem reconhecidos
pela comunidade acadêmica dos obtidos.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As feridas cirúrgicas são classificadas segundo seu potencial de contaminação:
feridas limpas têm reduzido potencial de infecção, ocorrem em tecidos estéreis;
feridas potencialmente contaminadas afetam tecidos colonizados por flora microbiana
controlada ou tecidos de difícil descontaminação, havendo penetração nos tratos
digestivo ou urinário sem contaminação significativa; feridas contaminadas são
aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por
flora bacteriana abundante; feridas infectadas são todas as intervenções cirúrgicas
realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso e/ou
tecido necrótico (BRASIL, 1998).
Petter et al, (2013), em seus estudos evidenciaram que múltiplos fatores podem
contribuir para o aumento do risco de ISC dos fatores relacionados ao paciente, muitos
não podem ser modificados. Como exemplos de fatores de risco podem-se citar
extremos de idade, estado nutricional prejudicado, diabetes, obesidade, tabagismo,
imunossupressão, infecção em outro sítio e má higiene cutânea.
Com base no exposto acima é possível perceber que os cuidados do
profissional enfermeiro se tornam importantes na prevenção e cuidados das infecções
que podem ocorrer no sítio operatório. Na presente revisão integrativa de literatura,
analisaram-se 7 artigos que atenderam aos critérios de inclusão previamente
estabelecidos, a tabela 01 contém a quantidade de publicações analisadas e
selecionadas quanto à base de dados pesquisada. Na base de dados SCIELO foram
encontrados 4 artigos seguindo os critérios de inclusão pré estabelecidos, destes 02
foram selecionados, na LILACS e 1 periódicos online na internet foi selecionado. Com
relação à análise dos artigos, as revisões integradas da literatura abordaram uma
síntese do que foi encontrado na literatura seguindo os critérios de inclusão e exclusão
proposto por cada artigo, em sua maioria os artigos selecionados apresentaram as
definições de ISC, e apontaram medidas preventivas que podem ser tomadas para
evitar o surgimento das referidas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar um procedimento cirúrgico, por menor que ele seja, há o
rompimento da defesa da pele, deixando exposta uma janela de entrada para
microrganismos, com base nos estudos realizados nota-se que as infecções do sítio
cirúrgico/operatório surgem alguns dias após a realização do procedimento cirúrgico,
e alguns sintomas podem surgir no local da cirurgia (dor, secreção, edemas entre
outros) deixando visível que um processo infeccioso começa a se manifestar. Estudos
apontam que dentre as infecções hospitalares no Brasil, a infecção de sítio cirúrgico
ocupa a terceira posição entre os pacientes hospitalizados, e elevam os custos
hospitalares do paciente.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Sítio Cirúrgico Critérios Nacionais de Infecções: relacionadas à assistência à saúde. 2009. 19 p. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/manuais/criterios_nacionais_ISC.pdf. Acesso em: 20 de agosto de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Curso Básico de Controle de Infecção Hospitalar. 2008. 84 p. Disponível em: http://www.ccih.med.br/Caderno%20C. Pdf. Acesso em: 20 de agosto de 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2.616, de 12 de maio de 1998. Diretrizes e Normas para a Prevenção e Controle das Infecções Hospitalares. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. 13 de maio de 1998, seção 1. Brasília (DF). 1998. 8 p. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html. Acesso em: 16 de agosto de 2017. PETTER, C. E; FARRET, T. C. F; SCHERER, J. S; ANTONELLO, V. S. Fatores relacionados a infecções de sítio cirúrgico após procedimentos obstétricos. Scientia Medica, v. 23, n. 1, 2013. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/. Acesso em: 20 de agosto de 2017.
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SANTANA, T. G; BRANDAO, C. L. Assistência de Enfermagem na Prevenção de Infecção do Sítio Cirúrgico, Rev. Atualiza Saúde. São Paulo, v. 3, n.1, p. 1-4, 2009. Disponível em: http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2015/01/assistencia-de-enfermagem-na-prevencao-de-infeccoes-de-sitio-cirurgico-uma-revis%c3%83o-integrativa-da-literatura-revista-atualiza-saude-n1-v1.Pdf. Acesso em: 15 de agosto de 2017.
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LESÕES CAUSADA PELO VOLEIBOL NO OMBRO
Jairo Pinheiro Maciel 51
Willian Tsuyoshi Meguro 52 Wesley Relvas3
Daniel Andrade Duizith 4
RESUMO: no voleibol o movimento da articulação glenoumeral é bastante exigido (saque,
manchete, levantamento e cortada) a energia envolvida é bastante elevada o que afeta e ultrapassa os limites fisiológicos desta articulação, podendo resultar na famosa tendinite do manguito rotador, devido movimentos repetitivos. O objetivo deste trabalho foi realizar uma ampla revisão bibliográfica com intuito de reunir numa única pesquisa artigos atualizados sobre a correlação das dores no ombro em atletas que praticam voleibol. Ao final da pesquisa foi observado que tratamento conservador foi priorizado na grande maioria das pesquisas sendo solicitado o tratamento cirúrgico apenas quando o primeiro foi ineficiente. PALAVRAS-CHAVE: Ombro. Voleibol. Atletas, Lesões.
INTRODUÇÃO
O ombro é considerado uma articulação complexa, constituída por cinco
articulações separadas: glenoumeral, esternoclavicular, acromioclavicular
coracoclavicular, e escapulotorácica. Cada uma dessas articulações possui
amplitudes e movimentos específicos, sendo limitados por suas estruturas ósseas,
ligamentares, capsulares, tendinosas e musculares. Este complexo articular
trabalhando sicronicamente, permite aos membros superiores grandes amplitudes de
movimentos, sendo no corpo humano a articulação de maior mobilidade e também a
mais instável devido exatamente a este grande grau de mobilidade existente.
(GHORAYYEB et al, 1999; HALL,2000; HIRSCHFELD,1190).
51Jairo Pinheiro Maciel Graduando no segundo período do curso de fisioterapia na faculdade pan-americana de Ji-Paraná. 52 Tsuyoshi Meguro graduando no segundo período de fisioterapia na faculdade pan-americana de Ji-Paraná. 3 Wesley Relvas graduando no segundo período de fisioterapia na faculdade pan-americana de Ji-Paraná. 4 Graduado pela Universidade Luterama do Brasil, ULBRA/Canoas-RS, Mestardo em Saúde Coletiva, ULBRA/Canoas-RS, Professor e Orientador do Curso de Fisioterapia da Faculdade Pan-Americana de Ji-Paraná, UNIJIPA/RO.
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É neste momento que os músculos passam a ter um papel fundamental de
estabilidade, garantindo a integridade da articulação e minimizando a sua
degeneração (HALL,2000).
O manguito rotador é formado pelos músculos subescapular, supraespinhal,
infra-espinhal, e redondo menor. Trabalha como unidade combinada para estabilizar
a cabeça do úmero na cavidade glenóide aumentando, assim, a estabilidade e
resistindo ao deslizamento e a translação da mesma no sentido anteroposterior e
ínfero superior (ANDRADE et al., 2004; MOORE, 1990; WEINECK,1990).
A participação de atletas em esportes competitivos nos mais variados níveis
tem ganhado um número cada vez maior de adeptos em todas as faixas etárias. Este
fato tem sido relacionado ao aumento do número e dos tipos de lesões
musculoesqueléticas encontradas (LAURINO et al.,2000; HALL,2000).
O presente estudo teve como objetivo geral prevenir lesões causadas pelo vôlei
na articulação do ombro.
METODOLOGIA
O presente estudo possui delineamento de revisão bibliográfica realizada no
período de setembro de 2017, pesquisadas em palavras chave: Paralisia, Bell, Face,
baseadas em publicações de artigos científicos, entre os anos de 2007 a 2017, nos
bancos de dados da Scielo e Google Acadêmico.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA OU DISCUSSÕES (DESENVOLVIMENTO)
O treinamento inadequado na prática esportiva levam o atleta a ter um
desenvolvimento de alterações estruturais que sobrecarregam determinadas partes
do corpo mais do que a outra, sendo por fraqueza muscular tendinosa e ligamentar
levando assim ao desenvolvimento de lesões esportivas. Muitas destas lesões podem
ser causadas pelo desgaste crônico os quais são decorrentes de movimentos
repetitivos que afetam os tecidos suscetíveis (PIRES et al.,2009).
O atleta de auto nível, imerso nos paradigmas competitivos, não utiliza o
esporte como meio especifico de melhorar a saúde mais sim para tornar-se um
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profissional do esporte sujeito a todas as demandas que um profissional altamente
exigido de qualquer outra área de atuação apresentam. Essas podem passar por
estresse e ansiedade desenvolvimento de lesões por esforço repetitivo típicas das
exigências motoras das modalidades esportivas, lesões por estresse, fadiga etc.
(BRINEN E KACMAR,1997).
O esporte do atleta de alto nível sendo usado em grande parte, de forma
mecânica e o prazer de jogar muitas vezes são substituídos por necessidades dos
resultados imposto pela torcida, pelo calendário competitivo, pela mídia, pelo clube, e
pelos patrocinadores. Para sobreviver a este quadro de exigência, o atleta necessita
de uma grande dose de esforço e sacrifício. A queixa de dor nos ombros é frequente
em várias modalidades esportivas, como voleibol, judô, e ginástica olímpica, a lesão
inflamatória mais comum no voleibol é a tendinite do manguito rotador, a grande
incidência dessa lesão é acarretada pela própria exigência do esporte, que obriga os
atletas a uma carga excessiva de treinos, o motivo é que os atletas realizam uma
rotação externa e interna do ombro no saque e na cortada constantemente (BRINEN
E KACMAR,1997).
Sabendo-se disso e de que as lesões levam à interrupção ou limitação da
atividade esportiva durante algum tempo ou até permanentemente pensando nisso é
observado um grande número de atletas do voleibol que sofrem de dor no ombro e
que não pode afastar da equipe por um longo período (SMITH; WEISS; LEHMKUHL,
1997, p. 259).
A região do ombro é formada por 20 músculos, 3 articulações ósseas, e 3
articulações funcionais que permitem a maior mobilidade do nosso corpo em relação
as demais regiões, ocorrendo aproximadamente 180 graus de flexão, abdução e
rotação e 60 graus de hipertensão e as partes ósseas que participam destes
movimentos são: esterno, clavícula, costelas, escapula e úmero (SMITH; WEISS;
LEHMKUHL, 1997, p. 259).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prática do voleibol se manifesta através de uma série de movimentos
complexo, solicitados e executados de forma rápida e com explosão muscular.
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Portanto, trata-se de um esporte no qual é necessário aperfeiçoar as várias
capacidades físicas envolvidas na sua prática e de forma satisfatória, a fim de
preservar a integridade física de seus praticantes evitando consequentemente de uma
séries de lesões.
A maior preocupação muitas vezes não está relacionada a atletas profissionais
que defendem a grandes clubes de voleibol do Brasil e do mundo, esses atletas
possuem umas estruturas de treinamento de profissionais envolvidos nas variáveis
que envolvem a prática esportiva que otimiza ao máximo o seu rendimento esportivo
com um controle sobre a possibilidades de lesões e quando ocorrem as lesões os
departamentos médicos e de fisioterapia é especializado, tratando de forma correta e
eficaz a lesão promovendo a recuperação em pouco tempo e de maneira correta.
REFERÊNCIAS ANDRADE, R., CORREA FILHO, M., QUEIROZ, B. Lesões do manguito rotador. Rev Bras Ortop, vol. 39, n. 11/12, nov/dez 2004. BRINER JUNIOR, W., KACMAR, L. Common injuries in volleyball. Sports Medicine. v. 24, n.1, p. 65-71p, 1997. GAERTNER, G. Psicologia somática aplicada ao esporte de alto rendimento. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Engenharia de Produção. Florianópolis. 2002. LAURINO, C., LOPES, A., MANO, K., COHEN, M., ABDALLA, R. Lesões músculo-esqueléticas no atletismo. Rev Bras Ortop. vol. 35. n. 9. set 2000. PIRES, L. M. T., BINI, I. C., FERNANDES, W. V. B., et al. Lesões no ombro e sua relação com a prática do voleibol - Revisão da Literatura. Revista Cientifica Internacional, Curitiba, 01 dez. 2009.
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MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO SERVIÇO DA SAÚDE COM AÇÕES DE
CONTROLE DA TUBERCULOSE
Marcela de Fátima Barbosa Carvalho53 Tamiris Vieira Conzatti54 Monique Lara Holanda55 Daniel Andrade Duizith56
RESUMO: A descentralização das ações de controle da tuberculose para a ação primária à saúde, vem desenvolvendo a reorientação da prtica do trabalho em equipe de saúde. O monitoramento e a avaliação em saúde são ferramentas que requerem gestão e de gerenciamento do sistema e serviço de saúde. E com isso o Sistema Único de Saúde (SUS) tem um pacto pela vida, e para ter um monitoramento e uma avaliação adequada temos que supervisionar. PALAVRA-CHAVE: Tratamento Diretamente Observado. Atenção Primária. Saúde da Família.
INTRODUÇÃO
O Brasil em 2006 ocupou 16º lugar entre 22 países com maior taxa de
infectados por Tuberculose (TB) notificada pelo mundo inteiro, mesmo que a cura para
a TB seja passível ainda ocorreu cerca 5,1% de casos diagnosticados no país que
chegou ao óbito e o percentual de cura foi de 77% e a taxa de abandono gira em torno
de 9% no ano de 2006 (FIGUEIREDO; VILLA et al., 2009), esses dados representam
um grande desafio para o Brasil. Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), a TB
53Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Panamericanade Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: marcelacarvalho1997@gmail.com 54 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Panamericanade Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: tamiris_conzatti@hotmail.com 55Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Panamericanade Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: mrondonjp@gmail.com 56Possui graduação em fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil (2004). Atualmente é Coordenador do Curso de Fisioterapia da UNIJIPA - ATHENAS. Professor dos Cursos de Fisioterapia, Enfermagem, Psicologia e Odontologia da UNIJIPA - ATHENAS. Professor do Curso de Fisioterapia do CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ (CEULJI/ULBRA). Professor do Curso de Fisioterapia da Faculdade São Paulo - FSP, Rolim de Moura, RO. Professor do Curso de Enfermagem da Faculdade Santo André - Ji-Paraná, RO. Experiência na área de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, com ênfase em Traumatologia e Ortopedia, atuando principalmente nos seguintes temas: Fisioterapia, Serviço Social, Saúde, Educação, Interdisciplinaridade e Reabilitação. Pós-Graduação em Traumatologia e Ortopedia com Ênfase na Clínica de Fisioterapia, CBES (2006). Mestrado em Saúde Coletiva pela Universidade Luterana do Brasil (2011). E-mail: fisioterapia@unijipa.edu.br
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é uma emergência mundial e preconiza a estratégia de Tratamento Diretamente
Observado de Curta Duração (DOTS). (FIGUEIREDO, VILLA, et al., 2009).
A OMS enfatiza a dimensão organizacional e de desempenho dos serviços de
saúde como sendo mais importante do que as formas de detecção e de tratamento
dos casos de TB (FIGUEIREDO; VILLA, et al., 2009)
METODOLOGIA
O presente estudo possui delineamento de revisão bibliográfica realizada no
período de julho a agosto de 2017, pesquisadas em palavras chaves: Monitoramento
da saúde pela Tuberculose, monitoramento e avaliação do serviço da saúde com as
ações de controle da Tuberculose, baseadas em publicações de 2006 a 2016
pesquisadas em bancos de dados da Scielo, Pubmed, Sites do Governo, Google
Acadêmico.
Foi utilizada a literatura, cedido pelo Centro de Saúde Adolfo Rohl: Tratamento
Diretamente Observado (TDO) da Tuberculose na Atenção Básica, publicado no ano
de 2011.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Sistema Único de Saúde traz como objetivo para a prioridade o
fortalecimento da atenção básica, que é implantar o processo de monitoramento e
avaliação da atenção primária básica nas três esferas de governo (BRASIL, M. D. S.,
2011).
