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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE AVEIRO
ESCOLA BÁSICA JOÃO AFONSO
ROTEIRO GEOLÓGICO NO GEOPARQUE DE AROUCA (2º CICLO)
ÍNDICE
2
INTRODUÇÃO - - - - - - - - - - - - 3
I - ENQUADRAMENTO CURRICULAR - - - - - - - - - - 4
II – OBJETIVOS DA SAÍDA DE CAMPO - - - - - - - - - - 4
III – MATERIAL A UTILIZAR NA SAÍDA DE CAMPO - - - - - - - - 4
IV - ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO - - - - - - - - - 5
V - ENQUADRAMENTO GEOMORFOLÓGICO - - - - - - - - - 5
VI - ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO - - - - - - - - - - 6
VII – DESCRIÇÃO DAS PARAGENS A REALIZAR NA SAÍDA DE CAMPO - - - - - - 7
PARAGEM 1: CASCATA DA MIZARELA - - - - - - - - 7
PARAGEM 2: CONTACTO LITOLÓGICO NA MIZARELA - - - - - - 7
PARAGEM 3: PONTE SOBRE O RIO CAIMA - - - - - - - 8
PARAGEM 4: CAMPO DE DOBRAS DA CASTANHEIRA - - - - - - 8
PARAGEM 5: CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DAS PEDRAS PARIDEIRAS - - - - - 9
VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E OUTRAS - - - - - - - - 11
ANEXO - Roteiro para os alunos (5º ano de escolaridade) - - - - - - 12
3
INTRODUÇÃO
No segundo ciclo do ensino básico e mais concretamente no 5º ano de escolaridade não é prática fazer
saídas de campo em geoparques.
Começa-se por fazer um breve enquadramento curricular ao programa do 5º ano de Ciências Naturais,
definindo os objetivos da saída de campo, bem como o material a utilizar pelos alunos. De seguida faz-se um
breve enquadramento geográfico, geomorfológico e geológico do Geoparque de Arouca e da Serra da Freita. Em
virtude do carácter didáctico deste trabalho optou-se por não citar sistematicamente os autores consultados que,
todavia, se encontram devidamente referenciados no capítulo VIII, bem como a origem das imagens 1, 2 e 3.
No capítulo VII estão descritas as cinco paragens a realizar na saída de campo: miradouro da cascata da
Mizarela; contacto litológico da Mizarela; ponte sobre o rio Caima para observar as marmitas de gigante; campo
de dobras da Castanheira; Centro de Interpretação das pedras parideiras. Na elaboração da descrição das
paragens consultou-se a página Web do Geoparque de Arouca e o livro Geopark Arouca – Geologia e Património
Geológico.
Elaborou-se ainda um roteiro (em anexo) para os alunos realizarem, em pequenos grupos de trabalho,
durante a saída de campo.
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I - ENQUADRAMENTO CURRICULAR *
Domínio A ÁGUA, O AR, AS ROCHAS E O SOLO – MATERIAIS TERRESTRES
Subdomínio Importância das rochas e do solo na manutenção da vida
Objetivo geral Compreender a importância das rochas e dos minerais
Descritores
- Apresentar uma definição de rocha e de mineral.
- Distinguir diferentes grupos de rochas, com base em algumas propriedades, utilizando
amostras de mão.
- Reconhecer alguns minerais constituintes dos principais tipos de rochas, com base na
realização de atividades práticas.
- Mapear a distribuição geográfica dos principais tipos de rochas existentes em Portugal.
- Identificar locais de exploração de rochas e minerais, em contexto nacional.
- Referir aplicações das rochas e dos minerais em diversas atividades humanas, atuais e
passadas, com base em pesquisa orientada.
- Relacionar a alteração das rochas com a formação do solo, com base em atividades práticas.
* De acordo com o documento Metas Curriculares 5º ano – Ciências Naturais
II – OBJETIVOS DA SAÍDA DE CAMPO
- Desenvolver as capacidades de observação dos materiais geológicos;
- Reconhecer aspectos essenciais da geologia regional;
- Observar e interpretar os diferentes aspectos geomorfológicos;
- Analisar os contactos geológicos entre diferentes tipos de rochas (metamórficas e/ou magmáticas);
- Observar e analisar estruturas geológicas, como por exemplo, dobras, falhas e diaclases;
- Discutir os efeitos da intervenção humana na paisagem;
- Sensibilizar para a preservação do património geológico.
III – MATERIAL A UTILIZAR NA SAÍDA DE CAMPO
- Lápis, lápis de cor, régua e borracha;
- Lupa;
- Roteiro para alunos (anexo);
- Máquina fotográfica (por grupo de trabalho).
