al i visoes e decisoes · 2019-09-06 · não o “admirável mundo novo ... 34 uma estratégia...
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O diagnóstico está feito: a próxima década será caracterizada por mudanças
extraordinárias, galopantes, nas estruturas económicas e sociais.
Um outro mundo está a chegar. Não, talvez, o “admirável mundo novo” de
Aldous Huxley, mas um tempo de transformações assentes em inovações
tecnológicas que tornarão melhor a Humanidade.
Naturalmente, as inevitáveis rupturas, radicais algumas, consagrarão situações
complexas, dolorosas mesmo – nos domínios empresarial, laboral, da
informação, do ensino, da saúde, do envelhecimento, etc.
Sabe-se que a demografia é um problema particularmente grave, de difícil
resolução. Sabe-se que a maioria das profissões hoje existentes desaparecerão
em breve para dar lugar a outras. A inteligência artificial é fascinante, mas os
riscos que comporta não podem deixar de ser enfrentados.
Nesta perspectiva, o desenvolvimento da investigação portuguesa é crucial
para antecipar as transformações e suas consequências, para monitorizar as
“visões”, para preparar as decisões.
Assim, desnecessário se torna enfatizar a oportunidade dos debates que vão
acontecer durante o 8.º Congresso Nacional dos Economistas. As suas
conclusões constituirão importantes contributos para decisões/opções que
urge tomar. ✱
As
deci
sões
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C A D E R N O S D E E C O N O M I A
Director Rui Leão Martinho
Coordenador-Geral António Ramos Gomes
Conselho Editorial António Pinheiro António Pinho Cardão Carlos Tavares Daniel Bessa Eduardo Catroga Francisco Murteira Nabo Guilherme Vaz João Costa Pinto João Duque João Salgueiro Joaquim Miranda Sarmento José de Almeida Serra José Félix Ribeiro Manuela Morgado Mário Adegas Miguel Cadilhe Nicolau Santos Nuno Valério Ricardo Arroja Teodora Cardoso
Directora Comercial Maria Manuela de Almeida
Projecto Gráfico Notimpossible.Design
Paginação António Paulo Gomes Rui Ligeiro
Revisão António Paulo Gomes
Propriedade e edição Polimeios-Produção de Meios, Lda.
Redacção, Administração, Publicidadee Departamento de Assinaturas:Rua Francisco Rodrigues Lobo, 2-R/C Dto.1070-134 Lisboa, PortugalTelefone: 213 859 950E-mail: geral@cadernoseconomia.com.ptURL: www.cadernoseconomia.com.pt
ERC 109627. Depósito legal n.º 18969/87ISSN 0874-4068Produção Gráfica: Polimeios
Impressão e acabamento: RBM Artes Gráficas, Lda.Alto da Bela Vista, 68 - Pavilhão 8, R/CSão Marcos2735-336 Agualva-Cacém
Ano XXXII – Número 127 – Abr/Jun 2019
A revista Cadernos de Economiaé uma realização conjunta da Polimeiose da Ordem dos Economistas Portugueses
Um outro mundo está a chegar.
Não o “admirável mundo novo”
de Aldous Huxley,
mas um tempo de transformações
assentes em inovações
tecnológicas
que tornarão melhor
a Humanidade.
C A D E R N O S D E E C O N O M I AS U M Á R I O 5
ABRIL | JUNHO 2019 .
7 Um congresso voltado para o futuro Rui Leão Martinho
9 O regresso da política João Confraria
13 Estado e empresas numa visão funcional Álvaro Nascimento
18 A política de coesão 2021-2027 e a política económica portuguesa Paulo Neto
22 A educação como meio de assegurar uma sociedade menos desigual Glória Rebelo
27 A transformação digital na indústria, na economia e na sociedade António M. Cunha
31 Profunda transformação da sociedade José Tribolet
34 Uma estratégia para as competências digitais Pedro Guedes de Oliveira
37 Uma agenda para a transformação digital das empresas portuguesas Pedro Nunes da Costa
40 About (a disruptive) future António Lagartixo
42 Demografia de Portugal até 2030 Maria João Valente Rosa
46 A vitória do “General Inverno”? Miguel Teixeira Coelho
50 Impactos macroeconómicos do envelhecimento da população Jorge Miguel Bravo
53 O aumento da esperança de vida e o papel da medicina Manuel Carrageta
56 Infante D. Henrique ou Oliveira da Figueira? Luís Reis
59 Comércio externo português Rosa Forte
64 Reforçar a convergência estratégica Francisco Jaime Quesado
67 Temas desafiantes Pedro Castro e Almeida
69 O papel do economista António Covas
73 Portugal futuro, dois cenários Nicolau Santos
A cada dois anos, a Ordem dos Economistas organiza o seu Congresso Nacional deEconomistas. E este ano, a 9 e 10 de Julho, realiza-se no Auditório 2 da FundaçãoCalouste Gulbenkian a oitava edição do Congresso.