O monitoramento e a avaliação em saúde são ferramentas da gestão e de
gerenciamento de sistemas e serviços de saúde. Devem ser realizados
periodicamente e precedidos de orientação local ou regional com cronograma
regularmente preestabelecido. O monitoramento e a avaliação se constituem em um
momento de discussão com a equipe e os usuários sobre o serviço de Tuberculose
(BRASIL, 2011).
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O enfermeiro deve considerar que as atividades de controle da TB precisam
iniciar com a inclusão da programação, das metas e da pactuação dos indicadores da
TB nos planos estaduais e municipais de saúde (BRASIL, 2011).
A descentralização das ações de controle da Tuberculose para o âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS) vem impondo reorientação da prática das Equipes de Saúde da Família (ESF) e requerendo metodologias que avaliem em que medida os componentes da APS estão sendo alcançados (MARCOLINO; NOGUEIRA et al., 2009).
São atividades que são obrigatórias do enfermeiro realizar, para assim
conseguir auxiliar os profissionais na (re) organização do processo de trabalho,
objetivando a melhoria da qualidade da assistência dos serviços ofertados à
população afetada pela TB.
Supervisão Direta
A supervisão direta passou a ser um instrumento de uso para assessoramento
e acompanhamento das ações que são executadas pelo setor de saúde, e esse tipo
de supervisão tratasse da observação In loco das atividades e práticas que são
realizadas em equipe local.
Essa supervisão permite com que haja uma avaliação qualitativa do
desempenho do trabalho individual e coletivo, visando à correção de distorções para
melhorar a qualidade das ações para o alcance dos objetivos e das metas BRASIL,
2011).
Supervisão Indireta
É realizada à distância pelas esferas técnico-administrativas. Baseando-se em
análises dos dados de relatórios, das fichas de notificações e dos demais documentos
que são enviados periodicamente pelo nível local.
A supervisão indireta trata de avaliações de aspectos quantitativos do trabalho,
sendo assim, com essas conclusões recebidas que deveremos permitir a identificação
do problema e assim subsidiar o planejamento local (BRASIL, 2011).
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A supervisão local o enfermeiro deverá fazer conforme abaixo:
Conhecer os relatórios das supervisões anteriores e as recomendações
propostas pelos supervisores estaduais ou municipais, conhecer o plano de ação
municipal, a programação anual da unidade de saúde e o acompanhamento do
cronograma das atividades planejadas, identificar as prioridades a serem trabalhadas,
com criação de estratégias que solucionem o (s) problema (s) observado (s) e dar
conhecimento ao gestor dos problemas observados no decorrer da supervisão,
solicitando providências na resolução das dificuldades encontradas (BRASIL, 2011).
A supervisão é como uma ação educativa, de inter-relação construtiva, uma
oportunidade para apoiar, orientar e motivar os profissionais no aperfeiçoamento de
suas habilidades, tendo em vista também uma oportunidade para aprender. É um
processo bidirecional de crescimento mútuo, tanto para o supervisor quanto para o
supervisionado que se destina a educar qualificar e a buscar a consciência e o
compromisso com a competência, mais do que simplesmente controlar (BRASIL, M.
D. S., 2011).
Toda informação que for coletada pelo responsável da supervisão deve ter
retorno imediato à instância supervisionada, uma vez que trata de pessoas
executando o trabalho.
A partir do SUS e com a descentralização da gestão, os estados e
principalmente, os municípios passaram a assumir novas responsabilidades na
administração do setor público e da assistência à população (BRASIL, M. D. S., 2011).
O presente estudo teve como objetivo geral trazer as diretrizes do SUS no
Tratamento Diretamente Observado (TDO) na TB, mostrando os objetivos para se ter
um melhor controle de avaliações ao paciente e um melhor atendimento para todo tipo
de classe social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para ter o acompanhamento das medicações que serão administradas pelo
paciente, o Programa Nacional de Controle da tuberculose visa elaborar estratégias
que possam ampliar este controle que será através do TDO, o profissional de saúde
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poderá manter um controle supervisionado das medicações no período de três a cinco
vezes na semana.
Porém alguns municípios ainda têm uma taxa de TDO baixa, decorrente da
baixa cobertura da Estratégia de Saúde da Família (ESF), algumas redes de saúde
ainda não tiveram sua descentralização e o TDO da TB acaba ficando restrito.
REFERÊNCIAS
BRASIL, M. D. S. Tratamento Diretamente Observado(TDO) da Tuberculose na atenção basica: Protocologo de Enfermagem. 1. ed. Brasília-DF: [s.n.], 2011. Disponivel em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tratamento_diretamente_observado_tuberculose.pdf Acesso em: 22 de ago. 2017 FIGUEIREDO, T. M. R. M. et al. Desempenho da atenção básica no controle da tuberculose. Revista Saúde Pública, 2009. Disponivel em: <http://www.scielosp.org/pdf/rsp/2009nahead/265.pdf Acesso em: 03 de set. 2017
MARCOLINO, A. B. L. et al. Avaliação do acesso as açoes de controle da tuberculose no contexto das equipes de saúde da família de Bayeux- PB*. Revista Bras Epidemiol, João Pessoa, v. 12, n. 2, p. 144-57, 2009. Disponivel em: <http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/7739/art_RUFFINO-NETTO_Avaliacao_do_acesso_as_acoes_de_controle_2009.pdf?sequence=1&isAllowed=y Acesso em: 14 de ago. 2017.
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MOTIVAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO
Anita Caroline Sales Neitzke57 Klaymon Rocha de Morais58
Matheus da Cruz Trindade59 Walter Arnaldo Pereira Leitão60
RESUMO: O seguinte resumo expandido pretende refletir e discorrer sobre os desafios de lidar com o capital humano, visando entender suas motivações, fazendo com que ele sinta-se satisfeito e realizado no ambiente de trabalho. O objetivo é alcançar maior qualidade e produtividade, atingindo os objetivos da empresa. Através de pesquisa bibliográfica, serão recolhidas observações de distintos autores, sobre os conceitos e fatos inerentes às causas subjacentes ao tema. A motivação é o resultado de diversas atitudes, a qual deve ser aplicada por gestores eficientes, tendo como princípios os benefícios, sejam eles monetários ou não. PALAVRAS-CHAVE: Motivação. Organizações. Valorização. Humano.
INTRODUÇÃO
A motivação e a qualidade de vida no ambiente de trabalho levam as pessoas
a agirem e a executarem determinada ação com comprometimento, esforço e energia
em tudo aquilo que realizam. Portanto, a motivação e a qualidade de vida no ambiente
de trabalho são de extrema importância para as organizações, sendo assim, devem
estar integradas às estratégias institucionais.
O capital humano é parte vital de uma organização, pois as organizações
precisam de pessoas para atingir suas metas e objetivos, bem como as pessoas
necessitam das organizações para suprirem seus anseios enquanto seres humanos
e seres constituintes de uma sociedade.
57 Acadêmica do 4º Período do Curso de Bacharel em Ciências Contábeis da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Email: anitaneitzke22@gmail.com 58 Acadêmico do 4º Período do Curso de Bacharel em Administração da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Email: klaymonrocha@gmail.com 59 Acadêmico do 4º Período do Curso de Bacharel em Administração da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Email: matheusdacruztrindade@hotmail.com 60 Especialista em Gestão da Comunicação e Marketing Institucionais pela Universidade Castelo Branco - UCB (2010). Especialista em Gestão Estratégica de Recursos Humanos pela Universidade Castelo Branco - UCB (2008). É graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná - CEULJI/ULBRA (2006). Docente na Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: walter64unijipa@gmail.com
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METODOLOGIA
O respectivo resumo aplicou como metodologia a pesquisa bibliográfica.
Segundo Gil (2002), “a pesquisa bibliográfica obtém os dados a partir de trabalhos
publicados por outros autores, como livros, obras de referência, periódicos, teses e
dissertações”.
MOTIVAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO
A motivação envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais, este é um
processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados
com o cumprimento de objetivos. Motivação faz com que os indivíduos deem o melhor
de si, façam o possível para conquistar o que almejam. Montana (1999, p. 203) diz
que motivação é o “processo de estimular um indivíduo para que tome ações que irão
preencher uma necessidade ou realizar uma meta desejada”. Posto esta afirmativa
constata-se que motivação é o insight (capacidade de discernimento) para a ação e
assim o ser humano busca satisfazer suas necessidades.
Motivação é a pressão interna surgida de uma necessidade, também interna, que excitando (via electroquímica) as estruturas nervosas, origina um estado energizador que impulsiona o organismo à atividade, iniciando, guiando e mantendo a conduta até que alguma meta (objetivo, incentivo) seja conseguida ou a resposta seja bloqueada (CHIAVENATO, 2005, p.242)
A sociedade como um todo vive um momento de transição surpreendente que
reflete na busca contínua pelo incremento da competividade nas organizações, tal
contexto, pode apontar como um dos responsáveis pela necessidade da qualidade.
Neste cenário, é de grande importância que as empresas sedimentem suas
habilidades e potenciais para novos conceitos de trabalho. Para tal questão é
necessário falar em qualidade de vida no trabalho, ressaltando sempre, abordagens
deste assunto como questão de competitividade organizacional.
Chiavenato (2008) descreve que a qualidade de vida implica em criar, manter
e melhorar o ambiente de trabalho seja em suas condições físicas, psicológicas e
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sociais. Isso resulta em um clima de trabalho agradável, amigável e enriquece
substancialmente a qualidade de vida dos colaboradores na organização.
De acordo com Andrade (2012), as organizações, para obterem de seus
colaboradores uma melhor produtividade e execução de suas funções, precisam
investir em seus funcionários, proporcionando aos mesmos, maior satisfação e
motivação para a realização de suas atividades de trabalho.
Atualmente, a concorrência entre as organizações está cada vez maior, e os
colaboradores são primordiais nesta disputa, pois fazem parte do sucesso ou fracasso
desta empresa, então é necessário que a qualidade de vida seja adequada
integralmente para a realização de suas atividades de forma justa e agradável.
Segundo Chiavenato (2002, p. 391), “a QVT (qualidade de vida no trabalho) tem o
objetivo de assimilar duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos
empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho, do outro, o interesse das
organizações quanto a seus efeitos sobre a produção e a produtividade”.
Os padrões motivacionais de um trabalhador tornam-se fatores mensuráveis
para uma empresa, deste modo cabe ao gestor realizar avaliações de desempenho
que possam aferir tais comportamentos.
De acordo com Zanelli (2004) com o passar do tempo foram surgindo definições
e posteriormente teorias abordando a motivação do ser humano, alguns teóricos
contribuíram para tal propósito, analisando o comportamento do indivíduo e buscando
entender o que o faz motivado. Destacam-se trabalhos como de Abrahan H. Maslow,
que concebeu a hierarquia das necessidades, composta de cinco necessidades
fundamentais: fisiológicas, segurança, amor, estima e autorrealização.
De acordo com Maslow (1962), “… as necessidades não satisfeitas são os
motivadores principais do comportamento humano, havendo precedência das
necessidades mais básicas sobre as mais elevadas”.
As teorias contemporâneas baseiam-se na necessidade de autorrealização, o
anseio por bons cargos e status dos funcionários, essas teorias dão ênfase aos
estímulos motivacionais no ambiente de trabalho.
Portanto, as teorias motivacionais e sobre a qualidade de vida nos ambientes
de trabalho contemporâneos, trouxeram uma nova roupagem, sobre os anseios do
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indivíduo, adequando as teorias anteriores a um contexto organizacional moderno e
desafiador, que as organizações terão que enfrentar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nas pesquisas e conceitos abordados na elaboração deste resumo,
percebe-se que o comportamento dos colaboradores nas organizações e suas
interações com este meio, baseando-se nos estímulos que recebe, foi o centro de
algumas teorias formuladas.
À vista disso, a motivação e a qualidade de vida no ambiente de trabalho aqui
abordados, dentro de uma organização são fundamentais, para que haja uma via de
mão dupla entre colaboradores e empresa, objetivando o crescimento e fortalecimento
de ambos, criando um ambiente favorável mutuamente.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, R. M. Qualidade de vida no trabalho dos colaboradores da empresa Farben S/A indústria química. Monografia, 52 f (Pós-graduação em gestão empresarial) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2012. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos Humanos. Edição compactada. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 2002. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional: a dinâmica do sucesso das organizações. 2º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8. Ed. São Paulo: Atlas, 2008. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002. MASLOW, A. H. Maslow no Gerenciamento. Rio de Janeiro: Qualitymark. Ed. 2000. MONTANA, P. Administração. São Paulo: Saraiva 1999.
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ZANELLI, J. C. Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Ed. Artmed, 2004.
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PARTO HUMANIZADO NO SUS: uma revisão de literatura
Michele Menegildo de Campos61
Anne Caroline Ullrich Souza de Moura62 Márcia Tidrich de Campos 63
Daniel Andrade Duiziht64
RESUMO: O conceito de humanização do parto na assistência prestada por enfermeiros nos hospitais do SUS vem se aprimorando cada vez mais, devido a políticas públicas incentivadas pelo MS (Ministério da saúde) juntamente com a OMS (organização mundial de saúde). Neste contexto o enfermeiro ganha autonomia para prestar cuidado integral ao parto natural, seguindo diretrizes de políticas públicas e prevendo precocemente as possíveis intercorrências durante o cuidado prestado. Mulheres nesse estágio devem ser tratadas com respeito, ter acesso às informações baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões, tornando a experiência mais humana e agradável, diferente da atual realidade. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Obstetrícia. Humanização. Sistema único de Saúde.
INTRODUÇÃO
O conceito de humanização do parto pode ser bastante diversificado, porém,
há um movimento defendendo-o como um processo que respeita a individualidade
das mulheres, valorizando-a como protagonista e permitindo a adequação da
assistência à cultura, crenças, valores e diversidade de opiniões dessas pessoas.
Assim, “humanizar o parto é respeitar e criar condições para que todas as dimensões
do ser humano sejam atendidas: espirituais, psicológicas e biológicas” (CASTRO,
2005).
Nesta perspectiva, entende-se que as compreensões de como as Enfermeiras
Obstétricas percebem a sua competência, seja em relação à atenção direta ao parto,
ou a outros aspectos da sua experiência profissional no âmbito da obstetrícia
61 Acadêmica do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: micheleenfermagem1@gmail.com 62 Acadêmica do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: anneullrich@outlook.com 63 Acadêmica do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: mtidrich@gmail.com 64Professor Graduado em fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA-Canoas/RS. Mestre em Saúde Coletiva ULBRA-Canoas/RS, Orientador do Curso de Biomedicina e Farmácia. E-mail:duizith@yahoo.com.br
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hospitalar, pode contribuir na superação dos conflitos e contradições hoje presentes
no cenário obstétrico (RABELO, 2010).
Alguns simples cuidados durante o trabalho de parto podem tornar a
experiência muito mais humana e agradável, e menos “mecânica” como a atual
realidade. Mulheres nesse estágio devem ser tratadas com respeito, ter acesso às
informações baseadas em evidências e serem incluídas na tomada de decisões, para
isso, os profissionais que as atendem deverão estabelecer uma relação de confiança
com as mesmas, perguntando-lhes sobre seus desejos e expectativas. Devem estar
conscientes da importância de suas atitudes e a forma como os cuidados são
prestados (CASTRO, 2005). O presente estudo teve como objetivo geral conhecer a
percepção de Enfermeiras Obstétricas sobre sua competência na atenção ao Parto
Normal hospitalar.
METODOLOGIA
Para a realização desta revisão bibliográfica foram coletados artigos de
bibliotecas virtuais, sendo elas Scielo, Google Acadêmico e sites de completas
informações online sobre saúde (Ministério da Saúde MS). O estudo foi realizado no
mês de setembro do ano de 2017, do qual foram selecionados cinco artigos para a
elaboração do mesmo, dando ênfase ao respectivo assunto sobre humanização da
assistência ao parto no SUS e a importância da enfermagem nesse contexto.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A proposta de humanização a assistência é introduzida na política pública
federal a partir do ano 2000, porém na década de 1990 os ativistas pela humanização
já falavam que o modelo de parto e nascimento não era adequado, existia excesso de
intervenções e desrespeito ao direito da mulher de ser a protagonista do parto
(RATNNER, 2009).
