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FEWS NET MOZAMBIQUE Av. FPLM, 2698, Maputo Tel: 258 21 460588; Mobile: 258 82 3050574 Fax: 258 21 462657 [email protected] FEWS NET Washington 1717 H St NW Washington DC 20006 [email protected] A FEWS NET é uma actividade financiada pela USAID. A opinião dos autores expressa nesta publicação não reflecte necessariamente a opinião da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional ou do Governo dos Estados Unidos. www.fews.net/mozambique Actualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Outubro de 2009 Embora o país esteja no meio do período de fome, a maioria das famílias ainda tem acesso razoável aos alimentos uma vez que a oferta e os preços do mercado continuam geralmente estáveis e em conformidade com os padrões sazonais. Os resultados preliminares da avaliação anual de vulnerabilidade do Grupo de Avaliação de Vulnerabilidade (GAV) do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SESTAN), indicam que as condições globais de insegurança alimentar não se deterioraram em relação às condições de Março, o que indica uma melhoria geral. Esperase que a situação de segurança alimentar permaneça estável em todo o país até Dezembro, excepto nas regiões áridas e semiáridas, onde esperase que as condições de segurança alimentar sejam críticas com a evolução do período de fome e a disponibilidade de água poderá tornarse problemática. Com o início da época de cheias e ciclones, necessidades temporárias poderão surgir em caso de ocorrência de um destes eventos. No geral as chuvas ainda não tiveram um início efectivo na maior parte do sul, enquanto algumas das estações terrestres do centro e norte registaram chuvas acima do normal. Os preços do milho e doutros produtos alimentares estão, na generalidade, a subir de acordo com a normal tendência sazonal. Na bacia do Zambeze, devido à previsão de chuvas acima do normal nos países vizinhos a montante, e devido ao facto de o índice de humidade dos solos ser relativamente elevado, há uma probabilidade próxima do normal ou elevada de ocorrência de cheias. Calendário sazonal e eventos críticos Fonte: FEWS NET Figura 1. Condições estimadas de segurança alimentar, OutubroDezembro de 2009) Para mais informação sobre a Escala de Severidade da Insegurança Alimentar da FEWSNET, por favor visite o site TUwww.fews.net/FoodInsecurityScale U3T Fonte: FEWS NET Escala de Severidade de Insegurança Alimentar da FEWS NET Em Geral, Segurança Alimentar Boa Insegurança Alimentar Moderada Insegurança Alimentar Alta Insegurança Alimentar Extrema Fome Generalizada

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FEWS NET MOZAMBIQUE Av. FPLM, 2698, Maputo Tel: 258 21 460588; Mobile: 258 82 3050574 Fax: 258 21 462657 [email protected]

FEWS NET Washington 1717 H St NW Washington DC 20006 [email protected]

A FEWS NET é uma actividade financiada pela USAID. A opinião dos autores expressa nesta publicação não reflecte necessariamente a opinião da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional ou do Governo dos Estados Unidos.

www.fews.net/mozambique

 

Actualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE  Outubro de 2009 

• Embora  o  país  esteja  no meio  do  período  de  fome,  a maioria  das famílias  ainda  tem  acesso  razoável  aos  alimentos  uma  vez  que  a oferta e os preços do mercado continuam geralmente estáveis e em conformidade com os padrões sazonais. 

• Os  resultados preliminares da avaliação anual de vulnerabilidade do Grupo de Avaliação de Vulnerabilidade (GAV) do Secretariado Técnico de  Segurança  Alimentar  e  Nutricional  (SESTAN),  indicam  que  as condições globais de  insegurança alimentar não  se deterioraram em relação às condições de Março, o que indica uma melhoria geral. 

• Espera‐se que a  situação de  segurança alimentar permaneça estável em  todo  o  país  até  Dezembro,  excepto  nas  regiões  áridas  e  semi‐áridas,  onde  espera‐se  que  as  condições  de  segurança  alimentar sejam críticas com a evolução do período de fome e a disponibilidade de  água  poderá  tornar‐se  problemática.  Com  o  início  da  época  de cheias e  ciclones, necessidades  temporárias poderão  surgir em  caso de ocorrência de um destes eventos.  

