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    Princpios de Didctica

    Resumos

    2009/2010

    Antnio Semedo

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    Contedo

    Captulo 1 As bases cientficas da arte de ensinar ................................ ................................ ................................ ....................... 3

    Perspectivas histricas sobre o ensino ................................ ................................ ................................ ................................ ....... 3

    Perspectiva sobre o ensino eficaz para o sculo XXI ................................ ................................ ................................ .................... 5

    Aprender a ensinar ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ .... 9

    Captulo 2 A aprendizagem do aluno em salas de aula diversificadas ................................ ................................ ........................ 12

    1 - Fundamentos tericos e empricos ................................ ................................ ................................ ................................ ...... 12

    2 - De que forma os conceitos de equidade, diferenciao e variaes nas capacidadesde aprendizagem so questes importantes na aprendizagem por parte dos alunos. ................................ ................................ 12

    3 - Anlise acerca da forma como os alunos com deficincias e os alunos sobredotados devem sereducados nos dias de hoje e a melhor forma de trabalhar com estes alunos. ................................ ................................ ............ 13

    4 As perspectivas contemporneas sobre a cultura e a raa, comparando-as comas perspectivas de perodos anteriores e explicando o que os professores podem fazerpara trabalhar de forma eficaz em salas de aula cultural e racialmente diversificadas. ................................ .............................. 14

    5 Diversidade lingustica nas salas de aula de hoje e estratgias eficazes para utilizarcom alunos que esto a aprender a falar ingls. ................................ ................................ ................................ ....................... 14

    6 Diferenas entre os gneros nas salas de aula de hoje e a forma como osprofessores eficazes trabalham com estas diferenas. ................................ ................................ ................................ .............. 15

    7 Caractersticas dos alunos de baixo estatuto scioeconmico (ESE)/suasnecessidades especiais e estratgias eficazes para trabalhar com este grupo. ................................ ................................ ........... 15

    8 Pensamentos finais e questes educacionais (porque que as acesescolares so necessrias para assegurar o sucesso de todos os alunos). ................................ ................................ .................. 16

    Captulo 3 A planificao do professor ................................ ................................ ................................ ................................ ...... 17

    Perspectiva sobre a planificao ................................ ................................ ................................ ................................ .............. 17

    Fundamentos tericos e empricos ................................ ................................ ................................ ................................ .......... 17Domnios da Planificao ................................ ................................ ................................ ................................ ......................... 19

    As especificidades da planificao ................................ ................................ ................................ ................................ ............ 19

    Planificar para o tempo e para o espao ................................ ................................ ................................ ................................ ... 23

    Ultimo pensamento para a planificao ................................ ................................ ................................ ................................ ... 23

    Captulo 7 Expor e explicar................................ ................................ ................................ ................................ ........................ 24

    Mtodo Expositivo ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ .. 24

    Procedimentos para uma exposio eficaz ................................ ................................ ................................ ............................... 26

    Conduo da aula ................................ ................................ ................................ ................................ ................................ .... 27

    Captulo 10 Aprendizagem cooperativa ................................ ................................ ................................ ................................ .... 30Captulo 11 Aprendizagem baseada em problemas ................................ ................................ ................................ ................... 32

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    Captulo 1 As bases cientficas da arte de ensinar

    - O ensino pode proporcionar uma carreira gratificante para quem for capaz de responder aos desafiosintelectuais e sociais que coloca.

    - A tarefa de ensinar os jovens demasiado importante e complexa para ser deixada merc dos pais ou

    das estruturas informais de tempos passados. Um professor amigo e carinhoso j no suficiente, talcomo no suficiente que os professores utilizem mtodos de ensino exclusivamente baseados naintuio, preferncia pessoal ou senso-comum. A sociedade moderna necessita de escolas dotadas deprofessores competentes e eficazes , aptos a ensinar e a sociabilizar as crianas, recorrendo a prticaseducativas eficazes. Enquanto especialistas e profissionais, deles se espera que utilizem as melhoresprticas para ajudar os alunos a desenvolverem as competncias e as atitudes essenciais.

    O significado de bases cientficas da arte de ensi nar

    - O ensino tem uma base cientfica que pode orientar a sua prtica e tem tambm o seu lado artstico .

    O ensino eficaz requer o domnio destas duas reas. Os professores de hoje tm obrigao de utilizar a

    investigao sobre o ensino e a aprendizagem de modo a utilizarem prticas consideradas mais eficazescom o fim de melhorar a aprendizagem dos alunos.

    Por outro lado o ensino tambm uma arte revestindo-se de componentes que no podem sercodificadas ou exclusivamente determinados pelo conhecimento cientfico, mas que dependem de umconjunto complexo de apreciaes individuais baseadas nas experincias dos professores e na sabedoriada prtica.

    Segundo Nathaniel Gage (1984) um dos principais investigadores educacionais dos EUA, Enquanto arteinstrumental, o ensino algo que se afasta de receitas, frmulas ou algoritmos. Requer improvisao,espontaneidade, o lidar com mltiplas possibilidades relativas forma, ao estilo, cadncia, ao ritmo e adequabilidade .

    Os professores mais experientes sabem que no existe uma forma ideal de ensinar. Em vez disso osprofessores eficazes utilizam um conjunto de mtodos, conhecidos como estimuladores da motivao eda aprendizagem, seleccionados de acordo com os objectivos a atingir, as caractersticas dos alunos e osvalores e as expectativas das comunidades em que se inserem.

    P erspectivas histricas sobre o ensino

    O papel do professor foi sofrendo uma evoluo, medida que as escolas foram assumindo umaresponsabilidade social cada vez maior.

    No sc. XIX, havia uma maior preocupao pelo carcter moral e pela conduta dos professores do que pelascomponentes pedaggicas. Os objectivos primrios eram as competncias bsicas da leitura, escrita e

    aritmtica. No era exigido que a maioria dos jovens frequentasse a escola. A sociabilizao das crianasera responsabilidade de outras instituies: a famlia, a igreja e organizaes profissionais.

    No sc. XX, surgiram leis que tornaram obrigatria a escolaridade at aos 16 anos de idade. Os objectivosultrapassaram os da exigncia de aprendizagem de competncias bsicas como a leitura, a escrita e aaritmtica. As modificaes econmicas tornaram obsoleto o modelo de aprendiz que existia nos locais detrabalho, passando grande para a escola a responsabilidade pelo auxlio aos jovens no processo detransio da famlia para o trabalho.

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    A chegada de imigrantes de outros pases e culturas e os padres de xodo rural, criaram grandes ediversificadas populaes de estudantes, com necessidades que iam para alm da instruo bsica. Osprofessores passaram a trabalhar em cenrios educacionais complexos, obrigando-os a dar a todas ascrianas experincias educacionais adequadase diversificadas.

    As escolas passaram a ter, para alm da funo escolar, servios de sade, transporte, ocupao dostempos livres e refeies. Assumiram tambm funes de aconselhamento e de cuidados a ter a nvel dasade mental, com o objectivo de assegurar o bem-estar psicolgico e emocional da juventude.

    Criaram-se escolas especiais para formar professores nas matrias das disciplinas que estes teriam deensinar e para se certificarem que estes sabiam algo sobre pedagogia (o estudo da arte e da cincia doensino). Cada vez mais se espera que os professores tenham uma formao superior. No incio do sc. XX,os professores deveriam ter dois anos de ensino superior; em meados do sculo, a maioria jdispunha delicenciatura. Gradualmente, o ensino comeou a ser entendido como uma carreira.

    No entanto, apesar de todas esta evoluo, as prticas de ensino da poca raramente se apoiavam eminvestigao. Os professores eram avaliados em funo de critrios globais tais como conhece a matriada disciplina . Apesar de tudo, durante este perodo, verificaram-se progressos no desenvolvimento dosprogramas de todas as disciplinas e foram dados grandes passos na compreenso do desenvolvimento e

    potencial humanos, assim como acerca de como se aprende. Os professores de hoje devem ajudar osalunos a construir o seu prprio conhecimento e a envolverem-se activamente na sua aprendizagem.

    Desafios do ensino para o sculo XXI

    Ensinar numa sociedade multicultural Vivemos numa sociedade global e multicultural uma condio danossa cultura. As escolas de hoje tm de conciliar uma grande variedade de diferenas de aprendizagens eculturas e precisam que os professores tenham um repertrio de estratgias de ensino que lhes permitamsatisfazer as necessidades de cada criana.

    Ensinar para a construo do significado - As escolas dos finais do sc. XIX baseavam-se numa perspectivasobre a natureza e as formas de aquisio do conhecimento. Esta perspectiva tradicional do conhecimento

    Desafios doensino para o

    sculo XXI

    2. Ensinar para aconstruo do significado

    3. Ensinar para aaprendizagem activa

    4. Ensinar de acordo comas novas perspectivas

    sobre aptides

    5. Ensino eescolha

    6. Ensino eresponsabilidade

    7. Ensino e tecnologia

    1. Ensinar numasociedade multicultural

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    na qual tambm se baseiam alguns dos sistemas educativos contemporneos, objectiva, considerando oconhecimento como sendo constitudo por verdades a que os seres humanos tm acesso (Tobin)

    P erspectiva objectivista do conhecimento . O sucesso escolar era demonstrado pelo domnio que o alunotinha do curriculum e medido atravs de testes de desempenho estandardizados.

    Uma alternativa a esta perspectiva conhecida pelo construtivismo e tem vindo a ganhar apoio noscrculos educacionais ao longo das duas ltimas dcadas.

    Esta perspectiva defende que o conhecimento algo pessoal e que o significado construdo

    pela pessoa em funo da experincia. A aprendizagem um processo social mediante o qual

    os aprendizes constroem significados que so influenciados pela interaco entre o

    conhecimento previamente adquirido e as novas experin cias de aprendizagem.

    O ensino entendido como o proporcionar de experincias relevantes e oportunidades de dilogo, demodo a que a construo de significados possa surgir. O currculo deixa de ser um documento cominformaes importantes e passa a ser o conjunto de acontecimentos e actividades de aprendizagem

    atravs das quais alunos e professores elaboram conjuntamente contedo e significado .