O cuidado à mulher parturiente vem sendo difundido em todos os níveis de
atenção à saúde na rede pública, pois a humanização do atendimento aos usuários
do Sistema Único de Saúde (SUS) é meta do Ministério da Saúde. A humanização
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
do parto promove situações que inibem o mal-estar da mulher e também reduzem
riscos para ela e o bebê, ao mesmo tempo em que possibilita conforto e segurança
para o acompanhante. De acordo com esse entendimento, a Organização Mundial da
Saúde elaborou o documento denominado Assistência ao Parto Normal, no qual
estabelece ações direcionadas ao atendimento das necessidades básicas da mulher
e de sua família (REIS, 2005).
Com a introdução de tecnologias observamos que o relacionamento do
profissional com a parturiente tornou-se cada vez mais distante, neste contexto surge
à enfermeira obstétrica, como profissional que está presente durante o trabalho de
parto dando assistência integral no cuidado com a parturiente, e tornando este
momento mais humanizado, sendo valorizada pelas mulheres e percebendo
precocemente intercorrências possíveis que possam surgir durante o trabalho de
parto. A maneira de prestar assistência da enfermeira obstétrica é conduzida pelas
recomendações da OMS sobre as práticas relacionadas ao parto normal (VELHO,
2010).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em se tratando do processo de parto, padronizar os procedimentos
desnecessariamente além dos convencionais realizados há séculos é pressupor que
toda parturiente é como uma máquina destinada à proliferação, não levando em conta
que cada uma é um ser humano consciente e, sendo assim, totalmente singular. Essa
individualidade engloba os sentimentos e emoções, bem como a capacidade de cada
puérpera de lidar com as pressões físicas e psicológicas do momento da concepção.
Não obstante, os avanços tecnológicos relacionados à obstetrícia não são
dispensáveis, apenas tem tornado esse cenário “automático e padronizado” demais e
sobrepondo o lado humano que compõe todos os estágios que envolvem a concepção
de uma nova vida.
Sendo assim, em cada único caso deve se levar em consideração o que a
parturiente deseja, como se sente em relação a esse momento e dar-lhe prioridade
na tomada de decisões que envolvem seu bebê e a si mesma, equilibrando esses atos
mais pessoais com os padrões clínicos.
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REFERÊNCIAS
CASTRO, Jamile C. et al. Parto humanizado na percepção das enfermeiras obstétricas envolvidas com a assistência ao parto. Ribeirão Preto: Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.13 no.6, Nov./Dec. 2005. RABELO, Leila R. et al. Percepções de enfermeiras obstétricas sobre sua competência na atenção ao parto normal hospitalar. São Paulo: Rev. esc. enferm. USP vol.44 no.1, Mar. 2010. RATTNER, Daphne. Humanização na atenção a nascimentos e partos: ponderações sobre políticas públicas. Brasília- DF: Rev. Comunicação, Saúde, Educação v.13 p.759-68, 2009. REIS, Adriana E. et al. Aplicação das ações preconizadas pelo Ministério da Saúde para o parto humanizado em um hospital de Santa Catarina. Rio de Janeiro: Ciênc. saúde coletiva vol.10, Sept./Dec. 2005. VELHO, Manuela B. et al. Reflexões sobre a assistência de enfermagem prestada a parturiente. Florianópolis- SC: Rev. brasileira de enfermagem. 2010.
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PERCEPÇÕES TEÓRICAS QUE FUNDAMENTAM A SISTEMATIZAÇÃO DO GERENCIAMENTO NA ENFERMAGEM
Jhones Mezacasa Pinheiro65
Layne Paraizo de Lima66 Neuza Maria Dias67
Emanoela Maria Rodrigues de Sousa68 RESUMO: O presente estudo tem por objetivo abranger a visão do enfermeiro quanto à importância do processo de trabalho do gerente de enfermagem. Retratando também os benefícios e agregação de valores acerca das etapas do processo de enfermagem utilizadas na Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE, como ferramenta para o enfermeiro no processo de gestão e liderança, tendo em vista o contexto atual de mudanças do setor saúde. Destacando-se a importância do desenvolvimento de competências gerenciais dos enfermeiros desde a formação acadêmica e de forma permanente nos serviços de saúde, afim de subsidiar o desempenho do profissional nesse processo. PALAVRAS-CHAVE: Enfermagem. Gerência. Liderança. Sistematização.
INTRODUÇÃO
O presente artigo foi motivado por perceber que, para o profissional enfermeiro
gestor, é indispensável que ele obtenha certas competências e habilidades para a
efetivação do seu trabalho, visto que, a busca incessante pela qualidade e excelência
dos serviços trouxe mudanças nos modelos de gestão do cuidado de enfermagem e,
consequentemente, na forma de gerir as pessoas.
Vale ressaltar que, o gerenciamento do serviço de enfermagem implica em
desenvolver atividades que assegurem o melhor funcionamento possível da unidade
de saúde na qual os cuidados são prestados, utilizando os recursos necessários para
alcançar o melhor resultado. Assim, o gerenciamento é o processo de planejar,
organizar, dirigir e controlar as ações de uma instituição a fim de alcançar seus
65Acadêmico do 7º Período do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericanade Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail:jhones.pinheiro@outlook.com 66 Acadêmico do 7º Período do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail:layne_paraizo@hotmail.com 67Acadêmico do 7º Período do Curso de Bacharelado em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: neuzapa0@hotmail.com 68 Graduada em Enfermagem pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN, Mestra em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Rondônia – UNIR, Especialista em Saúde Mental pela UNIR, Especialista em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz e Especialista em Telecurso na área da violência doméstica contra CR pela Universidade de São Paulo - USP. E-mail:emanoelamrs@gmail.com
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objetivos (CHIAVENATO, 2001; apud DUTRA, 2014). Isso posiciona o gerenciamento
dentro do contexto da prática em saúde, na qual o enfermeiro gestor necessita do
conhecimento, das habilidades e das atitudes que possibilitarão que exerça seu
trabalho, visando resultados com eficiência (CUNHA et al.,2006).
O processo de enfermagem utiliza o método científico pensado criticamente na
resolução de problemas (CARRARO, 2001). Os métodos que irá conduzir o
enfermeiro à uma rápida identificação e solução dos problemas encontrados, são elas:
investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação (ALFAVARO et
al., 1996). Para Kurcgant (1991), concomitantemente, o planejamento do processo de
enfermagem, é efetivamente relacionada a ações assistenciais, à sistematização da
assistência, no entanto, é ainda pouco utilizada para obter resultados efetivos no
gerenciamento de recursos humanos, materiais, custos, ou mesmo no apoio a
decisões e mudanças.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de revisão bibliográfica com abordagem qualitativa,
realizada do mês de agosto a setembro de 2017, tendo como critério de inclusão
enfermeiros gestores que utilizam a SAE no gerenciamento de enfermagem, e
exclusão os enfermeiros gestores que não faziam uso do mesmo. Utilizando-se as
bases de dados do SCIELO. Para proceder a busca utilizou-se os descritores:
ENFERMAGEM, GERÊNCIA, LIDERANÇA, SISTEMATIZAÇÃO. Na busca inicial,
obteve-se 2.360 trabalhos, com uma análise mais aguçada filtrou-se o quantitativo de
04 pesquisas que atendiam aos critérios de inclusão do trabalho. Além dessas
referências, utilizaram-se livros, publicações oficiais do COREN-RO e outros artigos
científicos de enfermagem, os quais faziam parte do acervo particular dos autores
deste artigo.
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Tabela 1 - Níveis de evidência científica (graus de recomendação).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A equipe de enfermagem é a maior entre as equipes de profissionais da área
de saúde no âmbito de uma instituição hospitalar, tendo o enfermeiro como líder.O
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN 311/07) afirma
no Art. 66 que é direito do enfermeiro “exercer cargos de direção, gestão e
coordenação na área de seu exercício profissional e do setor saúde” (COFEN, 2007).
De acordo com a Resolução COFEN 358/2009, a SAE este, organiza e direciona o
trabalho dos profissionais quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando
possível a efetivação do Processo de Enfermagem.
Os primórdios da gestão são marcados pela habilidade em desafiar-se
rotineiramente, pois, em todas as áreas de trabalho, existem oportunidades que
desafiam os profissionais que nelas atuam, lidando com divergências de ideias,
interesses e expectativas, e a prática do saber administrativo, na qual o enfermeiro
gestor deve buscar melhorias da qualidade, satisfação para equipe, tendo como
estratégias a liderança em que, influenciará nas ações da equipe para determinação
e alcance dos objetivos.
Segundo Spagnol (2002 apud DUTRA, 2014) gerenciar a assistência de
enfermagem implica em conhecer os problemas mais comuns do setor de trabalho,
levantar as necessidades da clientela atendida, gerenciar os conflitos da equipe de
enfermagem, além de desenvolver habilidades técnico-científicas e de liderança, para
desempenhar um papel de articulador entre os demais profissionais que atuam nas
Graus de recomendaçã
o
Fonte Descritores Definição
A Administração e Liderança em Enfermagem.
GERÊNCIA EM ENFERMAGEM
Abrange essencialmente as atitudes necessárias para se ter
quanto enfermeiro gestor. B Saberes e Prática:
Administração aplicada a Enfermagem.
LIDERANÇA Contempla todas as ferramentas necessárias para um eficiente
gerenciamento na enfermagem. C SAE: Sistematização da
Assistência de Enfermagem: Teóricas e
Aplicabilidade.
SISTEMATIZAÇÃO Evidencia e percorre todas as etapas da SAE, com padrão
consistente de achados eficazes para a qual a recomendação
será feita.
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unidades, tendo como objetivo principal a excelência da assistência prestada aos
usuários que necessitam desses serviços.
Atualmente, gerência e liderança têm evidenciado uma grande relevância na
prática da enfermagem. O enfermeiro na sua prática cotidiana depara-se com
situações diversas que exigem tomadas de decisão, flexibilidade, resolução de
problemas, mediação de conflitos, coordenação da equipe e planejamento para atingir
objetivos da organização e dos clientes (RIBEIRO et al., 2006). Com isso, a
sistematização no gerenciamento de recursos humanos, materiais e resolução de
problemas, têm auxiliado para que, inúmeros enfermeiros gestores tenham sucesso
em sua atuação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esperamos que possa servir de estímulo a implantação e utilização da SAE no
gerenciamento do cuidado de enfermagem, uma vez que, utilizada como ferramenta
para o enfermeiro no processo de gestão e liderança, direcionará o mesmo, facilitando
decisões e garantindo qualidade e excelência no cuidar. Portanto, a utilização da SAE
garante a renovação no processo de gestão e é essencial para agir de maneira
excelente, utilizando ferramentas embasadas por evidências e acreditando que as
mudanças possam acontecer.
REFERÊNCIAS
BARRETO, Maria.; SANTOS, Angélica. Saberes e Práticas: administração aplicada a enfermagem. V. 4. Cap. 6. 9ª Ed. São Caetano do Sul, São Paulo: Difusão Editora, 2015. CASTILHO, Nádia.;A implementação da sistematização da assistência de enfermagem no serviço de saúde hospitalar do Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104070>. Acesso em: 06 ago. 2017. DUTRA, Herica Silva. Gerência em Enfermagem. Disponível em: <http://www.ufjf.br/admenf/files/2013/05/M%C3A9todos-de-trabalho-em-Enfermagem.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2017
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PRÁXIS PEDAGÓGICA E OS DESAFIOS DA EDUCAÇÃO
Eduardo Ruezzene De Oliveira69 Karina Felix Mendes70
Paula Gabrielly Ferreira Da Silva71 Eudeiza De Jesus Araújo72
RESUMO: A prática pedagógica vem se tornando um desafio encontrado por professores em
sala de aula, quando refletimos sobre a práxis paramos muitas vezes para pensar o quão importante ela é, e o tamanho do desafio encontrado quando se trata de estar em sala de aula. Atualmente nos deparamos com um nível de ensino que não nos permite parar no tempo, a educação tem que ser pensada e analisada a cada etapa, não adianta saber e não conseguir transpor o seu conhecimento para o seu aluno. Então, se faz do conhecimento ferramenta de ensino para seus alunos. PALAVRAS-CHAVE: Professor. Alunos. Transposição. Transformação.
INTRODUÇÃO
As profundas mudanças ocorridas no meio educacional contemporâneo tem
sido um desafio nos dias atuais. Neste artigo, apresentamos aspectos relativos ao ato
de refletir sobre a ação para gerar uma nova ação, que é denominado segundo
FREIRE (….) como práxis pedagógica (ação-reflexão-ação). Em meio a todas essas
mudanças o professor atuante ou em formação precisa utilizar dessa ferramenta que
nada mais é que a prática pedagógica, ou seja, a ação concreta.
E o que vemos no cenário educacional nos dias atuais é a falta de
predisposição dos profissionais da educação em buscar novos caminhos para atender
as demandas, de nada adianta conhecer se este conhecimento não se torna realidade
no cotidiano escolar, isto é, de nada adianta um professor ser conhecedor de um
assunto e não ter a prática para conseguir passar com êxito a seus alunos, teoria e
prática precisam andar juntas, são definições diferentes, mas que se unem em um
69 Acadêmico do 4º Período do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: ruezzenedeoliveira@gmail.com 70 Acadêmico do 4º Período do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: karina_felixjipa@gmail.com 71 Acadêmico do 4º Período do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: paulagabrielijipa@gmail.com 72 Mestre em Educação e Linguagem; Pós-graduada em Metodologia de Ensino; Educação Brasileira; e Ensino de Artes Contemporâneas. Licenciatura Plena em Pedagogia. Atualmente professora do curso de Pedagogia da FAP e UNIJIPA; e professora de Pós-graduação em Docência e Metodologia do Ensino Superior. E-mail: eudeiza@hotmail.com
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determinado ponto, pois o educador trabalha na construção do saber e com isso pode
ser o transformador de uma sociedade. A formação continuada vem para fomentar as
ideias e transformar a visão às vezes oclusas de um educador.
Refletir um pouco sobre os desafios da atuação da práxis pedagógica e a sua
transposição didática no ambiente escolar, e como elas podem ajudar de maneira
efetiva a enfrentar os desafios existentes no âmbito educacional.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada no período de agosto a
setembro de 2017, cujas informações deram-se por meio de pesquisas e sites
relacionados ao tema acima, periódicos eletrônicos de Pedagogia, livros na área da
Pedagogia de Paulo Freire.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Algumas indagações surgem em nossa vida acadêmica quando estudamos
determinados conceitos que se fazem presentes no fazer pedagógico dos
professores. Pode-se pensar em prática pedagógica sem práxis? A práxis é
instrumento fundamental no apoio ao educador, é uma ferramenta que veio facilitar a
vida de alguns educadores e para afligir outros, pois professores que têm o
conhecimento dessa prática atuam de forma mais dinâmica e retém a atenção de
seus alunos, com isso o conhecimento é melhor passado pelo educador e melhor
entendido pelos educandos.
Para que a práxis pedagógica funcione de forma facilitada no meio escolar, ela
deve ser organizada, ter um fundamento teórico como referencial e uma metodologia
didática de fácil compreensão para que haja um diálogo pedagógico descomplicado
entre professor e aluno.
Às vezes, mal se imagina o que pode passar a representar na vida de um aluno um simples gesto do professor. O que pode um gesto aparentemente insignificante valer como força formadora ou com contribuição à do educando por si mesmo (FREIRE, pag.42, 1996).
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Segundo Freire, o professor é uma vereda para o aluno, já que se o mesmo
serve como um caminho, rumo ou direção na educação e aprendizagem do aluno. Se
o provedor do saber é bem estruturado em suas pesquisas e conhecimentos este
caminho torna-se na verdade um mar de possibilidades em que o aluno navega num
infinito de ideias, o professor é apenas o vento que sopra nas velas de seu
pensamento. Mas, se o docente não tem a prática de pesquisar incessantemente, sua
vereda será um caminho estreito e com espinhos, e em qualquer momento pode ferir
o ego educacional de seu aluno e deixar uma cicatriz na aprendizagem do mesmo.
