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A Influencia dos Gregos na filosofia medieval Douglas Blanco Razão e fé

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Page 1: A Influencia dos Gregos na filosofia medieval Douglas Blanco Razão e fé

A Influencia dos Gregos na filosofia

medieval

Douglas Blanco

Razão e fé

Page 2: A Influencia dos Gregos na filosofia medieval Douglas Blanco Razão e fé

Aspectos gerais

Correntes da filosofia medieval e principais representantes: Patrística (séc. II-V), com Agostinho de Hipona, e Escolástica (séc. IX-XV), com Tomás de Aquino. 

A herança da filosofia antiga pagã foi adaptada à tradição cristã pelos teólogos da patrística, os chamados Padres da Igreja.

Os textos antigos foram preservados pelos monges, medievais.

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Castelo medieval de Cascassone, na França, em 2011

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Patrística

Os apologistas adaptaram os textos platônicos, mais adequados à nova fé.

Principais temas: a natureza de Deus e da alma, a vida futura, o confronto entre o bem e o mal, a noção de pecado e de salvação, a questão do tempo.

Agostinho de Hipona redigiu: Confissões, De magistro, A cidade de Deus, Sobre a trindade, entre outras obras.

Santo Agostinho, quadro de Piero della Francesca, século XV

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Agostinho foi o primeiro a usar o conceito de livre-arbítrio, como faculdade da razão e da vontade, para ele, o mal não tem uma existência real, mas é uma carência, a ausência do Bem.

Desenvolveu a teoria da iluminação, segundo a qual possuímos as verdades eternas porque as recebemos de Deus.

O tempo é percebido pela nossa consciência, na qual o passado existe como memória e o futuro, como expectativa.

Ao discutir sobre as relações entre política e religião, refere-se às duas cidades, a “cidade de Deus” e a “cidade terrestre”.

Agostinho de Hipona

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Escolástica A escolástica sofreu influência decisiva

do aristotelismo.

Principal representante da escolástica: Tomás de Aquino, século XIII, auge da escolástica.

As universidades foram importantes como foco de fermentação intelectual.

Principais temas: prova da existência de Deus, criação do mundo, verdade, ética, imortalidade da alma, política.

São Tomás de Aquino, pintura de Adam Elsheimer, século XVI

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A questão dos universais O universal é o conceito, a ideia, a essência comum a todas

as coisas.

A questão era: os universais seriam realidades, ideias ou apenas palavras?

Principais respostas: realismo (Anselmo), realismo moderado (Tomás de Aquino), nominalismo (Guilherme de Ockham) e conceptualismo (Pedro Abelardo).

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Tomás de Aquino A grande síntese aristotélico-tomista expressa-se na obra Suma

Teológica.

Aquino prioriza a fé, mas valoriza a importância da razão.

Na teoria do conhecimento, reconhece a participação dos sentidos e do intelecto.

Diferentemente de Aristóteles, destaca a imortalidade da alma.

Aquino segue de perto a ética aristotélica, mas, segundo ele, pela revelação e pela fé, pode-se alcançar uma felicidade mais alta.

Page 8: A Influencia dos Gregos na filosofia medieval Douglas Blanco Razão e fé

Provas da existência de Deus

As “cinco vias” são baseadas nas provas aristotélicas sobre a causa primeira, o Primeiro Motor Imóvel.

São elas: o movimento, a causa eficiente, a contingência, os graus de perfeição, a causa final.

Page 9: A Influencia dos Gregos na filosofia medieval Douglas Blanco Razão e fé

A existência de Deus por meio da razão (5 vias de demonstração)

Primeira via

Primeiro Motor Imóvel: Tudo o que se move é movido por alguém, é impossível uma cadeia infinita de motores provocando o movimento dos movidos, pois do contrário nunca se chegaria ao movimento presente, logo há que ter um primeiro motor que deu início ao movimento existente e que por ninguém foi movido.

Page 10: A Influencia dos Gregos na filosofia medieval Douglas Blanco Razão e fé

Segunda via

Causa Primeira: Decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas coisas criadas. É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada, pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita.

Page 11: A Influencia dos Gregos na filosofia medieval Douglas Blanco Razão e fé

Terceira via

Ser Necessário: Existem seres que podem ser ou não ser (contingentes), mas nem todos os seres podem ser desnecessários se não o mundo não existiria, logo é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser.

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Quarta via

Ser Perfeito: Verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo, logo deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a Causa da Perfeição dos demais seres

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Quinta via

Inteligência Ordenadora: Existe uma ordem no universo que é facilmente verificada, ora toda ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada.