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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL 8,5 DISLEXIA E A SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM Lucinéia Ferreira da Silva [email protected] Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo COLÍDER/2013

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL

8,5

DISLEXIA E A SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM

Lucinéia Ferreira da Silva

[email protected]

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

COLÍDER/2013

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AJES - INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA

ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLINICA E EDUCACIONAL

DISLEXIA E A SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM

Lucinéia Ferreira da Silva

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia Clínica e Educacional.”

COLÍDER/2013

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela força e coragem ao longo desta jornada.

A minha família que esteve ao meu lado me apoiando para que eu

conquistasse mais esta etapa da minha vida.

A todos os professores do curso, que muito contribuíram na minha

caminhada acadêmica e para o desenvolvimento desta monografia.

Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio.

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DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia à minha cunhada Weslaine

que não mediu esforços para me ajudar e apoiar

incentivando assim para que a eu pudesse continuar

na busca do conhecimento e chegar à conclusão de

mais um curso, ao meu irmão Lucimar por falar-me

palavras de ânimo, e ao meu esposo José Wagner

que me deu muito apoio nos momentos mais difíceis

que tenho passado nestes últimos dias. Aos meus

professores que muito contribuíram para meu

conhecimento criando novas possibilidades de

produzir e construir. Obrigado por tudo!.

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Cada um pensa em mudar a humanidade, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo.

(Leon Tolstoi)

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RESUMO

Este trabalho bibliográfico apresenta um estudo sobre a dislexia, como

também suas conseqüências no processo aprendizagem. O texto tem como por

objetivo principal explanar sobre a temática, desmistificando o preconceito

relacionado a esse distúrbio de aprendizagem, trazendo assim novos conhecimentos

sobre o tema para que as crianças disléxicas não sofram com professores

despreparados.

É muito comum ouvirmos comentários sobre a vivência em sala de aula,

onde os educadores analisam o fracasso escolar, em muitas vezes, em fatores

diversos como de ordem socioeconômico das famílias do educando, de ordem sócio

institucional, que vão desde a estrutura física da escola até a formação de

professores, para entenderem as várias razões que levam o educando a atingir

níveis tão baixos na aprendizagem. Tais preocupações e indagações servem para

iniciativas quanto ao conhecimento e esclarecimento de distúrbios como a dislexia

levando à tomada de providências corretas, que possibilite que uma criança

desenvolva seu aprendizado, tornando-a um adulto livre de traumas e problemas de

auto-estima.

Como resultado podemos verificar que o enfrentamento da dislexia através

de uma prática pautada no conhecimento e informação é um dos grandes desafios

dos profissionais que se dedicam a buscar soluções para sanar o problema da

dificuldade na aprendizagem ocasionada pela dislexia, uma das várias barreiras que

o educando enfrenta com dificuldade na aprendizagem.

Palavras-Chave: dislexia; diagnóstico; tratamento; ensino; aprendizagem.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

1. Problemas atuais na educação 10

2. Dislexia 15

2.1 Pontos fundamentais da dislexia 16

3. Tratamento 21

Considerações finais 27

Referências 28

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INTRODUÇÃO

Dislexia é uma perturbação específica da aprendizagem, de origem

neurológica, em que a criança, apesar de ter acesso à escolarização, apresenta

dificuldade no reconhecimento preciso e fluente das palavras escritas, por meio de

limitações ortográficas e de decodificação. É importante salientar que cada caso de

dislexia se apresenta de forma diferente.

Embora alguns sintomas já estejam presentes em muitas fases da infância,

a dislexia normalmente é diagnosticada no período de alfabetização, já que a

dificuldade de ler, em diferentes graus, é a característica mais evidente na maioria

das vezes. Por ser a leitura e a escrita ferramentas acadêmicas imprescindíveis, a

dislexia se reflete em todas as matérias escolares.

Tal problema não está associado à acuidade visual ou auditiva como causa

primária. Na verdade, a falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade é

que está, muitas vezes, associado às próprias dificuldades de alfabetização

(REVISTA Vida e Saúde, 2013).

Diante disso temos como objetivo ter uma compreensão de que a dislexia é

uma perturbação quanto à aprendizagem tendo origem neurobiológica, visto ser

importante ter o conhecimento das dificuldades do processo de aprendizagem da

leitura e escrita, proporcionando reflexões diante do tema da dislexia e

oportunizando conhecimentos precisos que os educadores devem ter referente a

dislexia. Também temos como proposta deste trabalho:

Compreender a dislexia buscando informações para que assim possamos

contribuir ao trabalho do professor;

Caracterizar as dificuldades verificadas em crianças com dislexia;

Identificar quais aspectos principais da dislexia com a finalidade dos professores

melhor trabalharem com os alunos disléxicos;

Conhecer como se dá o tratamento dos alunos disléxicos.

As dificuldades de aprendizagem nas séries iniciais, fez com que essas

questões surgissem: Como analisar e diagnosticar um aluno disléxico? Como o

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professor deve proceder no ensino aprendizagem desse aluno? Qual o tipo de

abordagem apropriado?

Para embasar a pesquisa, procurou-se reunir estudos sobre o tema. De

como estudos científicos hoje em dia avaliam esse transtorno, seu acompanhamento

e o que a prática pedagógica, exige dos educadores e profissionais especializados,

além dos recursos utilizados para a avaliação diagnóstica e tratamento. Porém, a

discussão a essas dificuldades do aluno na aprendizagem devido ao distúrbio e dos

professores que desconhecem o problema ou como intervir de forma correta

caminham sem uma definição apropriada.