Toda a preparação de um evento desta envergadura exige sempre um trabalho ao longo de
muitos meses, primeiro discutindo as várias temáticas que podem ser abordadas até à escolha
final, depois a identificação dos oradores e moderadores que possam desenvolver esses temas
e ainda a própria logística, os apoios e a divulgação da iniciativa, quer junto dos milhares de
membros da Ordem, espalhados pelo País e pelo estrangeiro, quer junto do público em geral
que possa ter interesse em assistir e participar.
Nesta oitava edição do Congresso vamos falar durante um dia e meio de visões e decisões,
tendo como horizonte 2030, e em torno de quatro grandes desafios que temos pela frente, sob
o ponto de vista económico: a tecnologia, a demografia, a economia e a globalização.
Portugal, nação a caminho de completar 900 anos de existência, já percorreu um longo
caminho no sentido da modernização, da integração numa zona privilegiada como é a União
Europeia e do progresso.
No entanto, há ainda que encontrar os devidos caminhos capazes de sustentarem o
crescimento de Portugal, mesmo perante uma conjuntura externa complexa (Brexit, migrações,
interesses nacionais, irrelevância global da Europa, populismos), à qual se adicionam os
desafios internos associados à implosão demográfica e ao seu impacto no sistema de
segurança social, na falta de mão-de-obra qualificada conjugada com a necessidade de investir
mais e de forma sustentada na qualificação profissional dos portugueses, as assimetrias
territoriais e a desertificação do interior evitando cair na partidarização das regiões ou a
diminuição gritante e crescente da confiança dos cidadãos no sistema político.
Será exactamente ao longo do Congresso que teremos oportunidade de abordar temáticas tão
determinantes do que poderá ser o destino dos portugueses, como é o caso do aparecimento
da sociedade digital, com a criação de novas profissões, algumas delas ainda hoje difíceis de
caracterizar e a influência determinante no mercado de trabalho.
RUI LEÃO MARTINHODIRECTOR
Um congressovoltado para o futuro
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ABRIL | JUNHO 2019 .
C A D E R N O S D E E C O N O M I AE D I T O R I A L8
8 CADERNOS DE ECONOMIA
Igualmente a propósito da demografia, talvez a questão mais importante que se coloca ao
nosso país, teremos oportunidade de discutir e apresentar propostas e possíveis soluções para
a diminuição da natalidade e da taxa de fecundidade, para a forma como a segurança social e
o sistema de saúde devem estar preparados para o aumento da esperança de vida dos
portugueses e as experiências que neste capítulo da demografia já foram implantadas noutros
países com sucesso.
A perspectiva do que Portugal poderá ser dentro de dez anos, caso se aproveite este decénio,
se proceda com critério às reformas inadiáveis em domínios já referidos atrás (por exemplo, na
segurança social e nos sistemas de pensões, no serviço nacional de saúde, nos serviços da
administração pública, na ordenação do território ou na qualificação profissional) e se continue
a acreditar e a trabalhar com a finalidade de fortalecer a União Europeia em que Portugal está
integrado será também abordada neste evento e poderá dar aos participantes elementos
importantes para a compreensão do que nos espera e das nossas capacidades e vontade de
melhorarmos, fazendo o País ser mais competitivo, com maior produtividade, com maior
crescimento económico de forma a poder dar às famílias e às empresas um ambiente de bem-
estar, de futuro e mais feliz. Criar sustentadamente as condições para atrair investimento
produtivo estrangeiro, bem como aumentar o investimento em I&D, reduzir de forma drástica
a morosidade dos processos judiciais serão peças importantes de um processo que precisa de
todos mas cujos efeitos benéficos também se aplicarão a todos.
Conjugado com este importante evento, que será o 8.º Congresso Nacional de Economistas,
está a presente edição da revista “Cadernos de Economia”. Nela, encontrarão trabalhos de
alguns dos mais reputados profissionais destas temáticas, parte deles presente a 9 e 10 de Julho
como oradores ou comentadores dos vários painéis que compõem esta iniciativa.
Boa leitura e espero que uma expressiva parte destes leitores possa estar presente e
acompanhar os trabalhos do Congresso. ✱
rui.martinho@ordemeconomistas.pt
Portugal já percorreu um longo caminhono sentido da modernização, da integraçãonuma zona privilegiada como é a UniãoEuropeia e do progresso. No entanto, há aindaque encontrar os devidos caminhos capazes desustentarem o crescimento de Portugal peranteuma conjuntura externa complexa.
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