    Ensinar para a aprendizagem activa Ensinar com vista a uma aprendizagem activa implica alteraesdrsticas no comportamento dos professores. Segundo a perspectiva construtivista, a aprendizagem noconsiste em alunos a sentados passivamente recebendo informao do professor, mas em alunosactivamente envolvidos em experincias relevantes e tendo oportunidades de dialogar para que ossignificados possam ser desenvolvidos e construdos.

    Ensinar de acordo com as novas perspectivas sobre aptides Segundo alguns psiclogoscontemporneos a inteligncia e a aptido so mais do que uma nica dimenso de utilizao da linguageme pensamento lgico, tal como so medidas pela maioria dos testes de inteligncia e aptides. Muitoseducadores acreditam, hoje em dia, que os testes de QI e os testes de conhecimento geral tm pouco a vercom a aptido ou a capacidade de um indivduo para aprender, mas em vez disso reflectem o passadosocial e cultural dessa pessoa.

    Ensino e escolha Permitir que os pais escolham as escolas dos seus filhos desafia o conceito tradicional deensino pblico estandardizado. A escolha das escolas e a privatizao do ensino tem crticos e defensores. Ensino e responsabilidade At h pouco tempo atrs, a preparao dos professores era mnima e poucose esperava do seu desempenho. Os professores de hoje so responsabilizados pelos seus mtodos deensino e pelo que os seus alunos aprendem.Os melhores professores preocupam-se com os seus alunos esentem-se responsveis pela sua aprendizagem.

    Ensino e tecnologia Quase tudo o que os professores fazem hoje em dia influenciado pela tecnologia emuitos aspectos do ensino podem ser melhorados por ela.

    P erspectiva sobre o ensino eficaz para o sculo XXI

    Verificam-se divergncias quanto definio do conceito de professor eficaz. Para alguns aquele que capaz de estabelecer uma boa relao com os alunos e contribuir para a criao de um meio aceitante efacilitador do desenvolvimento pessoal, para outros aquele que tem fascnio pela aprendizagem e que

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    domina s e iormente um conte do escolar es ec

    ico. Existem ainda aqu eles que de

    endem que umprof essor eficaz aquele que consegue canalizar a energia dos alunos para a constru o de uma ordemsocial mais justa e humana.

    A p in ip l fin lid d do nsino

    O p n pa obj vo do e n no ajuda o a uno a t o na em-se i !

    e " e !

    e te # e $ % t & -re ' % l $

    !

    & # .

    Esta ob jectivo ou finalidade principal deriva de duas premissas sub jacentes. A primeira a perspectivacont emporn ea de que o conhecimento no completamente fixoe tran smiss ( vel, mas algo que todo s os indiv( duos devem construir activamente atra vs de experincias sociais e pessoais. Asegunda a ideia de que a coisa mais important e que todo s os alunos devem aprender c om o ap ) e nd er .

    O s p 0 of 1 sso 0 1 s e fi2 3 4 e s:

    1. D ominam o conjunto de conh e ci 5 e ntos existente relativamente ao ensino e aprendizagem,utilizando-o como guia da cincia e arte da prti ca docente 6

    2. D ominam um re pe rt rio de pr tica s e duca ti 7 as (modelos, estrat gias e procedimentos 8 , estandoapto s a utiliz-las no ensino das crianas e no trabalho com adulto s em contexto escolar;

    3. Tm uma atitud e e competncias para abordar todo s os aspectos do seu trabalho d e uma formare fle xi9 a, democrtica e orientada para a re solu @ A o de problem as;

    4. Encaram o apre nd e r a e nsinar como um processo contnuo, sendo dotado s da atitud e e competncias necessrias optimizao das suas capacidades docentes e das escolas onde trabalham.

    B roce sso contnuo de apre ndi C ag em

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    Os atributos essenciais do professor eficaz para o sc. XXI

    A eficcia do acto educativo depende, em grandemedida, da manifestao de um conjunto decompetncias necessrias para o exerccio daprofisso docente. O esquema apresenta cincoaspectos considerados fundamentais pelo autor:

    y Base de conhecimentos: onde se incluem osconhecimentos da matria da disciplina porque responsvel, bem como de diversasreas directamente relacionadas com aeducao, como o desenvolvimento e aaprendizagem humana e a pedagogia. preciso saber o que ensinar mas, tambm,como se aprende.As bases cientficas do ensino aprendem-sesobretudo atravs do estudo da investigaoe da sabedoria da prtica acumulada peloexerccio da profisso. Determinadosprincpios e propostas de ensino, que podem constituir melhores prticas de ensino, derivam deconhecimentos cientficos. No entanto, os princpios baseados na investigao no se podemtraduzir directamente em frmulas e receitas fixas que funcionem em todas as situaes. Istoacontece porque o ensino situacional, e as caractersticas de determinados alunos, salas de aula,escolas e comunidades afectam o que funciona e o que no funciona.

    y Reportrio de prticas de ensino: Os professores eficazes possuem vrios repertrios, no selimitando a um conjunto limitado de prticas, procuram dispor de estratgias, mtodos, tcnicasdiversificadas e utiliz-las de acordo com as caractersticas dos seus alunos.Aos professores, independentemente do nvel a que ensinam, das matrias especficas queleccionam ou do tipo de escolas em que trabalham, exigido o desempenho de trs funes:

    o Liderana -> Funes executivas do ensino : -lhes pedido que liderem um grupo de alunosmotivando, planeando, distribuindo recursos e facilitando a aprendizagem.

    o Instruo -> Funes interactivas do ensino: refere-se aos mtodos e processos que osprofessores empregam nas suas aulas para instruir os seus alunos.O professor tem de pensar em trs pontos: Os modelos de ensino ; Procedimentos eestratgias de ensino resultantes da investigao sobre a eficcia do professor; A sabedoriaprtica contida nos repertrios de professores experientes.

    Modelos de ensino: Chamam-se modelos de ensino a cada uma das abordagens educativas

    existentes, em termos de fundamentos tericos, objectivos educacionais ecomportamentos de professores e alunos. Consiste num plano geral, ou padro, paraauxiliar os alunos a aprender determinados conhecimentos, atitudes ou competncias.Possui uma base filosfica subjacente e um conjunto de prescries docentes destinadas prossecuo dos resultados educativos desejados. Cada um foi criado para reflectirdeterminados valores e realizar metas consideradas importantes por diferentessociedades. No entanto, apesar das diferenas entre cada modelo, tambm tm pontossemelhantes. Partilham alguns procedimentos e estratgias, tais como a necessidade de

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    motivar os estudantes, de definir expectativas ou de estabelecer o dilogo. Q uais os modelos que um professor dever ter no seu repertrio?Existemseis modelos que respondem s necessidades da maioria dos docentes. So eles:Exposio, Ensino de conceitos, Instruo directa, Aprendizagem cooperativa,Aprendizagem baseada em problemas e Dilogo ou Discusso em sala de aula.A exposio auxilia o aluno a adquirir novas informaes relativas a factos e princpios.O ensino de conceitos e os modelos de aprendizagem pela descoberta e de dilogo so osmodelos mais eficazes para promover o pensamento crtico e o processamento deinformao j adquirida pelos alunos. O modelo de instruo directa destina-se a auxiliar osalunos a adquirirem conhecimentos de procedimentos e competncias especficas, comoescrever uma frase ou resolver uma operao matemtica, como estudar, sublinhar, tirarapontamentos ou fazer exames. O modelo de aprendizagem cooperativa, mais recente, eficaz na melhoria das relaes raciais e tnicas em turmas multiculturais e tambm nasrelaes entre crianas normais e deficientes. Revela-se eficaz na optimizao dorendimento escolar dos alunos.

    Classificao dos seis modelos

    Tradicional/Centrado no Professor: Exposio, Ensino de conceitos e Instruo directa

    Construtivista/Centrado no aluno: Aprendizagem cooperativa , Aprendizagembaseada em problemas e Discusso em sala deaula.

    o Organizao -> Funes organizacionais do ensino: inclui o trabalho do professor dentro

    da comunidade escolar, com os colegas, pais e direco da escola.As escolas no so exclusivamente locais onde as crianas aprendem; so igualmente locaisonde os adultos desempenham uma multiplicidade de papis director, professor,especialista de recursos, etc.

    Possuir um repertrio de competncias organizacionais importante pois, por um lado, acapacidade de liderana dentro do contexto escolar tem uma forte influncia nodesenvolvimento da carreira; por outro lado, a aprendizagem dos alunos no se encontrarelacionada com aquilo que faz um professor particular, mas tambm com tudo aquilo que,dentro de uma escola, fazem os professores em conjunto. A eficcia global da escolarequer competncias organizacionais, tais como o estabelecimento de boas relaes com

    os colegas, o planeamento cooperativo e o acordo acerca dos objectivos e dos meios de osalcanar.

    O professor eficaz aquele que possui um repertrio que lhe permite estabelecer umdilogo amplo com o todo escolar sobre questes educacionais importantes e capaz de se juntar e constituir uma equipa com colegas com o objectivo de trabalharem em grupo paramelhorar a aprendizagem dos alunos.

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    y Q ualidades pessoais: o professor tem que desenvolver a capacidade de abertura ao outro, saberouvir, mas tambm saber julgar com justia e ser capaz de decidir, por vezes em situaes de algumstress. Deve ter sempre em conta que os alunos o encaram como um modelo (aprendizagem pormodelagem) e que todas as suas aces tm consequncias sobre o grupo-turma. Devedesenvolver competncias para estabelecer relaes interpessoais genunas (simpatia, empatia,afectividade, sensibilidade, )

    y Justia social: Atento s dificuldades econmicas dos seus alunos, procura que estas no tenhamconsequncias ao nvel da aprendizagem e da avaliao. Procura tambm que se desenvolva nasala de aula um esprito solidrio e de entreajuda.

    y Reflexo e aprendizagem ao longo da vida: Fruto do grande nmero de variveis (alunos,programas, exigncias do ministrio) a profisso docente revestida de uma elevadacomplexidade. Este facto torna impossvel a elaborao de um manual de instrues onde seexplicaria o que fazer em cada situao. O professor tem que, utilizando os aspectos j referidos,reflectir sobre o que se passa na sua sala de aula e, seguidamente, decidir o seu prprio caminho. O professor eficaz aprende a abordar situaes nicas com uma atitude de resoluo de problemase aprender a arte de ensinar atravs da reflexo sobre a sua prpria prtica.