O presente trabalho sobre a dislexia pretende abordar sobre o distúrbio

neurológico que afeta o desenvolvimento da fala, escrita, leitura e no

desenvolvimento da capacidade motora de crianças que freqüentam a escola nas

séries iniciais.

A dislexia apresenta um quadro de disfunção cerebral, onde áreas voltadas

para leitura é afetada e conseqüentemente outra partes como escrita, ortografia e

fonética. Segundo dados da ABD (Associação Brasileira de Dislexia) estatísticas

mostram que no país existem de 5% a 17% de pessoas disléxicas.

Essas modalidades em que a pessoa demonstra dificuldade não resultam de

má alfabetização, condição sócio-econômica, desinteresse pelos estudos,

hiperatividade ou desmotivação, entretanto ela pode ser de base genética, onde um

parente que possua dislexia ou transtorno de linguagem é um fator importante no

diagnóstico de crianças das séries iniciais da escola regular.

A dislexia é um tema que tem tomado abrangência nas escolas e tem sido

alvo de muitas pesquisas educacionais, a todo tempo os educadores precisam lidar

com essa situação e muitas vezes sem preparo e/ou formação continuada.

Mesmo após ter sido realizado vários trabalhos, pesquisas e experiência

ainda não foram possíveis encontrar uma teoria que justifique de forma concreta,

quais são as causas, como se realiza o diagnóstico e como se dá o tratamento

desse distúrbio e esclarecer alguns pontos sobre esse tema tão vasto e com

materiais tão escassos.

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Muitas crianças apresentam esse quadro, que poderia ser pré-

diagnosticados por professores e pais, que muitas vezes não tem essa informação,

sendo assim, não estão cientes do que podem e deve fazer.

O trabalho está dividido em capítulos para a organização e seleção dos

conteúdos abordados, sendo que no primeiro capítulo esclareceremos o conceito de

dislexia, no segundo verificaremos o comportamento de uma criança disléxica, quais

as dificuldades próprias da dislexia e no último capítulo serão abordadas como se dá

o tratamento de uma criança disléxica.

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CAPÍTULO I

1.0 EDUCAÇÃO E PROBLEMAS ATUAIS

A nossa sociedade é formada por uma diversidade de componentes

humanos, e isso faz com que o mundo se torne valoroso e em constantes mudanças

e transformações. Diante disso cada um tem a oportunidade de superações

apropriadas na construção de valores considerando que cada indivíduo tem seu

potencial singular. Veremos a seguir como se dá o diagnóstico e quais

características da dislexia.

De acordo com REVISTA Vida e Saúde (2013):

O disléxico substitui, inverte e omite letras e sílabas no texto lido. Além disso, ele

lê e escreve com lentidão, e sua compreensão é fraca durante o processo

escolar. Escrever como se fala, trocar tipos parecidos foneticamente (como fê e

vê), juntar palavras e unir letras de forma aparentemente aleatória são ações

absolutamente normais no processo inicial da alfabetização. Os sintomas

persistentes devem ser vistos com atenção.

Em muitos casos, a dislexia se mostra como uma dificuldade com a matemática,

quanto à assimilação de símbolos, figuras geométricas e no gravar da tabuada.

O disléxico pode apresentar problemas de lateralidade confundindo o lado

esquerdo com o direito.

Na fase pré-escolar, a criança apresenta dificuldade para aprender rimas e

canções; costuma adoecer demonstrando pouca motivação pelas tarefas

escolares.

A dislexia tem por base questões neurológica. A criança que não recebeu

tratamento percebe o símbolo visual ou auditivo com pequenos erros que são

interpretados erroneamente quando escritos ou falados.

Têm-se observado padrões familiares na dislexia.

O ambiente afeta o desenvolvimento do problema. As dificuldades na leitura

aumentam ou diminuem dependendo da forma afetiva como a família ou a escola

tratam o disléxico. Não existe nenhuma relação entre a dislexia e o nível

intelectual. Inteligência ou a criatividade não devem ser medidas levianamente.

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Uma tese bem aceita é a de que, por utilizarem formas singulares de elaboração

de linguagem escrita e de interação com o idioma, os disléxicos acabariam

desenvolvendo novas estratégias. Dessa forma, muitas Crianças disléxicas, de

inteligência privilegiada, podem ser ajudadas podem ser mal julgadas pela falta

de uma boa leitura e escrita.

A dislexia é relativamente comum, especialmente no sexo masculino.

Dependendo de como ela é definida e o interesse demonstrado em identificá-la, a

porcentagem na população escolar varia entre 1% e 5%. Em relação à

distribuição por sexo, estudos publicados referem-se a um numero superior de

casos entre meninos. Se detectado nos primeiros anos da alfabetização a

dislexia apresenta um bom prognostico; se for devidamente tratada, a melhora é

considerável.

O diagnóstico da dislexia deve ser feito nos primeiros anos escolar para que o

acompanhamento seja eficiente e detalhado, visando o não comprometimento da

aprendizagem do aluno, e desempenho do futuro profissional.

Dos três aos cinco anos de idade, é normal que as crianças comecem a

desenhar recortar e circunscrever as letras, pois nessa etapa começam a coordenar

as mãos e manipular os dedos, assim:

Apesar de na boca e na outra mão aparecerem ainda sincinesiais, maneja o lápis com bastante segurança e domina melhor a continuidade do traço. Além disso, melhorou também a proporção e a distribuição dos grafismos na superfície do papel. A partir dessa idade os traços são mais firmes e elaborados, os desenhos com uma orientação espacial e de acordo com a realidade externa, e as figuras por ele representadas melhor integradas e relacionadas. (MOURA, 2000, p.268).