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IV - ENQUADRAMENTO GEOGRÁFICO
O Geoparque Arouca abrange uma área de 328 km2, coincidindo com os limites do concelho de Arouca (distrito
de Aveiro), e integrando-se na sub-região de Entre Douro e Vouga, região Norte de Portugal.
FIGURA 1 – Localização da área de intervenção do Geoparque de Arouca.
V - ENQUADRAMENTO GEOMORFOLÓGICO
Em termos geomorfológicos, o Geoparque de Arouca ocupa uma área marcadamente montanhosa, entalhada por
vales muito encaixados, com altitudes dominantes entre os 200 e os 600 metros, tornando-se mais expressivas
acima dos 1000 metros nas serras da Freita e de Montemuro, situando-se nesta última o ponto mais alto do
concelho de Arouca a 1222 metros.
Figura 2 - Mapa hipsométrico do Geoparque de Arouca, salientando-se a área a visitar.
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VI - ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO
Figura 3 - Carta geológica simplificada de Arouca.
A história geológica desta região iniciou-se no final do Proterozóico Superior/início do Período Câmbrico,
nas proximidades do Pólo Sul, com a sedimentação de materiais arenosos e argilosos, posteriormente sujeitos a
metamorfismo com génese de rochas metassedimentares – micaxistos e metagrauvaques – que integram o Super
Grupo Dúrico-Beirão e mais concretamente o Grupo do Douro.
Há sensivelmente 480 Ma, no Período Ordovícico, nas margens pouco profundas do paleocontinente
Gondwana, ocorreu a deposição de areias, precursoras dos quartzitos da Formação de Santa Justa. Em virtude da
subida das águas do mar, depositaram-se siltes e argilas, que originaram as ardósias da Formação de Valongo,
onde se destacam por fossilização as trilobites, ocorrendo ainda Braquiópodes, Gastrópodes, Bivalves,
Cefalópodes, Equinodermes, Hyolitídeos, Cnidários e Graptólitos, entre outros.
Há mais ou menos 445 Ma a Terra sofreu uma grande glaciação, formando-se após o degelo formações
rochosas (“diamictitos glácio-marinhos”) constituídas por rochas xistentas intercaladas por pequenos seixos
(“dropstones”) oriundos da fusão dos icebergs, que caíram no fundo do mar misturando-se com os sedimentos
que se transformaram nestas formações.
No Silúrico (443 a 416 Ma), a profundidade do oceano aumentou com deposição de sedimentos em
condições de escassez de oxigénio, formando-se xistos grafitosos com graptólitos: fósseis estratigráficos de seres
planctónicos coloniais, principalmente dos géneros Didimograptus e Monograptus.
No Devónico (416 a 359 Ma), diminuiu a profundidade dos oceanos depositando-se materiais arenosos,
que originaram quartzitos, com restos de trilobites e de peixes.
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Entretanto, ocorreu a Orogenia Varisca (ou Hercínica) que dobrou todos estes materiais e levou à
instalação de granitoides e à formação de cassiterite, volfrâmio e ouro, entre outros minerais. Esta deformação
tectónica gerou uma bacia de sedimentação continental há cerca de 300 Ma, no final do Período Carbonífero,
onde se formaram xistos com fósseis de vegetais intercalados com arenitos, depósitos de carvão e
conglomerados.
Mais recentemente, há 60-50 Ma, a Orogenia Alpina (que originou, entre outras cadeias montanhosas, os
Alpes) fracturou a crusta terrestre com reactivação de fracturas que já existiam, dando origem ao relevo actual
característico desta região.
VII – DESCRIÇÃO DAS PARAGENS A REALIZAR NA SAÍDA DE CAMPO
PARAGEM 1: CASCATA DA MIZARELA
Deste local panorâmico observa-se a mais alta queda de água de Portugal
continental, situada no contacto entre
o granito da Serra da Freita e as rochas xisto-grauváquicas ante-
ordovícicas. Como o granito é mais resistente à erosão fluvial do rio
Caima do que a generalidade dos xistos e grauvaques, ao longo do
tempo formou-se um assinalável desnível, superior a 70 metros,
tendo-se originado a Frecha da Mizarela. Todavia, além da erosão
diferencial, temos ainda de considerar a orientação dos sistemas de
falhas que afetam todo o bloco da Serra da Freita, as quais tiveram
influência direta na formação desta escarpa singular.