Para que não haja tal conflito devemos usar a transposição didática, assim, o
professor pode transformar seus conhecimentos adquiridos em suas pesquisas em
conhecimento de cunho escolar, em que possa passar seus conhecimentos a seus
alunos e os alunos possam aprender. A transposição existe pela necessidade de
passar o conhecimento, e que para percorrer é necessário que tenha a modificação
desse conteúdo e isso chamamos de transposição didática, pois a partir do momento
em que o aluno ingressa no meio escolar tudo se transforma em saber e esse saber
precisa ser modificado e passado de uma forma mais clara a ele.
A Transposição Didática se mostra um instrumento de análise do processo de transformação do conhecimento ou saber. Através dele é possível estabelecer uma argumentação para entender as diferentes formas do saber e suas estruturas organizacionais.” (ALVES FILHO, 2000, p.218)
A transposição ocorre com a seleção dos conteúdos pelo professor, ele coloca
o que acredita ser relevante e que tem ligação com a proposta pedagógica, quando o
conhecimento é dividido em etapas para a melhor compreensão dos alunos e depois
volta a fazer relação com o que foi dito, são exemplos simples de como pode ocorrer
a transposição dentro de uma sala de aula.
Para que isso aconteça, o professor deve fazer uma análise de sua pesquisa,
e, ao encontrar o que busca ele deve relacionar o conhecimento científico com as
possibilidades de aprendizado de seus alunos. Nosso desafio é que isso possa fluir
de maneira harmoniosa no meio professor-aluno.
A relação que vemos entre práxis pedagógica e transposição didática é que as
duas têm essa relação com a organização e separação dos conteúdos, enquanto a
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práxis vem com a intenção de trazer uma facilidade e organização, tanto o fundamento
teórico quanto a prática a práxis vem organizar isso, e a transposição vem com a
intenção de separar esses assuntos que são vistos como científicos e adequar ao
meio em que esses alunos vivem, ou seja, trazer de forma mais clara para que possa
ter uma maior compreensão. É através da prática que esse professor obteve em sua
graduação que irá conseguir obter mais êxito na questão da transposição, pois um
educador que consegue discorrer sobre um assunto com suas próprias palavras e não
se apega a parte científica, esse sim vai ter maior êxito no que diz respeito à
compreensão de seus alunos.
O professor deve buscar a qualidade constantemente em sua formação, não se tornando um mero repassador de conhecimento. A atualização do profissional da educação amplia sua condição de orientar e direcionar aprendizagens que envolvem conhecimentos específicos e visão de mundo, ou seja, a formação integral do educando. É preciso ressaltar a importância da pesquisa como algo que norteará a vida acadêmica de futuros profissionais da educação para posteriormente fazerem a diferença (SILVA; ISAIA ;ROCHA 2015 apud DEMO, 2001. p. 8).
A prática é o último degrau para o conhecimento final, se é que ele existe, a
pesquisa e o conhecimento prévio nos dão apenas um norte de onde queremos
chegar, porém todos os estágios têm seu valor na concepção do conhecimento.
O professor dedicado e autônomo deve ter compromisso com o ensino, mesmo
sabendo que irá se deparar com um meio antagônico em que a ideia central ainda se
baseia numa classe tradicionalista (meio onde o professor é o transmissor e o aluno
o receptor).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como ser um bom professor? Como ser claro em relação aos objetivos? Como
fazer com que os alunos aprendam esses assuntos complexos? As respostas para
todas essas perguntas podem ser respondidas com dois conceitos: Práxis pedagógica
e Transposição didática são através delas que podemos fazer um ensino melhor e é
por meio da mesma que também podemos despertar em nossos alunos o interesse
em aprender, em conhecer não só os conteúdos científicos, mas compreender que o
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
professor fez um esforço grande para passar o conteúdo a ele e que isso merece seu
respeito. Compreendemos com esse trabalho que ser professor vai além da sala de
aula, é um trabalho que exige comprometimento, pois é fundamental na formação do
indivíduo, tornando-se assim autônomo do seu saber. Para que cada um saiba a sua
potencialidade e saiba a importância de seus atos para que tenha respeito mútuo
numa sociedade com valores tão distorcidos como vemos nos dias atuais. O professor
é a arma perfeita, pois é capaz de formar opiniões concretas.
REFERÊNCIAS ALVES FILHO, José Pinho. Atividades Experimentais: Do método à Prática Construtivista. Tese de Doutorado, UFSC, Florianópolis, 2000. Disponível em: file:///C:/Users/BIBLIOTECA04/Downloads/161719.pdf Acessado em: 07/08/2017. FREIRE, Paulo. Pedagogia Da Autonomia, Saberes Necessários à Prática Educativa/São Paulo: Paz e Terra,1996 (Coleção Leitura) SILVA, ISAIA & ROCHA (2015) A Transposição Didática no Curso de Pedagogia de Uma Ies Federal na Visão de seus Professores. apud DEMO, Pedro. Educação e qualidade. 6. ed. São Paulo: Papirus, 2001. Disponível em: file:///C:/Users/BIBLIOTECA-09/Desktop/1718-8998-1-PB.pdf Acessado em: 14/08/2017.
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SABERES E ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL BIOMEDICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE PÚBLICA
Adriane de Souza Santos73
Dayane Galvão74 Leticia Nunes Cardoso75
Daniel Andrade Duizith76
RESUMO: Observa-se que, os saberes biomédicos estão ligados a prevenir e curar os adoecimentos vividos e diagnosticados, ou seja, de modo geral a biomedicina atua também em pesquisas que podem fornecer descobertas científicas para prevenção de doenças que atingem a população em geral e isso se interliga ao Sistema Único de Saúde (SUS), pois a saúde é concebida como um direito de todos e dever do estado. O biomédico enquadra-se em papeis da saúde, pois ele não possui atuação profissional restrita ao laboratório, porque seu ramo é totalmente diversificado. PALAVRAS-CHAVE: Biomédicos. Biomedicina. Saúde.
INTRODUÇÃO
É de conhecimento geral que o perfil do saber e das tecnologias de um
biomédico em busca de cura e prevenção à saúde é usado como foco de referência
para análises que podem ser utilizadas por outros profissionais que atuam em
outras áreas além da biomedicina. Através da criação do Sistema Único de Saúde
o biomédico, que teve sua profissão regulamentada pela lei 6.608 de 03/9/79 e
decreto nº 88.439 de 28/6/83 dando a ele a chance de colaborar para a melhoria
da saúde pública atuando principalmente na prevenção, monitoramento de
doenças bem como na qualidade de vida da população. Assim, a contribuição
funcional do biomédico pode se ligar a educação sanitária, coleta e armazenamento
de material biológico e análise laboratorial segundo diz, Perinazzo Jéssica, et.al.
(2015).
73 Acadêmica do 1º Período do curso de Biomedicina da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná-UNIJIPA. E-mail: day_adri@outlook.com 74 Acadêmica do 1º Período do curso de Biomedicina da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná-UNIJIPA. E-mail: Dayane.galvão.souza@gmail.com 75 Acadêmica do 1º Período do curso de Biomedicina da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná-UNIJIPA. E-mail: leticia.maio@hotmail.com 76 Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil, ULBRA-Canoas/RS, Mestre em Saúde Coletiva, Professor e Orientador do curso de Farmácia e Biomedicina da Faculdade Pan-America de Ji-Paraná/RO.
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Em prol do bem comum a sociedade a ética o rigor científico e o respeito ao
ser humano são princípios adotados por biomédicos que atuam com os demais
profissionais da área da saúde a favor da transformação da realidade para a
promoção e reabilitação da saúde, bem como prevenção de doenças para a
sociedade. (Perinazzo Jéssica, et.al. 2015).
O presente estudo teve como objetivo geral, expor informações do biomédico
dentro da área de saúde, e assim demonstrar que um profissional biomédico é
capacitado para exercer diversas outras funções, e não somente dentro da área
laboratorial.
METODOLOGIA
O presente estudo possui delineamento de revisão bibliográfica realizada no
período de agosto a setembro de 2017, pesquisada nos descritores de saúde
palavras-chaves: Biomédicos, Biomedicina, Saúde, baseadas em publicações de
artigos científicos entre os anos de 2007 a 2017, Google Acadêmico.
SABERES E ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL BIOMEDICO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA A SAÚDE PÚBLICA
O trabalho em equipe é uma estratégia que almeja ilustrar a forma de se
trabalhar e de propiciar a qualificação dos serviços, por meio do estabelecimento
de prioridades, planejamento, comunicação e disciplina entre os profissionais, o
biomédico é um profissional que abrange inúmeras peculiaridades e habilidades
para atuar em equipes de saúde, bem como, em atividades complementares de
diagnóstico, e possui um reconhecido histórico de empenho pela melhoria da
qualidade de vida da nação, sendo apontado como um relevante apoio à saúde
pública de acordo com Perinazzo Jéssica, Picinin Yana, Kerber Emanuelle, Prestes
Carine Eloise (2015).
Segundo Rosendo Adriana, Santos Cicero Rodrigo, Silva Sandyellen, Nogueira
Helenicy, Veras Holanda (2014), O transtorno na saúde é um inconveniente na
política, além do conhecimento desmembrado e pouco elaborado que os cidadãos
comuns têm sobre a saúde, o incrementar do saber popular consente a “superação
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Rev. Saberes da UNIJIPA, Ji-Paraná, 2017 ISSN 2359-3938 Anais do IV Ciclo Científico, Edição Especial
do grande fosso cultural existente entre os serviços de saúde e o saber dito científico,
de um lado, e a dinâmica de adoecimento e cura do mundo popular, de outro”. Em
decorrência destes compromissos, os constituintes do movimento da educação
popular e saúde precisam aprender a distender formas compartilhadas de
conhecimento entre técnicos, especialistas, investigador e público.
O biomédico Lobbe Neto deputado federal e autor da lei que criou o dia nacional do biomédico alega que é preciso chamar a atenção da sociedade para a importância da contribuição do profissional biomédico na construção de um mundo melhor, com a ajuda que ele oferece às pessoas, cuidando de um aspecto muito importante, que é a saúde. De fato, é preciso chamar a atenção da sociedade, pois o profissional biomédico não recebeu ainda o reconhecimento público, embora ele desempenhe importante papel no contexto da saúde da população brasileira. (Rosendo Adriana, Santos Cicero Rodrigo, Silva Sandyellen, Nogueira Helenicy, Veras Holanda, 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O propósito inicial desse trabalho foi apresentar e expor informações sobre
a importância e o papel do biomédico na saúde pública, com citações a respeito de
algumas das áreas profissionais de atuação. Estudo paralelo de artigos científicos,
com o objetivo de fazer um resumo expondo partes importantes e de claro
entendimento a respeito do profissional biomédico. O desenvolvimento deste
trabalho permitiu a aplicação de uma metodologia simples a respeito da
biomedicina e seus profissionais, utilizando diferentes tipos de artigo científicos.
REFERÊNCIAS
BRASIL. O Decreto de Lei nº 11.339, de 3 de agosto de 2006. Fica instituído o Dia Nacional do Biomédico, a ser comemorado em todo o território nacional, anualmente, no dia 20 de novembro, Brasília, 3 de agosto de 2006; 185o da Independência e 118o da República.
PERINAZZO Jéssica, Picinin Yana, Kerber Emanuelle, Prestes Carine Eloise. A atuação do profissional biomédico na atenção primária à saúde: desafios na formação. Revista Saúde Integrada, 2015.
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ROSENDO Adriana, Santos Cicero Rodrigo, Silva Sandyellen, Nogueira Helenicy, Veras Holanda. O papel do biomédico na saúde pública. Cidade: Juazeiro, Ceará. Revista Interfaces: Saúde, Humanas e Tecnologia, 2014.
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SUS - UNIVERSALIDADE, INTEGRALIDADE E EQUIDADE
Jeane da Silva Paixão77 Solange Lourenço78
Thays Dias de Sousa79 Daniel Andrade Duizith 80
RESUMO: Esta síntese busca de uma forma breve focar nos três pilares do Sistema Único de Saúde: Universalidade, Integralidade e Equidade, descritas na Constituição de 1988, garantindo o direito a todos os cidadãos de terem acesso aos serviços de saúde, a fim de promover, proteger, recuperar e reduzir os riscos de doenças e de outros agravos. Esse estudo ajuda-nos a entender que o SUS é fruto de uma longa jornada de luta, nascido do sofrimento das pessoas, o que possibilitou a implantação do mesmo de maneira que todo cidadão brasileiro tenha direito ao cuidado de saúde, atendendo a todos igualmente. PALAVRAS-CHAVE: Participação Social. Saúde. Reforma Sanitária.
INTRODUÇÃO
O Sistema Único de Saúde é obrigação legal, efetivado por meio de leis
complementares, as chamadas de Leis Orgânicas, a 8.080/1990 e a 8.142/1990 que definem
as competências, instituem regras, resoluções, normatizações entre outros.
[...] no seu processo histórico o SUS começou na prática nos anos 70, há 40 anos, com movimentos sociais e políticos contra a ditadura, pelas Liberdades Democráticas e Democratização do Estado, que se ampliava e fortalecia por uma sociedade justa e solidária e um novo Estado com políticas públicas para os direitos humanos básicos, com qualidade e universais. Na saúde, este movimento libertário fortaleceu-se com a bandeira da Reforma Sanitária, antecipando o que viria, anos depois, a ser as diretrizes constitucionais da Universalidade, Igualdade e Participação da Comunidade (SANTOS, 2012). Anteriormente a criação do Sistema Único de Saúde - SUS, “[...] o cuidado com saúde do brasileiro passa, necessariamente, pela filantropia. Mais ainda pelo cunho filantrópico religioso, a caridade. As pessoas eram atendidas pelas instituições e médicos filantropos. Paralelamente a isso, o Estado fazia algumas ações de saúde diante
77 Acadêmica do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: jehpaixao.as@gmail.com 78 Acadêmica do 3º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: solange.jdc@hotmail.com 79 Acadêmica do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: thaysproeza@gmail.com 80 Professor Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil, Orientador do Curso de Odontologia, Mestre em Saúde Coletiva. E-mail: duizith@yahoo.com.br
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de epidemias, como ações de vacinação e/ou de saneamento básico” (CARVALHO, 2013).
“[...] a grande mobilização da sociedade pela reforma do sistema de saúde teve
como marco a oitava CNS, em 1986” (PAIVA et al., 2014).
Em que debateram, [...] “temas: “Saúde como direito de cidadania”,
Reformulação do Sistema Nacional de Saúde” e o “Financiamento do setor”
(AROUCA, 2015 p.251).
“Assim, a reforma sanitária visando à criação do SUS, e por consequência
disso foi registrada na Constituição de 1988, tornando-se com esse acontecimento
uma ruptura com todos os princípios que ordenavam a política de saúde até então”
(MENICUCCI, 2014).
O presente estudo teve como objetivo geral mostrar um pouco das políticas de
saúde voltada ao povo brasileiro, conquistadas mediante grandes lutas travadas a fim
de atender os anseios da sociedade.
METODOLOGIA
Trabalho de revisão bibliográfica realizado a partir de artigos científicos, por
meio de uma pesquisa realizada pelo delineamento de revisão bibliográfica, que,
segundo Gil (2008,50), “é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído
de livros e artigos científicos”, sendo assim, a pesquisa ocorreu em Literaturas
Bibliográficas e artigos científicos na base de dados do Scielo e Google Acadêmico,
em artigos publicados entre os anos de 2007 a 2017.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Sendo consolidado em 1988 pela Constituição Federal através do artigo 196:
“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediantes políticas sociais e
econômicas que vise, à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e
recuperação” (BRASIL, 2016).
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O SUS apresenta em sua estrutura princípios norteadores, de universalidade,
equidade, integralidade e participação social (MACHADO; LIMA; VIANA, 2008). “A
universalização da saúde constitui um dos ideários do movimento sanitário que foi
reconhecido na Constituição Federal de 1988, compondo os princípios básicos do
SUS” (SOUZA, 2014, p. 228).
“Os princípios éticos-doutrinados tem na universalidade a base para a
construção dos demais, cuja dimensão imagética é a abertura das portas dos serviços
de saúde” (RAMOS, 2007). A universalidade garante ao indivíduo uma assistência
gratuita, sem distinção de raça e condição econômica (JUNIOR, 2015).” [...] supõe
acesso igualitário aos serviços e ações de saúde[...]” (PAIM; SILVA, 2010)
“A equidade aparece como sinônimo de igualdade, embora não conste entre os
princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), seja na Constituição, seja na Lei
Orgânica da Saúde” (PAIM; SILVA, 2010). “[...] a noção de equidade admite a
possibilidade de atender desigualmente os que são desiguais, priorizando aqueles
que mais necessitam para poder alcançar a igualdade” (PAIM; SILVA, 2010). “A
equidade tem sua representação na igualdade e está sendo transformada, através da
produção intelectual no sentido de justiça social e redução das desigualdades”
(RAMOS, 2007).
A integralidade é um dos princípios mais desafiador, está diretamente ligada a
organização dos serviços ofertados pelo SUS, o que envolve os saberes de
profissionais, de usuários e da comunidade, visando a qualidade no cuidado efetivo a
saúde. Permitindo que a universalidade e equidade, realizem de modo pleno o que foi
implantado na Constituição de 1988 pelo SUS (PINHEIRO,2007 apud KALICHMAN,
2016). A integralidade tem como prioridade a atenção integral ás pessoas, por qual
compreendem ações de promoção, prevenção e recuperação da saúde, que estão
subdivididos nos serviços de atenção primária, secundária e terciária, contando ainda
com os serviços de assistência farmacêutica e de reabilitação (SOUSA, 2014).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo realizado apresenta a grande conquista da nação brasileira desde a
implantação do Sistema Único de Saúde. Os serviços de saúde ofertados passaram
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a atender todas as pessoas integralmente e gratuitamente de acordo com a
especificidade de cada um.
Foi criado o SUS, porém para sua efetivação moldada na implantação,
regulação e execução foram necessárias leis complementares, sendo: Lei nº 8080, de
19/09/1990, e a Lei nº 8142, de 28/12/1990 que foi criada com o objetivo da
participação da população, para intervir na gestão da saúde, defendendo os
interesses da coletividade para que estes sejam atendidos pelas ações
governamentais, exercendo o controle social ao lutar para garantir, na prática, o direito
constitucional à saúde com qualidade e o respeito à dignidade humana.
E hoje depois de vinte e sete anos da sua criação notamos que ainda existem
muitos problemas para se cumprir os três pilares, Universalidade, Equidade e
Integralidade, dificuldade que não está vinculada apenas no sistema, mais sim
naqueles que o executam tanto no âmbito de gestão quanto ao seus usuário, este fato
se concretiza pela falta de conhecimento sobre os direitos e deveres designados pelo
SUS.
REFERÊNCIAS
BRASIL, SENADO FEDERAL. Constituição da República Federativa do Brasil. Mesa Diretora. Biênio 2015/2016.
BRASIL, SENADO FEDERAL. Constituição da República Federativa do Brasil. Mesa Diretora. Biênio 2015/2016. CARVALHO, Gilson. A saúde pública no Brasil. Estud. av. [online]. 2013, vol.27, n.78, pp.7-26.
PAIM, Jairnilson Silva e SILVA, Lígia Maria Vieira da. Universalidade, integralidade, equidade e SUS. BIS, Bol. Inst. Saúde (Impr.) [online]. 2010, vol.12, n.2, pp. 109-114. ISSN 1518-1812. MENICUCCI, Telma Maria Gonçalves. História da reforma sanitária brasileira e do Sistema Único de Saúde: mudanças, continuidades e a agenda atual. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.21, n.1, jan.-mar. 2014, p.77-92.
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TEIXEIRA, Sônia Maria Fleury. Retomar o debate sobre a reforma sanitária para avançar o sistema único de saúde (SUS). Rev. adm. empres. [online]. 2009, vol.49, n.4, pp.472-480. SANTOS, Nelson Rodrigues dos. SUS, política pública de Estado: seu desenvolvimento instituído e instituinte e a busca de saídas. Ciênc. saúde coletiva [online]. 2013, vol.18, n.1, pp.273-280. PAIVA, Carlos Henrique Assunção; TEIXEIRA, Luiz Antônio. Reforma sanitária e a criação do Sistema Único de Saúde: notas sobre contextos e autores. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.21, n.1, jan.-mar. 2014, p.15-35.
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TRACOMA DOENÇA NEGLIGENCIADA
Celina Francisca dos Santos da Matta81 Mirian Schell82
Tatiane Mendes da Silva83 Alexandre Zandoandi Meneguelli84
RESUMO: O tracoma é conhecido como uma doença negligenciada que tem como seu agente etiológico a bactéria Chlamydia trachomatis. Se apresenta em cinco formas ativas, e é considerada a maior causa de cegueira evitável no mundo. A incidência de casos de quadros assintomáticos está diretamente ligada a crianças e adolescentes, na faixa etária de 05 a 14 anos de idade. Essa patologia está relacionada a baixas condições socioeconômicas, saneamento básico e higiene deficiente, favorecendo a disseminação da bactéria. O diagnóstico clínico é por meio de exame ocular esterno e o tratamento é por via oral com azitromicina comprimido ou suspensão. PALAVRAS-CHAVE: Tracoma. Brasil. Bactéria. Doença.
INTRODUÇÃO
O tracoma mesmo sendo uma doença milenar ainda se encontra entre as que
mais preocupam o mundo, está na lista de doenças negligenciadas e trata-se da maior
causa de cegueira evitável (SILVA et al., 2016).
Relata-se que o tracoma teria sido introduzido no Brasil a partir do século XVIII,
no Nordeste, constituindo-se assim, os primeiros “focos” de tracoma no País, dos
quais o mais famoso foi o “foco do Cariri”, no Sul do atual Estado do Ceará (ALVES
et al, 2016).
O tracoma tem como seu agente etiológico a bactéria gram-negativa Chlamydia
trachomatis que se manifesta como inflamação da conjuntiva e córnea (SILVA et al.,
2016).
81 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: celina_fmatta@hotmail.com 82 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: mihschell@hotmail.com 83 Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: tatianevellyn@hotmail.com 84 Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco- UCDB. Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade Federal de Rondônia, campus Rolim de Moura. Especialista em Zoologia, Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal –FACIMED. Graduado em Ciências Biológicas Licenciatura pelo Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná – CEULJI/ULBRA. Professor do Ensino Superior na Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. Diretor do Instituto de Pesquisa e Educação de Rondônia. IPER. Líder do Grupo de Pesquisa em Ciências da Saúde da UNIJIPA. E-mail: alexandrezandonadimeneguelli@gmail.com.br
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Compõe um grupo de doenças relacionadas com as baixas condições sócio
econômicas que ocorre com maior frequência nas populações de maior
vulnerabilidade, além de insetos vetores, deslocamentos populacionais e presença de
outras doenças oculares que persistem apesar de instrumentos e ferramentas
disponíveis para o seu controle, favorecendo a disseminação da bactéria (BRASIL,
2014).
O tracoma é uma doença ocular de grande incidência e disseminação, muitas
vezes relacionada as condições precárias devido as baixas condições de higiene,
atingindo em sua maioria crianças e adolescentes, com maior índice de casos
encontrados em instituições educacionais (BRASIL, 2016).
METODOLOGIA
Essa pesquisa consta de uma Revisão Bibliográfica cuja coleta de dados
ocorreu nas bases de dados: Scielo (Scientific Eletronic Library Online), Manuais do
Ministério da Saúde, Guias de Vigilância em Saúde e Portarias Nacionais. A pesquisa
foi realizada no período de julho a setembro de 2017. O período de inclusão das
publicações foi de 2005 a 2016.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O agente etiológico causador do tracoma pertence à família Chlamydiacease
com ciclo de vida em média de 24 a 48 horas, possui um período de incubação de 5
a 12 dias após apresentar sintomas de conjuntivite ou irritação ocular (BRASIL, 2014).
O tracoma se apresenta em cinco formas ativas, conforme o grau de
intensidade: Inflamação Tracomatosa Folicular (TF), Inflamação tracomatosa difusa
intensa TI, Cicatrização conjuntival tracomatosa TS, Triquíase tracomatosa TT,
Opacificação corneana CO (LOPES et al., 2013).
A sintomatologia associada ao tracoma inflamatório inclui lacrimejamento,
sensação de corpo estranho, fotofobia discreta e secreção purulenta em pequena
quantidade. A incidência de casos de quadros assintomáticos está diretamente ligada
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entre crianças e adolescentes, a faixa etária é de 05 a 14 anos de idade (BRASIL,
2014).
O hospedeiro com a doença ativa nas conjuntivas ou em outras mucosas é o
homem. A forma de transmissão pode ser direta, pessoa a pessoa, ou indireta, por
meio de compartilhamento de objetos tais como: tolha, roupas de cama, vetores
mecânicos e geralmente ocorre dentro de ambientes domiciliares quando existe
portadores da doença ativa (ALVES et al., 2016).
No Brasil o diagnóstico clinico é realizado através de exame ocular externo, em
que o examinador observará a conjuntiva tarsal (SILVA et al, 2016).
O tratamento sistêmico referenciado para o Tracoma no pais é o Azitromicina
sua apresentação é por suspensão de 600mg e comprimido de 500mg em dose única
via oral (BRASIL, 2005).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do tema citado acima concluímos que, apesar do Tracoma ser uma
doença milenar em todo o mundo, ainda encontramos muitos casos ativos no Brasil,
principalmente em crianças e adolescentes no período escolar, na maioria das vezes
a doença é assintomática favorecendo a disseminação e a não procura de tratamento.
Apesar da grande incidência poucos profissionais são capacitados para o diagnóstico
clínico, aumentando cada dia mais o número de indivíduos contaminados no Brasil.
Para que ocorra a eliminação do tracoma faz-se necessário aumentar o número
de profissionais qualificados, trabalhar com educação e saúde, conscientizar a
população sobre a doença, sua forma de transmissão e seus agravos. A
intensificação das políticas públicas em saúde é de grande relevância para o trabalho
em parcerias colaborando para o controle e erradicação da doença.
REFERÊNCIAS
ALVES, Fabia Alexandra Pottes et al. Análise das intervenções e dos fatores socioambientais associados à ocorrência de tracoma em Pernambuco a partir de dois inquéritos em escolares realizados em 2006 e 2012. Rio de Janeiro. 2016. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/cadsc/v24n4/1414-462X-cadsc-24-4-435.pdf> Acesso: em 30 de ago. 2017.
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BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Controle do Tracoma e sua eliminação como causa de cegueira. Ministério da Saúde. Brasília, 2014. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria N° 67, de 22 de dezembro de 2005 - Inclui Azitromicina no tratamento sistêmico de tracoma. Diário Oficial da União, n° 246, p. 127. de sexta-feira, 23 de dezembro de 2005, Seção 1 ISSN 1677-7042. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças Infecciosas e parasitarias: guia de bolso. 8ª ed. 448p. Brasília: Editora do Ministério da Saúde. 2010. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de vigilância em Doenças Transmissíveis. Plano integrado de ação estratégias de eliminação da hanseníase, filariose, esquistossomose e oncocercose como problema de saúde pública, tracoma como causa de cegueira e controle das geohelmintíase: Plano de ação 2011-2015. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. LOPES, Maria de Fátima Costa, et al. Prevalência de tracoma entre escolares brasileiros. Revista Saúde Pública. 2013, vol.47, n.3. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-89102013000300451&script=sci_abstract&tlng=pt> Acesso em: 30 de ago. 2017. MENEGHIM, Roberta Lilian Fernandes de Sousa; PADOVANI, Carlos Roberto; SCHELLINI, Silvana Artioli. O tracoma em escolares do município de Botucatu, São Paulo, Brasil: detecção e promoção de saúde em uma doença negligenciada. Revista Brasileira de Oftalmologia. 2016, vol.75, n.5. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802016000500360> Acesso em: 31 de ago. 2017. SILVA, Evanildo José da et al. Prevalência de Tracoma em crianças em idade escolar no município de Turmalina, MG. Revista Brasileira de Oftalmologia. vol.75 no.3 Rio de Janeiro Mai/Jun 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802016000300181> Acesso em: 30 de ago. 2017. SCHELLINI, Silvana Artioli; SOUZA, Roberta Lilian Fernandes. Tracoma: ainda uma importante causa de cegueira. Revista Brasileira de Oftalmologia. 2012, vol.71, n.3 mar/jun.2011. <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-72802012000300012&script=sci_abstract> Acesso: 30 de ago. 2017.
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SCHELLINI, Silvana Artioli, et al. Prevalência e localização espacial dos casos de tracoma detectados em escolares de Botucatu, São Paulo – Brasil. Arquivo brasileiro oftalmologia vol.73 no.4 São Paulo Jul/Ago. 2010. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492010000400012> Acesso em: 29 de ago. 2017.
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TOXICOLOGIA FORENSE POST MORTEM
Camila Gabriela Lucas Oliveira85 Marcilene Dias do Carmo86 Priscila Ferreira da Silva87
Daniel Andrade Duizith88 RESUMO: As análises toxicológicas é uma área que está em alta com importância extrema, pois as mortes causadas pelos compostos tóxicos é relativamente frequente, homicídio de cunho doloso e acidental está aumentando. Os profissionais responsáveis em casos como este, precisam adotar procedimentos para que a coleta, transporte, armazenamento, análises clínicas e interpretação, cheguem à conclusão com exatidão.
PALAVRAS-CHAVE: Produtos tóxicos. Toxicologia forense. Análises clínicas. Análise biológica INTRODUÇÃO
O objetivo central do texto é mostrar ao leitor que a toxicologia forense é uma
ciência que busca a elucidação de crimes como tentativa de homicídio, seja por
produtos tóxicos, venenos ou drogas em consumo abusivo, em análises post mortem,
mostrando a lei um fato que ocorreu, ou seja, é um conjunto de conhecimentos
aplicáveis na resolução de problemas toxicológicos (CALABUIG, Gispet, 1958), por
esse motivo todo cuidado é importante. Segundo (MATTE, Paul, 1970) “É um estudo
e aplicação a toxicologia dá ao direito para encontrar a verdade em causas civis,
criminais e sociais, com o objetivo de que não causem injustiças a nenhum membro
da sociedade”.
METODOLOGIA
O presente trabalho possui delineamento de revisão bibliográfica realizada no
período de agosto a setembro de 2017, pesquisadas nos descritores de saúde nas
palavras chaves: Produtos tóxicos, toxicologia forense, análises clínicas e análise
85 Acadêmico 2° período do curso de Biomedicina na instituição UNIJIPA. Gabi-camili@hotmail.com 86 Acadêmico 2° período do curso de farmácia na instituição UNIJIPA. Marcilened72@gmail.com 87Acadêmico 1° período do curso de Biomedicina na instituição UNIJIPA. Priscilaana99@gmail.com 88 Professor Graduado em fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil ULBRA-Canoas/RS. Mestre em Saúde Coletiva ULBRA-Canoas/RS, Orientador do Curso de Biomedicina e Farmácia. E-mail:duizith@yahoo.com.br
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biológica, baseadas em publicações de artigos científicos, entre os anos de 2007 a
2017 , nos bancos de dados da SciElo e Google acadêmico.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A perícia forense tem papel primordial quando as causas de morte são
induzidas através de substâncias tóxicas, visto que, ela tem o papel de identificá-las.
Essa ciência está ligada com os processos judiciais, em casos de homicídio com
envenenamento ou drogas, pode indicar um suspeito através dos exames clínicos
(FERRARI, Júnior Ettore, 2012, p. 1). Desse modo, as provas encontradas no local do
cadáver, devem ser colhidas de forma cautelosa, observando vestígios mínimos, além
disso, investiga-se também, os familiares, amigos e colegas de trabalho, tudo o que
fazia parte da vida do mesmo. (MARTINI, Natália Hameury, 2014, p. 2).
Ainda mais, o procedimento chamado cadeia de custódia, é de fato, a base
para começo de investigação, ela está dividida em duas fases, envolvendo toda
documentação das amostras à serem colhidas, até o resultado final com descarte das
amostras (CHASIN, Alice Aparecida da Matta, 2001). Assim facilita e torna-se mais
confiável o trabalho dos peritos, pois realizado com seriedade, se obtém um resultado
real. Não somente, esse procedimento requer que todos profissionais tenham
conhecimento quando envolvidos em casos de morte, desde os policiais que isolam a
área, do delegado, até os peritos forenses, é dessa mesma forma em casos de morte
súbita (MARTINI, 2014, p. 1). Após está etapa, o manuseio das amostras necessita
de cuidado dobrado, à caminho do laboratório, devem evitar que se balance,
movimentos bruscos, além disso, determinadas amostras têm tempo máximo de
armazenamento, isso, para que não ocorra nenhuma alteração que venha modificar o
resultado final, que mostrará o agente toxicológico e a interpretação de como levou à
morte. (FERRARI, 2012, p. 5 -8).