Após os cinco anos ela inicia o processo de organização silábica e junção

para formação de palavras e a realizar cópias mais precisas, é nessa fase que

conseguem segurar o lápis com firmeza suficiente para realizar tais tarefas com mais

destreza. “Ao completar seis anos, em sua escrita aparecerão ainda muitas

disgrafias. Toda sua atenção segue concentrada em fazer corresponder os traços

que vai executando no papel com os traços percebidos.” (MOURA, 2000, p. 275)

Para LACERDA (1995, p.3):

A identificação de crianças com dificuldade para expressar a linguagem gráfica conforme regras da língua, i.é, disortografia, muitas vezes não é tarefa fácil. Para realizar uma análise completa, é necessário considerar o nível escolar, a freqüência e os tipos de erros. Sendo assim, acredita-se que os erros encontrados na escrita de crianças cursando a primeira série

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dificilmente seriam considerados patológicos, uma vez que a maior parte dessas “trocas” é considerada previsíveis, ou seja, fazem parte do desenvolvimento e aquisição do código escrito.

Existem vários estudos de caso exemplificando como a criança disléxica lê,

fala e escreve comprovados por meio da fonoaudiometria. Também podemos dar

enfoque na hereditariedade do problema com base em análises neurológicas, na

coordenação motora, especificidades psicológicas. Ressalta-se aqui que são

possíveis sinais de dislexia, já que outros casos podem apresentar as mesmas

dificuldades.

A partir do momento que o aluno avança no que diz respeito à leitura, a

mesma começa a ser mais tranqüila, pois esta parte do cérebro começa a controlar

o processo.

Nunca é tarde demais para ensinar disléxicos a ler e a processar

informações com mais eficiência. Entretanto, diferente da fala – que qualquer

criança acaba adquirindo – a leitura precisa ser ensinada. Utilizando métodos

adequados de tratamento e com muita atenção e carinho, segundo O PORTAL da

Educação (2013), a dislexia pode ser derrotada. Crianças disléxicas que receberam

tratamento desde cedo apresentam uma menor dificuldade ao aprender a ler. Isso

evita com que a criança se atrase na escola ou passe a desgostar de estudar. E

ainda salienta que é importante enfatizar que a dislexia, não é curada sem um

tratamento apropriado. Não se trata de um problema que é superado com o tempo; a

dislexia não pode passar despercebida. Pais e professores devem se esforçar para

identificar a possibilidade de seus filhos ou alunos sofrerem de dislexia. Crianças

disléxicas que foram tratadas desde cedo superam o problema e passam a se

assemelhar àquelas que nunca tiveram qualquer dificuldade de aprendizado.

Foram desenvolvidos diversos programas para curar a dislexia. Não há um

só tratamento que seja adequado a todas as pessoas. Contudo, segundo BARNABÉ

(2012), a maioria dos tratamentos enfatiza a assimilação de fonemas, o

desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e fluência na leitura.

Esses tratamentos ajudam o disléxico a reconhecer sons, sílabas, palavras e, por

fim, frases. É aconselhável que a criança disléxica leia em voz alta com um adulto

para que ele possa corrigi-la. É importante saber que ajudar disléxicos a melhorar

sua leitura é muito trabalhoso e exige muita atenção e repetição. Mas um bom

tratamento certamente rende bons resultados. Alguns estudos sugerem que um

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tratamento adequado, administrado ainda cedo na vida escolar de uma criança,

pode corrigir as falhas nas conexões cerebrais ao ponto que elas desapareçam por

completo.

Dislexia analisada no âmbito geral refere-se a dificuldades relacionadas à

linguagem, bem como: Leitura, interpretação, redação, soletração, dente outras

atividades. Esse problema está atrelado à disfunção parietal (lobo do cérebro onde

fica o centro nervoso da escrita) (DROUET, 1997), portanto tem base neurológica.

Pesquisas nesta área demonstram que crianças disléxicas têm a mesma capacidade

de fixação visual (olhar fixo) que as não-disléxicas, no entanto, apresentam

dificuldades significativas na transição ocular (correr os olhos), nessa etapa da

leitura a criança vê as palavras borradas e como se estivessem em constante

movimento ante dos olhos.

Estudos afirmam que existe uma grande incidência de casos hereditários,

mas em algumas situações contata-se que a disfunção foi adquirida.

Saber ler e escrever são práticas essenciais à todos os seres humanos, pois

é através desses dois instrumentos que as portas do conhecimento podem ser

abertas. Para algumas pessoas é uma tarefa relativamente fácil, já para os

disléxicos é um desafio a ser superado.

“A leitura no âmbito educacional é um instrumento imprescindível que

proporciona melhorias na condição social e humana" (SOUZA. 2007, p.5),

resgatando o papel do sujeito na sociedade, no momento em que livros se tornam

assunto das conversas e de interesses mútuos transformando conhecimentos

adquiridos através dos livros com a visão que seus leitores já possuíam do ambiente

ao seu redor em estímulo e informação apreendida para a formação de indivíduos

que estejam mais capacitados e competentes social e profissionalmente.

Ler é apreender o significado do conjunto dos símbolos descodificados, tentar descobrir o sentido que o autor deu à narrativa e comparar as próprias experiências com as descritas no texto, descobrindo novos conceitos e reformulando os antigos. Tal atitude leva o leitor ao questionamento e à busca de respostas. Ao leitor reflexivo, exige-se uma participação efectiva enquanto sujeito que desenvolve o ato de ler. (SABINO. 2008, p.02).

Essa correlação deve ser instigada pelo professor, tanto o hábito da leitura

quanto a utilização da escrita, estimulando a criatividade e o senso crítico através da

aprendizagem, o „gostar de ler‟ criado pela educação e pelo aluno que busca cada

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vez mais pelo conhecimento depois de estimulado. Ao entrar em contato com a

leitura, a evolução desse estágio está na escrita, onde a fala e a leitura constroem

uma base para escrita e seu aperfeiçoamento.