    Por outro lado, como as investigaes cientficas nos do todos os dias novas respostas torna-senecessrio aceder a esse conhecimento de modo a pode utiliz-lo.

    Por tudo isto, so exigidas ao professor eficaz competncias de reflexo e resoluo de problemas(prtica reflexiva). Aprender a ensinar deve ser um processo que se desenrola ao longo da vida,conseguindo diagnosticar situaes, adaptar e utilizar o seu conhecimento profissional de formaapropriada para favorecer a aprendizagem dos alunos e melhorar as escolas.

    Aprender a ensinar

    Alguns professores ficam melhores com a idade. Outros, aps anos de prtica, no melhoram a suacompetncia, permanecendo iguais desde o primeiro dia em que entraram na sala de aula.

    Porque ser que alguns professores abordam o acto de ensinar crtica e reflexivamente; so inovadores,abertos e altrustas; esto dispostos a assumir riscos consigo prprios e com os estudantes; e so capazesde elaborar juzos crticos sobre o seu trabalho? Por outro lado, porque serque outros professoresmanifestam os traos exactamente opostos?

    Tornar-se competente leva muito tempo. As biografias de msicos e artistas talentosos descrevemfrequentemente anos de sofrimento e dedicao antes de alcanar a maturidade artstica.Tornar-se umprofessor verdadeiramente competente semelhante.

    necessrio muito voluntarismo alimentado pelo desejo de perfeio; necessrio compreender queaprender a ensinar consiste num processo de desenvolvimento que se desenrola ao longo de toda a vida ,durante o qual se vai gradualmente descobrindo um estilo prprio, mediante reflexo e pesquisa crticas.

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    Modelos de desenvolvimento dos professores

    Os investigadores postulam que os seres humanos se desenvolvem cognitiva e afectivamente atravs deestdios. Tornar-se professor consiste num processo no qual o desenvolvimento progride de formasistemtica atravs de estdios, verificando-se a possibilidade de parar em determinado estdio, caso nose verifiquem as experincias necessrias.

    Descrio de teorias especficas do desenvolvimento do modo como se aprende a ensinar:

    Os estdios de Fuller trs estdios de preocupao.

    Os professores principiantes passam por fazes bastante previsveis durante o processo de se tornaremcompetentes:

    1. F ase de sobrevivncia: P reocupaes de sobrevivncia - Preocupam-se com as suas competnciasinterpessoais e com o facto dos seus alunos e supervisores gostarem deles, com o controle na salade aula e a possibilidade desta ficar descontrolada.

    2. F ase da situao de ensino: P reocupaes relativas a situaes de ensino - Preocupam-se com otempo, com as realidades da sala de aula, com o seu repertrio limitado de estratgias de ensino.

    3. F ase da Mestria e dos resultados: P reocupaes relativas aos alunos - Acedem a questes deordem superior, como as necessidades sociais e emocionais dos alunos, de serem justos. principalmente durante esta fase que os professores se preocupam e assumem plenaresponsabilidade pela aprendizagem dos alunos.

    Ao longo dos ltimos anos houve um afastamento gradual das teorias das fases, em direco a umaperspectiva mais flexvel. Esta enuncia que os processos de desenvolvimentos dos professores so graduaise evolucionrios, e no tanto estanques quanto os modelos de Fuller e Ferman-Nemser sugeriam.

    SUMRIO

    - O ensino possui uma base cientfica que pode orientar a prtica; comporta igualmente um lado artstico.

    - O papel do professor complexo e foi moldado por foras histricas. As expectativas relativas aoprofessor foram objecto de modificaes: no sc. XIX a principal preocupao dizia respeito ao carctermoral do professor, enquantoque hoje em dia nos preocupamos mais com a sua competnciapedaggica.

    - Hoje em dia, quase um tero dos nossos estudantes tem heranas culturais no-europeias, sendo o inglsa sua segunda lngua, situao esta que contribui para a modificao do papel do professor. Espera-se queos professores funcionem em contextos educacionais complexos e multiculturais e que sejam capazes defuncionar eficazmente com todo o tipo de crianas.

    - Espera-se cada vez mais que o professor possua uma preparao elevada e demonstre conhecimentostanto a nvel de matrias especficas como de pedagogia.

    - Os professores competentes so aqueles que esto familiarizados com o conjunto de conhecimentosexistente relativo ao ensino, que esto dotados de um repertrio de prticas eficazes, que tm atitudesde reflexo e de resoluo de problemas e que consideram o processo de aprender a ensinar um processopara toda a vida.

    - As bases cientficas do ensino aprendem-se essencialmente pelo estudo dos resultados da investigao epela sabedoria inerente a uma longa prtica. Com base no conhecimento cientfico formularam-se algunsprincpios que podem orientar a prtica eficaz. Contudo, os princpios resultantes da investigao no

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    podem ser directamente traduzidos em receitas e frmulas definitivas e prontas a usar em todas assituaes.

    - O conceito de repertrio diz respeito ao nmero de estratgias e de processos que os professores estoaptos a utilizar.

    Os professores competentes desenvolvem um repertrio de mtodos e de competncias que lhes

    permite executar adequadamente vrios aspectos do seu trabalho.- O trabalho do professor pode ser conceptualizado em torno de trs funes principais: a executiva, a

    interactiva e a organizacional. A funo executiva diz respeito aos papis de lder que o professor tem dedesempenhar na sala de aula, tais como estimular a motivao, planear e gerir recursos. As funesinteractivas dizem respeito aos mtodos e procedimentos que os professores utilizam na interacopedaggica quotidiana com os estudantes.

    As funes organizacionais dizem respeito ao trabalho do professor na comunidade escolar, incluindo otrabalho com colegas, pais e outro pessoal escolar.

    - A prtica escolar eficaz implica a capacidade de abordar as situaes da sala de aula de uma formareflexiva e orientada para a resoluo de problemas.

    - Aprender a ensinar um processo desenvolvimentista, atravessando os professores vrios estdiosprevisveis.Primeiramente, preocupam-se com a sobrevivncia, depois com a situao concreta de ensino e, por fim,com as necessidades sociais e escolares dos seus estudantes.

    - Aprender a ensinar um processo complexo e a informao que til para os professores experientespode no ter o mesmo valor para os inexperientes.

    - Pais e professores influenciam frequentemente a deciso de algum se tornar professor, bem como aperspectiva que se tem sobre o ensino. Contudo, as recordaes relativas aos professores preferidospodem constituir o melhor modelo com base no qual desenvolver um estilo pedaggico prprio, porqueestes professores podem no ter sido to eficazes como se pensa.

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    Captulo 2 A aprendizagem do aluno em salas de aula diversificadas

    1 - Fundamentos tericos e empricos

    Alteraes ocorridas na demografia escolar e a importncia dos professores seremcapazes de ajudartodos os alunos a aprender

    Os valores, as perspectivas filosficas e a poltica influenciaram as prticas de ensino em salas de auladiversificadas, e estes so assuntos que devem preocupar os professores em incio de carreira. Ao mesmotempo, os professores devem esforar-se por obter uma boa base de conhecimentos, o que na realidadeacontece s crianas com necessidades especiais e quelas oriundas de diferentes culturas quandofrequentam a escola, assim como os melhores mtodos para trabalhar com essas mesmas crianas e jovens. A equidade e a diferenciao das crianas funcionaram como o motor de muitas das investigaessobre diversidade.

    As salas de aula monoculturais criadas no sc. XIX e incios do sc. XX assumiram que o potencial deaprendizagem derivava de factores genticos e culturais, que os professores pouco podiam fazer acercadestas realidades e que a sociedade podia tolerar baixos nveis de resultados por parte de alguns alunos.

    Hoje em dia tudo isto mudou . Todas as crianas devem frequentar a escola. Estas crianas e jovens trazemconsigo uma enorme variedade de origens culturais, talentos e necessidades. Muitos so oriundos de lares,pobres ou abastados, onde o apoio e o encorajamento so pouco abundantes. Alguns so sobredotados,outros tm dificuldades de aprendizagem. J no aceitvel permitir que alguns alunos sejam colocadosem salas de aula especiais, que desistam e que passem de ano sem terem adquirido competncias bsicasde leitura e matemtica. Pelo contrrio, as escolas pertencem a todas as crianas. A diversidade dentro dassalas de aula deixou de ser uma questo politica, valores ou de referncias pessoais.

    C ompreender os alunos e a forma como estes aprendem em salas de aula diversificadas um

    dos mais importantes desafios do ensino.

    A utilizao da linguagem adequada quando nos referimos diversidade ou s origens e

    capacidades dos alunos crucial.

    2 - De que forma os conceitos de equidade, diferenciao e variaes nas capacidades deaprendizagem so questes importantes na aprendizagem por parte dos alunos.

    y Muita da investigao e preocupao com a diversidade tem-se concentrado em 3 temas: equidade, diferenciao e variaes nas capacidades dos alunos.

    y O termo equidade refere-se a criar condies de imparcialidade e igualdade para todos os alunos.Historicamente, as condies iguais nunca existiram. Alguns alunos viram as suas oportunidadeslimitadas devido raa, classe social ou capacidades.

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    y A diferenciao refere-se s diferenas existentes entre as experincias educacionais da raa,classe, cultura e gnero maioritrios em relao s das minorias.

    y Estudos realizados ao longo dos anos revelaram que os alunos membrosde minorias recebem umaeducao de menor qualidade, como resultado dos padres de inscrio escolar, padres deagrupamento, agrupamentos por capacidade e interaces diferenciadas com os professores.

    y

    As expectativas dos professores afectam a sua relao com os alunos, o que estes aprendem e aspercepes que tm sobre as suas prprias capacidades. Os professores podem aprender a estaratentos e minimizar os seus preconceitos em relao aos alunos de diferentes origens.

    y Os alunos tm diferentes capacidades de aprendizagem (durante muitos anos a inteligncia foiconsiderada uma capacidade singular).

    y Os tericos modernos encaram a capacidade e a inteligncia como mais do que uma capacidadesingular e propem a teoria das inteligncias mltiplas.

    y Os debates sobre a capacidade de aprendizagem herdada (natureza) ou resultado do ambiente(educao) existem h muito tempo. Hoje em dia, a maioria dos psiclogos acredita que se trata deuma combinao de ambos, e reconhece que a capacidade individual de aprendizagem de cadaindivduo reflecte as suas origens culturais.

    3 - Anlise acerca da forma como os alunos com deficincias e os alunos sobredotadosdevem ser educados nos dias de hoje e a melhor forma de trabalhar com estes alunos.

    y Os alunos com dificuldades de aprendizagem tm necessidades especiais, que devem ser atendidaspara que eles possam ser bem sucedidos, tanto dentro como fora da escola. Tradicionalmenteestes alunos tm recebido uma educao de nvel inferior. Os actuais esforos para regularizar eincluir os alunos com necessidades especiais destinam-se a corrigir esta situao.

    y A incluso um esforo para alargar as oportunidades educacionais de turmas regulares aos alunoscom necessidades especiais, um grupo que tem sido sempre segregado e alvo de oportunidadeseducacionais de nvel inferior.

    y H quem defenda que os alunos com deficincias devem ser educados no ambiente menospossvel, e que todos devem ter um plano de educao individual (PEI).

    y As responsabilidades dos professores no trabalho com alunos com necessidades especiais incluema prestao de auxlio durante o processo do PEI e a adaptao da instruo e de outros aspectosde ensino, para que todos os alunos possam aprender.

    y Existem diferentes perspectivas sobre a melhor forma de trabalhar com alunos com incapacidades.Alguns defendem abordagens muito estruturadas, enquanto outros mantm que a instruo deve

    derivar do interesse do aluno, enfatizando a resoluo de problemas e o raciocnio crtico. Umacombinao destas duas abordagens ser, provavelmente, uma soluo mais eficaz.

    y Existe pouco consenso sobre a forma de identificar e educar alunos com talentos e dotes especiais.Alguns acreditam que a ateno dada aos alunos sobredotados tira recursos dos alunos que maisprecisam deles.

    y As estratgias para trabalhar com alunos sobredotados incluem uma instruo diferenciada, acriao de ambientes de aprendizagem ricos, a utilizao de agrupamentos flexveis, a condensao

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    do currculo e da instruo, a utilizao de estudo interdependente e o apoio aos alunossobredotados para que estabeleam padres exigentes para si prprios.

    4 As perspectivas contemporneas sobre a cultura e a raa, comparando-as com as

    perspectivas de perodos anteriores e explicando o que os professores podem fazer paratrabalhar de forma eficaz em salas de aula cultural e racialmente diversificadas.

    y As perspectivas contemporneas rejeitam as ideias sobre o dfice cultural e abraam as teoriassobre as diferenas e a descontinuidade cultural para explicar as dificuldades que os alunos dasminorias experimentam nas escolas.

    y Para trabalhar de modo eficaz com alunos em salas de aula cultural e racialmente diversificadas, osprofessores devem reconhecer, compreender e apreciar os grupos culturais, quer se baseiem emdiferenas raciais, tnicas, lingusticas, de gnero ou outras.

    y Compreender os nossos prprios preconceitos e desenvolver uma receptividade e sensibilidade sculturas dos alunos um primeiro passo importante para um ensino eficaz em salas de aulaculturalmente diversificadas.

    y Os professores eficazes de alunos diferentes a nvel racial e cultural sabem como criar ambientesculturalmente relevantes e programas multiculturais, e como utilizar pedagogias culturalmenterelevantes.

    y Os modelos e estratgias de ensino especificamente destinados a cumprir objectivos deaprendizagem multicultural incluem a instruo directa, a aprendizagem cooperativa, o ensinorecproco e a resoluo de problemas comunitrios.

    5 Diversidade lingustica nas salas de aula de hoje e estratgias eficazes para utilizarcom alunos que esto a aprender a falar ingls.

    y Os professores de hoje encontram uma considervel diversidade lingustica nas suas salas de aula.

    y A aquisio de uma segunda lngua um processo longo e difcil para os alunos. Inclui no s aaprendizagem da fontica, morfologia, sintaxe e vocabulrio, assim como a interpretao dosgestos e expresses faciais, as normas que rodeiam a utilizao da linguagem, e a utilizao dalinguagem para adquirir conhecimentos cognitivos.

    y A diversidade lingustica deve ser respeitada, e as competncias bilingues devem ser encorajadas

    e desenvolvidas nos alunos que esto a aprender a falar a lngua do pas onde residem.

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    6 Diferenas entre os gneros nas salas de aula de hoje e a forma como os professoreseficazes trabalham com estas diferenas.

    y Apesar do ensino ter sido sempre dominado pelas mulheres, os preconceitos sexuais e adiferenciao das raparigas tm sido problemas constantes nas escolas.

    y A maioria dos estudos demonstra que existem poucas diferenas inerentes entre as capacidadesdos homens e das mulheres. No entanto, existem dados que mostram que as raparigas apresentamum melhor desempenho nas lnguas, leitura e comunicao escrita e oral, enquanto que os rapazesparecem apresentar um melhor raciocnio matemtico.

    y Apesar de alguns aspectos da personalidade feminina e masculina poderem ser atribudos natureza, existem grandes probabilidades de que a socializao tenha um papel mais importante nadefinio da identidade sexual.

    y Existe uma tradio de interaco diferenciada entre os professores e os rapazes e as raparigas. Osprofessores fazem mais perguntas aos rapazes, elogiam-nos mais e do-lhes maior independncia.

    y Os professores eficazes tm conscincia dos possveis preconceitos sexuais que possam ter,respeitam e desafiam todos os alunos, e asseguram-se de que os materiais curriculares e a sualinguagem so equilibrados e livres de referncias a esteretipos sexuais.

    y Nos dias de hoje, os alunos esto a tornar pblico a sua orientao sexual. importante que osprofessores mostrem respeito e preocupao com os alunos homossexuais e bissexuais.

    7 Caractersticas dos alunos de baixo estatuto scioeconmico (E SE)/suas necessidadesespeciais e estratgias eficazes para trabalhar com este grupo.

    y O estatuto socioeconmico tem efeitos bastante dramticos na aprendizagem acadmica,principalmente devido aos agrupamentos por capacidade e s interaces diferenciadas com osprofessores.

    y Os alunos de baixo ESE respondem aos professores que mostram respeito por eles(independentemente da forma como se vestem e falam), que os desafiam atravs de elevadasexpectativas em relao sua aprendizagem acadmica, e que sejam defensores dos seus direitos auma educao igualitria.

    y Os professores eficazes esforam-se por ajudar os alunos de baixo ESE a melhorar as suascompetncias de pensamento e linguagem, e encontram formas de lhes transmitirem competnciaem capacidades que eles j possuem.

    y Em muitas escolas, os alunos de baixo ESE so quase invisveis (a menos que tenham sidoidentificados como sendo problemticos). Poucos participam em actividades extracurriculares ouprogramas especiais existentes para determinados grupos raciais ou para as raparigas. Os alunos debaixo ESE, podem beneficiar em todos os aspectos escolares quando os professores lhes prestamateno, os ajudam a envolver-se e lutam pelo seu direito a uma educao igualitria.

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    8 P ensamentos finais e questes educacionais (porque que as aces escolares sonecessrias para assegurar o sucesso de todos os alunos).

    y Cada professor no pode resolver por si s todos os problemas enfrentados pelas escolas de hoje.

    Muitos desafios colocados pela criao de oportunidades iguais apenas podem ser cumpridosatravs de aces e reformas a nvel escolar e comunitrio.

    y Uma das concluses mais consistentes da investigao realizada que a reteno de alunos ou osseus agrupamentos por capacidades no promovem o desempenho. Alis, tm consequnciasprejudiciais para os alunos membros de minorias.Assim, uma boa forma de iniciar uma reforma reduzindo ou eliminando os agrupamentos por capacidades. Muitas escolas esto a desenvolverprogramas interdisciplinares, fortemente baseados no ensino cooperativo em gruposheterogneos, alternativas aos testes uniformizados e agrupamentos e agrupamentos flexveis.

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    AcD es E esultados F b jectivosF b jectivos AcD es E esultados

    CapG

    ul H 3 I A pl an iP

    icao do pr ofesso r

    P e rspe ctiQ a sobre a pla nifica o

    - A planificao e tomada d e deciso sobre a instruo incluem-se nos aspectos mais important es do

    ensino, porque determinam em part e o cont eR

    do e a forma do qu e ensinado nas escolas.- muitas vezes difcil aprender competncias de planificao a partir do s prof essores experientes, porque

    a maioria das suas actividades de planificao no facilmente visvel.

    P lanifica o tra diciona l re laciona l-line ar v s pla nifica o a lte rna tiv a n o line ar

    - A perspectiva de planificao tradicional tem como ba se os m ode los rac iona is - line ar e s caracterizados pelo estab elecimento de metas e actividades especficas para atingir os resultados pretendidos.

    A base de conhecimentos existentes sugere que a planificao e tomada d e decis S es do prof essor nemsempre est em conformidad e com os modelos de planificao racionais- lineares. As perspectivas de planificao mais recentes realam as re fle xe s e ac e s no lineares e a planifica o me nt a l doplanificador.

    A abordagem re lac iona l-line ar planificao centra-se em definir primeiro as finalidades e depois seleccionar as estrat gias para atingir esses fins.