A grandeza e as características da queda de água da Mizarela
conferem-lhe elevado interesse geomorfológico, o que permite
atribuir-lhe um uso turístico e didático. Por tais razões, considera-se
tratar-se de um geossítio de elevada relevância à escala nacional.
PARAGEM 2: CONTACTO LITOLÓGICO NA MIZARELA
Este geossítio corresponde a uma área caracterizada por diversos aspectos geológicos
de interesse. O contacto nítido entre os metassedimentos ante-ordovícicos e o granito da
Serra da Freita, segundo uma direcção aproximada
NW-SE e sub-verticalizado, é o primeiro aspecto a
salientar. Além disso, a rocha metamórfica
apresenta grande concentração de cristais de estaurolite, que podem
atingir dimensões de vários centímetros, apresentando-se alguns
deles com maclas em Cruz de Santo André e Cruz Latina.
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Relativamente ao granito, este constitui um relevo residual acastelado – Castle Kopje, ao qual se associam
geoformas graníticas de menor dimensão, algumas das quais com carácter zoomórfico.
Este geossítio apresenta um elevado valor ao nível regional, dada a diversidade de interesses que
patenteia. Ao nível do seu conteúdo, destaca-se o seu alto geomorfológico, mineralógico, petrológico e
cartográfico. No que se refere à sua utilização, trata-se de um geossítio com elevado valor didáctico.
PARAGEM 3: PONTE SOBRE O RIO CAIMA
Nas margens e leito do rio Caima existem, imediatamente a montante da queda da
água da Mizarela, inúmeras “marmitas de gigante”, com diversos diâmetros e profundidades,
podendo ocorrer isoladas ou em grupo. Algumas parecem descrever alinhamentos geralmente
relacionados com fracturas ou diaclases do substrato rochoso, enquanto noutras o
alinhamento parece ocasional. Estas depressões circulares ou elípticas escavadas na rocha tem
origem no redemoinhar de seixos e blocos por ação de fortes correntes sazonais. O impulso de
água possibilita o movimento destes sedimentos que, por sua vez, exercem uma intensa ação abrasiva no
substrato rochoso, ao mesmo tempo que eles próprios vão ficando boleados. Com o tempo, estas depressões
vão-se aprofundando e alargando cada vez mais, podendo muitas vezes coalescer entre elas e formar canais
progressivamente mais profundos, que se constituirão como canais de escoamento das águas.
Este geossítio apresenta um elevado interesse geomorfológico a nível local. Por outro lado, a dinâmica
fluvial é aqui é muito intensa, tendo provocado a
formação das marmitas com diversos estádios de
evolução, associadas ao rolamento dos sedimentos,
justificando-se por isso um interesse médio no que
respeita à sedimentologia. Por tais factos, este sítio
possui potencial didáctico. Por fim, o enquadramento
estético do local confere-lhe um elevado interesse
turístico a nível local e médio, a nível regional.
PARAGEM 4: CAMPO DE DOBRAS DA CASTANHEIRA
Este geossítio corresponde a uma área que apresenta diversos afloramentos de
metassedimentos ante-ordovícicos fortemente dobrados. Correspondem a micaxistos
formados por moscovite, biotite, quartzo, e ainda pequenos cristais de andaluzite,
estaurolite e, por vezes granada. O grau metamórfico que apresentam é o correspondente
ao da zona da estaurolite. Estas rochas apresentam abundantes intercalações de
metagrauvaques e veios e filões de quartzo, que tornam muito evidentes as numerosas
dobras que ocorrem aqui a diversas escalas. Os dobramentos apresentam um plano axial
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NW-SE com elevadas inclinações, geralmente superiores a 65º para SW e NE. O eixo das dobras inclina entre 10º e
20º, sistematicamente para SE. A última
geração de dobras foi atribuída à 3ª fase de
deformação varisca, embora num dos
afloramentos se observe uma dobra atribuída à
2 ª fase. Neste sentido, esta é uma área de
elevada importância para o testemunho do
polifásico da deformação varisca.
As suas características geológicas
sustentam o elevado interesse didáctico e
médio interesse científico e turístico deste
geossítio, com uma importância regional de nível médio.