• No  geral  as  chuvas  ainda  não  tiveram  um  início  efectivo  na maior parte do  sul, enquanto algumas das estações  terrestres do  centro e norte  registaram  chuvas  acima  do  normal.  Os  preços  do  milho  e doutros  produtos  alimentares  estão,  na  generalidade,  a  subir  de acordo com a normal tendência sazonal.  

• Na bacia do Zambeze, devido à previsão de chuvas acima do normal nos  países  vizinhos  a montante,  e  devido  ao  facto  de  o  índice  de humidade dos solos ser relativamente elevado, há uma probabilidade próxima do normal ou elevada de ocorrência de cheias. 

 Calendário sazonal e eventos críticos 

 Fonte: FEWS NET 

Figura 1. Condições estimadas de segurança alimentar, Outubro‐Dezembro de 2009) 

Para mais informação sobre a Escala de Severidade da Insegurança Alimentar da FEWSNET,  por favor visite o site TUwww.fews.net/FoodInsecurityScaleU3T 

Fonte: FEWS NET

Escala de Severidade de Insegurança Alimentar da FEWS NET

Em Geral, Segurança Alimentar Boa Insegurança Alimentar ModeradaInsegurança Alimentar AltaInsegurança Alimentar ExtremaFome Generalizada

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Actualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Outubro de 2009 

 Rede dos Sistemas de Aviso Prévio contra Fome

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 Sumário da segurança alimentar  Embora o país esteja no meio do período de fome, a maioria das famílias ainda tem acesso fiável aos alimentos uma vez que a oferta e os preços do mercado continuam, na generalidade, estáveis e em conformidade com os padrões sazonais. De facto, os resultados preliminares da avaliação1 anual de vulnerabilidade do Grupo de Análise de Vulnerabilidade (GAV) do Secretariado  Técnico  de  Segurança  Alimentar  e Nutricional  (SESTAN),  indicam  que  as  condições  gerais  de  insegurança alimentar não se deterioraram comparativamente ao mês de Março, mas houve uma melhoria generalizada. No entanto, existem  zonas  onde  as  famílias  mais  vulneráveis  estão  a  enfrentar  dificuldades  para  satisfazer  as  suas  necessidades alimentares. Essas  zonas estão  localizadas  sobretudo nos distritos  semi‐áridos do  sul da província de Tete, noroeste da província de Gaza, interior de Inhambane, e nos distritos semi‐áridos da Província de Sofala  As famílias vulneráveis são as que são chefiadas por idosos e mulheres, que possuem membros cronicamente doentes, com poucas posses, que tenham tido um choque que afectou a segurança alimentar durante os últimos 12 meses, que possuem fraca  diversidade  da  dieta,  e  as  que  dependem menos  das  compras  como  fonte  de  alimentos. Nas  províncias  centrais (Manica, Sofala, Tete e Zambézia), a maioria das famílias sofreu uma combinação de altos preços de alimentos, e reduções nas  fontes  de  renda  e  poder  de  compra,  enquanto  nas  províncias  do  sul,  a maioria  das  famílias  enfrentou  choques relacionados com o clima. No geral, 11 por cento das famílias na amostra reportaram que tinham registado momentos em que eles não foram capazes de comprar alimentos suficientes nem cobrir outras despesas essenciais durante os 12 meses anteriores ao inquérito.  Os resultados também  indicaram que o consumo de alimentos melhorou graças à boa campanha agrícola de 2008/09 e à estabilidade dos preços. A diversidade2 e frequência da dieta são boas medidas de aproximação do consumo de alimentos e da segurança alimentar ao nível das famílias, os resultados também indicam que, no geral, 11 por cento das famílias rurais tiveram um fraco consumo de alimentos, enquanto 20 por cento tinham um consumo marginal. A maioria das famílias tem um consumo aceitável de alimentos em termos de frequência e diversidade da dieta. Sem grandes surpresas, as famílias na província de Gaza  tem o pior consumo, com apenas 45 por cento a  registarem níveis aceitáveis e 17 por cento com um fraco consumo. No geral, os melhores níveis de consumo nas zonas rurais registam‐se nas províncias de Nampula, Sofala, e Maputo, onde mais de 80 por cento das famílias tem um consumo aceitável.  Embora o relatório do GAV ainda esteja em fase de finalização, actualmente, estima‐se que 247 mil pessoas precisam de ajuda alimentar externa nos distritos semi‐áridos do sul da província de Tete (distritos de Changara, Cahora Bassa, Mágoe, e Mutarara), no noroeste da província de Gaza (Chicualacuala, Chigubo, Chibuto e Mabalane), distritos semi‐áridos da província de Sofala (Chemba, Cheringoma, Chibabava, Maringue e Machanga), em Maputo (Magude, Matutuíne, Moamba) e Inhambane (Funhalouro, Govuro, Mabote e Panda ), devido a reservas de alimentos muito baixas e renda limitada após uma fraca campanha agrícola.  O Programa Mundial de Alimentação (PMA) e parceiros estão a assistir um total de 175 mil pessoas através de projectos de trabalho intensivo, que contribuem para a criação de bens comunitários nesses distritos de Outubro de 2009 a Abril de 2010. Os projectos são integrados nos planos distritais de mitigação de desastres e desenvolvimento. As actividades de alívio deviam ter começado no início de Agosto ficaram comprometidos por falta de recursos. Até agora, apenas 40 por cento do total dos fundos necessários (5 milhões de dólares) foram confirmados, o que significa uma rotura de reservas a partir de Janeiro de 2010 em diante. Geralmente, o período compreendido entre Janeiro e Março é o pico do período de fome.  No geral, espera‐se que a situação de segurança alimentar permaneça estável em todo o país até Dezembro, excepto nas zonas áridas e semi‐áridas, onde espera‐se que a segurança alimentar esteja crítica com a evolução do período de fome e a disponibilidade de água poderá tornar‐se problemática. Provavelmente, a insegurança alimentar moderada estender‐se‐á às famílias muito pobres e pobres, para além dos distritos do interior. Com o início da época chuvosa e ciclónica, poderão 