Nas análises toxicológicas post mortem, estão englobadas coletas de fluídos e
tecidos do cadáver, como a urina, o sangue cardíaco, cérebro, fígado, cavidade
femoral, aorta, humor vítreo (MARTINI, 2014, p. 2). Ademais, os peritos precisam
observar se há restos de vômito, frascos de venenos ou comprimidos. Esta verificação
se dá o nome de necroscopia e perinecroscopia:
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São os exames do local do crime e do cadáver, respectivamente. Em suspeita de morte por intoxicação, os policiais envolvidos no exame de local devem ter especial atenção em observar: - Restos de vômito na vítima; - Cheiro de gás; - Presenças de indícios como seringas, agulhas; algodão; tampas de garrafas, colheres, embalagens de medicamentos, comprimidos, frascos de venenos, etc. - Cartas de despedida (FERRARI, 2012, p.5)
Acresce que, os policiais no processo de investigação devem identificar se a
causa da morte, se foi criminal, por dependência ou acidental (FERRARI, 2012, p. 4).
Após estas medidas, sabe-se que no laboratório onde será realizado os
exames, algumas amostras requerem refrigeração ou congelamento, de modo que,
os resultados não ficam prontos no mesmo dia. Não apenas, as amostras precisam
de tratamento, são usadas técnicas de extração para que a análise se não se torne
impossível, dado que, amostras biológicas possuem proteínas que não são
compatíveis com métodos que irão detectar substâncias toxicológicas (FERRARI,
2012, p. 8). Na análise da investigação, alguns aparelhos são utilizados como:
Espectrômetro de absorção UV/visível: medidas de absorção da radiação ultravioleta e visível têm ampla aplicação na determinação quantitativa de espécies orgânicas e inorgânicas. Está baseada na medida da transmitância ou absorbância de soluções. (SKOOG, 2002, p. 276). Através de cálculos se chega à concentração do analito presente na amostra. Cromatografia gasosa: segundo SKOOG (2002), “a amostra é
vaporizada e injetada na coluna cromatográfica. A eluição é feita por fluxo de um gás inerte que atua como fase móvel. A fase móvel não interage com as moléculas do analito”. Usada para separação e análise de amostras voláteis. Acoplado ao Espectrômetro de Massa (CG-MS), se torna um poderoso instrumento de detecção de substâncias químicas. Espectrometria atômica de raios X: está baseada em medidas de
emissão, absorção, espalhamento, fluorescência e difração da radiação eletromagnética. Os métodos de fluorescência e absorção de raios X são largamente usados para análise qualitativa e quantitativa de todos os elementos da tabela periódica que têm número atômico maior que o sódio. Com equipamento especial, também podem ser detectados os elementos com número atômico entre 5 e 10. (SKOOG, 2002).
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Logo, a interpretação do resultado é extremamente importante, mesmo sendo
negativo pode ajudar a estabelecer a causa de morte. Entretanto, com ele pode se
emitir o laudo, prosseguindo para o encerramento do caso (MARTINI, p. 2).
O Código de Processo Penal, em seu artigo 158, cita que “quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado”. Por isso, suspeitando-se de intoxicação, conforme descrito no parágrafo anterior, a retirada de matriz biológica para perícia toxicológica é obrigatória, sob pena de nulidade processual (FERRARI, Júnior Ettore, 2012, pág. 4) Ademais, o laudo toxicológico, como prova isolada, frequentemente não evidenciará o dolo ou culpa do suspeito, mas será forte embasamento para a convicção motivada do juiz na hora da sentença. É por isso que a análise do local e outras provas colhidas pelos investigadores são tão importantes para confecção da história acerca do delito. (FERRARI, 2012, p. 4)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todos os policiais que se envolvem na investigação devem se organizar nos
processos, afim de que a responsabilidade entre eles gere os resultados esperados.
Todos precisam se envolver na cadeia de custódia para manter a história da evidência,
de fato que todas as amostras na toxicologia são evidências, a cadeia contribuí para
todo o desenvolvimento em que a amostra foi submetida.
O local preservado pelos policiais, é o primeiro passo, e levará a interpretação
com resultados verdadeiros sobre ocorrido. Com o laudo emitido, se iniciará a
persecução penal. Portanto, a análise toxicológica post mortem é quantitativa,
qualitativa e precisa.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código de Processo Penal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 13 out. 1941. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del3689.htm> Acesso em 29 de setembro de 2017.
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BRASIL. Código Penal. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 31 dez. 1940. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Decreto-Lei/Del2848.htm>. Acesso em 29 de setembro de 2017.
CHASIN, Alice Aparecida da Matta. Parâmetros de confiança analítica e irrefutabilidade do laudo pericial em toxicologia Forense. Revista Brasileira de Toxicologia, v. 14, n. 1, p. 40-46, 2001.
FERRARI, Júnior Ettore Investigação policial: análise toxicológica post mortem. Revista Jus navigandi, Teresina, ano 17, n. 3193, 29marc. 2012. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/31390 MARTINI, Natália Hameury Toxicologia forense: perícia criminal post mortem. Portal Educação. Portal Educação, São Paulo, publicado em 17/04/2014. Disponível em <www.portaleducacao.com.br> MOREAU, Regina Lúcia de Morais; SIQUEIRA, Maria Elisa Pereira Bastos de Toxicologia analítica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. 318 p. SKOOG, Douglas A.; HOLLER, F. James; NIEMAN, Timothy A. Princípios de Análise Instrumental. 5.ed. São Paulo: Bookman. 2002.
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VAN: DOS ASPECTOS ALIMENTÍCIOS ÀS DOENÇAS DO SUS
Monalisa Gonçalves Delcolli Tavares89 Sharon Weynni Lima Mozer90
Taysa Fernanda Nunes91 Ana Maria Silva Nascimento92
Daniel Andrade Duizith93
RESUMO: A Vigilância Alimentar Nutricional (VAN) do SUS significa serviços de saúde prestados para os Hospitais Públicos com um extremo e rigoroso cuidado com o fatos associados ao setor alimentício dos Hospitais, especificamente ao do SUS, para antropometria de pessoas de todas as fases da vida, sendo elas crianças, adolescentes, adultos, idosos ou gestantes, para avalidar o SIS (Sistemas de Informações em Saúde) que abrange valores como, alimentação saudável, boas condições físicas e intelectuais, diminuição e manutenção de peso, aumento da disposição, melhora do humor, prevenção de doenças, fortalecimento dos ossos, equilíbrio hormonal, regulação do organismo e longevidade para evitar óbitos. PALAVRAS-CHAVE: Anorexia. Obesidade. Vigilância Nutricional. Orientação Alimentar.
INTRODUÇÃO
Neste artigo iremos fazer uma reflexão de assuntos alimentares envolvidos
exclusivamente com o SUS (Sistema Único de Saúde), que são os serviços públicos
de saúde para toda aquela população que não possui condições para bancar um
sistema particular, este sistema realiza desde de procedimentos ambulatoriais simples
à transplantes de órgãos, neste âmbito, o SUS também promove campanhas de
vacinação e prevenções de vigilância sanitária, como registro de medicamentos e
fiscalização de alimentos, que é o que iremos tratar neste artigo. A EMTN (Equipe
Multiprofissional de Terapia Nutricional) agrega profissionais da saúde, como
Médicos, Enfermeiros, Nutricionistas, Farmacêuticos, Fonoaudiólogos, Assistentes
sociais, entre outros, e cada um tem um papel importante neste quesito, segundo a
89 Acadêmico (a) Monalisa Gonçalves Delcolli Tavares do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: delcollim@gmail.com 90 Acadêmico (a) Sharon Weynni do 6º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: sharon_weynni@outlook.com 91 Acadêmico (a) Ana Maria Silva Nascimento do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: anamsilvanascimento@hotmail.com 92 Acadêmico (a) Taysa Fernanda Nunes do 4º Período do Curso de Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: taysafernandaunijipa@hotmail.com 93 Professor do Ensino Superior da Faculdade Panamericana de Ji-paraná - UNIJIPA Mestre em Saúde Coletiva – ULBRA, Especialista em traumatologia, ortopedia - CBES - e Fisioterapia desportiva – ARTMED. Licenciado em Fisioterapia – ULBRA. E-mail: duizith@yahoo.com.br
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Resolução RDC/Anvisa nº 63, de 6 de julho de 2000, e na Portaria nº 272/MS/SNVS,
de 8 de abril de 1998, a posição de cada um é, ao médico, indicar e prescrever uma
terapia nutricional enteral e parenteral, isto é avaliar alimentos e remédios, ao
nutricionista, avaliar o estado nutricional de cada paciente para uma prescrição
dietética balanceada em alimentos e medicamentos, ao Enfermeiro, prescrever,
administrar e atender com os cuidados da Enfermagem, ao Farmacêutico,
competência em adquirir, armazenar e distribuir criteriosamente a nutrição enteral
industrializada, quando o Nutricionista não for habilitado à garantir esta qualidade,
orientando à administração de medicamentos e conforme a Portaria nº 272/MS/SNVS,
de 8 de abril de 1998, cabe à ele realizar procedimentos inerentes à compra,
manipulação, desenvolvimento, preparação, controle de qualidade, conservação e
transporte dessas substâncias químicas, ao Fonoaudiólogo, atender as disfagias
orofaríngeas e a deglutição, para melhorar a dieta oral, ao assistente social, interagir
com os pacientes e com os familiares, facilitando o acesso à dietas e insumos
necessários.” (MANUAL DE TERAPIA NUTRICIONAL NA ATENÇÃO
ESPECIALIZADA, 2016)
METODOLOGIA
Essa Revisão Bibliográfica foi realizada por base critérios que tinham mais
dados para serem colhidos de artigos relacionados com o SUS e dos problemas que
eles causam, também foi usada a clareza dos sites como foco de informação; no total
foram usados 3 artigos como base de pesquisa para essa Revisão Bibliográfica e
cinco sites.
Esse estudo é uma Revisão Bibliográfica que têm como base outros Artigos e
Sites e que se referem ao caso dos 1352 indivíduos, 1111 eram mulheres e 241 eram
homens, todos eram maiores de 20 anos de idade, foram atendidos no Centro de
Saúde Escola Germano Sinval Faria, que é uma unidade de treinamento da Fundação
Oswaldo Cruz, situada na cidade do Rio de Janeiro, essa sede situa-se em sete
favelas e um conjunto habitacional na região de Manguinhos. Todos os dados foram
colhidos dos prontuários médicos, os dados foram realizados por uma equipe de
Enfermagem, a massa corporal é realizada com a pessoa vestida, numa balança
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Filizola, a estatura é medida no estadiômetro da própria balança e para calcular o IMC
utilliza-se os dados de massa corporal e estatura. Tais dados foram transferidos para
um micro-computador e a análise estatística foi realizada através do programa
estatístico SAS, que foram estratificados por sexo, faixa etária e estado nutricional, as
diferenças entre os sexos foram analisadas pela taxa de covariância, utilizando a
idade como covariável, os coeficientes de correlação Pearson “[...]foram gerados entre
os valores de IMC, massa corporal e estatura para toda a amostra e faixa etária do
sexo e o valor de p=0,05 foi utilizado para determinar a significância estatística”
(CRONCK , 1989).
No segundo caso observa-se uma prioridade à atenção na área dos
alimentos, como a correta manipulação dos alimentos, incluindo o armazenamento
nos locais corretos, certas temperaturas, tempo de armazenamento e o perigo que
podem estar associados aos alimentos contaminados. Em relação à pesquisa
realizada no Paraná, no período de 1978 à 2000, os dados foram disponibilizados pela
Secretária de Estado da Saúde do Paraná, que foram coletados através de boletins
mensais procedentes de municípios paranaenses, também foi realizada uma pesquisa
na Inglaterra, no período de 1999 (BRASIL, 2003).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Rudimentarmente, temos que esclarecer que para analisarmos um sistema de
vigilância nutricional abrangeremos indicadores fáceis de se obter e que sejam
proveitosos para a avaliação da EN (Estado Nutricional); em crianças usa-se o
crescimento para indicar o EN, já nos adultos utiliza-se metodologia simples da
avaliação da composição corporal (CRONCK , 1989)
Todo os Hospitais Públicos devem possuir um serviço de nutrição e dietética
(SND) estruturado, organizado e integrado às outras áreas da atenção em saúde,
realizando uma formação do aspecto nutritivo quanto de contaminações inerentes ao
ambiente hospitalar, protegendo-os de possíveis toxinfecções alimentares, o principal
problema apontado pelos serviços de nutrição foi a falta de nutricionistas, percebido
como o nó crítico para a qualidade do serviço nutricional, cuja função é ação de
diagnóstico, prescrição e registro no pontuário, para Ulibarri poucos hospitais
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conseguem se preparar precocemente para detecção de desnutrição dos pacientes
que ali ingressam, por isso a desnutrição é detectada em estados demasiados
avançados (MACHADO, 2008).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A VAN (Vigilância Alimentar Nutricional) possui um extremo e rigoroso cuidado
com os sistemas do SUS, bem como sua equipe de profissionais que auxiliam na
administração dos alimentos, como os Cozinheiros, ou mesmo aqueles que interagem
direto com a doença como os Nutricionistas, na manutenção de alimentos, etc.
REFERÊNCIAS BENEFÍCIOS DE UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, Mundo Mulheres. Benefícios de uma alimentação saudável: Para a saúde, na atividade física e na infância. Cidade: São Paulo; Editora: Yane, 2017. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, Ministério da Saúde. Resolução - RCD N° 63, de 6 de Julho de 2000: Regulamento técnico para a terapia de nutrição enteral. Cidade: São Paulo; Gonzalo Vecina Neto, 2000. BLOG, Big Listas da Net. 10 doenças transmitidas por alimentos: Doenças transmitidas por alimentos. Cidade: São Paulo; Creuza Aparecida, 2011. SECRETÁRIA DE ATENÇÃO À SAÚDE, Ministério da Saúde. Manual de terapia nutricional na atenção especializada hospitalar: No âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. Cidade: Brasília; José Eduardo Fogolin Passos, 2016. VIGILÂNCIA ALIMENTAR E NUTRICIONAL, Portal da saúde. Sistema de vigilância alimentar nutricional: VAN e SISVAN. Cidade: Brasília; Departamento de Atenção Básica, 2012. MACHADO FMS, Simões AN. Análise custo-efetividade e índice de qualidade da refeição aplicados à estratégia global da OMS. Cidade: Rio de Janeiro; Saúde Pública, 2005.
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CRONCK C. E., ROCHE A. F. Raça e sexo-específico dados de referência para tríceps e subscapular dobras cutâneas e peso/estatura. Cidade: Rio de Janeiro; Revista Americana de Nutrição Clínica, 1989. NOTERMANS S., VERDEGAAL A. H. Doenças transmitidas por alimentos emergentes. Cidade: Paraná; Revista Internacional de Microbiologia Alimentar, 1992.
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VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA: o desrespeito à mulher e a vida, um alerta para mudanças
Joana Darc da Silva Costa94
Hilzemir Pinto Leão95 Gysele Deise Mota96
Alexandre Zandonadi Meneguelli97 RESUMO: A proposta é despertar uma reflexão com os profissionais de saúde e a gestante usuária do Centro de Saúde Juscelino Cardoso de Jesus (Exposição) sobre a Política do Parto Humanizado, violência obstétrica, e os direitos da parturiente. Visto que muitas mulheres são vítimas de violência obstétrica todos os anos, observou-se que isso talvez ocorra pela falta de informação, em que tanto gestantes quanto os profissionais de saúde podem não ter conhecimento sobre os atos que são considerados violência obstétrica e normas da política do parto humanizado. PALAVRAS-CHAVE: Violência obstétrica. Parto humanizado. Gestantes. Direitos.