PARAGEM 5: CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DAS PEDRAS PARIDEIRAS
Este geossítio corresponde a um pequeno corpo granítico, com a área aproximada de
1 km2, com idade estimada de 313-320 Ma e contemporâneo do Granito da Serra da Freita,
sendo geologicamente conhecido por Granito nodular da Castanheira, nome que lhe advém
da sua proximidade à aldeia da Castanheira e à sua textura nodular. Este corpo granítico é
diferenciável dos restantes pela presença de nódulos biotíticos, que lhe conferem
características únicas em Portugal e em qualquer outra parte do mundo. Os nódulos possuem
uma dimensão variável entre 1 e 12 cm e são constituídos externamente por uma capa de biotite e internamente
por um núcleo quarzto-feldspático, apresentando-se
fortemente achatados, com uma distribuição
diferenciada e orientação bem determinada no seio
do corpo granítico. São mais resistentes aos agentes
de meteorização do que a rocha encaixante,
destacando-se, por isso, facilmente do protólito ou
rocha-mãe.
Este é possivelmente o geossítio mais
conhecido do Geoparque Arouca. Tal fica a dever-se à
raridade desta ocorrência e a todo o misticismo associado a rituais de fertilidade que lhe está associado. A
unicidade do granito confere-lhe grande interesse petrológico e mineralógico. A raridade sobreposta com o valor
estético dos nódulos conferem-lhe ainda um elevado valor para colecções museológicas. O singular achatamento
dos nódulos e a sua disposição preferencial no corpo granítico conferem também um interesse tectónico a esta
ocorrência.
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Relativamente à utilização do sítio, de destacar o evidente valor científico e didático. Tem ainda elevado
interesse turístico e grande potencial económico desde que devidamente planeada uma estratégia de
geoconservação, valorização e promoção do local.
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VIII – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E OUTRAS
AGUADO, B. V.; MEDINA, J. & SÁ, A. A. (2006). Geologia da Serra da Freita e Visita ao Centro Interpretativo
Geológico de Canelas (Arouca). In: Livro Guia de Campo do XXVI Curso de Actualização de Professores de
Geociências. Universidade de Aveiro. Aveiro: 43-62.
ASSUNÇÃO, C.T. & TEIXEIRA, C. (1954). Un remarquable phenoméne de granitisation. La roche granitique à
nodules biotitiques de la serra de Freita, Arouca (Portugal). Bol. Mus. Lab. Min. Geol. Fac. Cienc. Univ., 22, 7.ª ser.,
Lisboa, 7-17.
COUTO, H. (1999). Arouca: uma viagem através dos tempos geológicos. Associação da Defesa do Património
Arouquense, Arouca, 7 p.
MEDEIROS, A.C. (1964). Carta Geológica de Portugal na escala 1/50.000. Notícia explicativa da folha 13-B Castelo
de Paiva, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, 58 p.
MENDES, M. H. (1997). Processos metamórficos variscos na Serra da Freita (Zona Centro-Ibérica - Portugal). Tese
de doutoramento. Universidade de Aveiro. Aveiro, 288 p.
PEREIRA, E., SEVERO, L. & GONÇALVES, M. (1980). Carta Geológica de Portugal na escala 1/50.000. Notícia
explicativa da folha 13-D Oliveira de Azeméis, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa, 68 p.
ROCHA, D. M. T. (2008). Inventariação, Caracterização e Avaliação do Património Geológico do Concelho de
Arouca. Dissertação de Mestrado, Universidade do Minho, Braga, 159 p. + CD-ROM.
SÁ, A. A.; BRILHA, J.; CACHÃO, M.; COUTO, H.; MEDINA J.; GUTIÉRREZ-MARCO, J. C.; RÁBANO, I.; VALÉRIO, M.
(2005). A Geodiversidade da região de Arouca: o “minério” do século XXI?. Jornadas da Terra 2005.
“Ordenamento do Território, Turismo e Desenvolvimento Sustentável”. Arouca.
SÁ, A.; BRILHA, J.; ROCHA, D.; COUTO, H.; RÁBANO, I.; MEDINA, J.; MARCO, J.; CACHÃO, M.; VALÉRIO, M. (2009).
Geopark Arouca – Geologia e Património Geológico. AGA.
SÁ, A.A. & VALÉRIO, M. (2005). Uma jazida excepcional no Ordovícico do SW da Europa: a “Pedreira do Valério”
em Canelas (Arouca, Portugal). In: C. N. Carvalho (ed.). Cruziana ’05, Actas do Encontro Internacional sobre
Património Paleontológico, Geoconservação e Geoturismo, Idanha-a-Nova, 23-25.
VALLE AGUADO, B. (1992). Geología estructural de la Zona de Cizalla de Porto-Tomar en la region de Oliveira de
Azeméis – Serra da Arada (Norte de Portugal). Tesis Doctoral. Universidad de Salamanca, 254 p.