1 O trabalho de campo teve lugar em Agosto de 2009, e 121 distritos foram incluídos na amostra. Cerca de 4.110 famílias foram entrevistadas.  2 A diversidade da dieta é definida como sendo o número de alimentos individuais ou grupos de alimentos consumidos durante um determinado período de tempo. 

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surgir necessidades temporárias caso um ciclone atinja zonas ao longo da costa. A informação disponível indica que as prováveis necessidades não excederão de longe o universo previsto de 247 mil pessoas que necessitam de assistência humanitária até Abril de 2010. Abaixo, destacam‐se quatro regiões que merecem atenção especial entre Outubro de 2009 e Março de 2010:  1. Sul da província de Tete. As famílias de baixa renda e de poucos recursos poderão enfrentar restrições de acesso aos 

alimentos em algumas zonas, particularmente as semi‐áridas, áridas e remotas. Um acesso inadequado aos alimentos poderá continuar até a próxima colheita principal em Abril de 2010. O período de fome poderá durar até a colheita verde em Janeiro. De acordo com a previsão sazonal de Outubro‐Dezembro, a falta de água poderá ser um problema; dentro destas zonas, a assistência alimentar e de insumos agrícolas para as famílias pobres e muito pobres é crucial. A falta  de  resposta  em  tempo  real  fará  com  que  as  famílias  mais  pobres  comecem  a  empregar  estratégias  de sobrevivência negativas e mesmo extremas incluindo o consumo inadequado de alimentos em larga escala, tais como alimentos silvestres altamente tóxicos. 