    Aplanifica o no line ar faz o contrrio. Os planeadores entram logo em aco e s mais tard e relacionam essa aco aos fins.

    Os propon entes deste modelo, normalmente prof essores mais experientes, argumentam qu e os planos no servem necessariamente de orienta S es para a a co, mas antes se tornam smbolos,anncios e justifica S es do que j foi f eito. Embora definam ob jectivos, a planificao prossegue de um modo cclico,no totalm ente linear, com uma grande quantidad e de tentativas e erro enraizados no processo.

    D e facto os prof essores mais experientes prestam at eno parti cularidades dos aspectos lineares e nolineares da planificao, adaptando -os.

    Mode lo de planifica o rac iona l-line ar

    Para alm dos processos de planificao formal, existe ainda uma terceira forma de planificao,normalmente utilizado por prof essores mais experientes, intitulada de planifica o me nt a l que consiste numa re fle xo anterior elaborao propriam ente dita da planificao diria ou a longo prazo. Esta pod e ser o reflexo do que o prof essor f ez em anos ant eriores, ao ensinar uma unidade semelhante ou aopensar em novas ideias adquiridas atra vs da leitura, do estudo ou da fr equncia de acS es deformao.

    Funda me ntos te r icos e em p ricos As investiga S es tm revelado que a planificao e o uso de ob jectivos tm consequncias tanto para aaprendizagem, como para o comportam ento dos alunos na sala de aula. Pode melhorar a motivao doaluno, a judar a focalizar a aprendizagem do aluno e a diminuir os problemas de gesto da salade aula.

    Os processos de planificao iniciados pelos prof essores podem dar um sentido de direco tanto ao s alunos como aos prof essores, e podem a judar os alunos a terem conscincia dos fins implcitos nas tarefas de aprendizagem que tm de cumprir.

    Mode lo de planifica o no line ar

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    Estudos importantes realizados nos EUA na dcada de 70, por Duchastel e Brown, concluram que aplanificao e a definio de objectivos da aprendizagem produzem um efeito de concentrao nos alunos.Por outro lado o facto de dar muita importncia aos objectivos pode tambm limitar outras aprendizagensimportantes por parte dos alunos.

    Na mesma altura, Zahorik, outro investigador americano, conduziu estudos sobre os efeitos da planificaono comportamento dos professores, concluindo que aplanificao pode tambm apresentar aspectosnegativos no previstos. Pode, por exemplo, na tentativa de prosseguir com os seus objectivos, limitar ainiciativa do estudante na aprendizagem e tornar os professores menos sensveis s ideias dos seusalunos. Mas a eliminao da planificao poderia tambm originar uma aprendizagem completamente aoacaso e improdutiva. Zahorik, conclui ainda que se uma aula deve ser eficaz poder ser necessrio quetenha alguma direco na forma de objectivos e experincias, por mais gerais e vagos que possam ser,recomendando para tal que os professores estabeleam objectivos centrados no seu prpriocomportamento.

    Outra consequncia importante da planificao dos professores que a aula decorre de uma forma regular,com menos problemas de disciplina e menos interrupes. Os professores que planificam bem descobremque as suas aulas se caracterizam por um fluir tranquilo de ideias, actividades e interaces.

    A planificao e o professor principiantePode ser difcil para o professor principiante aprender as prticas da planificao porque o processo em sino pode ser observado directamente.

    tambm difcil aprender com os professores experientes, no s porque pensam de forma diferente, mastambm porque abordam a planificao de uma maneira diferente.

    Os professores experientes e os professores principiantes tm abordagens diferentes da planificao.Muitos professores mais experientes no seguem o modelo relacional-linear, em vez disso preferem umaplanificao pr-activa, de longo alcance, a uma planificao de aula, de curto alcance. No planificam porobjectivos, mas segundo uma forma de visualizao mental e ensaio. As razes para a escolha deste tipo deabordagem esto a ser influenciadas por novos conhecimentos e teorias construtivistas da aprendizagem.

    Em geral, os professores principiantes precisam de planificaes mais detalhadase dedicam mais a suaplanificao a instrues verbais. Os professores mais experientes esto normalmente mais atentos aodesempenho dos alunos, enquanto os mais inexperientes prestam mais ateno aos interesses dos alunos eesto mais interessados em manter a turma concentrada na tarefa.

    Definio de Finalidades eobjectivos da instruo

    Direcciona os processos deensino

    Proporciona aos alunoscentros de interesse eobjectivos de instruo

    Resulta em turmas quefuncionam regularmente

    Proporcionam meios paraavaliar a aprendizagem dos

    alunos

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    Fase anterior aoensino

    (T lanificaoT rvia)

    Fase durante oensino

    Fase aT s ensino(avaliao)

    Ao U lanificar as suas aulas, os U rofessores mais inex U erientes, devem abandonar a tendncia natural U araU ensar nas instrues verbais e U ensar mais em formas de estruturar regras e rotinas, U ro U orcionarinformao acerca do desem U enho aos alunos a U lanificar contingncias. Devero U restar ainda maisateno ao desem U enho dos alunos como base U ara tomardecises r U idas, em vez de considerar osinteresses dos alunos ou os seus U edidos U ara alterao da aula.

    Domnios da P lanificao- O U rocesso de U lanificao total cclico. Informaes sobre a

    avaliao influenciam o conjunto seguinte de U lanificaes, oensino que se segue, etc.

    - A U lanificao e a tomada de deciso do U rofessor multifacetada mas relaciona-se com trs fases do ensino:

    y Afase anterior ao ensino , em que so tomadas asdecises sobre o contedo, a abordagem a escolher, adurao do que deve ser ensinado, a determinao dasestruturas e a motivao;

    y Afase de ensino , em que se tomam decises sobre asquestes a colocar, o tempo de espera, as orientaes eajudas especficas, o proporcionar de oportunidadesprticas e a gesto e disciplina;

    y Afase aps o ensino , em que se tomam decises sobre como avaliar o progresso do aluno e o tipode informao de avaliao do desempenho a fornecer.

    Antes do ensino Durante o ensino Aps o ensinoEscolher o contedoEscolher a abordagemAtribuir tempo e espaoDeterminar estruturasDeterminar a motivao

    ApresentarInterrogarAjudarProporcionar oportunidade de prticaExecutar transiesGesto e disciplina

    Verificar a compreensoProporcionar informao acerca dodesempenhoElogiar e criticarAvaliarClassificarRelatar

    Tabela 1 - Fases da planificao e de tomada de decises do professor

    - Os ciclos de planificao incluem no s os planos dirios como tambm os planos para cada semana, mse ano. No entanto, os pormenores dos vrios planos diferem. Os planos levados a cabo num determinadodia so influenciados por aquilo que aconteceu anteriormente e influenciaro, por sua vez, os planosfuturos.

    As especificidades da planificao

    - Alguns exemplos detarefas especficas de planificao do professor so a escolha dos contedoscurriculares, a utilizao de padres de competncias referenciais , fazer mapas de currculos , criarobjectivos de ensino, utilizar taxonomias , elaborar planificaes dirias e de unidade e utilizar tcnicasde calendarizao (tabela de horrios).

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    Escolher as tarefas e os contedos curriculares

    - Uma das tarefas de planificao mais complexas aescolha do contedo curricular porque existe muitopara aprender e pouco tempo para ensinar. Hoje emdia nas escolas a deciso sobre o que vai ser ensinado j no tomada independentemente pelosprofessores. Essas decises so influenciadas pormuitos factores, alguns dos quais descritos na figuraao lado.

    Os padres de competncias referenciais desenvolvidos por associaes profissionais e porcomisses para a elaborao de programas ajudam atomar estas decises. Um padro de competncia uma declarao sobre o que os alunos devem saber eser capazes de fazer. Normalmente so escritos comum nvel de abstraco tal, que lhes permitem seraceites por um grande nmero de participantes no

    ensino mas tambm para que possam ser delineadoscom mais preciso em termos passveis de ser avaliados.

    Ferramentas para escolher os contedos

    Um nmero de ferramentas de planificao tambm pode ajudar os professores a escolher os contedos,incluindo os mapas curriculares.

    Quando os professores (principiantes) passam pela situao de terem que tomar decises em relao aocontedo sem muita assistncia, precisam de conhecer ideias eferramentas que o possam ajudar. Devemutilizar os conceitos de economia e poder de Bruner (1962), o que significa ser muito cuidadoso com aquantidade de informaes e o n de conceitos que apresentam numa nica aula ou unidade de trabalho.Devemobservar as estruturas de conhecimento e as questes essenciais, escolhendo os contedos combase em ideias elementares e estruturas de conhecimento de um campo especfico, tendo em conta osconhecimentos e competncias anteriores dos alunos . As questes essenciais reflectem as grandes ideiasem qualquer matria e o corao do programa curricular. Devem utilizar ainda os mapas curriculares.

    - Osmapas curriculares so uma ferramenta de planificao que permite que grupos de professores fixemo que vo ensinar aos vrios anos de ensino e as reas de contedo. Este tipo de planificao identifica asfalhas e as sobreposies de contedos.

    Objectivos educacionais

    - Osobjectivos de instruo so afirmaes que descrevem as mudanas do estudante que deveriamresultar do ensino. Os objectivos educacionais descrevem a inteno do professor sobre o que os alunosdevem aprender.

    Os objectivos podem ser redigidos de forma comportamental, mais especfica (Formato Mager) ou maisgeral (Formato Gronlund).

    Um objectivo de ensino bem delineado, no formato Mager, inclui informaes sobre o comportamento esperado do aluno, a situao de teste atravs do qual os comportamentos do aluno sero observados eo critrio de desempenho abordagem CTD.

    O que ensinado

    nas escolas

    Competnciassociais

    aprendidas

    Competnciase quadros de

    refernciacurricularesestatatais

    Competnciase quadros de

    refernciacurriculares

    distritais

    Acordoscurriculares anvel da rede

    escolar

    Valorescomunitrios

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    Os objectivos comportamentais bem elaborados do aos alunos uma mensagem clara do que se esperadeles, mas alguns crticos argumentam que o formato Mager leva ao reducionismo, e quando utilizado emexclusividade, leva negligncia de muitos objectivos mais importantes do ensino.No fornece ainda aevidncia de objectivos de aprendizagem mais vastos, que podem no ser facilmente observveis.

    De modo a ultrapassar as limitaes do formato Mager, alguns especialistas e educadores defendem aelaborao em primeiro lugar de objectivos gerais e depois dos objectivos mais especficos consistentescom os gerais, mais abrangentes (e normalmente no observveis).Um objectivo redigido de uma forma mais geral, segundo o formato Gronlund, comunica a intenoglobal do professor. Os objectivos especficos ajudam a clarificar o que deve ser ensinado e o que seespera dos alunos, embora lhes falte a preciso de um objectivo comportamental.

    Uma terceira abordagem para a elaborao de objectivos foi desenvolvida por estudiosos que reviramrecentemente o estudo de Bloom sobre o uso de taxonomias para seleccionar objectivos. Segundo estesos objectivos que utilizam referenciais mais tradicionais centram-se apenas no contedo e nascompetncias de ensino e ignoram a dimenso cognitiva a forma como os alunos pensam - do ensinoe aprendizagem. Identificaram um formato padro de elaborao de objectivos que requer apenas umverbo e um nome . O verbo descreve o processo cognitivo pretendido e o nome descreve o conhecimentoque os alunos devem adquirir.

    Taxonomias para seleccionar os objectivos educacionais

    - Astaxonomias so instrumentos que ajudam a classificar e mostrar relaes entre as coisas. A taxonomiade Bloom, a mais utilizada neste campo do ensino, classifica os objectivos em trs domnios importantes:cognitivo, afectivo e psicomotor . Recentemente foi revista por um grupo de alunos de Bloom (Andersone tal., 2001) e recebeu outro nome, taxonomia para aprender, ensinar e avaliar . A taxonomia revista temduas dimenses. Uma dimenso, a dimenso do conhecimento, descreve tipos de conhecimentosdiferentes e organiza os conhecimentos em quatro categorias: conhecimento factual , conhecimentoconceptual , conhecimento procedimental e conhecimento metacognitivo . A segunda dimenso, adimenso do processo cognitivo , contm seis categorias: lembrar , compreender , aplicar, analisar ,avaliar e criar.

    A capacidade de classificar objectivos segundo a taxonomia revista de Bloom permite aos professoresconsiderarem os seus objectivos a partir de uma srie de possibilidades disponveis, e fornece um meiopara lembrar a relao integral entre os processos cognitivos e de conhecimento inerentes a qualquerobjectivo .

    Os professores dedicam a maior parte do seu tempo aos objectivos relacionados com o domniocognitivo. No entanto existem outros objectivos de ensino que caem nos domnios afectivo e psicomotor.

    Domnio afectivo - Classifica os objectivos em funo da obteno de respostas emocionais: Ateno O aluno apercebe-se e est atento a algo no seu meio ambiente; Resposta O aluno exibe umnovo comportamento como resultado de uma experincia e responde a essa experincia; Valorizao Oaluno mostra envolvimento e empenho em relao a uma nova experincia; Organizao O aluno

    integrou um novo valor ao seu sistema de valores e consegue-lhes atribuir um lugar num sistema deprioridades; C aracterizao pelo valor O aluno age consistentemente com o valor e est firmementeenvolvido na experincia.

    Domnio psicomotor - Classifica os objectivos na rea do movimento fsico e da coordenao: M ovimentos reflexos as aces do aluno podem ocorrer involuntariamentecomo resposta a algumestmulo; M ovimentos bsicos fundamentais O aluno possui padres de movimentos inatos que seformaram a partir de uma combinao de movimentos reflexos; C apacidades perceptivas O aluno podetraduzir os estmulos recebidos atravs dos sentidos para movimentos apropriados desejados;

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    C apacidades fsicas O aluno desenvolveu os movimentos bsicos essenciais para o desenvolvimento demovimentos de maior percia; M ovimentos de percia O aluno desenvolveu movimentos mais complexosque exigem um determinado grau de eficcia; C omunicaes no -discursivas O aluno tem a capacidadede comunicar atravs de movimento corporal.

    As taxonomias originais de Bloom para objectivos afectivos e psicomotores nunca foram revistas.

    A taxonomia original de Bloom no esteve livre de crticas. Alguns crticos desafiaram a ordem hierrquicados objectivos e argumentaram que a taxonomia e a ordem das categorias no se adaptam igualmente atodos os campos do conhecimento.

    Sem olhar s crticas e fraquezas, a taxonomia original continua a ser muito popular entre os professorese a verso revista provavelmente ter uma audincia de educadores igualmente receptiva, porquefornece uma forma valiosa de pensar sobre as intenes educacionais e a avaliao, sendo vista comouma ferramenta de planificao valiosa. A taxonomia constitui uma boa lembrana de que queremos queos alunos aprendam uma variedade de conhecimentos e competncias e que sejam capazes de pensar eagir numa variedade de formas que vo das mais directas s mais complexas.

    P lanificao de aula e planificao de unidades

    Os professores nas suas actividades de planificao, elaboram planificaes a curto e a longo prazo.

    - Normalmente as planificaes de aula dirias esboam o contedo a ser ensinado, as tcnicasmotivacionais a serem usadas, os materiais necessrios, as actividades e os passos especficos e osprocessos de avaliao.

    - Os formatos dos planos de aula podem variar, normalmente de acordo com as caractersticas da aula oumodelo de ensino utilizado, mas em geral um bom plano divide-se nas trs fases do ensino (anterior aoensino, durante o ensino e aps o ensino) e inclui a exposio clara dos objectivos, a sequncia dasactividades de aprendizagem e o meio de avaliao da aprendizagem do aluno.

    Ver figura 3.11 do Arends.

    - Asplanificaes de unidade abrangem grandes quantidades de instruo que pode prolongar-se porvrios dias ou semanas. Uma unidade essencialmente uma quantidade de contedos e competnciasassociadas de uma forma lgica. Tal como os planos de aula, os formatos podem variar, mas uma boaplanificao de unidade inclui objectivos gerais para a unidade, contedo principal a ser coberto, sintaxeou frases da unidade, trabalhos principais e procedimentos de avaliao.

    A planificao de unidade , de muitas formas, mais importante que a planificao diria. A planificaode unidades associa uma variedade de finalidades, contedos e actividades que o professor tem emmente. Determina o fluxo geral de uma srie de aulas durante vrios dias, semanas ou meses.Aelaborao de planificaes de unidades tambm serve para lembrar que algumas aulas exigem materiaisde apoio, equipamento, dispositivos de motivao ou ferramentas de avaliao.

    As planificaes de unidades devem ser elaborados por escrito, pois funcionam como mapas que ligamvrias aulas e do uma ideia aos professores, aos alunos e a outros agentes da educao sobre afinalidade das aulas.

    - Astcnicas de calendarizao , tal como a elaborao de mapas cronolgicos de uma srie de actividadesde ensino (Ex. Tabelas de Gantt), podem ser um bom auxlio para a planificao a longo prazo. As tabelasde horrios so mapas cronolgicos que mostram como uma srie de actividades de ensino soefectuadas ao longo do tempo.

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    Individualizar a instruo atravs da planificao

    - Porque os alunos no vo para as aulas com os mesmos conhecimentos prvios e competncias, aplanificao do professor deve reflectir maneiras de ajud-los a progredir de acordo com as suascapacidades. Atravs do processo de planificao, os professores podem variar o tempo , as matrias e asactividades de aprendizagem para ir ao encontro das necessidades de cada aluno da turma.

    Em alguns caso os professores podem variar os objectivos da aprendizagem. Por exemplo os alunospodem seleccionar os tpicos que lhes interessam de uma unidade de estudo ou podem escolherprojectos consistentes com as suas capacidades.

    P lanificar para o tempo e para o espao

    - O tempo e o espao so bens escassos no ensino e a sua utilizaodeve ser planificada com cuidado eintuio.

    - A quantidade de tempo atribudo a diferentes tpicos varia consideravelmente de professor paraprofessor.

    - A quantidade de tempo que os alunos gastam numa tarefa est relacionada com a quantidade de coisasque aprendem. Os alunos de turmas onde atribudo muito tempo, e onde a maioria est ocupada,aprendem mais do que os alunos de turmas onde o tempo atribudo pouco e onde a maioria no est atrabalhar nas tarefas.

    - O espao - a disposio dos materiais, carteiras e alunos outro recurso importante que planificado egerido pelos professores. A forma como o espao utilizado afecta o dilogo e a comunicao, e temefeitos emocionais e cognitivos importantes nos alunos.

    - A utilizao do tempo e do espao influenciada pela exigncia das tarefas de aprendizagem. Osprofessores eficazes desenvolvem uma atitude de flexibilidade e experimentao sobre estascaractersticas da vida na sala de aula.

    U ltimo pensamento para a planificao

    As perspectivas e os procedimentos de planificao actuais seguem ainda na sua grande maioria o ponto devista tradicional que coloca o professor no centro do processo de planificao. Conhecimentos recentessobre os alunos e o ensino, tal como as perspectivas construtivistas e a importncia do conhecimentoanterior, defendem os processos de planificao que colocam os alunos e no os professores no centro doprocesso de planificao. A alterao das abordagens centradas no professor para abordagens centradasnos alunos no ser imediata, no entanto, num futuro no muito longnquo, os processos de planificaoadoptados pelos professores podem ser mais centrados nos alunos.

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    Captulo 7 Expor e explicar

    Mtodo Expositivo

    Trs ideias associadas a este mtodo:

    y Estrutura do conhecimentoy Aprendizagem verbal significativay Psicologia cognitiva (representao e aquisio do conhecimento)

    Estrutura do conhecimento

    y Cada disciplina tem uma estrutura constituda por conceitos-chave que descrevem a prpriadisciplina;

    y Essa estrutura existe para constituir um meio para organizar a informao em reas, dividi-la emcategorias e mostrar as relaes entre as vrias categorias de informao;

    y Devem ser ensinadas aos alunos as ideias chave que constituem o suporte de cada estrutura, emvez de informao isolada, destituda de contexto.