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CAPÍTULO II

2.0 DISLEXIA

A Associação Brasileira de Dislexia – ABD, salienta que a pessoa disléxica,

possui uma ou mais dificuldades relacionada à linguagem, ao qual pode refletir na

“na leitura, escrita e na soletração”, pelo fato da dislexia ser,e ainda aponta a ABD,

“uma condição hereditária com alterações genéticas.”

A dislexia é pouco conhecida, justamente por não se tratar de uma doença e

sim de um distúrbio de aprendizagem que uma pessoa pode apresentar em diversas

áreas no processo da linguagem. Segundo CONDEMARIN e BLOMQUIST (1989,

p.21) “a dislexia e freqüentemente acompanhada de transtornos na aprendizagem

da escrita, ortografia, gramática e redação” no qual “afeta os meninos numa

proporção maior que as meninas”, interpretadas por diversas formas, como pessoas

desinteressadas, desmotivadas entre outras.

Estudos sobre as dificuldades de aprendizagem, atualmente denominadas

dislexia, surgiram no final do século XlX, assim, um grupo de profissionais da área

da medicina levantou a hipótese de que, crianças hábeis em diferentes atividades,

ao qual “vinham de famílias escolarizadas e que tinham professores interessados”,

apresentaram dificuldades para aprender ler. (SHAYWITZ, 2006, p. 25).

A partir dessa primeira hipótese levantada, começou os estudos a fim de

descobrir qual a causa dessas pessoas não conseguirem aprender a ler e escrever

corretamente.

Segundo SHAYWITZ (2006, p. 25), no ano de 1667 o caso de um homem de

65 anos que havia sofrido derrame e conseqüentemente havia perdido a capacidade

de ler, despertou, nos médicos da época, uma observação de que adultos com boa

visão e bastante inteligência “ao sofrerem alguma espécie de danos cerebral”,

poderiam retrair sua “condição de leitura”. Diante de alguns estudos ao caso, o

doutor “Jhoann Schmidt” nomeou como “cegueira verbal”.

Conforme novos casos iam surgindo o conceito de Jhoann Schmidt evoluía,

o que posteriormente passou a ser designado às pessoas que “depois de um

derrame, tumor ou lesão traumática, perderem a capacidade de ler” recebendo o

nome de “alexia adquirida”. Somente no ano de 1887 surgiu o termo de dislexia ao

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qual o médico alemão Rudolf Berlin “apresenta seis casos que observou

pessoalmente durante 20 anos” o que “consideram uma forma especial de cegueira

verbal em adultos que perderam sua capacidade de ler depois e uma lesão

cerebral.” (SHAYWITZ, 2006, p.26).

Enfatizava as pesquisas, no âmbito de descobrir qual a causa de algumas

pessoas não conseguirem aprender como as demais e idosos perderam a

capacidade de ler interpretar, foram os motivos impulsionadores para profissionais

de diferentes áreas buscarem respostas as hipóteses que surgiam com base as

pesquisas já realizadas.

Nesse sentido ressurge o termo dislexia pelo Dr.Hinshelwood, que

“inicialmente tenha relatado casos de cegueira verbal adquirida depois passou a se

dedicar a forma congênita”. Surgindo assim diversos casos com possibilidades

parecidas de serem disléxicos (SHAYWITZ,2006, p.28).

Segundo SNOWLING (2004, p.29),

a busca por uma explicação cognitiva da dislexia foi iniciada pelos os psicólogos da década de 60” que atualmente continua com o enfoque na imagem reveladora da dislexia ao longo de toda vida e com a exploração dos elos causais entre as habilidades cognitivas e as de linguagens escrita.

Presentemente tem-se vivenciado um período de descoberta relacionado a

dislexia par muitos profissionais da área da educação, uma vês que o estudos

mostra quão para muitos especialistas tentar saber, conhecer e definir a dislexia e

tem sido um trabalho continuo em longo prazo.

2.1 PONTOS FUNDAMENTAIS DA DISLEXIA

São chamados de disléxicos, segundo AJURIAGUERRA (1984), os

educandos que não conseguem ler e escrever na idade adequada, embora não

exista uma causa pedagógica, nem atraso intelectual, doença mental ou transtorno

sensorial que justifiquem tais dificuldades. A dislexia é um transtorno da leitura-

escrita, podendo fazer parte de vários quadros clínicos psicológicos e se apresenta

em vários graus. Muitas vezes e dada pouca atenção aos outros problemas

relacionados com a evolução infantil e essas crianças podem crescer sem que os

familiares percebam qualquer distúrbio até chegarem à idade da alfabetização. E

geralmente nessa fase que as dificuldades começam a aparecer e serem notadas.

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Muitas vezes a criança e considerada infantil, interessando-se por atividades que

costumam agradar as crianças de menor idade cronológicas pais, professores e

amigos, costumam tomar decisões por ela, considerando o interesse que

demonstram pelas coisas que a cercam.

Geralmente, antes da fase de aprendizagem escolar, ocorrem dificuldades

na época do surgimento e subseqüentes dificuldades quanto à articulação da

palavra e muitos são os sinais que podem ser observados segundo

AJURIAGUERRA (1984), com freqüência:

Limitada compreensão da linguagem falada;

Dificuldade de orientação temporal e especial, caracterizadas por confusão nos

termos: antes, depois; na frente, atrás; em cima, em baixo; à direita, à esquerda,

etc.;

Quando conseguem aprender as letras, segundo DORNELES (1990), há

muita dificuldade de análise e síntese, é muito complicado juntá-las em sílabas e

palavras, geralmente os disléxicos ficam preocupados em decifrar os símbolos

escritos e se perdem no significado das palavras. No momento em que leitura é feita

mais rapidamente, quase sempre o educando lê sílaba por sílaba rapidamente, mas

com freqüência a leitura é lenta, acontece interrupções e erros e há confusão de

consoantes, com trocas na ordem das sílabas na palavra, apresenta ainda

dificuldade em respeitar a pontuação, o que torna por muitas vezes a leitura

incompreensível. No entanto, para esses educando se torna muito complicado e

difícil entender o que lêem, tanto na leitura em silêncio ou em voz alta.

Quanto à escrita, SELIKOWITZ, (2001), comenta que podemos considerá-la

lenta, com grafismo infantil e pouco evoluído para a idade cronológica e para o

tempo de aprendizagem ao qual o educando está exposto. É uma escrita vacilante e

confusa, com muitos erros e correções, o que torna o texto muitas das vezes

ilegível. Há também os casos em que o aluno faz uma escrita em espelho grafismos

em separados, números e letras, palavras e até frases, porém e necessário ressaltar

que algumas crianças, quando iniciam a aprendizagem da leitura e da escrita,

podem eventualmente escrever alguns grafismos em espelho, mas com a

estabilização da aprendizagem, supram e passam a ignorar tal escrita no seu

aprendizado.

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ERCOLIN (2008, p. 06-07), demonstra, através de quatro fases, como se

realiza o processo de construção da escrita:

Na primeira fase, início dessa construção, as tentativas dessas crianças dão-se no

sentido da reprodução dos traços básicos da escrita com que elas se deparam no

cotidiano, o que vale é a intenção, pois, embora o traçado seja semelhante, cada um

“lê” em seus rabiscos aquilo que quis escrever. Desta maneira, cada um só pode

interpretar a sua própria escrita, e não as dos outros. É nesta fase que a criança

elabora a hipótese de que a escrita dos nomes é proporcional ao tamanho do objeto

ou ser a qual está se referindo.

Na segunda fase a hipótese central e de que para ler coisas diferentes e preciso

usar formas diferentes. A criança procura combinar de várias maneiras as poucas

formas de letras que e capaz de reproduzir. Nesta fase, ao tentar escrever, a criança

respeita duas exigências básicas: a quantidade de letras (nunca inferior a três) e a

variedade entre elas, (não podem ser repetidas).

Na terceira fase são feitas tentativas de dar um valor sonoro a cada uma das letras

que compõem a palavra. Surge a chamada hipótese silábica, isto é, cada grafia

traçada corresponde a uma sílaba pronunciada, podendo ser usadas letras ou outro

tipo de grafia. Há, nesse momento, um conflito entre a hipótese silábica, precisa usar

duas formas gráficas para escrever palavras com duas sílabas, o que vai de

encontro as suas idéias iniciais de que são necessários, pelo menos, três

caracteres. Este conflito a faz caminhar para outra fase.

Na quarta fase ocorre então a transição da hipótese silábica para a alfabética. O

conflito que se estabeleceu – entre uma exigência interna da própria criança (o

número mínimo de grafias) e a realidade das formas que o meio lhe oferece, faz com

que ela procure soluções. Ela, então, começa a perceber que escrever é representar

progressivamente as partes sonoras das palavras, ainda que não o faça

corretamente.

Na quinta fase, finalmente, é atingida o estágio da escrita alfabética, pela

compreensão de cada um dos caracteres da escrita corresponde valores menores

que a sílaba, e que uma palavra, se tiver duas sílabas, exigindo, portanto, dois

movimento para ser pronunciada, necessitará mais do que duas letras para ser

escrita e a existência de uma regra produtiva que lhes permite, a partir desses

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elementos simples, formar a representação de inúmeras sílabas, mesmo aquelas

sobre as quais não se tenham exercitado.

A escrita, segundo VYGOSTSKY (1991), constitui em um sistema de

símbolos que funciona como dispositivo do desenvolvimento cultural da criança.

Esse sistema não age apenas como uma habilidade motora, mas como um

complemento aos sons da fala, a reprodução significativa e material da linguagem

oral.

A internalização da escrita tendo como ponto a linguagem oral é o início da

passagem do simbolismo de segunda ordem, para primeira ordem, a „naturalidade‟

com que se utiliza da fala, a escrita se constitui no desenvolvimento real de

VYGOSTKY, o resultado dos ciclos de conhecimento internalizados e consolidados.

Contudo, isso não implica apenas na réplica de objetos apreendidos, mas

envolve a transformação de fenômenos psicológicos mediante um processo de

significação. (MASSI, 2007). O conceito da oralidade ainda atua na formação da

escrita, do qual a criança em processo de aprendizagem desse conhecimento,

recorre à linguagem oral como forma de apoio na elaboração de letras relacionadas

ao som que pretende expressar. Trocas de letras ou sílabas são comuns no início,

mas isso não demonstra ser uma patologia, pois ainda é o próprio processo de

internalização da escrita.

A construção da escrita envolve elaboração em um trabalho que não possui

linearidade, que resulta no acúmulo de assimilações de letras, palavras e frases. O

desenvolvimento desse acúmulo pode e deve ser feito através de atividades que

envolvam trocas entre os indivíduos e que se relacione com o dia-a-dia dos

disléxicos.

Conforme SNOWLING (2004, p. 14), a dislexia “é um distúrbio no

desenvolvimento que se estende pela vida toda.” Dessa forma a pessoa disléxica

necessita de auxílio para conviver com sua dificuldade de aprendizagem, nesse

sentido, a presença da família é de suma importância para seu crescimento

educacional, pois a pessoa deverá aprender a formas de se adequar com sua

dificuldade.