 2. Interior de Gaza e Inhambane. O acesso inadequado aos alimentos poderá continuar a afectar as famílias mais pobres 

até a próxima colheita principal em 2010. As famílias podem ter‐se beneficiado de preços baixos após a colheita, mas há  indicações de que os preços do milho, por exemplo,  já estão a subir.  Isso  irá prejudicar ainda mais o acesso aos alimentos através de compras no mercado, especialmente para as famílias mais pobres que dependem de mercados. Dentro dessas  zonas, as  famílias  com maior  risco de  insegurança alimentar  são as pobres e muito pobres que não possuem gado e são menos capazes de satisfazer as suas necessidades alimentares logo que a sua produção agrícola se  esgote.  De  acordo  com  a  previsão  sazonal,  espera‐se  que  as  chuvas  sejam  normais  para  acima  do  normal  de Outubro a Dezembro, e normais para abaixo do normal, de  Janeiro a Março de 2010. O período de estiagens e de cessação prematura das chuvas poderá registar‐se durante a segunda metade da época. 

 3. Norte e sul de Sofala. As  famílias de baixa  renda e de poucos  recursos poderão enfrentar  restrições de acesso aos 

alimentos em algumas zonas, particularmente as semi‐áridas, áridas e remotas, e não serão capazes de satisfazer as necessidades  alimentares  sem  assistência  externa.  Um  acesso  inadequado  aos  alimentos  poderá  continuar  até  a próxima colheita principal em Abril de 2010, uma vez que as  famílias não  tiveram muito benefício da produção da segunda época. O período de fome já iniciou e deverá durar até a colheita verde em Janeiro/Fevereiro. De acordo com a previsão  sazonal, a disponibilidade de água deverá melhorar em Novembro; nestas  zonas, as  famílias com maior risco de  insegurança alimentar são as mais pobres e vulneráveis e as muito pobres. A disponibilização de  insumos é crucial.  Espera‐se  que  a  precipitação  inicie  pontualmente  e  que  tenha  uma  boa  distribuição  durante  a  primeira metade da época mas poderá abrandar durante a segunda metade na parte sul da região. A disponibilidade de água poderá melhorar em Novembro 

 4. Zonas propensas a cheias e ciclones. Devido aos anteriores eventos de cheias na Bacia do Zambeze, a maioria das 

pessoas das áreas de risco  já abandonaram a zona estando agora em  lugares seguros. Apesar do facto de que  infra‐estruturas tais como habitação, escolas e hospitais estarem protegidas das cheias, a segurança alimentar poderá ser negativamente afectada dado que a maioria das  famílias nas novas áreas de  reassentamento  continua a  cultivar a terra em  zonas baixas nas  zonas propensas às  cheias. Uma  cheia pode  inundar e destruir  culturas e deixar muitas famílias com poucas opções de sobrevivência. Outra zona que suscita preocupação é a parte costeira da província de Nampula,  onde  os  ventos  fortes,  incluindo  depressões  tropicais,  tempestades  e  ciclones  são  possíveis,  e  algumas famílias poderão temporariamente enfrentar carências alimentares. 

 Recomendações aos agricultores para a nova campanha agrícola  Após o lançamento da previsão climática sazonal em finais de Agosto, o Departamento de Culturas e Aviso Prévio (DCAP) da Direcção  Nacional  de  Serviços  Agrários  (DNSA)  do Ministério  da  Agricultura  (MINAG)  elaborou  uma  previsão  para  a campanha de 2009/10 bem como recomendações técnicas para ajudar os agricultores a adoptarem medidas adequadas de acordo com as condições agro‐climáticos esperadas. A previsão relativa à estação chuvosa prevê uma precipitação próxima do normal para acima do normal para grande parte do país, incluindo grandes partes da região centro e toda a região sul, e uma precipitação acima do normal a próximo do normal para  toda a  região norte durante a primeira metade da época (Outubro–Dezembro de 2009). Para a segunda metade (Janeiro‐Março de 2010), a região sul e a parte sul da região centro 

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têm  uma maior  probabilidade  de  receber  uma  precipitação  próxima  do  normal  para  abaixo  do  normal,  enquanto  que grande parte da região centro e partes da região norte têm uma maior probabilidade de registarem uma precipitação acima do  normal  a  normal.  No  geral,  espera‐se  uma  boa  campanha  agrícola  nas  regiões  centro  e  norte  e  uma  campanha relativamente próxima do normal para abaixo do normal na região sul do país.  Para  a  primeira metade  da  campanha  agrícola  2009/10  (Outubro‐Dezembro),  a  previsão  agrícola  indica  probabilidades moderadas  (60‐70 por cento) de as culturas na zona sul  (Maputo, Gaza e  Inhambane) satisfazerem as suas necessidades hídricas. Na zona centro (Sofala, Manica, Tete e Zambézia), esperam‐se probabilidades moderadas ou mais altas (70‐80 por cento) de as culturas satisfazerem as suas necessidades hídricas. Na região Norte, há uma probabilidade elevada (80‐100 por cento) de as culturas satisfazerem as suas necessidades hídricas. Para o segundo período  (Janeiro‐Março de 2010), a previsão mostra probabilidades significativamente melhores em comparação com o primeiro período para a maioria das zonas  mais  produtivas  do  país  (zonas  centro  e  norte). A  probabilidade  de  as  culturas  poderem  satisfazer  as  suas necessidades hídricas durante este período é elevada a muito elevada (100 por cento) para as zonas centro e norte do país. Para  a  zona  sul, no entanto,  a probabilidade de  as  culturas poderem  satisfazer  as  suas necessidades hídricas diminuirá podendo variar entre baixa a moderada (50‐70 por cento). Para tirar o máximo partido das condições sazonais, os técnicos do  Ministério  da  Agricultura  traçaram  algumas  recomendações  técnicas  que  os  extensionistas  agrícolas  e  outros intervenientes devem divulgar aos agricultores. Estes incluem o seguinte: 

1. Zona sul. Recomenda‐se o uso de variedades de culturas de ciclo curto e de culturas tolerantes à seca  tais como a mandioca  e  outras  culturas  locais  que  se  adaptam  facilmente  às  condições  locais.  Os  agricultores  também  são aconselhados  a  fazer  o  máximo  aproveitamento  das  terras  baixas  com  capacidade  de  retenção  da  humidade. Monitorar  e  controlar  rigorosamente  as  infestações  de  ratos  durante  toda  a  campanha.  Dar  especial  atenção  a possíveis surtos da lagarta invasora, lagarta mineira, gafanhotos e pardal‐de‐bico vermelho. 

2. Zona  Centro.  Dadas  as  probabilidades  de  ocorrência  de  uma  precipitação  normal  para  acima  do  normal,  os agricultores  são  aconselhados  a  semearem  durante  o  período  normal. Monitorar  possíveis  surtos  de  gafanhoto vermelho em partes das províncias de Sofala e Zambézia e da lagarta invasora em Tete, Manica, Sofala e Zambézia. Há também  a  possibilidade  de  surtos  de  ratos  durante  toda  a  campanha,  especialmente  nas  províncias  de  Sofala  e Zambézia. O surto do gafanhoto é mais uma ameaça que os agricultores devem esperar, especialmente na província de Sofala 

3. Zona  Norte.  Inundações  localizadas  poderão  ocorrer  em  partes  do  norte,  especialmente  ao  longo  das  bacias hidrográficas. Recomenda‐se sementeiras durante o período normal e os agricultores devem seguir os procedimentos normais  de  sementeira;  dar  atenção  especial  atenção  a  possíveis  surtos  de  gafanhoto  vermelho  em  partes  da província de Niassa. Há também a possibilidade de ocorrência de surto da lagarta invasora e ratos em partes de Cabo Delgado e Niassa durante toda a campanha agrícola. 