    Aprendizagem verbal significativa

    David Ausubel:

    y Estrutura cognitiva organizao do conhecimento que o aluno possui relativamente a uma dadarea temtica num dado momento.

    y Qualquer matria nova s deve ser dada se o professor a ligar a estruturas cognitivas j existentes(de aprendizagens anteriores).

    y A primeira funo da Educao formal seria a organizao da informao para o aluno e aexposio de ideias de forma clara e precisa.

    Objectivo pedaggico: Expor eficazmente ideias e informaes com sentido, de modo que possam surgirsignificados claros, sem ambiguidades e que fiquem retidos no aluno durante longos perodos de tempo,como um conjunto de conhecimentos organizado.

    P ara tal, o professor deve:

    y Expor a matria de forma significativa, salientando as ideias principais, de acordo com osconhecimentos existentes;

    y Descobrir formas de ligar as matrias novas ao conhecimento e s estruturas cognitivas anteriores,preparando-lhes o pensamento para receber novas informaes.

    P sicologia cognitiva da aprendizagem

    y Representa como o professor deve expor o conhecimento aos alunos;y Esquema modos como as pessoas organizam a informao relativa a determinados assuntos.y Tipos de conhecimento:

    o Conhecimento declarativo acerca de algo.o Conhecimento procedimental acerca de como fazer algo.

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    Representao do conhecimento:

    O ser humano processa o conhecimento em termos deunidades bsicas (proposies ou ideias), relacionando umas

    com outras.

    Rede de proposies conjuntos de proposies inter-relacionadas.

    Conhecimento prvio:

    y Memria de trabalhoy Memria a longo prazo

    P rontido induzida tcnica usada pelos professores no incio da exposio para preparar o alunopara a aprendizagem e estabelecer o elo de ligao com a informao a ser apresentada. Com ela oprofessor ajuda o aluno a recuperar da memria a longo prazo as informaes, preparando-o paraas utilizarem de acordo com as novas informaes fornecidas.

    Organizadores prvios afirmaes efectuadas pelo professor antes da exposio da matria nova,que esto fortemente ligadas informao subsequente, explicitando as principais diferenas entreambas de forma clara e precisa.

    Clareza do professor >> sucesso escolar

    Fluncia verbal; Quantidade de informao;

    Pistas para a estruturao do conhecimento, interesse e preciso.P assos a serem seguidos pelo professor durante uma exposio:

    Assegurar que os contedos so totalmente compreendidos; Relembrar e praticar as ideias principais, antes da exposio; Seguir anotaes escritas durante a exposio.

    Entusiasmo do professor:

    Discurso variado, rpido e com inflexes vocais; Movimentao dos olhos;

    Frequentes exemplos demonstrativos; Movimentos do corpo variados; Expresses faciais variadas; Seleco de palavras variadas; Aceitao imediata e entusiasta de ideias; Energia.

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    Efeitos na instruo Ajuda os alunos a adquirir, assimilar e reter informao.Ajuda o aluno a construir e ampliar as suas estruturas conceptuais.

    Sintaxe:

    1. Introduo inicial (prontido induzida e apresentao dos objectivos);

    2. Apresentao dos organizadores prvios;3. Apresentao da matria a aprender;4. Concluso (consolidao e generalizao do raciocnio dos alunos).

    Estrutura do ambiente de aprendizagem

    O professor um apresentador activo; Os alunos so ouvintes activos; Boas condies para a exposio e audio (meios audiovisuais); Motivar os alunos para ouvir o professor.

    Procedimentos para uma exposio eficaz

    Tarefas prvias instruo

    Tomar decises relativamente ao contedo a incluir na exposio; Como organizar esse contedo de forma lgica e significativa para os alunos.

    Para tal:

    Determinar o conhecimento prvio e as estruturas cognitivas dos alunos; Seleccionar os organizadores prvios mais adequados e os procedimentos para i nduzir a

    prontido dos alunos.

    Escolha do contedo:

    Economia:

    ser cuidadoso em relao quantidade de informao a apresentar; Fornecer sumrios concisos das ideias principais vrias vezes durante a exposio; Os conceitos difceis devem ser tornados claros e simples para os alunos.

    P oder:

    Os conceitos bsicos do tema em questo so escolhidos e apresentados de uma forma directa elgica;

    S assim, os alunos conseguiro perceber as relaes entre os factos especficos e as interrelaesentre os conceitos de uma matria.

    Mapas conceptuais ou Mapas mentais

    Ajudam a clarificar as ideias que se pretende ensinar;y Ajudam a decidir quais as ideias essenciais que se vo ensinar e as vrias relaes entre elas;

    Para se construir um mapa mental:

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    Identificam-se as ideias-chave associadas a um tema; Organizam-se essas ideias segundo um padro lgico.

    Determinao do conhecimento prvio do aluno

    Estruturas cognitivas estabelecer a ligao entre as novas matrias e os conhecimentos que os

    alunos j possuem. Desenvolvimento intelectual preocupao que o professor deve ter em adaptar a informaoque expe ao nvel de desenvolvimento dos seus alunos.

    Como saber?

    Ouvindo as perguntas que os alunos vo fazendo; Estando atento aos sinais no-verbais durante a exposio.

    Escolha dos organizadores prvios

    O organizador prvio deve ser apresentado num nvel de abstraco mais elevado do que o

    contedo das matrias a aprender; O organizador prvio deve estar relacionado com o conhecimento anterior dos alunos (suas

    estruturas cognitivas).

    Conduo da aula

    - Explicar os objectivos e induzir a prontido;

    Encorajar os alunos a participar na aula; Levar os alunos a recordar-se dos conhecimentos anteriores.

    - Apresentar os organizadores prvios;

    - Expor a matria a aprender;

    Clareza; Exemplos e elos explicativos; Tcnica da regra-exemplo-regra; Uso de transies; Entusiasmo.

    - Generalizar e consolidar o raciocnio do aluno.

    - Verificar a Compreenso

    y Estar atento a sinais verbais e no-verbais dos alunos;y Pedir aos alunos para responderem directamente a questes;y NUNCA usar a frase: Tm dvidas?

    - Generalizar e consolidar o raciocnio do aluno

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    y Discusso na sala de aulao Efectuar perguntas aos alunos para gerar a discusso relativamente matria dada

    Tarefas posteriores instruo testar (de preferncia frequentemente) a aquisio e reteno dos

    conhecimentos do aluno: Testes Observao directa Trabalhos de Grupo Participao nas aulas Etc. No testar apenas a memorizao da informao Informar claramente os alunos de como vo ser avaliados e sobre o qu.

    SU MRIO:

    Faa um resumo do ensino expositivo e explique a sua correcta utilizao

    - As exposies, explicaes e palestras dos professores ocupam uma grande parte do tempo de aula,especialmente porque os currculos das escolas foram estruturados em torno de grandes blocos deinformao, que se espera que os alunos aprendam.

    - Os objectivos educacionais do modelo expositivo so, principalmente, ajudar os alunos a adquirir,assimilar e reter a informao.

    - O fluxo global, ou sintaxe, de uma aula expositiva consiste em quatro fases principais: apresentar osobjectivos e estabelecer a prontido, apresentar um organizador prvio, apresentar as matrias a

    aprender e utilizar processos para monitorizar a compreenso dos alunos, ajudando-os a expandir e adesenvolver o seu raciocnio.

    - Para terem sucesso, as exposies requerem um ambiente de aprendizagem bastante estruturado, quepermita ao professor fazer a exposio da informao nova de uma forma eficaz eque permita aosalunos ouvirem-na e verem-na

    Descreva as bases tericas do modelo expositivo e resuma a investigao que apoia a sua utilizao

    - O modelo de ensino expositivo encontra a sua razo de ser a partir de trs fontes de pensamentocontemporneo: conceitos sobre a forma como o conhecimento est estruturado, ideias sobre a formacomo o conhecimento est estruturado, ideias sobre como ajudar os alunos a adquirirem umaaprendizagem verbal significativa e conceitos das cincias cognitivas que ajudam a explicar o modocomo a informao adquirida, processada e retida.

    - Cada bloco de conhecimento tem estruturas lgicas, a partir das quaias os professores retiram osconceitos e as ideias-chave.

    - O conhecimento pode ser dividido em quatro categorias principais: conhecimento declarativo,conhecimento processual, conhecimento conceptual e conhecimento metacognitivo. O conhecimentodeclarativo consiste em conhecer algo, ou saber que esse algo est presente. O conhecimentoconceptual consiste em conhecer as relaes existentes entre elementos bsicos. O conhecimento

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    metacognitivo a conscincia do nosso conhecimento e dos nossos processos cognitivos e saberquando utilizar determinado conhecimento.

    - As pessoas aprendem a informao e o conhecimento atravs dos sentidos e transformam-no emmemrias de curto e de longo prazo. A aprendizagem verbal significativa ocorre quando os professoresapresentam as ideias principais unificadoras, de forma a relacion-las com o conhecimento prvio dosalunos.

    - As bases empricas do modelo expositivo esto bem desenvolvidas. Vrios estudos mostram os efeitospositivos da utilizao do organizadores prvios, de relacionar a informao nova com o conhecimentoprvio dos alunos e de expor a informao com clareza, entusiasmo, economia e poder.

    Explique como planificar e utilizar o modelo de ensino expositivo, incluindo a forma de conceberorganizadores prvios e fazer uma apresentao eficaz.

    - As tarefas de planificao para o modelo expositivo incluem a seleco cuidadosa de contedo, a criaode organizadores prvios e a adaptao de ambos ao conhecimento prvio dos alunos.

    - A apresentao de informao aos alunos requer a sua preparao para a aprendizagem (estabelecer aprontido), assim como a preparao do modo de expor as matrias.