STELLING (1994, p. 78), aponta que os fracassos de uma pessoa disléxica

“independem de sua vontade.” Ressaltando que serão superados “somente com

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ajuda terapêutica e co a compreensão daqueles que o cercam”, pois incentivar seu

pequeno acerto é de grande importância, dessa forma o disléxico se motiva a

conseguir obter maiores acertos nos exercícios seguintes. A pessoa disléxica

“quanto mais inteligente, maior o seu sofrimento, pois sente que tem capacidade de

aprender e produzir tanto ou mais que muitos de seus colegas e, no entanto, não

pode fazê-lo”, nesse sentido aumenta-se as possibilidades de vir a ter problemas

emocionais. Cabe ressaltar também que “o disléxico pode passar a considerar com

ciúme e revolta dos irmãos e companheiros que estudam, brincam e são

promovidos, enquanto ele, amarrado a livros e cadernos, atrasa-se, é punido, vai

ficando de algum modo de lado.” A pessoa disléxica acaba que passando por muitos

desafios por toda a vida, pois precisa de formas de reeducação para que consiga

conviver em uma sociedade igualitária. Dessa forma, “o individuo disléxico pode ser

– e em geral é – normal em tudo, menos no aprendizado ou no desempenho da

leitura e da escrita.”

Conforme SHAYWITZ (2006, p. 78) “o maior obstáculo que impede uma

criança disléxica de explorar seu potencial e de perseguir seus sonhos é a ampla

ignorância sobre a verdadeira natureza da dislexia.” A falta de conhecimento gera o

preconceito uns para com os outros, devastando a vontade e a aspiração dos que

almejam chegar ao sucesso.

A preocupação por parte dos especialistas e professores que trabalham com

alunos disléxicos vem, a cada ano, repercutindo entre os diversos espaços sociais.

No entanto foi aprovada a Lei n° 12.524, de 2 de janeiro de 2007, que assegura ao

disléxico uma educação igual a de todos, desta forma destaca a Associação

Brasileira de Dislexia – ABD, sobre a criação do Programa Estadual para

Identificação e Tratamento da Dislexia na Rede Oficial de Educação.

As pessoas que sofrem desse distúrbio, agora estão sendo vistas e

reconhecidas por muitos, embora que o tempo de estudo sobre a dislexia é longo e

continuará obtendo bons resultados se todos se empenharem por esta causa, desde

pais até as autoridades públicas. Nesta corrente, os disléxicos será conhecido e

identificado não como portador de dificuldade de aprendizagem, mas com pessoa

capaz de aprender de forma diferente.

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CAPÌTULO III

3.0 TRATAMENTO

Existem várias causas que dão origem à dislexia sendo desde um problema

de maturação neurológica até um transtorno emocional. Sendo assim, o tratamento

é bastante diversificado.

Segundo REVISTA Vida e Saúde (2013), num primeiro momento, é

necessário ter consciência de que a dislexia é um transtorno de aprendizagem sem

relação com o nível intelectual. Muitos pais pensam que seu filho disléxico é “pouco

tímido”, pelas dificuldades que tem para aprender. Na verdade, não existe relação

entre uma coisa e outra. E com os instrumentos usados por profissionais

especializados e acompanhamento dos pais, o caso pode ser controlado. A criança

disléxica e todas as pessoas envolvidas podem aprender uma nova forma de

conviver superar os obstáculos que o transtorno produz.

É importante ter paciência, tempo e método. A criança precisa ser ensinada

a organizar seu espaço, reduzir sua ansiedade, ter confiança recuperada, ser

metódica com os exercícios, coordenar bem os músculos e desenvolver o equilíbrio

emocional. Por isso, é recomendável a assistência de um profissional.

Em todo caso, para superar a dislexia se faz necessário, segundo a

REVISTA Vida e Saúde (2013), fazer exercícios relativos às seguintes áreas:

*Atividade mental geral.

*Leitura, ortografia e linguagem.

*Desenho e percepção visual (cores, tamanhos, formas, esquemas, etc.).

*Manipulação, classificação e orientação.

*Psicomotricidade (equilíbrio, movimentos bem orientados, jogos com bola, etc.).

Para ALLESANDRINI (2001), a proposta pedagógica que traz por objetivo a

educação na infância precisa mostrar o potencial criador como fundamental para se

qualificar a aprendizagem em toda sua complexidade.

As cores e as formas (que são tantas!) a gente escolhe aquelas que o coração está pedindo. Pipa, para ser boa, tem de se parecer com os nossos desejos. (E eu penso que as pessoas também, para serem boas, têm de ter uma pipa solta dentro delas...). (ALVES, 2001, p.9).

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De acordo VIGOTSKI (1984), a invenção artística exerce na criança um

papel fundamental dando significado que auxiliará no decorrer do seu

desenvolvimento. A afetividade conquista, também, outro significado junto da

representação simbólica desenhada pela atividade artística, ajudando na

compreensão dos determinantes e das relações socioculturais. VIGOTSKI (1984)

defende que a atividade educativa precisa incentivar a criação espontânea da

criança, expressa em suas diferentes formas de linguagem, portanto, também requer

uma ação mediada do professor através de uma intervenção precisa, visando a

possibilidade do desenvolvimento das funções psicológicas superiores.

Mesmo sem ter acesso ao papel e ao lápis, a atividade do desenho esteve

sempre presente nas representações da cultura; a criança utilizava outros espaços e

materiais para se expressar. Após a inserção na cultura do papel e do lápis foi que a

atividade gráfica passou a ser registrada.