INTRODUÇÃO
A gestação e o parto são eventos que marcam a vida da mulher, é o início de
um novo ciclo que celebra a hegemonia do papel feminino, é também um momento
de grandes expectativas. Embora esta fase seja tão importante e delicada, o parto é
um processo fisiológico normal, mas que ‘pode sofrer interferências da cultura, estado
emocional, dos valores, da história da parturiente e de fatores ambientais’ (SILVA et
al, 2014).
Na maioria das vezes, a mulher necessita apenas de acolhimento, atenção,
apoio e um atendimento humanizado no sentido primitivo do termo e da ação
(ANDRADE; AGGIO, 2014).
Mas infelizmente a realidade é muito controversa no que diz respeito ao bem-
estar emocional, e a integridade física da mulher, e o conjunto dos cuidados
94 Acadêmico do 9º Período do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-paraná – UNIJIPA. E-mail: joanadarc-jipa@hotmail.com 95 Acadêmico do 9º Período do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-paraná – UNIJIPA. E-mail: hilzemir.leao@hotmail.com 96 Acadêmico do 9º Período do Curso de Bacharel em Enfermagem da Faculdade Panamericana de Ji-paraná – UNIJIPA. E-mail: gyselinhadeise@gmail.com 97 Professor do Ensino Superior da Faculdade Panamericana de Ji-paraná – UNIJIPA. Doutorando em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB-MS. Mestre em Ciências Ambientais - UNIR, Especialista em Zoologia - FACIMED. Licenciado em Biologia - CEULJI/ULBRA. E-mail: alexandre.meneguelli@unijipa.edu.br.
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dispensados nesse momento, parece não importar para o cenário da saúde pública
das mães (SILVA et al., 2014).
O presente trabalho teve como objetivo fornecer informações ao público em
geral, mas dar especial atenção às gestantes e aos profissionais de saúde, sobre o
que é a violência obstétrica e como ela acontece, assim como esclarecer às mulheres
seus direitos como gestante, parturiente e puérpera, buscando dessa maneira,
informar e clarear sobre esse tema ainda pouco falado, mas muito presente no
cotidiano das maternidades do mundo todo.
METODOLOGIA
Para a elaboração deste trabalho realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre
o tema e assuntos relacionados a partir de bancos de dados como: Revistas
Eletrônicas, Artigos e Monografias. A partir daí buscou-se fazer um levantamento
bibliográfico sobre o tema através de distintas combinações dos seguintes descritores:
Violência; Violência contra a mulher; Violência obstétrica, Direitos das parturientes,
Nível de conhecimento dos profissionais de saúde quanto a violência obstétrica e
política do parto humanizado.
Em seguida realizou-se uma palestra para os profissionais da saúde, sobre o
tema violência obstétrica e parto humanizado, e orientação as gestantes de uma
Unidade Básica de Saúde sobre os seus direitos, bem como as situações que
caracterizam a violência obstétrica.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tomando como base uma história que vem na contramão do processo do parto
e do nascimento, de forma que esses eventos eram assistidos apenas por mulheres
(parteiras, comadres e familiares próximos) e aconteciam no aconchego do lar, e que
antagonicamente se firmam e se consagram nas mãos de médicos e enfermeiras, de
forma técnica e hospitalocêntrica, tirando a gestante do seu papel de protagonista,
passando a colocá-la como coadjuvante de um momento único a cada mulher, é que
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soa aos ‘ouvidos’ de todos aqueles que acompanham essa triste realidade, um grito
velado pedindo socorro (VENDRÚSCOLO; KRUEL, 2016).
Dentro deste contexto acerca da gestação e parto, analisando recomendações
da Organização Mundial da Saúde - OMS (Word Health Oranization, 1996a), que
sugere uma taxa mínima entre 10% e 15 % no número de cesarianas, e na pesquisa
Nascer no Brasil, realizada entre 2011 e 2012, em ambiente hospitalar de diferentes
regiões do país, composto por puérperas e seus recém-nascidos, e que teve como
um de seus objetivos analisarem as intervenções obstétricas em mulheres de risco
habitual.
Esses números mostram o desrespeito e os vícios recorrentes de um fazer
tecnicistas e convencionais aos profissionais da saúde, a falta de informação das
parturientes e seus familiares, a ausência de fiscalização adequada, a deficiência de
locais próprios e individualizados para o parto, e principalmente a total
desconsideração ao atendimento humanizado, que deveria ser regra e não exceção,
implantado através de programas do Ministério da Saúde (Rede Cegonha). Todo esse
conjunto de falhas, em um momento ímpar na vida da mulher, mais uma violência a
devasta, e a esta dá-se o nome de violência obstétrica (MATOS et al., 2013).
Segundo informações da Fundação Artemis países como a Argentina e a
Venezuela, a violência obstétrica é reconhecida como um crime cometido contra as
mulheres, e segundo as leis destes países, a violência obstétrica é caracterizada pela
apropriação do corpo e processos reprodutivos das mulheres pelos profissionais de
saúde, através do tratamento desumanizado, abuso da medicalização e patologização
dos processos naturais, causando a perda da autonomia e capacidade de decidir
livremente sobre seus corpos e sexualidade, impactando negativamente na qualidade
de vidas das mulheres (ZANARDO et al., 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora não seja um fato novo visto que, muitos já devem em algum momento
ter ouvido falar sobre uma gestante que tenha sido mal atendida pelos serviços de
saúde, em especial quando este é fornecido pela rede pública, o tema violência
obstétrica, ainda é um assunto pouco abordado no Brasil, mas recorrente.
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Existe a necessidade de realizar uma assistência obstétrica baseada em
evidências científicas conjugada com toda a essência do ser humanizado profissional
e pessoal, além de adequar ambientes propícios a chegada de uma nova vida,
educação continuada a todos os profissionais envolvidos a este evento, legislação
própria, órgãos fiscalizadores e informação a população.
Assim, falar sobre violência obstétrica é levantar uma bandeira branca pedindo
trégua à séculos de práticas automáticas, que retiram a autonomia da mulher, talvez
em seu momento mais delicado, e dar oportunidade a milhares de profissionais para
mostrar que nem tudo está perdido, e que o parto é um momento natural, mesmo
quando a mulher necessite de alguma intervenção médica informada e esclarecida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE e AGGIO,(2014) Violência obstétrica: a dor que cala. Disponível em: http://www.uel.br/eventos/gpp/pages/arquivos/GT3_Briena%20Padilha%20Andrade.pdf.Acessado em: 27 ago. 2017. MATOS et al.(2012) A trajetória histórica das políticas de atenção ao parto no Brasil: uma revisão integrativa. Revista de enfermagem ufpeonline. Recife, 7 (esp.):870 – 8, mar.,2013.Disponível em: www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/download/.../5741.Acessado em: 29 ago. 2017. DA SILVA et al.(2014) Violência obstétrica na visão de enfermeiras obstetra: relato de experiência. Revista RENE. 2014 jul-ago; 15(4): 720-8. Disponível em:www.revistarene.ufc.br/revista/index.php/revista/article/download/1514/pdf.Acessado em: 28 ago. 2017. VENDRUSCULO e KRUEL.(2015) A história do parto: do domicílio ao hospital; das parteiras ao médico; de sujeito a objeto 1. Disponível em:https://www.periodicos.unifra.br/index.php/disciplinarumCH/article/viewFile/1842/1731. Acessado em: 30/08/2017. ZANARDO et al.(2017) Violência obstétrica no brasil: uma revisão narrativa. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v29/1807-0310-psoc-29-e155043.pdf. Acessado em: 05 set. 2017.
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CONSEQUÊNCIAS DO USO EXCESSIVO DE PSICOTRÓPICOS
Amarildo Oliveira Junior98 Cleia Marta Valentim99
Thamires Da Cruz Magalhães100 Thiago Aparecido Dos Santos101
Daniel Andrade Duizith102
RESUMO: Tendo como intuito de trazer informações à respeito do Uso Excessivo de medicamentos psicotrópicos, ou seja, medicamentos que exigem a retenção de receituário especial, retratando sobre o consumo desenfreado de substâncias controladas, sejam elas prescritas por um profissional da saúde ou até mesmo pela automedicação. O crescimento do consumo destes medicamentos tem sido acentuado devido às cobranças do mundo atual e se dá pela rápida resposta em tratamentos de patologias. No trabalho apresentado, abordamos informações de suma importância com base em pesquisas e estatísticas já obtidas, para que possamos de forma simples e objetiva tratar o deste assunto.
PALAVRA-CHAVE: Medicamento. Psicotrópicos. Psicofármaco.
INTRODUÇÃO
Na agitação cotidiana da sociedade atual, somos submetidos a muitas
pressões, tendo cobrança por maior produtividade, melhor desempenho com mais
agilidade, trânsito tumultuado entre outras situações que nos levam a alta cobrança.
Tudo isto tem colaborado para que as pessoas busquem nos medicamentos soluções
para amenizar ou até mesmo tratar da ansiedade causada por esta agitação.
Estas substâncias psicotrópicas sejam elas ansiolíticos ou anfetaminas
(anorexígenos), têm como foco principal tratar de pessoas com distúrbios psiquiátricos
e controle de peso, mas que também tem colaborado para o tratamento de diversas
patologias que causam agravamentos que podem ser desde distúrbios mentais ou
psíquicos. Os maiores problemas sociais tem sido tratado com ansiolíticos, pois são
medicamentos que tratam de doenças tais como a depressão, ansiedade e insônia. O
98Acadêmico do 2º Período do Curso de Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: Amarildoo22@gmail.com 99 Acadêmica do 2º Período do Curso de Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: Cleiamarta.v@gmail.com 100Acadêmica do 1º Período do Curso de Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: thamicmagalhaes@gmail.com 101 Acadêmico do 2º Período do Curso de Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail: thiagojj4j_3642@outlook.com 102 Professor Orientador, Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil, ULBRA/CANOAS-RS. Me. Em Saúde coletiva, ULBRA/CANOAS-RS. Professor e coordenador do curso de fisioterapia da UNIJIPA. E-mail: duizith@yahoo.com.br
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uso exagerado destes medicamentos e até mesmo a prescrição em excesso ou errada
é um fato na sociedade atual, mas ao mesmo tempo é muito preocupante, pois o uso
prolongado dos psicofármacos pode trazer efeitos colaterais indesejáveis e
dependência química do mesmo.
METODOLOGIA
Este resumo expandido trata-se de uma revisão bibliográfica, onde foram
selecionados seis (6) artigos científicos e informações da Organização Mundial da
Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), foram utilizadas
informações de três (3) dos artigos e de duas (2) Organizações/Agência. Esta
pesquisa foi realizada no mês de agosto de 2017.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nos últimos tempos tem se aumentado muito as prescrições de medicamentos
controlados para pacientes com diversas patologias, na maioria dos casos trata-se de
medicamentos que atuam no Sistema Nervoso Central (SNC) e segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS) desde 2001 esta agência vem alertando para
este aumento significativo de consumo de substâncias psicotrópicas, que são
medicamentos no qual “agem no sistema nervoso central produzindo alterações de
comportamento, humor e cognição possuindo grande propriedade reforçadora sendo,
portanto, passíveis de automedicação [...]” (CARLINI, 2001, p. 9-35). Drogas estas,
que induzem a dependência, mas que se trata de uma grande aliada dos médicos
psiquiatras, quando prescrito com eficiência.
Em meados da década de 50 temos início aos tratamentos a patologias
psiquiátricas e não mais o isolamento como era feito nos primórdios da colonização
do Brasil, e é desde então que com a “revolução psicofarmacológica”. Os
psicofármacos têm conquistado espaço no tratamento de patologias que se referem à
saúde mental (LUZIO; SANTOS, 2012 p.2).
Assim como (BRIGIDO, 2008) nos trás a clara informação que as drogas que
atuam no SNC foram as primeiras drogas a serem descobertas pelos seres humanos,
tais como exemplo: benzodiazepínicos, barbitúricos e opióides. Ambas as medicações
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precisam de prescrição médica e seu acompanhamento, mas desde então estas
medicações são utilizadas para tratar de diversas doenças de variadas origens, mas
estes tratamentos com substâncias psicotrópicas tem se tornado muito mais frequente
que o normal.
A prescrição e venda de substâncias psicotrópicas no Brasil estão
regulamentadas pela portaria 344/98103, mesmo estas medicações estando
submetidas a esta portaria, é sabido que muitos ainda se apoderam dos artifícios do
“jeitinho brasileiro” de fazer a troca do receituário, mesmo que o paciente não esteja
presente ou até mesmo comprar sem apresentar a receita, seja em farmácias e
drogarias ou via mercado negro.
Os medicamentos sujeitos à controle especial, segundo (FERRARI et al., 2013;
SILVA; IGUTI, 2013) deverão ser prescritos nas seguintes listas de receitas “A1 e A2
(entorpecentes); A3, B1 e B2 (psicotrópicas), C1 (substâncias sujeitas a controle
especial), C2 (retinóicas para uso sistêmico) e C3 (imunossupressoras). A prescrição
da receita só deve ser feita pelo médico”. Medida esta tomada para conter a venda
ilegal de medicamentos
A Organização das Nações Unidas (ONU) apresenta relatos comprovados
através de pesquisas realizadas, que nos países sendo Estados Unidos, Argentina e
Brasil o consumo de psicofármacos já supera o consumo de heroína, ecstasy e
cocaína somados, fato este que tem chamado cada vez mais atenção para esta
epidemiologia atual da sociedade mundial.
Estudos têm relatado um aumento do consumo de medicamentos psicotrópicos na população de adolescentes, de 18 anos e em adultos jovens que possuem entre 18 a 40 anos sendo que essa ação pode estar relacionada com uma série de fatores, entre eles os aspectos sóciodemográficos, como idade, sexo, certos fatores psicossociais, além da influência de amigos e a família (MARTÍNEZ et al., 2008).
103 Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998. - Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. O Secretário de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no uso de suas atribuições e considerando a Convenção Única sobre Entorpecentes de 1961 (Decreto n.º 54.216/64), a Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas, de 1971 (Decreto n.º 79.388/77), a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas, de 1988 (Decreto n.º 154/91), o Decreto-Lei n.º 891/38, o Decreto-Lei n.º 157/67, a Lei n.º 5.991/73, a Lei n.º 6.360/76, a Lei n.º 6.368/76, a Lei n.º 6.437/77, o Decreto n.º 74.170/74, o Decreto n.º 79.094/77, o Decreto n.º 78.992/76 e as Resoluções GMC n.º 24/98 e n.º 27/98. Disponível em site:< http://www.anvisa.gov .br/hotsite/talidomida/legis/Portaria_344_98.pdf>. Acesso em: agosto de 2017.
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Uma pesquisa realizada pela ANVISA no período de 2007 a 2010 confirma que
foram consumidos mais os ansiolíticos, antidepressivos e emagrecedores. E segundo
a ANVISA, as substâncias psicotrópicas mais utilizadas foram o clonazepam que tem
como referência o Rivotril, bromazepam no qual a referência é o Lexotan e Alprazolan
tendo como referência o Frontal. Esta informação se torna mais agravante quando a
mesma informa que só no período de 2010 as farmácias cadastradas junto a ANVISA
dispensaram mais de 10,5 milhões de caixas de clonazepam (Rivotril®), resultado
este da pesquisa que indica o quanto este exagerado o uso destas substâncias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo com tantas exigências do mundo atual e contemporâneo, é preciso ter
cautela ao buscar efeitos rápidos e eficientes para sanar o sofrimento e a angústia do
ser humano, uma vez que é de suma importância que seja avaliado os ricos e
benefícios de um tratamento que envolva substâncias psicotrópicas.
REFERÊNCIAS
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. RDC nº. 67, de 08 de outubro de 2007. Boas Práticas de Medicamentos de Preparações Magistrais e Oficinais para uso Humano em Farmácias. D.O.U. Brasília, DF, 2007. BASTOS, O. Primórdios da psiquiatria no Brasil. Rev. Psiquiatr. Rio Gd. Sul,Mai/Ago. 2007, 29:2, 154-155. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rprs/v29n2/v29n2a04.pdf> Acesso em: agosto de 2017. BRASIL. Portaria n.º 344, de 12 de maio de 1998. Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Disponível em site:< http://www.anvisa.gov.br/hotsite/talidomida/legis/Portaria_344_98.pdf>. Acesso em: agosto de 2017. BRÍGIDO, Aline Andrade. Prevalência do Consumo de Substâncias Psicotrópicas por Adolescentes de uma Escola de Criciúma – SC, 2008. Disponível em site:< www.bib.unesc.net/biblioteca/sumario/000037/ 00003788..pdf>. Acesso em: agosto de 2017.