    - A clareza da exposio depende do modo de apresentar do professor, assim como do domnio que estepossui da matria que est a apresentar.

    - Os organizadores prvios servem como "andaimes" intelectuais, nos quais assenta a construo do novoconhecimento.

    - As tcnicas especificas utilizadas na exposio de novas matrias incluem os elos explicativos, a tcnicaregra-exemplo-regra e as transies verbais.

    - Os professores podem ajudar os alunos a desenvolver e a fortalecer o seu raciocnio sobre as novasmatrias, atravs da discusso, da colocao de perguntas e do dilogo.

    Descreva como promover um ambiente de aprendizagem conducente ao ensino expositivo- Numa aula expositiva, o professor estrutura o ambiente de aprendizagem de forma bastante firme,

    certificando-se de que os alunos esto a prestar ateno aula.

    - Acima de tudo, as aulas expositivas requerem regras claras, que regulamentem a conversa doa alunos;procedimentos que assegurem um ritmo rpido mas suave e mtodos eficazes para lidar com asdistraces e comportamento inadequado dos alunos.

    Descreva as formas adequadas de medir a aprendizagem dos alunos que sejam consistentes com osobjectivos do ensino expositivo

    - Como o principal objectivo da maioria das exposies a aquisio de conhecimentos, torna-se

    importante medir a aquisio de conhecimentos, torna-se importante medir a aquisio das ideias-chave, a vrios nveis, por parte dos alunos. Se os testes se limitarem a avaliar a memorizao de factosou de informaes especificas, ser apenas isso que os alunos aprendero. Se os professores exigiremnos testes processos cognitivos de nvel superior, os alunos tambm iro aprender a faz-los.

    - Os objectivos do ensino expositivo levam a uma avaliao atravs de testes de escolha mltipla.

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    Captulo 10 Aprendizagem cooperativa

    Faa uma breve descrio da aprendizagem cooperativa e explique a sua utilizao adequada

    - A aprendizagem cooperativa nica entre os modelos de ensino porque utiliza diferentes estruturas deobjectivos, de tarefas e de recompensas para promover a aprendizagem do aluno.

    - A estrutura da tarefa da aprendizagem cooperativa requerer que os alunos, organizados em pequenosgrupos, trabalhem em conjunto em tarefas escolares. As estruturas de objectivos e de recompensarequerem uma aprendizagem interdependente e valorizam tanto o esforo do grupo como o esforoindividual

    - O modelo da aprendizagem cooperativa visa objectivos educacionais para alm da aprendizagemacadmica, nomeadamente a aceitao entre grupos, as competncias sociais e de grupo e ocomportamento cooperativo.

    - A sintaxe dos modelos de aprendizagem cooperativa baseia-se no trabalho em grupos pequenos, em vezdo ensino para a turma toda, inclui seis fases principais: apresentar objectivos e estabelecer aprontido; expor a informao; organizar os alunos em equipas de aprendizagem; proporcionarassistncia ao trabalho e estudo de grupo; testar as matrias; e proporcionar reconhecimento.

    - O ambiente de aprendizagem de modelo requer estruturas de tarefas e de recompensa cooperativas emvez de competitivas. O ambiente de aprendizagem caracterizado por processos democrticos onde osalunos assumem papis activos e se responsabilizam pela sua prpria aprendizagem.

    Descreva os fundamentos tericos do modelo de aprendizagem cooperativa e resuma a investigaoque apoia a sua utilizao

    - As origens intelectuais da aprendizagem cooperativa nasceram de uma tradio educacional queenfatiza o pensamento e a prtica democrticos, a aprendizagem activa, o comportamento cooperativoe o respeito pelo pluralismo em sociedades multiculturais.

    - Uma base emprica forte corrobora a utilizao de aprendizagem cooperativa para os seguintesobjectivos educacionais comportamento cooperativo, aprendizagem acadmica, melhoria nas relaesentre raas e nas atitudes face a crianas com necessidades especiais.

    Explique como planificar e utilizar a aprendizagem cooperativa, e como adapt-la a alunos de diferentesnveis de aptido e de experincia

    - Planificar tarefas associadas aprendizagem cooperativa coloca menor nfase na organizao decontedo escolar e maior nfase na organizao dos alunos em pequenos grupos de trabalho e narecolha de uma variedade de materiais de aprendizagem para serem utilizados durante o trabalho degrupo.

    - Uma das principais tarefas de planificao decidir que abordagem utilizar na aprendizagem

    cooperativa. Podem ser usadas quatro variaes do modelo base: student team achivement divisions(STAD), Jigsaw, Investigao em Grupo (IG) e abordagem estrutural.

    - Independentemente da abordagem especfica, uma aula de aprendizagem cooperativa tem quatrocaractersticas essenciais que devem ser planificadas: como construir equipas heterogneas, comodevem trabalhar os alunos nos grupos, como devem ser distribudas as recompensas e quanto tempo necessrio.

    - Orientar uma aula de aprendizagem cooperativa altera o papel do professor de actor principal numapea para o de coregrafo de uma actividade para pequenos grupos.

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    Descreva como implementar um ambiente de aprendizagem favorvel utilizao da aprendizagemcooperativa.

    - O trabalho em grupos pequenos implica a gesto de desafios especficos por parte do professor.

    - Durante as aulas de aprendizagem cooperativa , os professores tm de ajudar os alunos a fazer astransies para os seus pequenos grupos, ajud-los a gerir o seu trabalho e ensinar-lhes importantescompetncias sociais e de grupo.

    Descreva formas adequadas de avaliar a aprendizagem acadmica e social dos alunos que sejamconsistentes com os objectivos da aprendizagem cooperativa

    - As tarefas de classificao e de avaliao, em particular a avaliao, substituem as abordagenscompetitivas tradicionais descritas para os modelos anteriores por recompensas individuais e de grupo, juntamente com novas formas de reconhecimento.

    - Boletins e fruns pblicos so dois instrumentos que os professores utilizam para reconhecer osresultados do trabalho dos alunos realizado nas aulas de aprendizagemco-operativa

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    Captulo 11 Aprendizagem baseada em problemas

    Faa uma breve descrio da aprendizagem baseada em problemas e descreva as caractersticasespeciais que definem este modelo instrucional.

    - Ao contrrio de outros modelos, onde a nfase colocada na apresentao de ideias e na demonstrao

    de competncias, na aprendizagem baseada em problemas os professores apresentam situaesproblemticas aos alunos levando-os a investigar e a encontrar solues por si prprios.

    - Os objectivos instrucionais da aprendizagem baseada em problemas so trs: ajudar os alunos edesenvolverem competncias de investigao e de resoluo de problemas, proporcionar-lhes aexperimentao de papis de adulto, e permitir-lhes que ganhem confiana na sua capacidade parapensar e que se tornem aprendentes autnomos.

    - O fluxo geral, ou sintaxe, de uma aula baseada em problemas consiste em cinco fases principais:orientar os alunos para o problema; organizar os alunos para o estudo; prestar assistncia sinvestigaes individuais e em grupos; desenvolver e apresentar artefactos e exposies; analisar eavaliar o trabalho.

    - O ambiente da aprendizagem baseada em problemas caracterizado pela abertura, pelo envolvimentoactivo dos alunos e por uma atmosfera de liberdade intelectual.

    Descreva as bases tericas da aprendizagem baseada em problemas e resuma a investigao que apoiaa sua utilizao.

    - As razes da aprendizagem baseada em problemas remontam ao mtodo socrtico da Grcia Antiga,mas foi desenvolvida por ideias provenientes da psicologia cognitiva do sculo XX.

    - A base de conhecimento de aprendizagem baseada em problemas rica e complexa. Diversos estudos,realizados ao longo dos ltimos anos, proporcionam slidas evidncias acerca dos efeitos instrucionaisdo modelo. No entanto outros estudos concluram que os seus efeitos no so totalmente claros.

    - Durante as ltimas ts dcadas, tem-se prestado especial ateno a diferentes abordagens ao ensinoconhecidas por denominaes diversas aprendizagem pela descoberta, treino e formulao dequestes, pensamento de ordem superior todas elas com o objectivo comum de ajudar os alunos atornarem aprendentes independentes e autnomos, capazes de perceberem as coisas por eles prprios.

    Explique como planificar e utilizar a aprendizagem baseada em problemas, e como adapt-las a alunoscom diferentes nveis de competncias e experincias.

    - As principais tarefas de planificao associadas aprendizagem em problemas consistem em comunicarclaramente os objectivos, criar situaes problemticas interessantes e apropriadas, e preparar alogstica necessria.

    - Durante a fase de investigao das aulas baseadas em problemas, os professores servem de facilitadorese de guias das investigaes dos alunos.

    Descreva como implementar um ambiente de aprendizagem favorvel utilizao da aprendizagembaseada em problemas.

    - As tarefas de gesto especificas de aprendizagem baseadas em problemas incluem lidar com umambiente multitarefas ajustar diferentes tempos de concluso; encontrar formas de monitorizar o

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    trabalho dos alunos, e gerir uma grande quantidade de materiais, provises e logstica relacionada coma actividade fora da sala de aula.

    Descreva formas adequadas de avaliar a aprendizagem acadmica e social dos alunos que sejamconsistentes com os objectivos da aprendizagem baseada em problemas.

    - As tarefas de classificao e da avaliao apropriada para a aprendizagem baseada em problemasrequerem procedimentos de avaliao alternativos que permitam medir os trabalhos do aluno, como aexecuo de tarefas e as exposies. Estes procedimentos tm o nome de avaliao de desempenho,avaliao autntica e porteflios

    Especule acerca das restries do uso da aprendizagem baseada em problemas e faa previses sobre asua utilizao no futuro

    - Os professores que utilizam a aprendizagem baseada em problemas enfrentam muitos obstculos taiscomo horrios e regras inflexveis das escolas que restringem o movimento dos alunos. O actualinteresse da ABP manter-se- ou a utilizao deste modelo diminuir com o tempo?