Importante ressaltar que ao perceber alguns sintomas de dislexia em seu

aluno, busque a ajuda de uma equipe de profissionais. O diagnóstico da dislexia,

segundo SANTOS (1975) deve ser multidisciplinar, formado por psicólogo,

fonoaudiólogo e psicopedagogo clínico. Essa equipe deve ainda garantir maior

abrangência de avaliação, verificando a necessidade do parecer de outros

profissionais, como neurologista, oftalmologista e outros desmandos pelo caso.

Outro fator fundamental e de grande importância para a criança,segundo

FONSECA, (1995) é o apoio familiar não somente para a realização dos exercícios,

mas também na garantia do apoio emocional, que é decisivo para sua recuperação.

O desenvolvimento de métodos para o tratamento da dislexia deve

apresentar temáticas coloridas e divertidas, para que possa atrair à criança,

enfatizando a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a

melhoria da compreensão e fluência na leitura. p.19).

Há vários métodos, mas estes devem ser feitos com material variado e

atraente (SANTOS, 1975, p.40), em salas formadas com poucos alunos, recorrendo

ao apoio familiar, psicológico, fonoaudiológico e neurológico.

A comunidade escolar juntamente com a família, tem que estar sempre em

busca de novas metodologias para que a criança tenha um estimulo e aprendizagem

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ampla, com atividades lúdicas, que seja interessante, não só apenas na escola, mas

também no seu âmbito familiar.

Muitos autores têm defendido o método fonético como o mais adequado na

alfabetização de disléxicos e não disléxicos. Os métodos fonéticos favorecem a

aquisição e o desenvolvimento da consciência fonológica que é a capacidade de

perceber que o discurso espontâneo é uma seqüência de sentenças e que estas são

uma seqüência de palavras (consciência da palavra); que as palavras são uma

seqüência de sílabas (consciência silábica) e que as sílabas são uma seqüência de

fonemas (consciência fonêmica), o que auxiliaria muito nas dificuldades dos alunos

disléxicos.

No caso da criança em idade escolar, a psicolingüística, PINTO (2003),

define a dislexia como um déficit inesperado na aprendizagem da leitura (dislexia),

da escrita (disgrafia) e da ortografia (disortografia) na idade em que essas

habilidades já deveriam ter sido automatizadas. É o que se denomina dislexia de

desenvolvimento.

Para ensinar crianças com distúrbios de aprendizagem, PINTO (2003),

ressalta que é preciso conhecer os processos educacionais. Daí resulta a

importância da pré-escola, que é a época propícia para desenvolver a capacidade

cognitiva da criança normal ou mesmo disléxica, através de métodos ativos e

baseados na psicologia, de Jean Piaget. É preciso então atender aos estágios de

desenvolvimento mental da criança, sem pressa de alfabetizar, antes que ela esteja

madura neurologicamente.

Os caminhos que se voltam à decodificação e a compreensão de palavras,

são singularmente importantes nas primeiras fases da aprendizagem da leitura, e

precisam ser automatizados ou bem assimilados no primeiro ciclo do ensino

fundamental (até a quarta série), já que um déficit em algum deles age como um

gargalo que atrapalha o desenvolvimento pleno e melífluo dos processos avante de

compreensão leitora. (PINTO, 2003)

Para a criança disléxica, segundo PINTO (2003), o método multissensorial

surge com o objetivo de trabalhar a criança, para que aprenda a dar respostas

automáticas duradouras (nomes, sons e fonemas) e desenvolver habilidades como

seqüenciar palavras. Na alfabetização, a introdução de cada letra, com ênfase na

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sua relação com o nome/som e com a importância em dar a sua forma correta, torna

o ensino sistemático e cumulativo, e deverá ser avaliado regularmente, de forma a

verificar a sua eficiência

“A reeducação da leitura do disléxico deve utilizar métodos de trabalho que

permitam analisar o que lê, tanto do ponto de vista visual como fonético, bem como

compreender a estrutura da frase e as leis gramaticais que a dirigem," (NOVAES,

1984, p. 246).

O ideal é trabalhar a autonomia da criança, para que ela não comece a

sentir-se dependente em tudo. O professor deve acolher e respeitá-lo, em suas

diferenças, sem cair no sentimento de pena.

É de grande importância ressaltar, que a manutenção de turmas pequenas,

com no máximo 20 alunos, ou menos, é de extrema relevância, para que o professor

tenha oportunidade de observar de maneira adequada a todos os educando, como

também dispor de tempo para auxiliá-los.

A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais,

professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças sofre

de dislexia. Caso contrário, de acordo com OLIVEIRA (1997), eles confundirão

dislexia com preguiça ou má disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem

sua frustração por meio de mal-comportamento dentro e fora da sala de aula.

Portanto, pais e educadores devem saber identificar os sinais que indicam que uma

criança é disléxica - e não preguiçosa pouco inteligente ou mal-comportada.

A dislexia não deve ser motivo de vergonha para crianças que sofrem dela e

nem para seus pais. Dislexia não significa falta de inteligência e não é um indicativo

de futuras dificuldades acadêmicas e profissionais. A dislexia, principalmente

quando tratada, não implica em falta de sucesso no futuro.

Alguns exemplos de pessoas disléxicas, segundo GORMAM (2003), que

obtiveram grande sucesso profissional são Thomas Edison (inventor), Tom Cruise

(ator), Walt Disney (fundador dos personagens e estúdios Disney) e Agatha Christie

(autora).

Para VYGOTSKY (1991), não é possível pensar na construção da escrita

como um processo linear e constante. Durante a aquisição da linguagem oral, a

criança também apresenta instabilidades: errando, tentando, manipulando e

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acertando. É preciso aceitar que todo processo de apropriação de novos

conhecimentos requer reflexões e comparações em um percurso de idas e vindas, o

qual, longe de estabilidades, nos leva a perguntas, indagações e perplexidades.

Depois de detectada a Dislexia, segundo FONSECA (1995), cabe à escola,

juntamente com o professor, trabalhar este aluno de maneira “distinta”, para fazer

com que este consiga amenizar seu distúrbio de aprendizagem. Mesmo com um

trabalho diferenciado, a criança nunca deixará de ser disléxica, mas poderá ter uma

vida escolar quase “normal”, podendo aprender a ler e escrever como os demais,

apesar das dificuldades que possui.

Para trabalhar com a criança disléxica, FONSECA (1995), ressalta que o

professor necessita ser capacitado e ter conhecimento à cerca da Dislexia. Ele

precisa saber o que é a dislexia, sua causa, bem como saber diagnosticar a mesma.

Com essas informações o professor pode trabalhar com o aluno em sala de aula,

não deixando que este se sinta excluído e com auto-estima baixa.

Na maioria das vezes, os professores têm um conceito errado em relação ao

problema apresentado pelo aluno, considerando-o relapso, desatento, preguiçoso e

sem vontade de aprender. Isso faz com que o aluno se sinta incapaz, sem

motivação, têm reações rebeldes e até desperta um quadro de depressão. O quadro

se agrava ainda mais quando ocorre a repetência e evasão escolar, pois muitas

vezes não temos o real diagnóstico.

Segundo OLIVEIRA (1997, p.09), muitos professores, preocupados com o

ensino das primeiras letras, e não sabendo como resolver as dificuldades

apresentadas por seus alunos, várias vezes os encaminham para as diversas

clínicas especializadas que os rotulam como “doentes”, incapazes ou preguiçosos.

Na realidade, muitas dessas dificuldades poderiam ser resolvidas dentro da própria

escola.

Desta forma, os pais e professores precisam trabalhar em conjunto, onde um

não pode contradizer o outro, buscando aumentar a sua motivação para restaurar a

sua autoconfiança em si mesmo, valorizando o que ele faz mesmo que não esteja

correto tendo o cuidado para não enfatizar os erros cometidos por ele.

É necessário valorizar todo o esforço e interesse demonstrado pelo mesmo,

respeitando seu ritmo, pois o disléxico necessita de mais tempo para pensar e

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entender o que é para ser feito, que um aluno normal. Para isso o professor

necessita ter paciência e força de vontade ajudando este aluno, pois não existe um

método específico de alfabetizar os mesmos.

A criança necessita do apoio dos pais para colocar-se frente aos desafios de

forma ativa em direção a uma liberdade conquistada. Caso contrário, diante do

temor e do não saber o que fazer com as dificuldades encontradas, refletiva na

atitude dos pais, retraia-se e opta pelas condições já sedimentas, mesmo que isso

quer dizer escolher pela indiferenciação.

É fundamental demarcar que é concebida como um local complementar ao

cuidado que a família dedica à criança. A relação estabelecida entre esta instituição

e a família deve ser de parceria e, portanto, de complementaridade no que se refere

ao cuidado e a educação precisa da criança.

Ao participar de grupos variados a criança assume papeis diferenciados e obtem uma noção mais subjetiva de si própria. Quanto maior a diversidade de grupos de que participa, mais numerosos serão seus parâmetros de relações sociais, om que tende a enriquecer sua personalidade.(GALVÃO, 1996, p.101).

Diante das dificuldades impostas pela dislexia, é preciso ser educador no

seu conceito completo, se formando constantemente, sem desistir dos desafios do

cotidiano escolar que é permeado por uma diversidade imensa, dentro dessa

diversidade, a dislexia. Enfrentá-la significa não desistir jamais de uma criança,

mantendo um olhar esperançoso direcionado a ela e acreditando sempre em sua

aprendizagem.

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CONCLUSÃO

A dislexia não é uma doença que apresenta um quadro irreversível, pois se

a crianças for acompanhada desde as séries iniciais por profissionais capacitados

conseguirão ter uma vida efetivamente normal. Para que isso aconteça é preciso

que pais e professores estejam atentos a esses primeiros sinais, ou seja, no

momento em que a criança inicia o processo da fala, leitura e escrita.

É difícil, principalmente para os pais, reconhecer e compreender a dislexia,

porque muitas vezes os sinais demonstrados pelas crianças são interpretados

erroneamente, muitas vezes são associados à preguiça e desleixo e ainda

indisciplina vista isoladamente.

É importante ressaltar que gramática ortografia e leitura defasadas não são

suficientes para diagnosticar a dislexia, todos esses indicadores são suporte para o

trabalho de outros profissionais como psicólogo, fonoaudiólogo e neurologista.

O psicólogo é capaz de descartar a possibilidade de debilidade mental, bem

como o neurologista. O fonoaudiólogo poderá exercer um papel essencial no

tratamento do disléxico, orientando pais e professores que conseqüentemente terão

mais condições de ajudar.

Infelizmente os profissionais que deveriam ter essa competência não estão

capacitados em sua maioria para trabalhar com crianças que apresentam esse

distúrbio, resta a eles dedicar-se mesmo sem formação especial, ao

desenvolvimento dessas crianças.

Diante do exposto é importante ressaltar que a criança com dislexia não é

menos inteligente que as outras ou têm menos capacidade de aprender, dislexia é

considerada uma disfunção cerebral e não uma deficiência, sendo assim, não há

interferência nas faculdades mentais.

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