VALLE AGUADO, B., MEDINA, J. & SÁ, A.A. (2006). Geologia da Serra da Freita e visita ao Centro Interpretativo
Geológico de Canelas (Arouca).Livro-guia de campo da Excursão 2 do Simpósio Ibérico do Ensino da Geologia,
Universidade de Aveiro, Aveiro, 43-61.
http://www.geoparquearouca.com/?p=geoparque&sp=osgeossitios
Figura 1 – Retirada de: http://www.geoparquearouca.com/?p=turismo&sp=turismochegar
Figura 2 – Retirada de: SÁ, A.; BRILHA, J.; ROCHA, D.; COUTO, H.; RÁBANO, I.; MEDINA, J.; MARCO, J.; CACHÃO,
M.; VALÉRIO, M. (2009). Geopark Arouca – Geologia e Património Geológico. AGA.
Figura 3 - Elaborada com software freehand a partir das Folha 13-B, 13-D, 14-A e 14-C, da Carta Geológica de
Portugal 1: 50 000, in Rocha, 2008.
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ANEXO
Roteiro para alunos (5º ano de escolaridade)
13
AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE AVEIRO
ROTEIRO - SAÍDA DE CAMPO AO GEOPARQUE DE AROUCA
Nome: _________________________________________________________________ Data: __/__/______
O Geoparque de Arouca foi criado em 2007 e desde abril de 2009 integra as Redes Europeia e Global de Geoparques.
Um Geoparque é um território com limites bem definidos, que possui um notável património geológico, aliado a uma estratégia de desenvolvimento sustentável, que abrange um determinado número de sítios de importância geológica (geossítios) com especial relevância científica, pedagógica e turística, aos quais se associam os valores históricos e culturais.
No Geoparque de Arouca encontramos 41 geossítios que se destacam pela singularidade e notável valor do ponto de vista científico, didático e turístico. Nesta saída de campo vamos descobrir 5 desses geossítios que estão assinalados no excerto da carta topográfica da Serra da Freita que se segue. Parte à aventura!
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Material necessário:
- Lápis, lápis de cor e borracha, régua, lupa e máquina fotográfica (por grupo de trabalho).
Regras/Cuidados especiais:
- Quando chegares ao local, atende às orientações dos professores e segue as instruções do guião.
- Evita barulhos e atitudes que perturbem a paz do local.
- Observa a fauna à distância. Cuidado com o gado.
- Não abandones o lixo. Armazena-o num saco e leva-o até um local onde haja serviço de recolha.
- Não colhas amostras de plantas.
- Em grupo, recolhe amostras soltas de rochas, apenas as necessárias para futura classificação, em sala de aula.
- Fotografa as rochas colocando a régua ao lado (para servir de escala).
Em cada uma das paragens, responde às seguintes questões, em grupo:
PARAGEM 1: CASCATA DA MIZARELA
1. Observa a cascata e as rochas à tua volta.
1.1. Encontra uma explicação a formação da cascata. _________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
1.2. Que efeito terá a acção da corrente de água sobre as rochas? _______________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
1.3. Achas que o caudal será constante o ano inteiro? _________________________________________________
1.3.1. Justifica. _______________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
PARAGEM 2: CONTACTO LITOLÓGICO NA MIZARELA
2. Observa com atenção as rochas e o solo (utiliza a lupa para observares em pormenor as rochas).
2.1. Identifica as rochas presentes no local. _________________________________________________________
2.2. Relativamente à rocha mais clara indica dois dos minerais que fazem partem da sua constituição. __________
_____________________________________________________________________________________________
PARAGEM 3: PONTE SOBRE O RIO CAIMA
3. Observa com cuidado as cavidades no leito rochoso do rio Caima, a que os geólogos chamam “Marmitas-de-
gigante”.
3.1. Como pensas que se formam estas estruturas? _________________________________________________
15
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
3.2. A sua formação será mais intensa no verão ou no inverno? _________________________________________
3.2.1. Justifica. ________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
3.3. Faz um desenho que represente a sua formação.
PARAGEM 4: CAMPO DE DOBRAS DA CASTANHEIRA
4. Vamos fazer um pequeno percurso pedestre para observar rochas que foram dobradas devido a movimentos
que ocorreram no interior da Terra.
4.1. Identifica o tipo de rocha onde ocorrem estas dobras. _____________________________________________
4.2. Desenha as formações que estás a observar.
PARAGEM 5: CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DAS PEDRAS PARIDEIRAS
5. Neste local vamos começar por ver um pequeno filme a 3D sobre o fenómeno geológico conhecido por “Pedras
Parideiras”
5.1. Faz um comentário sobre o filme. _____________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________________
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