 Por  outro  lado,  as  recomendações  abrangem  a  área  da pecuária no que concerne a possíveis doenças, tais como infestações  de  carraças,  dermatofilose  e  dermatose nodular.  Para  todas  as  situações  acima  indicadas,  as autoridades  agrícolas  são  aconselhadas  a  manterem reservas  de  emergência  de  vacinas,  pesticidas, ratoeiras/drogas  recomendáveis  e  medicamentos necessários.  Anomalias negativas de precipitação no sul  A  Tabela  1 mostra  a  precipitação  observada  comparada com  o  normal  (média  de  30  anos)  de  estações meteorológicas seleccionadas para o período de 1 a 20 de Outubro  de  2009.  Na  zona  sul  (Inhambane,  Panda,  e Maputo),  as  estações  seleccionadas  apresentam  défices 

Tabela 1. Precipitação observada vs. Normal (média de 30 anos) em estações seleccionadas, 1‐20 de Outubro.                       Fonte: INAM 

Região Nome da Estação 

Observada (mm) 

Normal (mm)  Anomalias 

NORTE 

Pemba  6.6  6.1  0.5 

Angoche  32.5  5.2  27.3 

Nampula  5.6  10.9  ‐5.3 

CENTRO 

Tete  92.2  2.2  90 

Quelimane  14.5  7.8  6.7 

Chimoio  16  19.7  ‐3.7 

Beira  86.2  13.4  72.8 

SUL 

Inhambane  0.2  16.1  ‐15.9 

Panda  0.2  16.1  ‐15.9 

Maputo  17.7  33.2  ‐15.5 

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Actualização da Segurança Alimentar em MOÇAMBIQUE Outubro de 2009 

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de quase 16 milímetros em relação aos valores normais. Na zona centro e norte, o cenário é misto, onde algumas estações registaram chuvas acima do normal, enquanto outras registaram chuvas abaixo do normal.  Os dados mostram que o  início das chuvas sazonais no sul foi tardio quando comparado com a média de  longo prazo (30 anos), mas se comparado aos últimos cinco anos, o começo das chuvas é esperado em Novembro. Espera‐se que as chuvas comecem  nas  regiões  centro  e  norte,  em  meados  de  Novembro  e  Dezembro,  respectivamente.  Normalmente,  até Novembro, as chuvas ocorram na maior parte do país. 

  Previsão hidrológica sazonal nas bacias hidrográficas de Moçambique  A previsão sazonal é um importante elemento para as autoridades hídricas elaborarem a sua planificação operacional para a  época.  Com  base  na  previsão  climática  (SARCOF)  do  final  de  Agosto  de  2009,  a  Direcção  Nacional  de  Águas  (DNA) produziu a  sua própria previsão de  risco de  cheias/inundações nas bacias hidrográficas do país. De acordo  com a DNA, durante  o meses  de  Setembro/Outubro,  a  parte  sul  do  país  foi  caracterizada  por baixos  níveis  de  humidade  dos  solos devido  a  chuvas  insuficientes  dos  últimos  três  anos.  Apesar  de  a  previsão  sazonal  indicar  uma  alta  probabilidade  de ocorrência  de  chuvas  acima  do  normal  para  o  norte  entre Outubro  e Dezembro,  a  ocorrência  de  cheias  durante  este período é baixa devido  as  características do  terreno e das bacias do  zona. Na bacia do  Zambeze, devido  à previsão de chuvas  excessivas  nos  países  vizinhos  a  montante,  e  devido  ao  facto  de  que  o  índice  de  humidade  dos  solos  ser relativamente elevado, existe uma probabilidade próxima da média a alta de ocorrência de cheias. Assim:  Figura 2a: Mapa de probabilidades mostrando o risco de cheias/inundação para Outubro–Dezembro de 2009 

Figure 2b:Mapa de probabilidades mostrando o risco de cheias/inundação para Janeiro–Março 2010 

             

Fonte: Direcção Nacional de Águas (DNA)

Início da época ciclónica Em Moçambique, a época de ciclones decorre de Novembro a Abril, atingindo o seu pico em Janeiro/Fevereiro. A maioria dos ciclones que afectam Moçambique fazem‐se à terra firme entre Angoche e  Inhambane. Para efeitos de preparação e aviso prévio, foi criado um sistema de alerta de ciclones que dá as comunidades aviso até 48 horas antes da chegada do ciclone. O  sistema usa uma  combinação de números e  cores para mostrar a  intensidade do  ciclone e as  fases de alerta respectivamente. Por favor, consulte os seguintes sites para obter mais detalhes sobre o sistema de aviso: www.inam.gov.mz e www.ingc.gov.mz.

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 Para Outubro–Dezembro 2009 (Figura 2a): Baixo risco (Alerta Verde) para as bacias de Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Limpopo, Save, Buzi,Púngoè, Ligonha, Lúrio,e Rovuma . Risco moderado (Alerta Laranja) para as  bacias do Zambeze e Licungo.  Para Janeiro‐Março 2010 (Figura 2b): Baixo risco (Alerta Verde) para Maputo, Umbelúzi, Incomáti, Limpopo, e Save. Risco moderado (Alerta Laranja) para as bacias de Buzi, Púngoè, Licungo,Ligonha, Ligonha, Lúrio, e Rovuma. Alto Risco (Alerta Vermelho) para as bacias de Messalo e Zambeze.  Acções de preparação  já começaram com a divulgação da previsão em todo o país,  incluindo a nível provincial, distrital e comunitário. Tecnicamente, a Direcção Nacional da Água estabelecerá mecanismos práticos para a partilha de informação e intercâmbio entre as agências de gestão de água da Zâmbia (ZRA, DWA, e ZESCO) e de Moçambique (HCB e ARA‐Zambeze).   Preços de alimentos estáveis mas continuam acima da média  Os preços dos produtos alimentares básicos mantiveram‐se estáveis desde o início do ano de consumo em Abril. No geral, os preços dos alimentos  têm seguido a  tendência normal para a época, embora ainda estejam acima da média de cinco anos.  A  única  excepção  foi  observada  em  Chokwe,  um mercado  de  referência  no  sul,  onde  os  preços  de Agosto  para Setembro subiram na ordem de 12 por cento, de 20.49 MT para 23.05 MT. Esta foi a maior subida em todos os mercados seleccionados e monitorados  incluídos no anexo de preços. Com a entrada do  início do período de  fome de Outubro a Janeiro/Fevereiro, os preços dos produtos alimentares poderão começar a subir até atingirem o pico em Janeiro/Fevereiro. A actual  tendência dos preços dos alimentos básicos é benéfica para a maioria das  famílias  vulneráveis que dependem principalmente de mercados para a satisfação das suas necessidades alimentares. No entanto, recomenda‐se fortemente um acompanhamento rigoroso dos preços durante o período de fome para detectar eventuais alterações da sazonalidade, com possíveis implicações para a segurança alimentar das famílias dependentes do mercado. 

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ANNEXO: Boletim Mensal sobre Preços em Moçambique Outubro 2009 

 Preços mensais são fornecidos pelos sistema de informação de mercados em Moçambique. 

Milho, arroz e feijões são os alimentos mais importantes. O milho  é  o  alimento  básico  para  os  pobres,  com  o  arroz  a desempenhar o papel mais importante como substituto. Os feijões  são  importantes para  todos os grupos  sociais. Cada um dos mercados aqui representado actua como  indicador para  uma  região  maior.  Tete  é  representativo  para  a província com o mesmo nome, Nampula é o mercado mais importante no norte e é representativo para a região, e tem ligações  com  o  interior  das  províncias  de  Zambézia  e Nampula  e  da  zona  costeira  de  Nampula.  O mercado  de Manica  tem  ligações  com  o mercado  de  Chimoio  que  por sua vez tem ligações com Gorongosa e mercados do sul. Os mercados  de  Chókwe  e Maputo  no  sul  estão  ligados  aos mercados de Chimoio, Manica e Gorongosa na zona centro. Chókwe  é  o  mercado  de  referência  para  a  zona  sul, exceptuando a capital Maputo. 

 

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