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ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Relatório sobre saúde no mundo 2001. Saúde mental: nova concepção, nova esperança. Genebra: OMS, 2001. NASARIO, Marcela;DA SILVA, Milena. Estudo Do Consumo De Medicamentos Psicotrópicos No Município De Alto Araguaia – MT, 2010 <http://www.unijipa.edu.br/media/files/2/2_663.pdf> Acesso em: agosto de 2017.
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BIÓPSIA LÍQUIDA: inovação tecnológica no diagnóstico do câncer
Eliel Luciano da Silva104 Thamy Santos Ribeiro105
RESUMO: Conhecida de vários profissionais da área da saúde e por ser um procedimento
extremamente comum nas praticas médicas, a biópsia é a retirada total ou de pequenos fragmentos de tecido orgânico para uma análise minuciosa. Praticamente todos os órgãos e componentes corporais podem ser analisados e existem várias técnicas de biópsia, entretanto o presente estudo objetivou abordar a biópsia líquida, uma análise ainda pouco conhecida. Este exame, menos invasivo, consegue identificar mutações moleculares em amostras de sangue e sua divulgação é de extrema importância para os meios social e acadêmico. PALAVRAS-CHAVE: Análises clínicas; Mutação genética.
INTRODUÇÃO
No mundo todo pessoas são acometidas com novas patologias resultantes de
alterações genéticas e, nesse contexto, a importância do desenvolvimento de
inovações tecnológicas na área da saúde torna-se evidente. Estas mutações gênicas
podem causar, dentre outras patologias, tumores malignos ou benignos, e nas últimas
décadas tem-se compreendido melhor os mecanismos moleculares pelos quais danos
genéticos, adquiridos ou herdados, originam clones de células que escapam dos
controles normais de crescimento e diferenciação (FIDLER, 1997; WARD, 2002).
Conhecendo os altos índices de mortalidade associados a esta doença crônica, o
desenvolvimento de novas estratégias diagnósticas proporciona não apenas um
diagnóstico mais precoce como a possibilidade de prever alguns tipos de tumores e
de evitá-los.
Já em fase de comercialização, está disponível o teste EGF-R (Epidermal Grow
Factor Receptor, sigla em inglês para Receptor do Fator de Crescimento Epidérmico)
que, por meio de uma biopsia liquida, é utilizado na detecção destas mutações em
amostras de plasma de paciente em tratamento ou acompanhamento quimioterápico
(RUIZ et al., 2006). A biópsia líquida é muito simples e quase indolor. O sangue,
104 Acadêmico do 6º Período do Curso de Farmácia da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail:eliellucianodasilva@hotmail.com 105 Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Uberlândia. Mestre e Doutora pela Universidade Estadual de Maringá. Professora da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná e da Faculdade São Paulo. E-mail: thamysantos@yahoo.com.br
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colhido de modo convencional, é submetido a análises moleculares capazes de
identificar mutações gênicas antes mesmo de suas expressões fenotípicas (SILVA et
al., 2009). Este exame inovador permite ao oncologista clínico fazer uma análise
específica de seus pacientes podendo direcionar a abordagem terapêutica mais
recomendada para cada situação.
Sobre este assunto ainda pouco conhecido, o presente estudo objetivou revisar
a bibliografia existente sobre esta análise molecular, abordando suas possíveis
aplicações.
METODOLOGIA
Para atingir os objetivos previamente expostos, utilizou-se o método de revisão
de literatura, que tem por finalidade reunir e sintetizar os resultados da pesquisa sobre
determinado tema, contribuindo para o aprofundamento do conhecimento do tema
investigado. Para a realização do trabalho foram selecionados artigos que
apresentaram abordagens com as seguintes palavras-chave: Biópsia líquida,
Inovações de tecnologia moleculares, Mutações em resultado de biópsia. Após
selecionados, os artigos foram estudados e neste estudo apresentados.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As dificuldades em acessar a diversidades populacionais de células tumorais
por biópsia convencional é um dos grandes desafios no cuidado contínuo e no
monitoramento do câncer (OLIVEIRA et al., 2011). Em situações em que não é
possível realizar a biópsia ou quando há quantidade tumoral insuficiente para análise,
a biópsia líquida apresenta-se como uma alternativa fácil e viável (LEDO, 2015).
A inovação tecnológica da biópsia líquida livrará pacientes de árduos
procedimentos invasivos e dolorosos, mediante internações e participação de vários
profissionais. Este exame é uma fusão de técnicas que identificam pedaços muito
pequenos de DNA em circulação no sangue, informado ao médico que medicamento
pode combater determinada mutação genética ligada ao câncer do paciente. Este
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tratamento, conhecido por terapias-alvo, têm menos efeitos colaterais justamente
porque são específicas (LEITE et al., 2012).
O DNA tumoral circulante é liberado pelas células tumorais para o organismo
na circulação sanguínea e pode ser isolado em um exame de sangue de rotina. Como
as células tumorais que residem em diferentes lesões tumorais metastáticas em um
mesmo paciente podem frequentemente desenvolver mecanismo distintos de
resistência a medicamentos, a análise por biópsia líquida do DNA tumoral circulante
pode identificar com frequência a presença simultânea de múltiplas alterações de
resistência que seriam perdidas por uma biópsia tumoral de uma única lesão
(KUNIYOSHI, 2013).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por mais, que as pesquisa relacionadas à biópsia líquida tenham obtido grande
sucesso junto à terapia medicinal, melhorando a qualidade e satisfação de vida dos
pacientes, a procura a esta técnica ainda é pouca. O sucesso e a eficácia da biópsia
líquida superam o alto custo do tratamento, evitando até mesmo processos cirúrgicos
invasivos.
Diante da revisão de literatura realizada neste estudo pode-se concluir que a
biópsia líquida apresentou um avanço considerável na medicina oncológica,
contribuindo para a melhoria da saúde de vida dos indivíduos. Contudo espera-se que
as políticas públicas de saúde avancem, promovendo o acesso da população a este
exame.
REFERÊNCIAS
FIDELER, IJ. Molecular biology of cancer: invasion and metastasis. In DeVita VT, Hellman S, Rosemberg AS (eds). Cancer: principles & practice of oncology. LipincottRaven Publishers, Philadelphia 1997;135-52.
KUNIYOSHI, Renata Kelly. Estudo do perfilamento gênico tumoral e de marcadores de doença residual mínima (CK19 e c-ErbB-2) através de RT-PCR quantitativo na fração mononuclear do sangue periférico em pacientes com
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câncer de mama durante o tratamento. 2013. PhD Thesis. Universidade de São Paulo.
LEDO,Raquel Honotato.Celula tumorais circulantes .PHD Thesis. Sao Paulo. 2015
LEITE, C., Costa, J. V. G., Callado, R. B., Torres, J. N. L., JÚNIOR, R., & Ribeiro, R. A. (2012). Receptores tirosina-quinase: implicações terapêuticas no câncer. Revista Brasileira de Oncologia Clınica, 8(29), 140-142.
OLIVEIRA, E. X. G. D., Melo, E. C. P., Pinheiro, R. S., Noronha, C. P., & Carvalho, M. S. (2011). Acesso à assistência oncológica: mapeamento dos fluxos origem-destino das internações e dos atendimentos ambulatoriais. O caso do câncer de mama. Cad Saúde Pública, 27(2), 317-26.
RUIZ, M. T., Pavarino-Bertelli, É., Maniglia, J. V., Ruback, M. J., & Goloni-Bertollo, E. M. Epidemiologia e biomarcadores em câncer de cabeça e pescoço.Rio de Janeiro,2006.
SILVA, B. V., Horta, B. A., Alencastro, R. B. D., & Pinto, A. C. . Proteínas quinases: características estruturais e inibidores químicos. Quimica nova, 32(2), 453-462. Ano 2009
WARD, L.S. Entendendo o processo molecular da tumorigênese. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 46(4):pg.351-360. Ano 2002.
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CUIDADOS ESPECIAIS DURANTE O PRÉ-NATAL EM GESTANTES
PORTADORAS DO VÍRUS HIV
Diego Luiz Barbosa de Matos106 Mariana Gomes da Silva Almeida 107
Daniel Andrade Duizith108
RESUMO: Trata-se de uma revisão bibliográfica exploratória e descritiva cujo objetivo foi conhecer os déficits de autocuidado de gestantes/puérperas com HIV/AIDS e os fatores que influenciam no engajamento para o autocuidado.
PALAVRAS-CHAVE: Gestação. HIV. Contaminação. Medicamentos.
INTRODUÇÃO
De Acordo com o Ministério da Saúde (BRASIL, 2014), HIV é a sigla em
inglês do "Vírus da Imunodeficiência Humana" que causa a AIDS a doença que ataca
o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de outras doenças. As
células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus altera o DNA destes linfócitos
fazendo cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, o HIV rompe os linfócitos em
busca de outros para continuar a infecção. Existem vários fatores de risco para
transmissão do vírus do HIV e podemos classificar em três vias: 1° através de relação
sexual sem uso de preservativos por meio de exposição a secreções contagiosas que
contenham o vírus ou células infectadas, esse meio de transmissão pode ocorrer do
homem para a mulher (relação heterossexual), do homem para homem
(homossexual), de mulher para mulher (homossexual) e se dá por meio de relação
sexual por via do sexo vaginal, anal e oral (BATISTA, 2003). 2º. Sanguínea: O
compartilhamento de seringas foi um dos fatores que fez com que o HIV aumentasse
o número de infectados no Brasil por usuários de drogas a partir da década de 80, em
acidentes com agulhas e objetos cortantes infectados, reutilização de seringas e
106 Acadêmico do Curso de Bacharel de Biomedicina da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail:diegoluizmatos85@hotmail.com 107 Acadêmico do Curso de Bacharel de Biomedicina da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná – UNIJIPA. E-mail:mariana_gomessilva@hotmail.com 108 Professor Graduado em Fisioterapia pela Universidade Luterana do Brasil –ULBRA- Canoas/RS- Mestre em Saúde Coletiva ULBRA- Canoas/RS -Orientador do curso de Biomedicina e Farmácia E-mail:duizith@yahoo.com.br.
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agulhas, como acontece entre os usuários de drogas injetáveis também na transfusão
de sangue contaminado (UNAIDS, 2010). 3° Vertical: Acontece quando a mãe
infectada transmite o vírus na gestação concepto por via transplacentária ou no
trabalho de parto tendo contato com o sangue contaminado e durante a amamentação
(NEME, 2006). O HIV ainda representa um problema de saúde pública de grande
relevância na atualidade, em função do seu caráter pandêmico.
O presente trabalho tem como objetivo geral descrever a gestação de uma
mãe portadora de HIV no sistema único de saúde (SUS).
METODOLOGIA
Refere-se a um estudo que descreve o HIV na gestação e acompanhamento
pré-natal, exames e medicamentos, com coleta dados adquiridos por meio da seleção
de artigos, para o alcance do objetivo foi utilizado um dos instrumentos da “Prática
Baseada em Evidências”, o método de Revisão Integrativa da Literatura, que segundo
Mendes, Silveira e Galvão (2008) são definidas como o cuidado guiado pelos
resultados de pesquisa, consenso de especialistas ou combinação de ambos. Para
Barbosa e Melo (2008) este método possibilita simplificar estudos anteriores
conduzidos obtendo conclusões a partir de um tema de interesse.
Os dados foram selecionados por meio de artigos da literatura nacional
indexados nas bases dedados BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) Para o levantamento
HIV na gestação foram utilizados os seguintes descritores: “HIV”, “gestação”
“contaminação” e “medicamento”.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É obrigatório por lei que toda gestante faça o teste de HIV logo nas primeiras
consultas do pré-natal, em 2007 de acordo com (BRASIL, 2014) foi lançado o Plano
Operacional para a Redução da Transmissão Vertical do HIV e logo no ano 2011 foi
incorporado um plano global chamado de rede cegonha em que o principal objetivo
era reduzir o número de crianças infectadas por HIV até 2015 e manter suas mães
vivas, esse plano tinha como objetivo mobilizar os profissionais de saúde garantindo
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a essas mulheres e crianças o direito à atenção humanizada durante o pré-natal,
parto/nascimento, puerpério e atenção infantil em todos os serviços de saúde do
Sistema Único de Saúde (SUS) Ministério de Saúde (BRASIL, 2014).
Um dos modelos principal desse plano nesse ano era a introdução de exames
rápidos conhecidos como testes rápidos que iriam promover resultados com rapidez
e reduziria alguns custos para o ministério da Saúde, já que o teste rápido sai mais
barato para o SUS e de fácil acesso a toda comunidade, tendo resultado muito
precoce, agilizando também o tratamento no acompanhamento pré-natal, e esse
sistema de exames e teste é tão eficaz que funciona até nos dias de hoje.
Na gestação a maioria das mulheres não fazem o acompanhamento adequado
do pré-natal que seria recomendável de seis consultas que devem ocorrer entre a 14
semana e a 27 semanas essa mesma informação podemos constar nos estudos
Cechin et al. (2007) que as mulheres deixam para procurar tardiamente o sistema de
saúde que acaba tendo apenas duas consultas das 6 que eram recomendáveis
(BRASIL, 2006).
Para Brasil (2001) as gestantes portadoras do HIV deverão receber, a partir
da 14ª semana, o esquema de zidovudina oral (AZT) na seguinte dose diária: - 500
mg divididos em 5 doses diárias de 100 mg ou - 600 mg divididos em 3 doses diárias
de 200 mg ou - 600 mg divididos em 2 doses diárias de 300 mg. Brasil (2006)
complementa que para iniciar o esquema posológico de AZT oral as gestantes
precisam ser avaliadas clínica e laboratorialmente (níveis de linfócitos T CD4+ e carga
viral).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todas as gestantes devem realizar testes para identificação da infecção pelo
vírus HIV. É um exame de rotina na avaliação pré-natal. Este exame é particularmente
importante, pois existem tratamentos durante a gestação que reduzem a chance de
transmissão perinatal (durante a gravidez, parto, amamentação).
A mãe soropositiva tratada durante toda a gestação por um profissional de
saúde recebe todas as informações necessárias e recomendações para não ocorrer
contaminação do bebê durante toda a gestação, mas, especialmente na
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amamentação, já que amamentar é um dos extintos natural da mulher. O tratamento
recebido com a medicação AZT faz com que diminua o risco de transmissão para o
feto, e o seu tratamento é feito por um profissional obstetra infectologista durante toda
a gravidez. Com todas as informações e com o tratamento correto e possível sim ter
uma gestação e uma vida saudável com a presença do vírus HIV.
REFERÊNCIAS
BATISTA, R. S. et al. Manual de infectologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. BARBOSA, L. R.; MELO, M. R. A. da C. Relações entre qualidade da assistência de enfermagem: revisão integrativa da literatura. Revista Brasileira de Enfermagem. v.61, n.03. BRASILIA. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. AIDS: O que é HIV?. 2014. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/links-de-interesse/286-aids/9053-o-que-e-hiv. Aceso em: 25 ago. 2017. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. (Org.). Protocolo de investigação de transmissão vertical: Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/AIDS e das Hepatites Virais. 2014. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2014/protocolo-de-investigacao-de-transmissao-vertical>. Acesso em: 25 ago. 2017. BRASIL. Ministério da Saúde. HIV/AIDS, hepatites e outras DST`s. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher. Área Técnica de Saú- de da mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2001. Ministério da Saúde (BR). Boletim epidemiológico Aids e DST. Brasília: Ministério da Saúde; 2014. NEME, B. Obstetrícia básica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. ROMANELLI. R. M. C; et al. Perfil das gestantes infectadas pelo HIV atendidas em pré-natal de alto risco de referência de Belo Horizonte. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant. v. 06, n. 03, 2006. UNAIDS. AIDS epidemic update: december 2010 global summary of the Aids epidemic. 2010.
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